Aula4_Unidade2-Elisangela

Prévia do material em texto

12/11/2013
1
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Tecnologia - CT
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental - DECA
2013.2
Aula 4 – Unidade 2
Disciplina: Energia e Meio Ambiente
Rejeitos Perigosos
Resíduos perigosos
Rejeitos
Impactos ambientais
(ex:mineração, usinas nucleares)
Prevenção da poluição: conhecimento e técnica
12/11/2013
2
ou REJEITO
Rejeito Radioativo
DEFINIÇÃO: “Qualquer material resultante de atividades
humanas, que contenha radionuclídeos em quantidades
superiores aos limites de isenção especificados na Norma CNEN-
NE-6.02, e para o qual a reutilização é imprópria ou não prevista.
Exemplos:
– 3H, 14C, 35S, 32P (ß) – anal. clínicas e pesquisa
– 99mTc, 131I, 51Cr, 192Ir (γ) – medicina nuclear e radioter.
* Independe da origem nuclear.
RADIONUCLÍDEOS ou RADIOISÓTOPOS: átomos com núcleos
instáveis, que emitem radiação e podem ligar-se quimicamente a
outras moléculas.
Eles podem ser naturais (U) ou artificiais (Cs).
12/11/2013
3
Exemplos de nuclídeos
Bq (Becquerel) = uma desintegração por segundo
Ci (Curie) = 3,7 x 10 10 Bq
Rejeitos radioativos
Extraído do material prof. Roberto Vicente (IPEN, 2010)
12/11/2013
4
Rejeitos radioativos
Extraído do material prof. Roberto Vicente (IPEN, 2010)
Tipos de resíduos radioativos
Resíduos Radioativos de Alto teor: São os resíduos gerados no
ciclo do combustível do reator nuclear e apresentam nuclídeos de
meias-vidas de centenas ou milhares de anos.
* Risco à saúde: radioatividade e toxicidade.
Divide-se em 2 categorias:
* Átomos formados pela fissão: são átomos radioativos de
massa atômica intermediária => Exemplos: 90Sr e 137Cs =
emissores da radiação (γ e/ou ß) com meia-vida ≈ 30 anos.
* Átomos formados pela absorção de nêutrons no urânio
combustível original => chamados de ACTINÍDEOS (nº atômico
MAIOR 88; Ex: 239Pu ) => quimicamente MAIS TOXICO.
12/11/2013
5
Fonte Forma
Usinas nucleares comerciais Filtros usados, equipamentos
antigo, papel, pano
Acadêmica e médica Líquidos radioativos, culturas
biológicas,
Indústria e Governo Equipamento radioativo, peças de
maquinário, manufatura de
radiofármacos
Resíduos Radioativos de Baixo teor: resíduos gerados em
outras atividades.
Tipos de resíduos
Áreas de geração do rejeito:
Material extraído do mini-curso de Roberto Vicente - ENUMAS 2012
12/11/2013
6
Áreas de geração do rejeito:
Material extraído do mini-curso de Roberto Vicente - ENUMAS 2012
Áreas de geração do rejeito:
Material extraído do mini-curso de Roberto Vicente - ENUMAS 2012
12/11/2013
7
Vídeo do acidente nuclear
Áreas de geração do rejeito:
Material extraído do mini-curso de Roberto Vicente - ENUMAS 2012
GESTÃO DE REJEITOS RADIOATIVOS
Gestão de
Rejeitos
Radioativos
Leis e
Regulamentos
(CNEN)
Princípios
Éticos
Ciência e
Tecnologia
Padrões de
Segurança
12/11/2013
8
PRINCÍPIOS ÉTICOS – GESTÃO DE REJEITOS
PRINCÍPIOS ÉTICOS
12/11/2013
9
NORMAS CNEN
Impedir o aparecimento de efeitos biológicos determinísticos e limitar a probabilidade
de efeitos estocásticos durante a vida profissional do indivíduo.
1. CNEN-NE.3.01-Diretrizes Básicas de Radioproteção
2. CNEN-NN.6.01- Requisitos para o Registro de Pessoas Físicas para o
preparo,Uso e Manuseio de Fontes Radioativas
3. CNEN-NE.6.02- Licenciamento de Instalações Radioativas
4. CNEN-NE.6.05- Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radiativas
5. CNEN-NN.3.05- Requisitos de Radioproteção e Segurança para Serviços de
Medicina Nuclear
6. CNEN-NE.5.01- Transporte de Materiais Radioativos
Lei 10.308 (20/11/01): Dispõe sobre a seleção de locais, a construção, o
licenciamento, a operação, a fiscalização, os custos, a indenização, a responsabilidade
civil e as garantias referentes aos depósitos de rejeitos radioativos, e dá outras
providências.
12/11/2013
10
CNEN-NE 6.05
– Estabelece critérios gerais e requisitos básicos relativos à
gerência de rejeitos radioativos em instalações radiativas.
– Apresenta a classificação dos rejeitos com emissores Beta e
Gama e com emissores Alfa, líquidos e sólidos, bem como os
requisitos gerais de Gerência de Rejeitos.
– Especifica os critérios para transporte, armazenamento provisório
e eliminação de rejeitos radioativos.
– Apresenta os limites para eliminação de rejeitos líquidos, sólidos e
gasosos de uma instalação;
GESTÃO DE REJEITOS RADIOATIVOS
Adaptado do material prof. Roberto Vicente (IPEN, 2010)
12/11/2013
11
GERENCIAMENTO DE REJEITOS – CNEN- NE-06.05
• Os Rejeitos Radioativos devem ser:
– coletados
– segregados
– colocados em recipientes adequados
– classificados
– Identificados
– armazenados para decaimento
– descartados tão logo quanto possível
• Deve ser feita no local em que forem produzidos, considerando:
– Forma física: sólidos, líquidos ou gasosos
– meia vida curta ou longa (T1/2 > 60 dias)
– compactáveis ou não compactáveis
– orgânicos ou inorgânicos
– putrescíveis ou patogênicos, se for o caso
– outras características perigosas: explosividade,
combustibilidade, inflamabilidade, piroforicidade, corrosividade e
toxicidade química
SEGREGAÇÃO– CNEN- NE-06.05
12/11/2013
12
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
• Estado Físico: sólido, líquido ou gasoso
• Atividade: baixa, média e alta
• Meia-vida: curta, média ou longa
• Tipo de emissores: beta, gama ou alfa
• Origem: ciclo do combustível, aplicações na medicina e indústria,
mineração, etc.
• Tipo de tratamento: compactável, incinerável; descontaminável
• de acordo com radionuclídeo e/ou natureza da radiação, estado físico,
concentração e taxa de exposição.
CLASSIFICAÇÃO (CNEN –NE 6.05)
12/11/2013
13
DISPOSIÇÃO
• O IEN (RJ) => única unidade da CNEN autorizada a possuir um depósito
intermediário para rejeitos de baixa e média atividade (serviços de tratamento e
armazenamento de rejeitos radioativos) atuando nos estados do RJ e ES.
•Os rejeitos de alta atividade, provenientes das usinas Angra 1 e Angra 2, são
armazenados na própria Central Nuclear de Angra dos Reis (RJ).
LIMITES PARA DESCARTE DE REJEITOS
– CNEN- NE-06.05
12/11/2013
14
Exemplo
ALTERNATIVAS
• Deposição nas calotas polares
• Lançamento no espaço
• Levar para países com mais tecnologias
• Deposição em minas abandonadas
• Deposição em placas tectônicas
• Lançamento no mar ( Bélgica, França, Alemanha, Itália, Japão, etc)
• Sedimentos no leito marinho (Suécia e Reino Unido)
• Poços tubulares profundos ( Suécia, Dinamarca)
• Barreiras artificiais na superfície (França, Reino Unido, Espanha)
12/11/2013
15
Situação do Brasil
(março,2011)
Rejeitos da mineração
12/11/2013
16
Mineração
DEFINIÇÃO: “complexo de atividades necessárias à extração
econômica de bens minerais da crosta terrestre, que por sua
vez provoca sensíveis transformações no meio ambiente, seja
nas atividades de lavra como nas do processo”
Terminologias:
• jazida: concentração mineral, passível de ser aproveitada
economicamente, mas que pode variar com o tempo.
• mina: área onde se explora um bem mineral, ou seja, quando a
jazida passa a ser aproveitada torna-se uma mina que pode ser: céu
aberto ou subterrânea.
• estéril: toda substância ou agregado mineral, rocha ou solo que
pode ser aproveitado economicamente.
• lavra: processo de extração do minério e o estéril da mina
transportando-os para a usina ou locais de disposição.
• rejeito: materiais sem “valor econômico” no processo de
concentração mineral.
Principais substâncias em investimento
no setor da mineração
Responsável pela Fiscalização no Brasil => Departamento Nacional da
Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia.12/11/2013
17
Principais impactos das atividades de
mineração
Fonte: (Gomes Faria, 2002)
Principais impactos das atividades de
mineração
Fonte: (Gomes Faria, 2002)
12/11/2013
18
http://www.dnpm.gov.br/mostra_arquivo.asp?IDBancoArquivoArquivo=2102
Desenvolvimento x degradação ambiental ?
(Comentar o seminário)
DISCUSSÃO EM SALA:
1- Quais os fatores intervenientes nesse
processo de degradação?
2- Quais as consequências locais,
regionais e globais? Sinergia.
DISPOSIÇÃO DE REJEITOS
Disposição => depende do estado físico dos rejeitos:
* Gasosos => são normalmente tratados por processos físicos ou
químicos.
* Líquidos e sólidos => depositado em várias formas, dependendo
das suas características: granulometria, concentração, capacidade de
contaminação, entre outras.
Exemplo: mineração:
1º resíduo => estéril (gerado na fase de lavra) => deposição em pilhas com
controle (ex: segurança do talude) ou pilhas sem controle;
2º resíduo => rejeito (fase de beneficiamento) => deposição em superfície ,
cavidades subterrâneas (minas exauridas) ou ambientes subaquáticos (usado
no passado).
12/11/2013
19
METODOS DE DISPOSIÇÃO DE REJEITO SÓLIDOS
Empresa => Variável econômica
(local p/disposição)
Órgão ambiental => variáveis
econômicas, ambientais,
estruturais, geológicas e
impactos na circuzivinhaça
Etapas de uma barragem de rejeito
•Pilhas controladas
•Barragens: método de montante, jusante, linha de centro
• Deposição subterrânea
Exemplo de uma barragem
•Métodos de construção da barragem: simetria da crista; deslocamento do eixo; etc.
•A escolha do método dependerá: tipo, características geotécnicas e nível de
produção de rejeitos, necessidade de reservar água, necessidade de controle de
água percolada, sismicidade, topografia, hidrologia, hidrogeologia, geologia local e
custos envolvidos.
12/11/2013
20
LEGISLAÇÃO
Lei 12.334 de 20/09/2010 => Estabelece a Política Nacional de Segurança de
Barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à disposição
final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais, cria o
Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens e altera a
redação do art. 35 da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e do art. 4o da Lei
no 9.984, de 17 de julho de 2000.
http://www.ibracon.org.br/eventos/54CBC/cobertura/DamWorldConference_out12.pdf
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Ex: mineração
12/11/2013
21
Atividade extra-classe
Trabalho complementar do Seminario I
Parte escrita - equipe de três – máximo 10 páginas (introdução, descrição e
considerações com base na opinião da equipe)
Título:“As técnicas de disposição de rejeitos líquidos e sólidos (incluir no
método de barragem, descrição dos métodos e drenagem interna da
barragem)”.
Entrega: próxima aula
Calendário 2013.1
Energia e Meio Ambiente
Prova 1 Unidade 1 e 2 - 19/11/2013
Prova 2 (80%) Unidades 3 e 4
Ativ. Classe 20% da nota decorrer das aulas
Seminário 2
ATENÇÃO!
Reposição a definir
Prova Final Todas as
unidades
Seminário 1 (Mineração + Escrita sobre os métodos)