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Poder Legislativo

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Direito Constitucional -FUNAI 
Aula 8- Poder Legislativo 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 08 
Direito Constitucional 
Poder Legislativo 
Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
Direito Constitucional -FUNAI 
Aula 8- Poder Legislativo 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
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2 
 
 
Olá pessoal, tudo certo? Hoje iniciaremos nossos estudos sobre o Poder 
Legislativo, assunto essencial, importantíssimo que com certeza será muito 
abordado na prova. Vamos partir para o Poder Legislativo! 
 
PODER LEGISLATIVO 
ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO 
A Constituição diz (art. 44) que o Poder Legislativo, em âmbito federal, é exercido 
pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal. Por isso dizemos que no Brasil possuímos o sistema bicameral. 
Possuímos duas Casas Legislativas. 
Ratificamos que isso é, obviamente, na esfera federal. No âmbito dos Estados, 
Municípios e DF, o Legislativo funciona unicameralmente, exercido 
respectivamente pela Assembleia Legislativa Estadual, Câmara Municipal e 
Câmara Legislativa do Distrito Federal. 
No sistema bicameral do Legislativo Federal temos: 
 Câmara dos Deputados → Representantes do povo, eleitos, pelo 
sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no DF. 
X 
 Senado Federal → Representantes dos Estados/DF, eleitos segundo 
o princípio majoritário. 
 
Sistema proporcional x majoritário: 
No Poder Legislativo, a regra é a eleição proporcional. Eleição proporcional é 
aquele voto de legenda, que garante que diversos partidos políticos possam estar 
presentes na Casa. O objetivo é garantir representantes também das minorias, 
fortalecendo a pluralidade de opiniões, o que materializa o pluralismo político, 
um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, previsto no art. 1º, V da 
Constituição. 
O sistema proporcional só pode acontecer quando temos vários cargos e vários 
candidatos. Quando temos poucos cargos ele fica sem sentido. Assim, no caso 
dos cargos eletivos para o Executivo (Presidente, Governador, Prefeito) que 
possuem apenas 1 eleito, e no caso dos Senadores, 1 eleito ou 2 eleitos, 
dependendo da eleição, somente o sistema majoritário - quem conseguir a 
maioria dos votos ganha - é que pode existir. Os demais cargos eletivos do 
Legislativo (Deputados Federais, Deputados Estaduais, e Vereadores) são 
providos pelo sistema proporcional. 
Aula 8 
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3 
OBS - O senador para ser eleito deve conseguir a maioria relativa (simples) dos 
votos, não é necessária a maioria absoluta, e não há segundo turno para eleição 
de Senador. 
 
Legislatura x sessão legislativa: 
Seja em âmbito federal, estadual, municipal ou 
distrital, temos que cada legislatura terá a duração de quatro anos. 
 
 Legislatura → Duração de 4 anos; legislatura é o conjunto que 
representa os legisladores. O mandato de um deputado coincide com 
uma legislatura enquanto o Senador passa por duas (8 anos). 
X 
 Sessão Legislativa → Reunião anual do Congresso Nacional. Ocorrem 
de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
 
Decisões do Congresso: 
O art. 47 da Constituição dispõe que salvo disposição constitucional em contrário, 
as decisões serão tomadas por maioria dos votos (simples), presente a maioria 
absoluta de seus membros. 
Maioria absoluta = mais da metade do efetivo da Casa. 
Maioria simples = mais da metade dos presentes na sessão, e deve estar 
presente ao menos a maioria absoluta. 
 
Cargos do Poder Legislativo Federal: 
1 – Deputado federal: 
Conceito: Representantes do POVO. 
Mandato: de 4 anos. 
Eleição: sistema proporcional. 
Quantidade por Estado: o número de deputados e a representação por Estado/ 
DF será proporcional a população, e estabelecido em lei complementar. Sendo 
que cada Estado/DF contara com: 
■mínimo – 8 deputados; 
■Máximo – 70 deputados; e 
■ cada Território Federal – 4 deputados. 
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Serão procedidos ajustes necessários, no ano anterior as eleições, para que estes 
números sejam mantidos. 
 
2 – Senador: 
Conceito: representantes dos ESTADOS/DF. 
Mandato: de 8 anos sendo que a eleição será feita de 4 em 4 anos, modificando-
se alternadamente 1/3 e 2/3 dos membros do Senado. 
Eleição: se dará pelo sistema majoritário. 
Número: 3 senadores por cada Estado/DF eleitos com 2 suplentes. 
OBS - Território Federal não elege Senadores, pois estes são representantes dos 
Estados/DF e TF não é Estado. 
 
1. (FCC/ Técnico Jud.- TRT 6ª Região/ 2012) Em relação ao Poder 
Legislativo, é correto afirmar Os Senadores representam os Estados e o Distrito 
Federal e possuem mandato de oito anos, embora a legislatura do Congresso 
Nacional dure, apenas, quatro anos. 
Comentários: 
Correto, é exatamente isso. 
Gabarito: Correto. 
 
2. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Sobre o Poder Legislativo é correto afirmar 
que: 
a) cada Estado e o Distrito Federal elegerão quatro Senadores, com mandato de 
oito anos. 
b) o número total de Deputados Federais, bem como a representação por Estado 
e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei ordinária. 
c) o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito 
Federal, eleitos segundo o princípio minoritário. 
d) a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo 
sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 
e) a representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro 
em quatro anos, alternadamente, por três e quatro oitavos. 
Comentários: 
Essa questão traz praticamente uma revisão de toda a estrutura do Poder 
Legislativo. 
Letra A - Errado. Os senadores são eleitos em número de 3. O mandato, 
realmente é de 8 anos. 
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Letra B - Errado. Isso é papel de uma lei complementar. 
Letra C - Errado. O princípio é o majoritário (quem tiver mais votos ganha) e não 
o "minoritário". 
Letra D - Correto. 
Letra E - Errado. O correto seria 1/3 e 2/3. 
Gabarito: Letra D. 
 
3. (CESPE/Juiz TRF - 1ª REGIÃO/2011) O Poder Legislativo é composto 
por deputados federais, eleitos pelo sistema proporcional, e por senadores, 
eleitos pela maioria absoluta do total de eleitores de cada unidade da Federação. 
Comentários: 
Primeiramente, entendemos que a questão deveria expressamente citar o termo 
"federal", pois é somente o Poder Legislativo Federal que é composto de 
Deputados Federais e Senadores. Mesmo que deixemos isso de lado, o item ainda 
traz outro erro: para ser eleito senador, o candidato precisa da maioria relativa 
de votos. 
Gabarito: Errado. 
 
4. (CESPE/MEC/2009) A Câmara dos Deputados é composta de 
representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada estado, em 
cada território e no DF, não podendo nenhuma unidade da Federação possuir 
menos de dez ou mais de sessenta deputados.Comentários: 
A questão errou os limites, o mínimo seriam oito e não dez deputados. 
Gabarito: Errado. 
 
5. (ESAF/MF – Assistente Técnico Administrativo/2012 - ADAPTADA) 
O Congresso Nacional se compõe da Câmara dos Deputados, integrada por 
representantes dos Estados e do Distrito Federal, e do Senado Federal, que é 
formado pelos representantes do povo. 
Comentários: 
Errada. A resposta inverteu o conceito que se tem acerca da representatividade 
da Câmara e do Senado. 
A constituição assim estabelece em seus artigos 45 e 46: 
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, 
eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no 
Distrito Federal. 
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do 
Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 
entendimento que norma 
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6 
Gabarito: Errada 
 
6. (ESAF/CGU – Analista de Finanças /2012 - ADAPTADA) diferente do 
critério majoritário para a eleição de Deputado Federal, o critério proporcional 
aplicado no Senado Federal determina a eleição do Senador da República 
acompanhado por dois suplentes. 
Comentários: 
Errada. Novamente a questão inverte e mistura os sistemas para eleição aos 
cargos eletivos do Congresso Nacional. 
Segundo a Constituição Federal, em seus artigos 45 e 46, assim dispõe: 
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, 
pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito 
Federal. 
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito 
Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 
Gabarito: Errada 
 
7. (ESAF/PGFN – Procurador da Fazenda Nacional/2012 - 
ADAPTADA) Sobre a organização constitucional do Poder Legislativo, 
é incorreto afirmar que, salvo disposição constitucional em contrário, as 
deliberações de cada Casa do Congresso Nacional e de suas comissões serão 
tomadas por maioria absoluta de votos, presente a maioria absoluta de seus 
membros. 
Comentários: 
Errada. O texto constitucional exige apenas maioria simples de votos para as 
deliberações de cada uma de suas casas, bem como de suas comissões, segundo 
art. 47, CF 
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada 
Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a 
maioria absoluta de seus membros. 
Gabarito: Errada 
 
 
Atribuições: 
 
Muita atenção a esta parte! Este é um tema exaustivamente cobrado em 
concurso, vai do art. 48 ao 52 da Constituição. A cobrança se dá principalmente 
nos art. 49, 51, e 52, esses são cartas certas em concursos. 
O art. 49, então, deve estar muito bem fixado, leia e releia este artigo. 
O tema é um pouco extenso, mas, vocês não precisam se preocupar! Eu estou 
aqui justamente para poder jogar ao chão a dificuldade de acertar questões desse 
tema. Vamos às noções iniciais e macetes. 
 
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Noções iniciais: 
1- O art. 48 traz matérias que serão discutidas através de leis. Quem irá propor 
estas leis? Isso é indiferente, pode ser o Presidente, Parlamentar, STF... o que 
importa e é exigido pela Constituição, é que estas matérias sejam levadas através 
de lei ao Congresso para deliberação. Após essa deliberação o Presidente da 
República irá sancionar ou vetar a lei. 
2- Os art. 49, 51 e 52 trazem matérias que são reservadas ao trato exclusivo das 
Casas Legislativas- Câmara dos Deputados (art. 51), Senado (art. 52), ou se 
reunidos em Casa Única, ao Congresso - (art. 49). Nestes 3 artigos não há a 
participação de nenhum outro Poder, seja na iniciativa ou seja para sanção/veto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pulo do Gato: 
1- Tudo que for assunto de extrema importância, ou relevância nacional ou 
internacional, ou ainda assuntos delicados (atividade nuclear, índios...) ficou 
à cargo do Congresso Nacional (em casa única) - art. 49. Ex: resolver 
definitivamente sobre tratados internacionais, autorizar guerra ou que forças 
estrangeiras transitem em solo brasileiro fora dos casos da lei complementar, 
autorizar o Presidente da Rep. a se ausentar do país, bem como julgar as suas 
contas, autorizar atividades nucleares a explorações em terras indígenas e etc. 
2- Ao Senado, reservou-se as matérias referentes a: 
a) Aprovação (e em alguns casos, exoneração) de autoridades. Ex. 
Procurador Geral da República, Ministros do STF, Governador de Território, 
Presidente do Banco Central, Chefe de Missão Diplomática Permanente, entre 
outros. - O Senado é o único órgão do Legislativo Federal que aprova a 
nomeação de autoridades. 
b) Julgamento de autoridades por crimes de responsabilidade- O 
Senado é o único órgão do Legislativo Federal que faz julgamentos de 
autoridades. 
c) Finanças Públicas. Ex. Avaliar o Sistema Tributário Nacional, fixar limites 
de dívidas e condições de créditos e etc. 
3-Á Câmara dos Deputados não foram elencadas muitas competências 
relevantes. Apenas competências internas (elaborar o regimento interno e etc.) 
e devemos fazer destaque a apenas 2 competências: 
a) autorizar que o Senado instaure o processo contra o Presidente da 
Rep. , seu Vice e seus Ministros. 
b) Tomar as contas do Presidente da Rep., caso este não apresente 
as contas para o julgamento do Congresso em 60 dias. 
Obs. Nestes casos onde a Câmara dos Deputados atua de forma a autorizar o 
processo de julgamento pelo Senado enquanto este atua como a efetiva Casa 
julgadora, a Lei 1079/50 – que define crimes de responsabilidade e seu processo 
– denomina a Câmara como sendo “Tribunal de Pronúncia” e o Senado como 
sendo “Tribunal de Julgamento”. Lembrando que tal autorização somente se 
faz necessária nos casos de Presidente da República, Vice-Presidente e Ministros. 
 
 
 
 
 
8. (CESPE/ TJ-PI /2012) Compete privativamente ao Senado Federal 
escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União, estando a 
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cargo do Congresso Nacional aprovar a escolha dos ministros indicados pelo 
presidente da República. 
Comentários: 
Primeiro, já matamos a questão ao saber que só o Senado faz a aprovação das 
escolhas do Presidente. Isso não é atribuição do Congresso. Outra coisa é que 
não está dentre as competências do Senado nem da Câmara dos Deputados a 
escolha de membros do TCU, tal competência é do Congresso Nacional, prevista 
no art. 73, § 2º, II da Constituição Federal que noticia caber ao Congresso 
Nacional escolher dois terços dos ministros do TCU. 
Gabarito: Errado. 
 
9. (CESPE/ TJ-PI/2012) Compete à Câmara dos Deputados atuar como 
tribunal de pronúncia nos crimes praticados pelo Presidente da República, 
autorizando a instauração de inquérito e o oferecimento de denúncia ou queixa 
ao STF (no caso de crime comum), bem como admitindo a acusação e a 
instauração de processo no Senado Federal (no caso de crime de 
responsabilidade).Comentários: 
De fato, a Câmara dos deputados, funciona como tribunal de pronúncia nos 
crimes praticados pelo Presidente da República, no entanto, a Constituição só fala 
em autorização para instauração do processo e não do inquérito, por isso o item 
está incorreto. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (ESAF/ ANAC – Analista Administrativo/2016) Nos termos da 
Constituição Federal, caso um Presidente da República cometa crime que afronte 
a lei orçamentária, será competente para julgá-lo, visto tratar-se de crime de 
responsabilidade, o(a) 
a) Senado Federal. 
b) Supremo Tribunal Federal. 
c) Congresso Nacional. 
d) Câmara dos Deputados.. 
e) Conselho Nacional de Justiça. 
Comentário: 
Segundo o art. 52, I, da Constituição Federal, é de competência privativa do 
Senado processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos 
crimes de responsabilidade. 
Por sua vez, o art. 85 estabelece que são crimes de responsabilidade os atos 
do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, 
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10 
especialmente, contra: 
[...] 
VI - a lei orçamentária; 
Assim, resta claro que a competência para julgar o Presidente da República na 
situação descrita no comando da questão é do Senado Federal. 
Gabarito: Letra A 
 
11. (ESAF/ DNIT – Técnico Administrativo/2013) Em relação às 
competências do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, assinale a opção correta. 
a) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus 
membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da 
República e os Ministros de Estado. 
b) Compete privativamente à Câmara dos Deputados processar e julgar o 
Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade. 
c) Compete ao Congresso Nacional, por meio de iniciativa do Presidente do 
Senado Federal, proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando 
não apresentadas dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. 
d) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar o Presidente da 
República e o Vice- Presidente da República a se ausentarem do País, quando a 
ausência exceder a quinze dias. 
e) Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do 
Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o 
Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade. 
Letra A. Errada. A alternativa traz competência privativa da Câmara dos 
Deputados, prevista no art 51, I, da CF. 
Letra B. Errada. Refere-se à competência expressa do Senado, prevista no art. 
52, I, da CF. 
Letra C. Errada. A alternativa traz competência privativa da Câmara dos 
Deputados, prevista no art 51, II da CF. 
Letra D. Errada. A alternativa refere-se a competência exclusiva do Congresso 
Nacional, prevista no art. 49, III, da CF. 
Letra E. Certa. É a literalidade do art. 52, II, da CF. 
Gabarito: Letra E 
 
Deputados e Senadores: 
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11 
Pessoal, o art. 53 deve ser muito bem estudado, completamente! Ele é o mais 
fácil entre todos os referentes a parlamentares e um dos que mais cai. 
Por favor, após a explanação que darei, leiam e releiam o art. 53, ok? 
 
Imunidade material: 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, 
por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 
 
Vamos entendê-la: 
1- Imunidade "material" = proteção dada ao conteúdo (matéria) de suas 
manifestações. 
2- Essa imunidade torna inadmissível que um parlamentar seja punido seja na 
esfera cível, seja na esfera penal, por palavras que tenha proferido, pois isto é 
inerente à sua função1. 
3- A imunidade não se restringe àquelas manifestações que são proferidas na 
tribuna parlamentar. Abrange qualquer manifestação, onde quer que tenha sido 
feita, desde que inerentes ao exercício da atividade parlamentar. 
4- A imunidade material não é, porém, absoluta, pois somente se verifica nos 
casos em que a conduta possa ter alguma relação com o exercício do mandato 
parlamentar2. 
5- Caso a manifestação seja dada dentro do plenário, o STF considera que ela é 
conexa com o exercício da sua função, independente do teor que tenha, não 
podendo o parlamentar ser punido3. 
6-A proteção dada a essas palavras perdura no tempo. O parlamentar não pode 
após o seu mandato ser processado por algo que disse enquanto era parlamentar. 
7- Essas imunidades são de ordem pública, são irrenunciáveis pelo parlamentar; 
8- Como são inerentes ao exercício do mandato, caso o parlamentar esteja 
afastado (exercendo, por exemplo, a função de Ministro de Estado) ele não faz 
jus à proteção. 
9- As imunidades são garantias de independência do Poder Legislativo, impedindo 
que eles possam restar submetidos ao arbítrio dos demais Poderes do Estado. 
Assim, ao possuir imunidades materiais e formais, o Legislativo pode livremente 
defender a democracia, representando os interesses do povo e da federação. 
 
 
1Segundo a Petição 3686/DF, transcrita no informativo nº 438 do STF, 
2Inq 2.134. 
3RE 463.671-AgR. 
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12 
12. (CESPE/Analista Ministerial- MPE-PI/2012) As imunidades 
parlamentares são prerrogativas que decorrem do efetivo exercício da função 
parlamentar e estendem-se aos suplentes, mesmo que estes não tenham 
assumido o cargo ou não estejam em seu efetivo exercício. 
Comentários: 
As imunidades não são extensíveis aos suplentes, da mesma forma que se o 
parlamentar for investido em cargo de ministro, por exemplo, deixa de ostentar 
tal prerrogativa. 
Gabarito: Errado. 
 
13. (ESAF/CGU – Analista de Finanças e Controle/2012) Nos termos da 
atual redação da Constituição, os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e 
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. A respeito da 
inviolabilidade e da imunidade parlamentar, é correto afirmar que 
a) a inviolabilidade não é uma exclusão de cometimento de crime por parte de deputados e 
senadores por suas opiniões, palavras e votos. 
b) nos termos do enunciado, não fica excluída a pretensão de ressarcimento de eventual 
dano material ou moral decorrente da atuação do congressista. 
c) o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que qualquer declaração 
feita nas dependências do Congresso Nacional, seja na Tribuna ou nas Comissões, é objeto 
da inviolabilidade parlamentar, não sendo necessário analisar se existe ou não nexo causal 
entre as afirmações e o exercício do cargo para se aplicar a inviolabilidade. 
d) não importa a natureza do crime, nem se é ou não afiançável, o congressista não poderá 
ser processado criminalmente sem licença de sua Casa, de acordo com a redação dada pela 
Emenda Constitucional 35/2001, de sorte que, proposta a ação penal contra um deputado 
ou senador no exercício do mandato, o Supremo Tribunal Federal sequer pode receber a 
denúncia ou instaurar o processo. 
e) a inviolabilidade é prerrogativa processual, e esta é a verdadeira inviolabilidade, dita 
formal, para diferençar da material, que é aimunidade. 
Gabarito: Letra C 
 
 
 
 
 
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13 
Imunidade formal (ocorre a partir da expedição do diploma) 
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão 
submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional 
não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse 
caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa 
respectiva, para que, pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, 
resolva sobre a prisão. 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime 
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à 
Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado 
e pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, poderá, até a 
decisão final, sustar o andamento da ação. 
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo 
improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa 
Diretora. 
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o 
mandato. 
 
Esses parágrafos conferem várias prerrogativas aos parlamentares, 
vamos analisá-las: 
1- Foro especial perante o STF a partir do momento que o diploma for expedido 
- Assim, independente do tempo do crime, antes ou depois da diplomação, o 
simples fato de ele ser um parlamentar (com seu diploma expedido) faz ele ser 
julgado perante o STF; 
 
2- O parlamentar não pode ser preso - esta é a regra - a não ser que seja em 
flagrante de um crime inafiançável; 
 
3- A imunidade processual do §3º só vale para crimes cometidos após a 
diplomação, então temos duas possibilidades: 
 Se o crime for anterior à diplomação - o parlamentar será levado a 
julgamento perante o STF, já que por ser parlamentar conquista a 
prerrogativa de foro, porém não poderá haver sustação da ação, já que a 
imunidade processual do art. 53 §3º só é válida para crimes cometidos 
posteriormente à diplomação. 
 Se o crime for posterior à diplomação - o processo será iniciado no STF, 
mas poderá ser sustado, desde que algum partido político provoque a Casa 
respectiva, e esta entenda, em até 45 dias, através da maioria (absoluta) 
de seus membros que o processo deve ser sustado (neste caso suspende 
também a prescrição do crime). 
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14 
 
4- Não se exige licença prévia da Casa para o processo contra 
parlamentar. A possibilidade de sustamento é posterior ao início do processo. 
 
5- Terminado o mandato parlamentar, termina também o foro especial perante 
o STF devendo os autos serem remetidos ao juízo competente ordinário. 
 
6- Essas prerrogativas não se aplicam aos suplentes; 
 
7- Embora parte da doutrina seja contrária, o Supremo reconhece a possibilidade 
de prisão em face de sentença definitiva. Assim, existem duas possibilidades de 
prisão do parlamentar: flagrante de crime inafiançável ou sentença judicial 
transitada em julgado pelo STF. Desta forma, temos 3 hipóteses que podem 
acontecer: 
 O parlamentar foi pego em flagrante de crime inafiançável - pode 
ser preso, mas os autos serão remetidos em 24 horas à sua Casa para que 
esta decida sobre a prisão. 
 O parlamentar cometeu um crime antes da diplomação - O processo 
continuará correndo normalmente (só que agora no STF), não podendo ser 
sustado (não incide imunidade processual). Se ele for condenado em 
sentença transitada em julgado pelo Supremo, poderá ser preso.Se como 
efeito da condenação tiver os direitos políticos suspensos, perderá o 
mandato. 
 O parlamentar cometeu um crime após a diplomação - O Supremo 
recebe a denúncia e inicia o processo, porém um partido político pode tomar 
a iniciativa de fazer com que a Casa suste o andamento da ação. Se não 
houver sustamento da ação e ele for condenado em sentença transitada 
em julgado, poderá ser preso. 
 
8- Caso o parlamentar seja condenado em sentença transitada em julgado, 
independentemente da sua prisão, caberá à Casa decidir se ele irá ou não perder 
o mandato (CF, art. 55, VI), assim, se o parlamentar é condenado, pode ser 
preso, mas caso a Casa decida pela não perda do cargo, ele poderá voltar após 
o cumprimento da pena (se o mandato não tiver terminado, obviamente). 
 
 
 
 
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15 
Fluxograma da Imunidade Formal dos Parlamentares já Diplomados 
(não se aplica aos suplentes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parlamentar praticou um 
crime! 
O crime foi praticado antes ou 
depois da diplomação? 
É levado ao julgamento 
no STF, pois ele já 
adquiriu o foro com a 
diplomação, porém, o 
andamento do processo 
não pode ser sustado. 
Ele foi pego em flagrante e o crime é inafiançável? 
Ele não poderá ser preso, mas 
correrá contra ele processo no STF, 
que poderá ser sustado pela sua 
Casa Legislativa, por iniciativa de 
partido político nela 
representado e pelo voto da 
maioria (absoluta) de seus 
membros, até a decisão final. 
 
Ele pode ser preso, mas 
neste caso, mesmo 
assim, a Casa resolverá 
dentro de 24 horas e 
pelo voto da maioria 
(absoluta) de seus 
membros sobre a prisão. 
 
ANTES DEPOIS 
Se for condenado, e a 
sentença transitar em 
julgado, caberá à Casa 
decidir se ele irá ou não 
perder o mandato (CF, 
art. 55, VI). 
Não precisa de qualquer licença ou autorização para 
ser processado. Precisa-se é da resposta de algumas das 
perguntas a seguir. 
 
 
SIM NÃO, o crime não é inafiançável e/ou 
não foi pego em flagrante. 
Se tiver a iniciativa de partido 
político para sustar o andamento, a 
Casa tem 45 dias para decidir 
contados do recebimento do 
pedidopela Mesa Diretora. 
Irá suspender a 
prescrição do 
crime, enquanto 
durar o mandato. 
SUSTOU NÃO SUSTOU 
O processo continua 
correndo no STF. 
Se for condenado, e a 
sentença transitar em 
julgado, caberá à Casa 
decidir se ele irá ou 
não perder o mandato 
(CF, art. 55, VI). 
Em qualquer caso, terminado 
o mandato, terminará 
também o foro privilegiado, e 
os autos do processo serão 
remetidos pelo STF ao juízo 
ordinário competente. 
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14. (CESPE/ AGU/2012) Os deputados federais e senadores submetem-se, 
desde a expedição do diploma, a julgamento perante o STF; não é necessário, 
porém, que esse tribunal tenha autorização da casa respectiva para receber a 
denúncia ou queixa-crime e iniciar a ação penal contra parlamentar. 
Comentários: 
A questão trata do foro por prerrogativa de função, o dos congressistas é o STF 
desde a expedição dos diplomas (art. 53, §1º). Realmente é desnecessária a 
autorização das casas respectivas para que seja dado andamento à ação penal 
por crime cometido após a diplomação. No entanto, ao receber a denúncia 
contra o parlamentar o Supremo dará ciência à Casa respectiva, que,por 
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus 
membros, poderá, até a decisão final, sustar (fazer parar) o andamento da 
ação. 
Gabarito: Correto. 
 
15. (CESPE/ TJ-AC/ 2012)Os deputados e senadores dispõem de foro 
privilegiado desde a expedição do diploma, estando, portanto, uma vez 
diplomados, ainda que ainda não tenham tomado posse, submetidos a 
julgamento perante o STF. 
Comentários: 
Correto, de acordo com o art. 53, §1º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
16. (CESPE/Advogado AGU/2012) Os deputados federais e senadores 
submetem-se, desde a expedição do diploma, a julgamento perante o STF; não 
é necessário, porém, que esse tribunal tenha autorização da casa respectiva para 
receber a denúncia ou queixa-crime e iniciar a ação penal contra parlamentar. 
Comentários: 
A questão trata do foro por prerrogativa de função, o do congressistas é o STF 
desde a expedição dos diplomas (art. 53, §1º). Realmente é desnecessária a 
autorização das casas respectivas para que seja dado andamento à ação penal 
por crime cometido após a diplomação. No entanto, ao receber a denúncia 
contra o parlamentar o Supremo dará ciência à Casa respectiva, que, por 
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus 
membros, poderá, até a decisão final, sustar (fazer parar) o andamento da 
ação. 
Gabarito: Correto. 
 
 
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Extensão das imunidades parlamentares aos Deputados Estaduais e 
Vereadores: 
Segundo a Constituição, aos deputados estaduais se aplicam as mesmas 
inviolabilidades e os mesmos impedimentos dos Deputados Federais. 
Os vereadores, no entanto, possuem somente imunidade material, e, ainda 
assim, não se trata de uma imunidade plena como a dos Deputados Federais e 
Senadores; a imunidade dos vereadores se aplica somente às manifestações 
proferidas no exercício do mandato e dentro dos limites municipais(CF, 
art. 29, VIII). 
Assim, a Constituição não previu imunidade formal aos vereadores. 
 
17. (CESPE/Procuradoria AL-ES/2011) As opiniões que forem 
manifestadas fora do recinto legislativo pelo parlamentar federal estarão 
acobertadas pela imunidade material, hipótese que não se estende aos deputados 
estaduais e vereadores. 
Comentários: 
As imunidades guardam relação com as prerrogativas do cargo e não com o 
recinto, assim, elas se estendem a todos os atos parlamentares se no 
cumprimento da função institucional. 
A questão erra, porém, ao dizer que tal imunidade material não se estende aos 
Deputados Estaduais e Vereadores, o que não é verdade. Segundo a Constituição, 
aos deputados estaduais se aplicam as mesmas inviolabilidades e os mesmos 
impedimentos dos Deputados Federais. E aos vereadores, embora não se 
apliquem as imunidades formais, se aplicam as imunidades materiais (que foi a 
cobrada pela questão). 
Gabarito: Errado. 
 
Informações em razão do exercício do mandato 
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre 
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem 
sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. 
 
18. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011)Em relação aos Deputados Federais e 
Senadores, é correto afirmar: 
a) Recebida a denúncia, por crime ocorrido antes da diplomação, o Supremo 
Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido 
político nela representado e pelo voto de um terço de seus membros, poderá, até 
a decisão final, sustar o andamento da ação. 
b) Desde os resultados das eleições, não poderão ser presos, salvo em flagrante 
de crime inafiançável, sendo que nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 
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18 
vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus 
membros, resolva sobre a prisão. 
c) Desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o 
Supremo Tribunal Federal. 
d) O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo 
improrrogável de trinta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. 
e) Serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em 
razão do exercício do mandato e sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles 
receberam informações. 
Comentários: 
Letra A – Errado. A questão tentou cobrar a o teor do art. 53 § 3º da Constituição, 
mas cometeu diversos erros. O correto seria “recebida a denúncia, por crime 
ocorrido após a diplomação” e “pelo voto da maioria (absoluta) de seus 
membros”. 
Letra B – Errado. Essa imunidade formal dos parlamentares ocorre a partir da 
“expedição do diploma” e não desde o resultado das eleições. 
Letra C – Correto. Agora sim! Com a expedição do diploma, o parlamentar 
conquista a sua prerrogativa especial de foro perante o STF. 
Letra D – Errado. Que isso?! 35 dias? Não existe esse prazo para nada... Não que 
eu tenha conhecimento. O correto seria 45 dias, nos termos do art. 53 §4º da 
Constituição. 
Letra E – Errado. Segundo o art. 53 §6º da Constituição, eles não serão 
obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do 
exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles 
receberam informações. 
Gabarito: Letra C. 
 
Incorporação às FFAA 
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, 
embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia 
licença da Casa respectiva. 
 
19. (FCC/TJAA-TRF4/2010) A incorporação às Forças Armadas de 
Deputados Federais, embora militares e ainda que em tempo de guerra, 
dependerá de prévia licença: 
a) do Tribunal Superior Eleitoral. 
b) do Supremo Tribunal Federal. 
c) do Superior Tribunal de Justiça. 
d) da Câmara dos Deputados. 
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e) do Senado Federal. 
Comentários: 
A Constituição dispõe em seu art. 53 § 7º que a incorporação às Forças Armadas 
de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, 
dependerá de prévia licença da Casa respectiva. Como estamos tratando de 
"Deputados Federais", precisa-se de licença da Câmara dos Deputados. 
Gabarito: Letra D. 
 
Imunidades durante o estado de sítio 
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o 
estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois 
terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados 
fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a 
execução da medida. 
 
20. (CESPE/ TRE-MT/2010) Os membros do Congresso Nacional são 
invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, 
e suas imunidades só poderão ser suspensas durante o estado de sítio por decisão 
motivada do executor das medidas, com especificação e justificação das 
providências adotadas. 
Comentários: 
Para que elas deixem de existir, precisa do voto de 2/3 dos membros do 
Congresso Nacional, nos termos do art. 53 §8º da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
Impedimentos aos parlamentares (CF, art. 54 ao 56) 
A Constituição, do art. 54 e 56 traz diversos impedimentos às pessoas que forem 
eleitas para a Câmara dos Deputados e para o Senado. Esses impedimentosconstituem-se em algumas proibições que desde a "expedição do diploma" já 
devem ser observadas, e outras que passarão a ser de observância obrigatória 
após a sua posse. Vejamos: 
 
 
 
 
 
 
 
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OBS.: Cargos ad nutum são aqueles de livre nomeação e exoneração, como os 
cargos em comissão. 
Contrato com "cláusulas uniformes" são aqueles contratos de adesão que podem 
ser firmados por qualquer pessoa, como contratos de telefonia e TV por 
assinatura. 
 
Pulo do Gato: 
Veja que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem 
decorados: 
1- Firmar ou manter contrato... 
2- Aceitar ou exercer cargo... (remunerado) 
Todos os outros são apenas a partir da posse. Com isso já se resolve várias 
questões! 
 
 
 
 
 
O Deputado ou Senador não irá perder o seu mandato: 
A partir daqui, não poderá: 
 Firmar ou manter contrato com 
entidades da adm. pública ou 
concessionárias de serviço 
público (salvo contratos de 
cláusulas uniformes). 
 Aceitar ou exercer cargo, função 
ou emprego remunerado, 
inclusive os demissíveis "ad 
nutum" em entidades da adm. 
pública ou concessionárias de 
serviço público. 
 
A partir daqui, não poderá: 
 Ocupar cargo ou função "ad 
nutum" em entidades da adm. 
pública ou concessionárias de 
serviço público. 
 Patrocinar causa em que seja 
interessada entidades da adm. 
pública ou concessionárias de 
serviço público. 
 Ser proprietário, controlador ou 
diretor de empresa que goze de 
favor decorrente de contrato com 
PJ de direito público, ou exercer 
função remunerada em tal 
empresa. 
 Ser titular de mais de um cargo 
ou mandato público eletivo. 
Expedição 
do diploma: 
 
Posse 
 
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1- se for investido no cargo de: 
 Ministro de Estado; 
 Governador de TF; 
 Secretário de Estado/DF ou de TF; 
 Secretário de Prefeitura de CAPITAL; ou 
 Chefe de missão diplomática TEMPORÁRIA; 
Observe que se o parlamentar não perderá o mandato se for chamado para 
cargos de livre nomeação e exoneração como Ministros e seus simétricos 
federativamente, mas temos que ter cuidado no caso de Secretário Municipal, 
pois será lícito assumir sem a perda apenas em Capitais e no caso de missão 
diplomática, apenas se for o chefe e a missão for temporária. 
 
2- Se for licenciado pela respectiva Casa: 
 Por motivo de doença; ou 
 Para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, 
neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa. 
 O suplente será convocado no caso de: 
 Vaga; 
 Investidura nas funções previstas acima; ou 
 Licença superior a 120 dias. 
 Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se 
faltarem mais de 15 meses para o término do mandato. 
Vamos organizar as hipóteses em que o Deputado ou Senador irá perder 
o seu mandato: 
1- Incorrer em qualquer dos impedimentos acima; 
2- Praticar ato incompatível com o decoro parlamentar(sendo que, além dos 
casos definidos no regimento interno, é incompatível com o decoro 
parlamentar: o abuso das prerrogativas asseguradas ou a percepção de 
vantagens indevidas); 
3- Sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 
 
 
 
 
 
4- Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
Nestes 3 casos, a perda do mandato será "decidida" pela Casa 
respectiva, por "voto secreto" e "maioria absoluta", mediante 
provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado 
no CN, assegurada ampla defesa. 
 
Podendo 
optar pela 
remuneração 
do mandato. 
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22 
5- Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a 1/3 das sessões 
ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licençaou missão autorizada pela 
Casa; (desinteresse equiparado à renúncia4). 
6- Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na CF; 
 
 
 
 
 
 
Observe que quando se fala em quebra de decoro, infração a impedimentos e até 
mesmo condenação criminal transitada em julgado, a Casa irá decidir pela perda 
ou não do mandato do parlamentar, diferentemente do que ocorre por faltas ou 
por requisição da justiça eleitoral, onde caberá a Mesa da Casa simplesmente 
declarar a perda do mandato. 
 
Pulo do Gato: 
Veja que temos 3 hipóteses onde a perda do mandato é decidida (pode perder 
ou não, depende do voto da Casa), e outras 3 hipóteses onde a perda é declarada 
(não cabe à Casa decidir, apenas cumprir). 
A Casa declara a perda do cargo (não cabendo fazer juízo) sobre coisas que foram 
determinadas externamente, independentes de uma ação do parlamentar, são 
elas: perda/suspensão dos direitos políticos e decisão da Justiça Eleitoral. 
Ocorrerá ainda no caso de faltas excessivas (mais de 1/3 das sessões ordinárias), 
pois isso demonstra desinteresse equiparado à renúncia do cargo e, se ele 
decidiu “renunciar”, não cabe à Casa Legislativa decidir a respeito. 
Agora, quando estamos diante de uma ação do parlamentar que acaba incorrendo 
em impedimentos funcionais ou ferindo o decoro inerente à categoria (caso 
do ex-senador Demóstenes Torres, que perdeu o cargo por quebra do decoro),a 
Casa respectiva irá decidir (por maioria absoluta) se a ofensa foi relevante o 
suficiente para declarar a perda de seu cargo. 
 
 
 
 
4 Como salienta SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo 33ª ed. Pg. 540. 
Nestes 3 casos, a perda será "declarada" pela Mesa da Casa 
respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus 
membros, ou de partido político representado no CN, assegurada 
ampla defesa. 
 
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23 
 A hipótese de “condenação criminal transitada 
em julgado” é a polêmica, pois, em princípio, na letra da Constituição e na mais 
sólida doutrina, seria causa de“decisão”e não “declaração” daperda, pois se 
trata de uma faceta da independência e harmonia entre os Poderes. 
Assim, o Judiciário condenaria, mas não iria interferir diretamente nos trabalhos 
legislativos, deixando o próprio Poder Legislativo decidir se o 
trabalhodoparlamentar merece continuar ou não até o términodoseumandato, 
seria diferente da hipótese de determinação da Justiça Eleitoral, pois neste caso 
pressupõe que ele está investido irregularmente na função, pois cometeu alguma 
infração eleitoral. No entanto, o STF, no caso 
específicodojulgamentodo“mensalão (AP 470)” modificou a forma de interpretar 
a Constituição, decidindo que o parlamentar que sofreu condenação criminal 
transitada em julgado deverá perder automaticamente o cargo. No entanto, mais 
recentemente, no julgamento da AP 565, cujo réu é o Senador Ivo Cassol, 
oportunidade em que o plenário da corte deixou para a Casa Legislativa a decisão 
sobre aperdademandatodoparlamentar. 
Ou seja, há a divergência interpretativa no próprio Supremo. Nossa opiniãoé 
entender como "a decisão caberá à Casa Legislativa", mas não se esqueça da 
polêmica que expomos anteriormente, já que pode ser cobrada por alguma banca 
no concurso. Vamos esquematizar: 
 
A Casa "decide" se ele perde o mandato ou não, quando: 
 Incorrer nos impedimentos; 
 Atentar contra o decoro; 
 Sofrer condenação criminal transitada em julgado (em regra); 
A Casa "declara" a perda do cargo quando: 
 Seus direitos políticos forem perdidos ou suspensos; 
 A Justiça Eleitoral determinar; 
 Faltar injustificadamente a 1/3 das sessões ordinárias; 
 Sofrer condenação criminal transitada em julgado por crimes cuja natureza 
torne a sua permanência no cargo incompatível (jurisprudência não pacífica 
no STF); 
 
A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar 
à perda do mandato, nos termos vistos acima, terá seus efeitos 
suspensos até as deliberações finais sobre a decisão ou declaração, ou 
não, da perda do mandato. 
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24 
Algumas questões de concurso tentam confundir o candidato associando tal 
disposição ao Presidente da República, porém, somente em relação aos 
parlamentares se aplica a disposição de que "de nada adianta pedir a renúncia 
se o processo de cassação do mandato já estiver aberto". 
 
21. (FCC/ TRF 4º/2010)É correto afirmar que os Deputados e Senadores não 
poderão, desde a expedição do diploma, 
a) patrocinar causa em que seja interessada empresa de economia mista ou 
concessionária de serviço público. 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que 
sejam demissíveis ad nutum, em autarquia. 
c) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer 
função remunerada. 
d) patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito público e 
empresa pública. 
e) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
Comentários: 
Essa questão é típica de concursos, e é um terror para candidatos "normais". Ela 
embola um artigo já confuso, que é o art. 54 da Constituição Federal. Mas, os 
meus alunos não têm problema algum com este tipo de questão, pois sabe que 
temos um "pulo do gato" para acertá-la: 
Veja pela leitura do art. 54 que "a partir da expedição do diploma" só há 2 
impedimentos a serem decorados: 
1- Firmar ou manter contrato... 
2- Aceitar ou exercer cargo... 
Todos os outros são apenas a partir da posse. 
A letra B é que trouxe o "aceitar ou exercer cargo". As outras são a partir da 
"posse" (CF, art. 54). 
Gabarito: Letra B. 
 
22. (FCC/ TRE-AL/2010)Os Deputados e os Senadores NÃO poderão, desde 
a expedição do diploma: 
a) ser diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa 
jurídica de direito público. 
b) ser proprietários de empresa que goze de favor decorrente de contrato com 
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. 
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25 
c) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, salvo quando 
o contrato obedecer a cláusulas uniformes. 
d) patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito público. 
e) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
Comentários: 
Novamente, vamos ao "pulo do gato" para acertar essa questão: "a partir da 
expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados: 
1- Firmar ou manter contrato... 
2- Aceitar ou exercer cargo... 
Todos os outros são apenas a partir da posse. 
A letra C trouxe o "firmar ou manter contrato". As outras são a partir da "posse" 
(CF, art. 54). 
Gabarito: Letra C. 
 
23. (FCC/ TRT-AL/2008) Os Senadores não poderão, desde a expedição 
do diploma, ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
Comentários: 
meus alunos sabem que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos 
a serem decorados (vide art. 54): 
1- Firmar ou manter contrato... 
2- Aceitar ou exercer cargo... 
Como não usou as frases "firmar ou manter contrato", nem "aceitar ou exercer 
cargo", não pode falar em "a partir da expedição do diploma". 
Gabarito: Errado. 
 
24. (FCC/Técnico-TRT 18ª/2008)No que diz respeito ao Poder Legislativo, 
NÃO perderá o mandato Deputado ou Senador que: 
a) deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões 
ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada. 
b) for licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem 
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não 
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 
c) for proprietário, controlador ou diretor de empresa, desde a posse, que goze 
de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela 
exercer função remunerada. 
d) firmar ou manter, desde a expedição do diploma, contrato com pessoa jurídica 
de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou 
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26 
empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a 
cláusulas uniformes. 
e) abusar das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou 
auferir vantagem indevida. 
Comentários: 
Letra A - Correto. É caso de perda (CF, art. 55). 
Letra B - Errado. Isso não é caso de perda (CF, art. 56). 
Letra C - Correto. É caso de perda (CF, art. 54 c/c art. 55). 
Letra D - Correto. É caso de perda (CF, art. 54 c/c art. 55). 
Letra E - Correto. É caso de perda (CF, art. 54 c/c art. 55). 
Gabarito: Letra B. 
 
Reuniões das Casas Legislativas: 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital 
Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de 
dezembro. 
 
 
 
 
 
 
§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o 
primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos 
ou feriados. 
§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação 
do projeto delei de diretrizes orçamentárias (PLDO). 
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir 
de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus 
membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) 
anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição 
imediatamente subseqüente. 
Perceba que a CF protegeu o PLDO não prevendo a sua rejeição, já que, enquanto 
ele não for aprovado, a sessão legislativa não poderá ser interrompida. 
 
25. (FCC/ MPE-MA/ 2013) Segundo a Constituição Federal brasileira, no 
tocante às reuniões é correto afirmar: 
2 de Fevereiro 
 
17 de Julho 
 
1o de Agosto 
 
22 de Dezembro 
 
RECESSO 
 
1o de Fevereiro – Reuniões Preparatórias 
 
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27 
(A) Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatóriaspara eleição das 
respectivas Mesas, paramandato de um ano, vedada a recondução para omesmo 
cargona eleição imediatamente subsequente. 
(B) A Mesa do Congresso Nacional será presidida peloPresidente da Câmara dos 
Deputados. 
(C) A sessão legislativa só poderá ser interrompida paraposterior aprovação do 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias. 
(D) O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, naCapital Federal, de 28 de 
fevereiro a 21 de julho ede 1º de agosto a 23 de dezembro. 
(E) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ãoem sessão conjunta 
para, dentre outros assuntos,conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
Comentários: 
Letra A- Errado, o erro está em afirmar que o mandato nas mesas será de um 
ano quando na verdade o mandado é de dois anos, conforme prevê o §4º do 
art. 57 da Constituição. 
Letra B- Errado, a Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente 
do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos 
ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal 
(§5º, art. 54, da CF). 
Letra C- Errado, a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias (§2º do art. 54 da CF). 
Letra D- Errado, o Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital 
Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro 
(art. 57 da CF); 
Letra E- Correto, segundo o inciso IV, §3º do art. 57 da Constituição. 
Gabarito: Letra E. 
 
26. (FCC/ Técnico Jud.- TRT 6ª Região/ 2012) O Congresso Nacional 
reúne-se, anualmente, na Capital Federal, de 2 de janeiro a 30 de junho e de 1º 
de agosto a 22 de dezembro. 
Comentários: 
Errado, o art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital 
Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
Gabarito: Errado. 
 
27. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)A Câmara dos Deputados reunir-se-á em 
sessão única no primeiro dia do primeiro ano da legislatura, para a posse de seus 
membros e mandatos de quatro anos. 
Comentários: 
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28 
Errado. Segundo a Constituição em seu art. 57 § 4º, cada uma das Casas reunir-
se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da 
legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para 
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição 
imediatamente subsequente. 
Gabarito: Errado. 
 
28. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)A sessão legislativa não será interrompida 
sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
Correto. Pela Constituição Percebemos que a CF protegeu tal projeto, não 
prevendo a sua rejeição, dispondo que asessão legislativa não será interrompida 
sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias(CF, art. 57, §2º). 
Gabarito: Correto. 
 
Reunião em sessão conjunta: 
§ 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos 
Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: 
I - inaugurar a sessão legislativa; 
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns 
às duas Casas; 
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da 
República; 
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
 
 Sessão conjunta → Os deputados e senadores deliberam juntos, mas, 
votam em separado. 
X 
 Sessão unicameral do CN → É o CN se reunindo como se fosse apenas 
uma Casa, deliberando e votando junto. 
 
29. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) Depende de deliberação do 
Congresso Nacional, em sessão conjunta, a rejeição de veto presidencial a projeto 
de lei. 
Comentários: 
Correto. Segundo a Constituição, em seu art. 66 §4º, o veto será apreciado em 
sessão conjunta, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento, só podendo ser 
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29 
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em 
escrutínio secreto. Também seria possível acertar a questão com o conhecimento 
sobre o art. 57 §3º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
30. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) Depende de deliberação do 
Congresso Nacional, em sessão conjunta, o julgamento do Presidente da 
República por crime de responsabilidade. 
Comentários: 
Errado. O Presidente da República não é julgado, em seus crimes de 
responsabilidade, pelo Congresso. O julgamento é realizado pelo Senado Federal, 
isoladamente. 
 
Sessão legislativa extraordinária: 
A sessão legislativa extraordinária é aquela sessão que ocorre de uma forma 
excepcional, convoca-se o Congresso no período de recesso parlamentar. 
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: 
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado 
de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a 
decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do 
Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; 
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos 
membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público 
relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da 
maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente 
deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a 
hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela 
indenizatória, em razão da convocação. 
§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação 
extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente 
incluídas na pauta da convocação. 
 
Esquematizando a convocação extraordinária do Congresso Nacional: 
 
Responsável pela 
convocação: 
Motivo: Observações: 
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Presidente do Senado 
Federal: 
- Em caso de decretação de 
estado de defesa ou de 
intervenção federal; 
- De pedido de autorização 
para a decretação de 
estado de sítio; e 
- Para o compromisso e a 
posse do Presidente e do 
Vice-Presidente da 
República; 
--- 
 
Presidente da República 
 
- Caso de urgência ou 
interesse público 
relevante. 
Precisa da 
aprovação da 
maioria 
absoluta de 
cada Casa 
Legislativa. 
 
Presidentes da Câmara 
dos Deputados e do 
Senado Federal (em 
conjunto) 
 
 
Maioria absoluta dos 
membros de ambas as 
Casas 
 
 
 Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso 
Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, vedado 
o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. E 
havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do 
CN, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. 
 
 
 
Pulo do Gato: 
Veja que a regra é a convocação extraordinária ser sempre realizada pelo 
Presidente do Senado (que é o Presidente do Congresso), a exceção é a 
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31 
convocação pelas demais autoridades. A exceção deve ser decorada,pois é o 
único caso: 
 Urgência ou interesse público relevante (precisa de aprovação da MA 
das Casas Legislativas). 
 
 
31. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)A convocação extraordinária do Congresso 
Nacional far-se-á pelo Presidente da República em caso de intervenção federal 
com a aprovação de um terço do Senado Federal. 
Comentários: 
Errado. Pois é hipótese de convocação pelo Presidente do Senado e não pelo 
Presidente da República, e independe da aprovação de um terço do Senado 
Federal (CF, art. 57 §6º). 
Gabarito: Errado. 
 
32. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)Havendo leis complementares em vigor na 
data de convocaçãoextraordinária, serão elas automaticamente incluídas na 
pauta da convocação. 
Comentários: 
Errado. Essa é uma prerrogativa das medidas provisórias e não das leis 
complementares (CF, art. 57 §8º). 
Gabarito: Errado. 
 
33. (CESPE/ Procurador AL-ES/2011) Em caso de urgência ou interesse 
público relevante, a convocação extraordinária do Congresso Nacional poderá 
decorrer de requerimento da maioria dos membros de ambas as casas, hipótese 
em que será dispensada a aprovação do pedido de convocação pelos membros 
do Congresso Nacional, já que a própria maioria dos referidos membros a terá 
solicitado. 
Comentários: 
Segundo o art. 57, §§ 6º, II, nas hipóteses de convocação pelo Presidente da 
República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (em 
conjunto) ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em 
caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste 
inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do 
Congresso Nacional. 
Gabarito: Errado. 
 
Comissões: 
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32 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões 
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições 
previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. 
§ 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, 
tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos 
blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. 
 
Competências 
§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, 
a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos 
membros da Casa; 
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; 
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre 
assuntos inerentes a suas atribuições; 
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de 
qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades 
públicas; 
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
 
Muita atenção ao termo "solicitar" depoimento de cidadão, que não se confunde 
com "convocar". A convocação só poderá ocorrer para: 
 Ministro de Estado; ou 
 Quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à 
Presidência da República; 
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. 
 
34. (CESPE/Auditor de Controle Externo TC-DF/ 2012) Às comissões 
permanentes do Congresso Nacional compete discutir e votar, em caráter 
preliminar, matérias de sua competência, não sendo dispensável, portanto, em 
qualquer caso, a decisão final, pelo plenário de cada Casa, acerca do conteúdo 
dos projetos de lei. 
Comentários: 
O erro está em dizer que será dispensável em qualquer caso a decisão pelo 
plenário, já que segundo a Constituição, as comissões do Congresso e das 
respectivas Casas têm poder para discutir e votar projetos de lei, desde que 
seja dispensado, na forma dos regimentos próprios, o envio ao plenário. 
Ressaltando-se ainda que no caso de recurso de um décimo dos membros da 
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33 
Casa, a votação deve ser levada ao Plenário. É o disposto no art. 58, §2º, I da 
Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
35. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008)O Congresso Nacional e suas casas 
terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as 
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua 
criação. Essas comissões poderão, em razão de sua competência, discutir e votar 
projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, 
salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa. 
Comentários: 
A questão mencionou literalmente o teor do art. 58 da Constituição combinado 
com o §2º, I do mesmo artigo, o qual dispõe sobre o processo legislativo 
abreviado no âmbito das comissões. 
Gabarito: Correto. 
 
Comissões parlamentares de inquérito (CPI) 
CF, art. 58 §3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão 
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de 
outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas 
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou 
separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, 
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas 
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que 
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
 
Facilitando as características: 
 terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de 
outros previstos nos regimentos das respectivas Casas; 
 serão criadas pela Câmara e pelo Senado, em conjunto ou 
separadamente; 
 serão criadas por requerimento de 1/3 dos seus membros; 
 são criadas para apuração de fato determinado e por prazo certo; 
 suas conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público, 
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.(Ela 
mesma não poderá apurar a responsabilidade civil ou criminal dos 
infratores.) 
 
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Vou passar para vocês uma pesquisa que fiz para meu livro "Constituição 
Federal Anotada para Concursos 2a Edição": 
 
Para entender melhor os poderes da CPI: 
 Lei 1579/52, art. 2º - No exercício de suas atribuições, poderão as 
Comissões Parlamentares de Inquérito determinar as diligências que 
reputarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, 
tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou 
municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, 
requisitar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos, 
e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença. 
 Lei 1579/52, art. 3º e parágrafo único -Indiciados e testemunhas serão 
intimados de acordo com as prescrições estabelecidas na legislação penal. 
Em caso de não comparecimento da testemunha sem motivo 
justificado, a sua intimação será solicitada ao juiz criminal da 
localidade em que resida ou se encontre, na forma do art. 218 do Código 
do Processo Penal. (Veja que a CPI tem amplos poderes para impor o dever 
de prestar depoimento tanto aos indiciados quanto às testemunhas) 
 Lei 1579/52, art. 4º, I - Constitui crime: impedir, ou tentar impedir, 
mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de 
Comissão Parlamentarde Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de 
qualquer de seus membros. 
 Lei 1579/52, art. 4º, II - Constitui crime fazer afirmações falsas, ou negar 
ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor ou intérprete, 
perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (veja que o indiciado pode 
ficar calado, direito que não possuem as testemunhas, peritos, tradutores 
ou intérpretes, salvo segundo a jurisprudência, quando o depoimento 
poderá ser auto-incriminatório). 
 
Jurisprudência do Supremo sobre CPI, em linguagem adaptada: 
Independência dos Poderes X CPI: 
- Atos jurisdicionais, como o acerto ou desacerto da concessão de liminar 
em mandado de segurança, não podem ser examinados no âmbito do 
Legislativo, diante do princípio da separação de poderes. 
- Ofende o princípio a independência dos poderes a intimação de magistrado 
para depor perante Comissão Parlamentar de Inquérito sobre ato 
jurisdicional praticado. 
- Não é possível que a maioria parlamentar frustre o direito das minorias de 
instalar CPI, no termos do art. 58 §3º da Constituição, já que reunidos os 
requisitos constitucionais (1/3 dos membros, fatos determinados e 
temporariedade), a instalação não se submete à vontade da maioria. Assim, 
trata-se de tema que extravasa os limites "interna corporis" sendo, assim, 
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35 
viável o controle judicial - prerrogativa das minorias, expressão do postulado 
democrático. 
- Comissão Parlamentar de Inquérito não tem poder jurídico de requisitar 
perante as operadoras de telefonia as cópias de decisão nem de mandado 
judicial de interceptação telefônica com finalidade de quebrar sigilo imposto 
a processo sujeito a segredo de justiça. 
 
Indiciados e testemunhas: 
- O privilégio contra a auto-incriminação – que é plenamente invocável 
perante as Comissões Parlamentares de Inquérito – traduz direito público 
subjetivo assegurado a qualquer pessoa, que, na condição de testemunha, 
de indiciado ou de réu, deva prestar depoimento perante órgãos do Poder 
Público. O direito de silêncio impede, quando concretamente exercido, que 
aquele que o invocou venha, por tal específica razão, a ser preso, ou 
ameaçado de prisão, pelos agentes ou pelas autoridades do Estado. 
- Se o objeto da CPI é mais amplo do que os fatos em relação aos quais o 
cidadão intimado a depor tem sido objeto de suspeitas, ainda assim o 
cidadão não poderá recusar-se a comparecer para depor, mas terá o direito 
de não responder às perguntas cujas repostas entenda possam vir a 
incriminá-lo. 
 
Princípio da colegialidade (decisões por maioria): 
- Deve-se necessariamente observar o princípio da colegialidade nas 
deliberações tomadas por qualquer comissão parlamentar de inquérito (não 
poderá um único integrante decidir, mas somente a maioria da comissão, 
pois é um órgão colegiado), notadamente quando esta, no desempenho de 
sua competência investigatória, ordena a adoção de medidas restritivas de 
direitos, sob pena de essa deliberação reputar-se nula. 
 
Sigilos e limitações aos poderes da CPI: 
- O princípio constitucional da reserva de jurisdição – que incide sobre as 
hipóteses de busca domiciliar (CF, art. 5º, XI), de interceptação telefônica 
(CF, art. 5º, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a situação de 
flagrância penal (CF, art. 5º, LXI) – não se estende ao tema da quebra de 
sigilo, pois, em tal matéria, e por efeito de expressa autorização dada pela 
própria Constituição da República (CF, art. 58, §3º), assiste competência à 
Comissão Parlamentar de Inquérito, para decretar, sempre em ato 
necessariamente motivado. 
- Não pode haver quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico por CPI quando 
estiver apoiada em formulações genéricas, sem a necessária e específica 
indicação de causa provável para fundamentar a quebra. São medidas de 
caráter excepcional. Assim, pode haver controle jurisdicional dos abusos 
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36 
praticados por comissão parlamentar de inquérito, o que não ofende o 
princípio da separação de poderes. 
- O sigilo telefônico capaz de ser quebrado pela CPI incide sobre os 
dados/registros telefônicos e que não se identifica com a inviolabilidade das 
comunicações telefônicas. 
- É incompetente a CPI para expedir decreto de indisponibilidade de bens de 
particular, já que não é medida de instrução. 
 
CPI estadual: 
- Ainda que seja omissa a Lei Complementar 105/2001, podem essas 
comissões estaduais requerer quebra de sigilo de dados bancários, com base 
no art. 58, § 3º, da Constituição. 
 
Habeas Corpus contra ato praticado por CPI e competência para 
julgamento: 
- Os habeas corpus ou mandados de segurança contra atos praticados pelas 
CPI deverão ser julgados originariamente no STF, por se enquadrarem na 
hipótese do art. 102, I, d e i. 
- A extinção da Comissão Parlamentar de Inquérito prejudica o conhecimento 
do habeas corpus impetrado contra as eventuais ilegalidades de seu relatório 
final, notadamente por não mais existir legitimidade passiva do órgão 
impetrado. 
 
Organizando os poderes da CPI: 
CPI pode: 
 Determinar quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico (telefônico = 
dados e registros, não a interceptação. A decisão sobre a quebra deve ser 
tomada pela maioria da CPI e ser fundamentada, não pode se apoiar em 
fatos genéricos). 
 Convocar Ministro de Estado para depor (qualquer comissão pode). 
 Determinar a condução coercitiva de testemunha que se recuse a 
comparecer. 
CPI não pode 
 Apreciar acerto ou desacerto de atos jurisdicionais ou intimar magistrado 
para depor. 
 Determinar indisponibilidade de bens do investigado. 
 Decretar a prisão preventiva (pode decretar prisão só em flagrante). 
 Determinar interceptação/escuta telefônica. 
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37 
 Decretar busca domiciliar de pessoas ou documentos (inviolabilidade 
domiciliar é reserva de jurisdição). 
 
36. (FCC/ Técnico Jud.- TRT 6ª Região/ 2012) As comissões 
parlamentares de inquérito são permanentes e possuem poderes para apurar 
fatos de relevância política, bem como para aplicar sanções. 
Comentários: 
Segundo o art. 58, §3º, As CPI’s são criadas para a apuração de fato determinado 
e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao 
Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal 
dos infratores, não aplicando ela própria sanções. Aí os erros da assertiva. 
Gabarito: Errado. 
 
37. (FCC/AJAJ-TRE-AL/2010)É correto afirmar que as comissões 
parlamentares de inquérito possuem, dentre outros, poderes de 
a) inaugurar a sessão legislativa. 
b) investigação próprios das autoridades judiciais. 
c) regular a criação de serviços comuns da Câmara dos Deputados. 
d) elaborar o regimento comum do Senado Federal. 
e) conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
Comentários: 
Questão simples. Está na própria definição da CPI trazida pelo art. 58 § 3º: As 
comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais, além de outros (...). 
Gabarito: Letra B. 
 
38. (FCC/DPE - MA/2009) As Casas do Congresso Nacional, mediante 
requerimento de, no mínimo, dois terços de

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