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Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 Aula 08 Direito Constitucional Poder Legislativo Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 2 Olá pessoal, tudo certo? Hoje iniciaremos nossos estudos sobre o Poder Legislativo, assunto essencial, importantíssimo que com certeza será muito abordado na prova. Vamos partir para o Poder Legislativo! PODER LEGISLATIVO ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO A Constituição diz (art. 44) que o Poder Legislativo, em âmbito federal, é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Por isso dizemos que no Brasil possuímos o sistema bicameral. Possuímos duas Casas Legislativas. Ratificamos que isso é, obviamente, na esfera federal. No âmbito dos Estados, Municípios e DF, o Legislativo funciona unicameralmente, exercido respectivamente pela Assembleia Legislativa Estadual, Câmara Municipal e Câmara Legislativa do Distrito Federal. No sistema bicameral do Legislativo Federal temos: Câmara dos Deputados → Representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no DF. X Senado Federal → Representantes dos Estados/DF, eleitos segundo o princípio majoritário. Sistema proporcional x majoritário: No Poder Legislativo, a regra é a eleição proporcional. Eleição proporcional é aquele voto de legenda, que garante que diversos partidos políticos possam estar presentes na Casa. O objetivo é garantir representantes também das minorias, fortalecendo a pluralidade de opiniões, o que materializa o pluralismo político, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, previsto no art. 1º, V da Constituição. O sistema proporcional só pode acontecer quando temos vários cargos e vários candidatos. Quando temos poucos cargos ele fica sem sentido. Assim, no caso dos cargos eletivos para o Executivo (Presidente, Governador, Prefeito) que possuem apenas 1 eleito, e no caso dos Senadores, 1 eleito ou 2 eleitos, dependendo da eleição, somente o sistema majoritário - quem conseguir a maioria dos votos ganha - é que pode existir. Os demais cargos eletivos do Legislativo (Deputados Federais, Deputados Estaduais, e Vereadores) são providos pelo sistema proporcional. Aula 8 Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3 OBS - O senador para ser eleito deve conseguir a maioria relativa (simples) dos votos, não é necessária a maioria absoluta, e não há segundo turno para eleição de Senador. Legislatura x sessão legislativa: Seja em âmbito federal, estadual, municipal ou distrital, temos que cada legislatura terá a duração de quatro anos. Legislatura → Duração de 4 anos; legislatura é o conjunto que representa os legisladores. O mandato de um deputado coincide com uma legislatura enquanto o Senador passa por duas (8 anos). X Sessão Legislativa → Reunião anual do Congresso Nacional. Ocorrem de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Decisões do Congresso: O art. 47 da Constituição dispõe que salvo disposição constitucional em contrário, as decisões serão tomadas por maioria dos votos (simples), presente a maioria absoluta de seus membros. Maioria absoluta = mais da metade do efetivo da Casa. Maioria simples = mais da metade dos presentes na sessão, e deve estar presente ao menos a maioria absoluta. Cargos do Poder Legislativo Federal: 1 – Deputado federal: Conceito: Representantes do POVO. Mandato: de 4 anos. Eleição: sistema proporcional. Quantidade por Estado: o número de deputados e a representação por Estado/ DF será proporcional a população, e estabelecido em lei complementar. Sendo que cada Estado/DF contara com: ■mínimo – 8 deputados; ■Máximo – 70 deputados; e ■ cada Território Federal – 4 deputados. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 4 Serão procedidos ajustes necessários, no ano anterior as eleições, para que estes números sejam mantidos. 2 – Senador: Conceito: representantes dos ESTADOS/DF. Mandato: de 8 anos sendo que a eleição será feita de 4 em 4 anos, modificando- se alternadamente 1/3 e 2/3 dos membros do Senado. Eleição: se dará pelo sistema majoritário. Número: 3 senadores por cada Estado/DF eleitos com 2 suplentes. OBS - Território Federal não elege Senadores, pois estes são representantes dos Estados/DF e TF não é Estado. 1. (FCC/ Técnico Jud.- TRT 6ª Região/ 2012) Em relação ao Poder Legislativo, é correto afirmar Os Senadores representam os Estados e o Distrito Federal e possuem mandato de oito anos, embora a legislatura do Congresso Nacional dure, apenas, quatro anos. Comentários: Correto, é exatamente isso. Gabarito: Correto. 2. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Sobre o Poder Legislativo é correto afirmar que: a) cada Estado e o Distrito Federal elegerão quatro Senadores, com mandato de oito anos. b) o número total de Deputados Federais, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei ordinária. c) o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio minoritário. d) a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. e) a representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por três e quatro oitavos. Comentários: Essa questão traz praticamente uma revisão de toda a estrutura do Poder Legislativo. Letra A - Errado. Os senadores são eleitos em número de 3. O mandato, realmente é de 8 anos. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 5 Letra B - Errado. Isso é papel de uma lei complementar. Letra C - Errado. O princípio é o majoritário (quem tiver mais votos ganha) e não o "minoritário". Letra D - Correto. Letra E - Errado. O correto seria 1/3 e 2/3. Gabarito: Letra D. 3. (CESPE/Juiz TRF - 1ª REGIÃO/2011) O Poder Legislativo é composto por deputados federais, eleitos pelo sistema proporcional, e por senadores, eleitos pela maioria absoluta do total de eleitores de cada unidade da Federação. Comentários: Primeiramente, entendemos que a questão deveria expressamente citar o termo "federal", pois é somente o Poder Legislativo Federal que é composto de Deputados Federais e Senadores. Mesmo que deixemos isso de lado, o item ainda traz outro erro: para ser eleito senador, o candidato precisa da maioria relativa de votos. Gabarito: Errado. 4. (CESPE/MEC/2009) A Câmara dos Deputados é composta de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada estado, em cada território e no DF, não podendo nenhuma unidade da Federação possuir menos de dez ou mais de sessenta deputados.Comentários: A questão errou os limites, o mínimo seriam oito e não dez deputados. Gabarito: Errado. 5. (ESAF/MF – Assistente Técnico Administrativo/2012 - ADAPTADA) O Congresso Nacional se compõe da Câmara dos Deputados, integrada por representantes dos Estados e do Distrito Federal, e do Senado Federal, que é formado pelos representantes do povo. Comentários: Errada. A resposta inverteu o conceito que se tem acerca da representatividade da Câmara e do Senado. A constituição assim estabelece em seus artigos 45 e 46: Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. entendimento que norma Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 6 Gabarito: Errada 6. (ESAF/CGU – Analista de Finanças /2012 - ADAPTADA) diferente do critério majoritário para a eleição de Deputado Federal, o critério proporcional aplicado no Senado Federal determina a eleição do Senador da República acompanhado por dois suplentes. Comentários: Errada. Novamente a questão inverte e mistura os sistemas para eleição aos cargos eletivos do Congresso Nacional. Segundo a Constituição Federal, em seus artigos 45 e 46, assim dispõe: Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Gabarito: Errada 7. (ESAF/PGFN – Procurador da Fazenda Nacional/2012 - ADAPTADA) Sobre a organização constitucional do Poder Legislativo, é incorreto afirmar que, salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa do Congresso Nacional e de suas comissões serão tomadas por maioria absoluta de votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Comentários: Errada. O texto constitucional exige apenas maioria simples de votos para as deliberações de cada uma de suas casas, bem como de suas comissões, segundo art. 47, CF Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Gabarito: Errada Atribuições: Muita atenção a esta parte! Este é um tema exaustivamente cobrado em concurso, vai do art. 48 ao 52 da Constituição. A cobrança se dá principalmente nos art. 49, 51, e 52, esses são cartas certas em concursos. O art. 49, então, deve estar muito bem fixado, leia e releia este artigo. O tema é um pouco extenso, mas, vocês não precisam se preocupar! Eu estou aqui justamente para poder jogar ao chão a dificuldade de acertar questões desse tema. Vamos às noções iniciais e macetes. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 7 Noções iniciais: 1- O art. 48 traz matérias que serão discutidas através de leis. Quem irá propor estas leis? Isso é indiferente, pode ser o Presidente, Parlamentar, STF... o que importa e é exigido pela Constituição, é que estas matérias sejam levadas através de lei ao Congresso para deliberação. Após essa deliberação o Presidente da República irá sancionar ou vetar a lei. 2- Os art. 49, 51 e 52 trazem matérias que são reservadas ao trato exclusivo das Casas Legislativas- Câmara dos Deputados (art. 51), Senado (art. 52), ou se reunidos em Casa Única, ao Congresso - (art. 49). Nestes 3 artigos não há a participação de nenhum outro Poder, seja na iniciativa ou seja para sanção/veto. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 8 Pulo do Gato: 1- Tudo que for assunto de extrema importância, ou relevância nacional ou internacional, ou ainda assuntos delicados (atividade nuclear, índios...) ficou à cargo do Congresso Nacional (em casa única) - art. 49. Ex: resolver definitivamente sobre tratados internacionais, autorizar guerra ou que forças estrangeiras transitem em solo brasileiro fora dos casos da lei complementar, autorizar o Presidente da Rep. a se ausentar do país, bem como julgar as suas contas, autorizar atividades nucleares a explorações em terras indígenas e etc. 2- Ao Senado, reservou-se as matérias referentes a: a) Aprovação (e em alguns casos, exoneração) de autoridades. Ex. Procurador Geral da República, Ministros do STF, Governador de Território, Presidente do Banco Central, Chefe de Missão Diplomática Permanente, entre outros. - O Senado é o único órgão do Legislativo Federal que aprova a nomeação de autoridades. b) Julgamento de autoridades por crimes de responsabilidade- O Senado é o único órgão do Legislativo Federal que faz julgamentos de autoridades. c) Finanças Públicas. Ex. Avaliar o Sistema Tributário Nacional, fixar limites de dívidas e condições de créditos e etc. 3-Á Câmara dos Deputados não foram elencadas muitas competências relevantes. Apenas competências internas (elaborar o regimento interno e etc.) e devemos fazer destaque a apenas 2 competências: a) autorizar que o Senado instaure o processo contra o Presidente da Rep. , seu Vice e seus Ministros. b) Tomar as contas do Presidente da Rep., caso este não apresente as contas para o julgamento do Congresso em 60 dias. Obs. Nestes casos onde a Câmara dos Deputados atua de forma a autorizar o processo de julgamento pelo Senado enquanto este atua como a efetiva Casa julgadora, a Lei 1079/50 – que define crimes de responsabilidade e seu processo – denomina a Câmara como sendo “Tribunal de Pronúncia” e o Senado como sendo “Tribunal de Julgamento”. Lembrando que tal autorização somente se faz necessária nos casos de Presidente da República, Vice-Presidente e Ministros. 8. (CESPE/ TJ-PI /2012) Compete privativamente ao Senado Federal escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União, estando a Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 9 cargo do Congresso Nacional aprovar a escolha dos ministros indicados pelo presidente da República. Comentários: Primeiro, já matamos a questão ao saber que só o Senado faz a aprovação das escolhas do Presidente. Isso não é atribuição do Congresso. Outra coisa é que não está dentre as competências do Senado nem da Câmara dos Deputados a escolha de membros do TCU, tal competência é do Congresso Nacional, prevista no art. 73, § 2º, II da Constituição Federal que noticia caber ao Congresso Nacional escolher dois terços dos ministros do TCU. Gabarito: Errado. 9. (CESPE/ TJ-PI/2012) Compete à Câmara dos Deputados atuar como tribunal de pronúncia nos crimes praticados pelo Presidente da República, autorizando a instauração de inquérito e o oferecimento de denúncia ou queixa ao STF (no caso de crime comum), bem como admitindo a acusação e a instauração de processo no Senado Federal (no caso de crime de responsabilidade).Comentários: De fato, a Câmara dos deputados, funciona como tribunal de pronúncia nos crimes praticados pelo Presidente da República, no entanto, a Constituição só fala em autorização para instauração do processo e não do inquérito, por isso o item está incorreto. Gabarito: Errado. 10. (ESAF/ ANAC – Analista Administrativo/2016) Nos termos da Constituição Federal, caso um Presidente da República cometa crime que afronte a lei orçamentária, será competente para julgá-lo, visto tratar-se de crime de responsabilidade, o(a) a) Senado Federal. b) Supremo Tribunal Federal. c) Congresso Nacional. d) Câmara dos Deputados.. e) Conselho Nacional de Justiça. Comentário: Segundo o art. 52, I, da Constituição Federal, é de competência privativa do Senado processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade. Por sua vez, o art. 85 estabelece que são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 10 especialmente, contra: [...] VI - a lei orçamentária; Assim, resta claro que a competência para julgar o Presidente da República na situação descrita no comando da questão é do Senado Federal. Gabarito: Letra A 11. (ESAF/ DNIT – Técnico Administrativo/2013) Em relação às competências do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, assinale a opção correta. a) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado. b) Compete privativamente à Câmara dos Deputados processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade. c) Compete ao Congresso Nacional, por meio de iniciativa do Presidente do Senado Federal, proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. d) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar o Presidente da República e o Vice- Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias. e) Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade. Letra A. Errada. A alternativa traz competência privativa da Câmara dos Deputados, prevista no art 51, I, da CF. Letra B. Errada. Refere-se à competência expressa do Senado, prevista no art. 52, I, da CF. Letra C. Errada. A alternativa traz competência privativa da Câmara dos Deputados, prevista no art 51, II da CF. Letra D. Errada. A alternativa refere-se a competência exclusiva do Congresso Nacional, prevista no art. 49, III, da CF. Letra E. Certa. É a literalidade do art. 52, II, da CF. Gabarito: Letra E Deputados e Senadores: Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 11 Pessoal, o art. 53 deve ser muito bem estudado, completamente! Ele é o mais fácil entre todos os referentes a parlamentares e um dos que mais cai. Por favor, após a explanação que darei, leiam e releiam o art. 53, ok? Imunidade material: Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Vamos entendê-la: 1- Imunidade "material" = proteção dada ao conteúdo (matéria) de suas manifestações. 2- Essa imunidade torna inadmissível que um parlamentar seja punido seja na esfera cível, seja na esfera penal, por palavras que tenha proferido, pois isto é inerente à sua função1. 3- A imunidade não se restringe àquelas manifestações que são proferidas na tribuna parlamentar. Abrange qualquer manifestação, onde quer que tenha sido feita, desde que inerentes ao exercício da atividade parlamentar. 4- A imunidade material não é, porém, absoluta, pois somente se verifica nos casos em que a conduta possa ter alguma relação com o exercício do mandato parlamentar2. 5- Caso a manifestação seja dada dentro do plenário, o STF considera que ela é conexa com o exercício da sua função, independente do teor que tenha, não podendo o parlamentar ser punido3. 6-A proteção dada a essas palavras perdura no tempo. O parlamentar não pode após o seu mandato ser processado por algo que disse enquanto era parlamentar. 7- Essas imunidades são de ordem pública, são irrenunciáveis pelo parlamentar; 8- Como são inerentes ao exercício do mandato, caso o parlamentar esteja afastado (exercendo, por exemplo, a função de Ministro de Estado) ele não faz jus à proteção. 9- As imunidades são garantias de independência do Poder Legislativo, impedindo que eles possam restar submetidos ao arbítrio dos demais Poderes do Estado. Assim, ao possuir imunidades materiais e formais, o Legislativo pode livremente defender a democracia, representando os interesses do povo e da federação. 1Segundo a Petição 3686/DF, transcrita no informativo nº 438 do STF, 2Inq 2.134. 3RE 463.671-AgR. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 12 12. (CESPE/Analista Ministerial- MPE-PI/2012) As imunidades parlamentares são prerrogativas que decorrem do efetivo exercício da função parlamentar e estendem-se aos suplentes, mesmo que estes não tenham assumido o cargo ou não estejam em seu efetivo exercício. Comentários: As imunidades não são extensíveis aos suplentes, da mesma forma que se o parlamentar for investido em cargo de ministro, por exemplo, deixa de ostentar tal prerrogativa. Gabarito: Errado. 13. (ESAF/CGU – Analista de Finanças e Controle/2012) Nos termos da atual redação da Constituição, os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. A respeito da inviolabilidade e da imunidade parlamentar, é correto afirmar que a) a inviolabilidade não é uma exclusão de cometimento de crime por parte de deputados e senadores por suas opiniões, palavras e votos. b) nos termos do enunciado, não fica excluída a pretensão de ressarcimento de eventual dano material ou moral decorrente da atuação do congressista. c) o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que qualquer declaração feita nas dependências do Congresso Nacional, seja na Tribuna ou nas Comissões, é objeto da inviolabilidade parlamentar, não sendo necessário analisar se existe ou não nexo causal entre as afirmações e o exercício do cargo para se aplicar a inviolabilidade. d) não importa a natureza do crime, nem se é ou não afiançável, o congressista não poderá ser processado criminalmente sem licença de sua Casa, de acordo com a redação dada pela Emenda Constitucional 35/2001, de sorte que, proposta a ação penal contra um deputado ou senador no exercício do mandato, o Supremo Tribunal Federal sequer pode receber a denúncia ou instaurar o processo. e) a inviolabilidade é prerrogativa processual, e esta é a verdadeira inviolabilidade, dita formal, para diferençar da material, que é aimunidade. Gabarito: Letra C Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 13 Imunidade formal (ocorre a partir da expedição do diploma) § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, resolva sobre a prisão. § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. Esses parágrafos conferem várias prerrogativas aos parlamentares, vamos analisá-las: 1- Foro especial perante o STF a partir do momento que o diploma for expedido - Assim, independente do tempo do crime, antes ou depois da diplomação, o simples fato de ele ser um parlamentar (com seu diploma expedido) faz ele ser julgado perante o STF; 2- O parlamentar não pode ser preso - esta é a regra - a não ser que seja em flagrante de um crime inafiançável; 3- A imunidade processual do §3º só vale para crimes cometidos após a diplomação, então temos duas possibilidades: Se o crime for anterior à diplomação - o parlamentar será levado a julgamento perante o STF, já que por ser parlamentar conquista a prerrogativa de foro, porém não poderá haver sustação da ação, já que a imunidade processual do art. 53 §3º só é válida para crimes cometidos posteriormente à diplomação. Se o crime for posterior à diplomação - o processo será iniciado no STF, mas poderá ser sustado, desde que algum partido político provoque a Casa respectiva, e esta entenda, em até 45 dias, através da maioria (absoluta) de seus membros que o processo deve ser sustado (neste caso suspende também a prescrição do crime). Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 14 4- Não se exige licença prévia da Casa para o processo contra parlamentar. A possibilidade de sustamento é posterior ao início do processo. 5- Terminado o mandato parlamentar, termina também o foro especial perante o STF devendo os autos serem remetidos ao juízo competente ordinário. 6- Essas prerrogativas não se aplicam aos suplentes; 7- Embora parte da doutrina seja contrária, o Supremo reconhece a possibilidade de prisão em face de sentença definitiva. Assim, existem duas possibilidades de prisão do parlamentar: flagrante de crime inafiançável ou sentença judicial transitada em julgado pelo STF. Desta forma, temos 3 hipóteses que podem acontecer: O parlamentar foi pego em flagrante de crime inafiançável - pode ser preso, mas os autos serão remetidos em 24 horas à sua Casa para que esta decida sobre a prisão. O parlamentar cometeu um crime antes da diplomação - O processo continuará correndo normalmente (só que agora no STF), não podendo ser sustado (não incide imunidade processual). Se ele for condenado em sentença transitada em julgado pelo Supremo, poderá ser preso.Se como efeito da condenação tiver os direitos políticos suspensos, perderá o mandato. O parlamentar cometeu um crime após a diplomação - O Supremo recebe a denúncia e inicia o processo, porém um partido político pode tomar a iniciativa de fazer com que a Casa suste o andamento da ação. Se não houver sustamento da ação e ele for condenado em sentença transitada em julgado, poderá ser preso. 8- Caso o parlamentar seja condenado em sentença transitada em julgado, independentemente da sua prisão, caberá à Casa decidir se ele irá ou não perder o mandato (CF, art. 55, VI), assim, se o parlamentar é condenado, pode ser preso, mas caso a Casa decida pela não perda do cargo, ele poderá voltar após o cumprimento da pena (se o mandato não tiver terminado, obviamente). Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 15 Fluxograma da Imunidade Formal dos Parlamentares já Diplomados (não se aplica aos suplentes) Parlamentar praticou um crime! O crime foi praticado antes ou depois da diplomação? É levado ao julgamento no STF, pois ele já adquiriu o foro com a diplomação, porém, o andamento do processo não pode ser sustado. Ele foi pego em flagrante e o crime é inafiançável? Ele não poderá ser preso, mas correrá contra ele processo no STF, que poderá ser sustado pela sua Casa Legislativa, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros, até a decisão final. Ele pode ser preso, mas neste caso, mesmo assim, a Casa resolverá dentro de 24 horas e pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros sobre a prisão. ANTES DEPOIS Se for condenado, e a sentença transitar em julgado, caberá à Casa decidir se ele irá ou não perder o mandato (CF, art. 55, VI). Não precisa de qualquer licença ou autorização para ser processado. Precisa-se é da resposta de algumas das perguntas a seguir. SIM NÃO, o crime não é inafiançável e/ou não foi pego em flagrante. Se tiver a iniciativa de partido político para sustar o andamento, a Casa tem 45 dias para decidir contados do recebimento do pedidopela Mesa Diretora. Irá suspender a prescrição do crime, enquanto durar o mandato. SUSTOU NÃO SUSTOU O processo continua correndo no STF. Se for condenado, e a sentença transitar em julgado, caberá à Casa decidir se ele irá ou não perder o mandato (CF, art. 55, VI). Em qualquer caso, terminado o mandato, terminará também o foro privilegiado, e os autos do processo serão remetidos pelo STF ao juízo ordinário competente. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 16 14. (CESPE/ AGU/2012) Os deputados federais e senadores submetem-se, desde a expedição do diploma, a julgamento perante o STF; não é necessário, porém, que esse tribunal tenha autorização da casa respectiva para receber a denúncia ou queixa-crime e iniciar a ação penal contra parlamentar. Comentários: A questão trata do foro por prerrogativa de função, o dos congressistas é o STF desde a expedição dos diplomas (art. 53, §1º). Realmente é desnecessária a autorização das casas respectivas para que seja dado andamento à ação penal por crime cometido após a diplomação. No entanto, ao receber a denúncia contra o parlamentar o Supremo dará ciência à Casa respectiva, que,por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar (fazer parar) o andamento da ação. Gabarito: Correto. 15. (CESPE/ TJ-AC/ 2012)Os deputados e senadores dispõem de foro privilegiado desde a expedição do diploma, estando, portanto, uma vez diplomados, ainda que ainda não tenham tomado posse, submetidos a julgamento perante o STF. Comentários: Correto, de acordo com o art. 53, §1º da Constituição. Gabarito: Correto. 16. (CESPE/Advogado AGU/2012) Os deputados federais e senadores submetem-se, desde a expedição do diploma, a julgamento perante o STF; não é necessário, porém, que esse tribunal tenha autorização da casa respectiva para receber a denúncia ou queixa-crime e iniciar a ação penal contra parlamentar. Comentários: A questão trata do foro por prerrogativa de função, o do congressistas é o STF desde a expedição dos diplomas (art. 53, §1º). Realmente é desnecessária a autorização das casas respectivas para que seja dado andamento à ação penal por crime cometido após a diplomação. No entanto, ao receber a denúncia contra o parlamentar o Supremo dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar (fazer parar) o andamento da ação. Gabarito: Correto. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 17 Extensão das imunidades parlamentares aos Deputados Estaduais e Vereadores: Segundo a Constituição, aos deputados estaduais se aplicam as mesmas inviolabilidades e os mesmos impedimentos dos Deputados Federais. Os vereadores, no entanto, possuem somente imunidade material, e, ainda assim, não se trata de uma imunidade plena como a dos Deputados Federais e Senadores; a imunidade dos vereadores se aplica somente às manifestações proferidas no exercício do mandato e dentro dos limites municipais(CF, art. 29, VIII). Assim, a Constituição não previu imunidade formal aos vereadores. 17. (CESPE/Procuradoria AL-ES/2011) As opiniões que forem manifestadas fora do recinto legislativo pelo parlamentar federal estarão acobertadas pela imunidade material, hipótese que não se estende aos deputados estaduais e vereadores. Comentários: As imunidades guardam relação com as prerrogativas do cargo e não com o recinto, assim, elas se estendem a todos os atos parlamentares se no cumprimento da função institucional. A questão erra, porém, ao dizer que tal imunidade material não se estende aos Deputados Estaduais e Vereadores, o que não é verdade. Segundo a Constituição, aos deputados estaduais se aplicam as mesmas inviolabilidades e os mesmos impedimentos dos Deputados Federais. E aos vereadores, embora não se apliquem as imunidades formais, se aplicam as imunidades materiais (que foi a cobrada pela questão). Gabarito: Errado. Informações em razão do exercício do mandato § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. 18. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011)Em relação aos Deputados Federais e Senadores, é correto afirmar: a) Recebida a denúncia, por crime ocorrido antes da diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto de um terço de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. b) Desde os resultados das eleições, não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, sendo que nesse caso, os autos serão remetidos dentro de Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 18 vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. c) Desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. d) O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de trinta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. e) Serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato e sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. Comentários: Letra A – Errado. A questão tentou cobrar a o teor do art. 53 § 3º da Constituição, mas cometeu diversos erros. O correto seria “recebida a denúncia, por crime ocorrido após a diplomação” e “pelo voto da maioria (absoluta) de seus membros”. Letra B – Errado. Essa imunidade formal dos parlamentares ocorre a partir da “expedição do diploma” e não desde o resultado das eleições. Letra C – Correto. Agora sim! Com a expedição do diploma, o parlamentar conquista a sua prerrogativa especial de foro perante o STF. Letra D – Errado. Que isso?! 35 dias? Não existe esse prazo para nada... Não que eu tenha conhecimento. O correto seria 45 dias, nos termos do art. 53 §4º da Constituição. Letra E – Errado. Segundo o art. 53 §6º da Constituição, eles não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. Gabarito: Letra C. Incorporação às FFAA § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. 19. (FCC/TJAA-TRF4/2010) A incorporação às Forças Armadas de Deputados Federais, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença: a) do Tribunal Superior Eleitoral. b) do Supremo Tribunal Federal. c) do Superior Tribunal de Justiça. d) da Câmara dos Deputados. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 19 e) do Senado Federal. Comentários: A Constituição dispõe em seu art. 53 § 7º que a incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. Como estamos tratando de "Deputados Federais", precisa-se de licença da Câmara dos Deputados. Gabarito: Letra D. Imunidades durante o estado de sítio § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. 20. (CESPE/ TRE-MT/2010) Os membros do Congresso Nacional são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, e suas imunidades só poderão ser suspensas durante o estado de sítio por decisão motivada do executor das medidas, com especificação e justificação das providências adotadas. Comentários: Para que elas deixem de existir, precisa do voto de 2/3 dos membros do Congresso Nacional, nos termos do art. 53 §8º da Constituição. Gabarito: Errado. Impedimentos aos parlamentares (CF, art. 54 ao 56) A Constituição, do art. 54 e 56 traz diversos impedimentos às pessoas que forem eleitas para a Câmara dos Deputados e para o Senado. Esses impedimentosconstituem-se em algumas proibições que desde a "expedição do diploma" já devem ser observadas, e outras que passarão a ser de observância obrigatória após a sua posse. Vejamos: Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 20 OBS.: Cargos ad nutum são aqueles de livre nomeação e exoneração, como os cargos em comissão. Contrato com "cláusulas uniformes" são aqueles contratos de adesão que podem ser firmados por qualquer pessoa, como contratos de telefonia e TV por assinatura. Pulo do Gato: Veja que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados: 1- Firmar ou manter contrato... 2- Aceitar ou exercer cargo... (remunerado) Todos os outros são apenas a partir da posse. Com isso já se resolve várias questões! O Deputado ou Senador não irá perder o seu mandato: A partir daqui, não poderá: Firmar ou manter contrato com entidades da adm. pública ou concessionárias de serviço público (salvo contratos de cláusulas uniformes). Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os demissíveis "ad nutum" em entidades da adm. pública ou concessionárias de serviço público. A partir daqui, não poderá: Ocupar cargo ou função "ad nutum" em entidades da adm. pública ou concessionárias de serviço público. Patrocinar causa em que seja interessada entidades da adm. pública ou concessionárias de serviço público. Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com PJ de direito público, ou exercer função remunerada em tal empresa. Ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Expedição do diploma: Posse Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 21 1- se for investido no cargo de: Ministro de Estado; Governador de TF; Secretário de Estado/DF ou de TF; Secretário de Prefeitura de CAPITAL; ou Chefe de missão diplomática TEMPORÁRIA; Observe que se o parlamentar não perderá o mandato se for chamado para cargos de livre nomeação e exoneração como Ministros e seus simétricos federativamente, mas temos que ter cuidado no caso de Secretário Municipal, pois será lícito assumir sem a perda apenas em Capitais e no caso de missão diplomática, apenas se for o chefe e a missão for temporária. 2- Se for licenciado pela respectiva Casa: Por motivo de doença; ou Para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa. O suplente será convocado no caso de: Vaga; Investidura nas funções previstas acima; ou Licença superior a 120 dias. Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de 15 meses para o término do mandato. Vamos organizar as hipóteses em que o Deputado ou Senador irá perder o seu mandato: 1- Incorrer em qualquer dos impedimentos acima; 2- Praticar ato incompatível com o decoro parlamentar(sendo que, além dos casos definidos no regimento interno, é incompatível com o decoro parlamentar: o abuso das prerrogativas asseguradas ou a percepção de vantagens indevidas); 3- Sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 4- Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; Nestes 3 casos, a perda do mandato será "decidida" pela Casa respectiva, por "voto secreto" e "maioria absoluta", mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no CN, assegurada ampla defesa. Podendo optar pela remuneração do mandato. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 22 5- Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a 1/3 das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licençaou missão autorizada pela Casa; (desinteresse equiparado à renúncia4). 6- Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na CF; Observe que quando se fala em quebra de decoro, infração a impedimentos e até mesmo condenação criminal transitada em julgado, a Casa irá decidir pela perda ou não do mandato do parlamentar, diferentemente do que ocorre por faltas ou por requisição da justiça eleitoral, onde caberá a Mesa da Casa simplesmente declarar a perda do mandato. Pulo do Gato: Veja que temos 3 hipóteses onde a perda do mandato é decidida (pode perder ou não, depende do voto da Casa), e outras 3 hipóteses onde a perda é declarada (não cabe à Casa decidir, apenas cumprir). A Casa declara a perda do cargo (não cabendo fazer juízo) sobre coisas que foram determinadas externamente, independentes de uma ação do parlamentar, são elas: perda/suspensão dos direitos políticos e decisão da Justiça Eleitoral. Ocorrerá ainda no caso de faltas excessivas (mais de 1/3 das sessões ordinárias), pois isso demonstra desinteresse equiparado à renúncia do cargo e, se ele decidiu “renunciar”, não cabe à Casa Legislativa decidir a respeito. Agora, quando estamos diante de uma ação do parlamentar que acaba incorrendo em impedimentos funcionais ou ferindo o decoro inerente à categoria (caso do ex-senador Demóstenes Torres, que perdeu o cargo por quebra do decoro),a Casa respectiva irá decidir (por maioria absoluta) se a ofensa foi relevante o suficiente para declarar a perda de seu cargo. 4 Como salienta SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo 33ª ed. Pg. 540. Nestes 3 casos, a perda será "declarada" pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no CN, assegurada ampla defesa. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 23 A hipótese de “condenação criminal transitada em julgado” é a polêmica, pois, em princípio, na letra da Constituição e na mais sólida doutrina, seria causa de“decisão”e não “declaração” daperda, pois se trata de uma faceta da independência e harmonia entre os Poderes. Assim, o Judiciário condenaria, mas não iria interferir diretamente nos trabalhos legislativos, deixando o próprio Poder Legislativo decidir se o trabalhodoparlamentar merece continuar ou não até o términodoseumandato, seria diferente da hipótese de determinação da Justiça Eleitoral, pois neste caso pressupõe que ele está investido irregularmente na função, pois cometeu alguma infração eleitoral. No entanto, o STF, no caso específicodojulgamentodo“mensalão (AP 470)” modificou a forma de interpretar a Constituição, decidindo que o parlamentar que sofreu condenação criminal transitada em julgado deverá perder automaticamente o cargo. No entanto, mais recentemente, no julgamento da AP 565, cujo réu é o Senador Ivo Cassol, oportunidade em que o plenário da corte deixou para a Casa Legislativa a decisão sobre aperdademandatodoparlamentar. Ou seja, há a divergência interpretativa no próprio Supremo. Nossa opiniãoé entender como "a decisão caberá à Casa Legislativa", mas não se esqueça da polêmica que expomos anteriormente, já que pode ser cobrada por alguma banca no concurso. Vamos esquematizar: A Casa "decide" se ele perde o mandato ou não, quando: Incorrer nos impedimentos; Atentar contra o decoro; Sofrer condenação criminal transitada em julgado (em regra); A Casa "declara" a perda do cargo quando: Seus direitos políticos forem perdidos ou suspensos; A Justiça Eleitoral determinar; Faltar injustificadamente a 1/3 das sessões ordinárias; Sofrer condenação criminal transitada em julgado por crimes cuja natureza torne a sua permanência no cargo incompatível (jurisprudência não pacífica no STF); A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos vistos acima, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais sobre a decisão ou declaração, ou não, da perda do mandato. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 24 Algumas questões de concurso tentam confundir o candidato associando tal disposição ao Presidente da República, porém, somente em relação aos parlamentares se aplica a disposição de que "de nada adianta pedir a renúncia se o processo de cassação do mandato já estiver aberto". 21. (FCC/ TRF 4º/2010)É correto afirmar que os Deputados e Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, a) patrocinar causa em que seja interessada empresa de economia mista ou concessionária de serviço público. b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, em autarquia. c) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. d) patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito público e empresa pública. e) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Comentários: Essa questão é típica de concursos, e é um terror para candidatos "normais". Ela embola um artigo já confuso, que é o art. 54 da Constituição Federal. Mas, os meus alunos não têm problema algum com este tipo de questão, pois sabe que temos um "pulo do gato" para acertá-la: Veja pela leitura do art. 54 que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados: 1- Firmar ou manter contrato... 2- Aceitar ou exercer cargo... Todos os outros são apenas a partir da posse. A letra B é que trouxe o "aceitar ou exercer cargo". As outras são a partir da "posse" (CF, art. 54). Gabarito: Letra B. 22. (FCC/ TRE-AL/2010)Os Deputados e os Senadores NÃO poderão, desde a expedição do diploma: a) ser diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público. b) ser proprietários de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 25 c) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes. d) patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito público. e) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Comentários: Novamente, vamos ao "pulo do gato" para acertar essa questão: "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados: 1- Firmar ou manter contrato... 2- Aceitar ou exercer cargo... Todos os outros são apenas a partir da posse. A letra C trouxe o "firmar ou manter contrato". As outras são a partir da "posse" (CF, art. 54). Gabarito: Letra C. 23. (FCC/ TRT-AL/2008) Os Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Comentários: meus alunos sabem que "a partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados (vide art. 54): 1- Firmar ou manter contrato... 2- Aceitar ou exercer cargo... Como não usou as frases "firmar ou manter contrato", nem "aceitar ou exercer cargo", não pode falar em "a partir da expedição do diploma". Gabarito: Errado. 24. (FCC/Técnico-TRT 18ª/2008)No que diz respeito ao Poder Legislativo, NÃO perderá o mandato Deputado ou Senador que: a) deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada. b) for licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. c) for proprietário, controlador ou diretor de empresa, desde a posse, que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. d) firmar ou manter, desde a expedição do diploma, contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26 empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes. e) abusar das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou auferir vantagem indevida. Comentários: Letra A - Correto. É caso de perda (CF, art. 55). Letra B - Errado. Isso não é caso de perda (CF, art. 56). Letra C - Correto. É caso de perda (CF, art. 54 c/c art. 55). Letra D - Correto. É caso de perda (CF, art. 54 c/c art. 55). Letra E - Correto. É caso de perda (CF, art. 54 c/c art. 55). Gabarito: Letra B. Reuniões das Casas Legislativas: Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. § 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados. § 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto delei de diretrizes orçamentárias (PLDO). § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. Perceba que a CF protegeu o PLDO não prevendo a sua rejeição, já que, enquanto ele não for aprovado, a sessão legislativa não poderá ser interrompida. 25. (FCC/ MPE-MA/ 2013) Segundo a Constituição Federal brasileira, no tocante às reuniões é correto afirmar: 2 de Fevereiro 17 de Julho 1o de Agosto 22 de Dezembro RECESSO 1o de Fevereiro – Reuniões Preparatórias Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 27 (A) Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatóriaspara eleição das respectivas Mesas, paramandato de um ano, vedada a recondução para omesmo cargona eleição imediatamente subsequente. (B) A Mesa do Congresso Nacional será presidida peloPresidente da Câmara dos Deputados. (C) A sessão legislativa só poderá ser interrompida paraposterior aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. (D) O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, naCapital Federal, de 28 de fevereiro a 21 de julho ede 1º de agosto a 23 de dezembro. (E) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ãoem sessão conjunta para, dentre outros assuntos,conhecer do veto e sobre ele deliberar. Comentários: Letra A- Errado, o erro está em afirmar que o mandato nas mesas será de um ano quando na verdade o mandado é de dois anos, conforme prevê o §4º do art. 57 da Constituição. Letra B- Errado, a Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal (§5º, art. 54, da CF). Letra C- Errado, a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (§2º do art. 54 da CF). Letra D- Errado, o Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro (art. 57 da CF); Letra E- Correto, segundo o inciso IV, §3º do art. 57 da Constituição. Gabarito: Letra E. 26. (FCC/ Técnico Jud.- TRT 6ª Região/ 2012) O Congresso Nacional reúne-se, anualmente, na Capital Federal, de 2 de janeiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Comentários: Errado, o art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Gabarito: Errado. 27. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)A Câmara dos Deputados reunir-se-á em sessão única no primeiro dia do primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e mandatos de quatro anos. Comentários: Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 28 Errado. Segundo a Constituição em seu art. 57 § 4º, cada uma das Casas reunir- se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. Gabarito: Errado. 28. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Comentários: Correto. Pela Constituição Percebemos que a CF protegeu tal projeto, não prevendo a sua rejeição, dispondo que asessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias(CF, art. 57, §2º). Gabarito: Correto. Reunião em sessão conjunta: § 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. Sessão conjunta → Os deputados e senadores deliberam juntos, mas, votam em separado. X Sessão unicameral do CN → É o CN se reunindo como se fosse apenas uma Casa, deliberando e votando junto. 29. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) Depende de deliberação do Congresso Nacional, em sessão conjunta, a rejeição de veto presidencial a projeto de lei. Comentários: Correto. Segundo a Constituição, em seu art. 66 §4º, o veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento, só podendo ser Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 29 rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. Também seria possível acertar a questão com o conhecimento sobre o art. 57 §3º da Constituição. Gabarito: Correto. 30. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) Depende de deliberação do Congresso Nacional, em sessão conjunta, o julgamento do Presidente da República por crime de responsabilidade. Comentários: Errado. O Presidente da República não é julgado, em seus crimes de responsabilidade, pelo Congresso. O julgamento é realizado pelo Senado Federal, isoladamente. Sessão legislativa extraordinária: A sessão legislativa extraordinária é aquela sessão que ocorre de uma forma excepcional, convoca-se o Congresso no período de recesso parlamentar. § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. § 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. Esquematizando a convocação extraordinária do Congresso Nacional: Responsável pela convocação: Motivo: Observações: Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 30 Presidente do Senado Federal: - Em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal; - De pedido de autorização para a decretação de estado de sítio; e - Para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República; --- Presidente da República - Caso de urgência ou interesse público relevante. Precisa da aprovação da maioria absoluta de cada Casa Legislativa. Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (em conjunto) Maioria absoluta dos membros de ambas as Casas Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. E havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do CN, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. Pulo do Gato: Veja que a regra é a convocação extraordinária ser sempre realizada pelo Presidente do Senado (que é o Presidente do Congresso), a exceção é a Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 31 convocação pelas demais autoridades. A exceção deve ser decorada,pois é o único caso: Urgência ou interesse público relevante (precisa de aprovação da MA das Casas Legislativas). 31. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á pelo Presidente da República em caso de intervenção federal com a aprovação de um terço do Senado Federal. Comentários: Errado. Pois é hipótese de convocação pelo Presidente do Senado e não pelo Presidente da República, e independe da aprovação de um terço do Senado Federal (CF, art. 57 §6º). Gabarito: Errado. 32. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010)Havendo leis complementares em vigor na data de convocaçãoextraordinária, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. Comentários: Errado. Essa é uma prerrogativa das medidas provisórias e não das leis complementares (CF, art. 57 §8º). Gabarito: Errado. 33. (CESPE/ Procurador AL-ES/2011) Em caso de urgência ou interesse público relevante, a convocação extraordinária do Congresso Nacional poderá decorrer de requerimento da maioria dos membros de ambas as casas, hipótese em que será dispensada a aprovação do pedido de convocação pelos membros do Congresso Nacional, já que a própria maioria dos referidos membros a terá solicitado. Comentários: Segundo o art. 57, §§ 6º, II, nas hipóteses de convocação pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (em conjunto) ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. Gabarito: Errado. Comissões: Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 32 Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. § 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. Competências § 2º - às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; Muita atenção ao termo "solicitar" depoimento de cidadão, que não se confunde com "convocar". A convocação só poderá ocorrer para: Ministro de Estado; ou Quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República; VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. 34. (CESPE/Auditor de Controle Externo TC-DF/ 2012) Às comissões permanentes do Congresso Nacional compete discutir e votar, em caráter preliminar, matérias de sua competência, não sendo dispensável, portanto, em qualquer caso, a decisão final, pelo plenário de cada Casa, acerca do conteúdo dos projetos de lei. Comentários: O erro está em dizer que será dispensável em qualquer caso a decisão pelo plenário, já que segundo a Constituição, as comissões do Congresso e das respectivas Casas têm poder para discutir e votar projetos de lei, desde que seja dispensado, na forma dos regimentos próprios, o envio ao plenário. Ressaltando-se ainda que no caso de recurso de um décimo dos membros da Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 33 Casa, a votação deve ser levada ao Plenário. É o disposto no art. 58, §2º, I da Constituição. Gabarito: Errado. 35. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008)O Congresso Nacional e suas casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. Essas comissões poderão, em razão de sua competência, discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa. Comentários: A questão mencionou literalmente o teor do art. 58 da Constituição combinado com o §2º, I do mesmo artigo, o qual dispõe sobre o processo legislativo abreviado no âmbito das comissões. Gabarito: Correto. Comissões parlamentares de inquérito (CPI) CF, art. 58 §3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Facilitando as características: terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas; serão criadas pela Câmara e pelo Senado, em conjunto ou separadamente; serão criadas por requerimento de 1/3 dos seus membros; são criadas para apuração de fato determinado e por prazo certo; suas conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.(Ela mesma não poderá apurar a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.) Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 34 Vou passar para vocês uma pesquisa que fiz para meu livro "Constituição Federal Anotada para Concursos 2a Edição": Para entender melhor os poderes da CPI: Lei 1579/52, art. 2º - No exercício de suas atribuições, poderão as Comissões Parlamentares de Inquérito determinar as diligências que reputarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos, e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença. Lei 1579/52, art. 3º e parágrafo único -Indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as prescrições estabelecidas na legislação penal. Em caso de não comparecimento da testemunha sem motivo justificado, a sua intimação será solicitada ao juiz criminal da localidade em que resida ou se encontre, na forma do art. 218 do Código do Processo Penal. (Veja que a CPI tem amplos poderes para impor o dever de prestar depoimento tanto aos indiciados quanto às testemunhas) Lei 1579/52, art. 4º, I - Constitui crime: impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de Comissão Parlamentarde Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer de seus membros. Lei 1579/52, art. 4º, II - Constitui crime fazer afirmações falsas, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor ou intérprete, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (veja que o indiciado pode ficar calado, direito que não possuem as testemunhas, peritos, tradutores ou intérpretes, salvo segundo a jurisprudência, quando o depoimento poderá ser auto-incriminatório). Jurisprudência do Supremo sobre CPI, em linguagem adaptada: Independência dos Poderes X CPI: - Atos jurisdicionais, como o acerto ou desacerto da concessão de liminar em mandado de segurança, não podem ser examinados no âmbito do Legislativo, diante do princípio da separação de poderes. - Ofende o princípio a independência dos poderes a intimação de magistrado para depor perante Comissão Parlamentar de Inquérito sobre ato jurisdicional praticado. - Não é possível que a maioria parlamentar frustre o direito das minorias de instalar CPI, no termos do art. 58 §3º da Constituição, já que reunidos os requisitos constitucionais (1/3 dos membros, fatos determinados e temporariedade), a instalação não se submete à vontade da maioria. Assim, trata-se de tema que extravasa os limites "interna corporis" sendo, assim, Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 35 viável o controle judicial - prerrogativa das minorias, expressão do postulado democrático. - Comissão Parlamentar de Inquérito não tem poder jurídico de requisitar perante as operadoras de telefonia as cópias de decisão nem de mandado judicial de interceptação telefônica com finalidade de quebrar sigilo imposto a processo sujeito a segredo de justiça. Indiciados e testemunhas: - O privilégio contra a auto-incriminação – que é plenamente invocável perante as Comissões Parlamentares de Inquérito – traduz direito público subjetivo assegurado a qualquer pessoa, que, na condição de testemunha, de indiciado ou de réu, deva prestar depoimento perante órgãos do Poder Público. O direito de silêncio impede, quando concretamente exercido, que aquele que o invocou venha, por tal específica razão, a ser preso, ou ameaçado de prisão, pelos agentes ou pelas autoridades do Estado. - Se o objeto da CPI é mais amplo do que os fatos em relação aos quais o cidadão intimado a depor tem sido objeto de suspeitas, ainda assim o cidadão não poderá recusar-se a comparecer para depor, mas terá o direito de não responder às perguntas cujas repostas entenda possam vir a incriminá-lo. Princípio da colegialidade (decisões por maioria): - Deve-se necessariamente observar o princípio da colegialidade nas deliberações tomadas por qualquer comissão parlamentar de inquérito (não poderá um único integrante decidir, mas somente a maioria da comissão, pois é um órgão colegiado), notadamente quando esta, no desempenho de sua competência investigatória, ordena a adoção de medidas restritivas de direitos, sob pena de essa deliberação reputar-se nula. Sigilos e limitações aos poderes da CPI: - O princípio constitucional da reserva de jurisdição – que incide sobre as hipóteses de busca domiciliar (CF, art. 5º, XI), de interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a situação de flagrância penal (CF, art. 5º, LXI) – não se estende ao tema da quebra de sigilo, pois, em tal matéria, e por efeito de expressa autorização dada pela própria Constituição da República (CF, art. 58, §3º), assiste competência à Comissão Parlamentar de Inquérito, para decretar, sempre em ato necessariamente motivado. - Não pode haver quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico por CPI quando estiver apoiada em formulações genéricas, sem a necessária e específica indicação de causa provável para fundamentar a quebra. São medidas de caráter excepcional. Assim, pode haver controle jurisdicional dos abusos Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 36 praticados por comissão parlamentar de inquérito, o que não ofende o princípio da separação de poderes. - O sigilo telefônico capaz de ser quebrado pela CPI incide sobre os dados/registros telefônicos e que não se identifica com a inviolabilidade das comunicações telefônicas. - É incompetente a CPI para expedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, já que não é medida de instrução. CPI estadual: - Ainda que seja omissa a Lei Complementar 105/2001, podem essas comissões estaduais requerer quebra de sigilo de dados bancários, com base no art. 58, § 3º, da Constituição. Habeas Corpus contra ato praticado por CPI e competência para julgamento: - Os habeas corpus ou mandados de segurança contra atos praticados pelas CPI deverão ser julgados originariamente no STF, por se enquadrarem na hipótese do art. 102, I, d e i. - A extinção da Comissão Parlamentar de Inquérito prejudica o conhecimento do habeas corpus impetrado contra as eventuais ilegalidades de seu relatório final, notadamente por não mais existir legitimidade passiva do órgão impetrado. Organizando os poderes da CPI: CPI pode: Determinar quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico (telefônico = dados e registros, não a interceptação. A decisão sobre a quebra deve ser tomada pela maioria da CPI e ser fundamentada, não pode se apoiar em fatos genéricos). Convocar Ministro de Estado para depor (qualquer comissão pode). Determinar a condução coercitiva de testemunha que se recuse a comparecer. CPI não pode Apreciar acerto ou desacerto de atos jurisdicionais ou intimar magistrado para depor. Determinar indisponibilidade de bens do investigado. Decretar a prisão preventiva (pode decretar prisão só em flagrante). Determinar interceptação/escuta telefônica. Direito Constitucional -FUNAI Aula 8- Poder Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 37 Decretar busca domiciliar de pessoas ou documentos (inviolabilidade domiciliar é reserva de jurisdição). 36. (FCC/ Técnico Jud.- TRT 6ª Região/ 2012) As comissões parlamentares de inquérito são permanentes e possuem poderes para apurar fatos de relevância política, bem como para aplicar sanções. Comentários: Segundo o art. 58, §3º, As CPI’s são criadas para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores, não aplicando ela própria sanções. Aí os erros da assertiva. Gabarito: Errado. 37. (FCC/AJAJ-TRE-AL/2010)É correto afirmar que as comissões parlamentares de inquérito possuem, dentre outros, poderes de a) inaugurar a sessão legislativa. b) investigação próprios das autoridades judiciais. c) regular a criação de serviços comuns da Câmara dos Deputados. d) elaborar o regimento comum do Senado Federal. e) conhecer do veto e sobre ele deliberar. Comentários: Questão simples. Está na própria definição da CPI trazida pelo art. 58 § 3º: As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros (...). Gabarito: Letra B. 38. (FCC/DPE - MA/2009) As Casas do Congresso Nacional, mediante requerimento de, no mínimo, dois terços de
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