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Slides - Melanie Klein

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1-35
Melanie Klein: Obra e Teoria da Personalidade
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE PSICOLOGIA
CURSO DE PSICOLOGIA
Clara Wolff, Gabriela Cesarino, Janice Freitas, Letícia Reis, Maiane Rossi e Thaline Lima.
Psicologia da Personalidade I
Prof. Dr. Cícero Guella Fernandes
1
Melanie Klein
Melanie née Reizes
Nascimento: 30 de março de 1882, Viena, Áustria.
Falecimento: 22 de setembro de 1960, aos 78 anos, Londres, Reino Unido. 
Filha de: Moritz Reizes e Libussa Deutch
Casou com: Arthur Steven Klein
Filhos: Mellita Schideberg, Erich Klein, Hans Klein.
Influências: Sigmund Freud, Sándor Ferenczi, Karl Abraham.
Janice Freitas 3-35
BIOGRAFIA: MELANIE KLEIN
BIOGRAFIA: MELANIE KLEIN
Melanie era a filha mais nova de quatro irmãos. 
Emilie (1876), Emanuel (1877), Sidonie (1878). Dentro da família, Emilie era a predileta do pai, Sidonie a mais bonita e Emanuel uma espécie de gênio.
No período compreendido entre 1887 e 1902, Melanie Klein sofreu grandes perdas: a irmã Sidonie, em 1887, de tuberculose; o pai, em 1900, de pneumonia; o irmão Emmanuel, em 1902, de cardiopatia.
Melanie, casou com um engenheiro químico, Arthur Klein, quando tinha 21 anos.
Janice Freitas 4-35
Arthur Klein foi para a Suécia e Melanie com os seus três filhos ficaram em Berlim. Esta separação acabou por levar ao divórcio, não tendo nunca Melanie voltado a casar.
Durante a infância dos filhos, Melanie Klein teve vários episódios de depressão, ficando Libussa, sua mãe responsável pelos seus filhos.
 Aos 32 anos de idade ela encontrou-se com a psicanálise: leu o texto “Sobre os Sonhos”, de Sigmund Freud, e provavelmente iniciou sua análise com Sandor Ferenczi, buscando livrar-se da depressão. 
Janice Freitas 5-35
BIOGRAFIA: MELANIE KLEIN
Em 1921, Melanie Klein mudou-se para Berlim. Em 1922, aos 40 anos, tornou-se membro associado da Sociedade Psicanalítica daquela cidade. 
Em 1924, iniciou sua segunda análise, com Karl Abraham, a morte precoce de Abraham (1925) privaria Melanie de seu analista e protetor.
Em 1925, foi convidada por Ernest Jones para se instalar em Londres, para divulgar entre os analistas ingleses o seu método de análise de crianças. 
Janice Freitas 6-35
BIOGRAFIA: MELANIE KLEIN
Porém, neste período extremamente produtivo, Melanie sofre pessoalmente maior stress e desgaste : a morte de Abraham ajudou a oposição às teorias de Klein, intensificou, e a rivalidade com Anna Freud tornou-se aguda; morre-lhe o segundo filho, num acidente de alpinismo (1934) e a filha Melitta incompatibiliza-se com ela e sua teoria.
Na elaboração da perda de Hans, Melanie Klein escreveu o texto “Uma contribuição para a psicogênese dos Estados Maníaco-Depressivos” (1935). Em 1940, publicou “O Luto e suas Relações com os Estados Maníaco-depressivos”.
Janice Freitas 7-35
BIOGRAFIA: MELANIE KLEIN
RESUMINDO: Esta mulher - não era médica nem possuía outra graduação universitária, esposa infeliz e depois divorciada, mãe deprimida, a vida pontilhada de lutos e perdas, analisada por Ferenczi e por Abraham – tornou-se psicanalista aos quarenta anos de idade. Iniciou o estudo da psicanálise de crianças baseando-se na análise de seus próprios filhos. Deixou sua terra e sua língua materna em busca de um espaço para si. De presença marcante, defendeu de forma aguerrida suas ideias, o que a fez colher experiências duras e dolorosas. 
Melanie Klein – fundou a psicanálise de crianças e ampliou a psicanálise de adultos em muitas direções, sobretudo na da análise das psicoses” (BUENO, 2004, p.171).
Janice Freitas 8-35
BIOGRAFIA: MELANIE KLEIN
ESTILO DE ESCRITA DE MELANIE KLEIN
Na década de 30, Ernest Jones se ofereceu para reescrever um dos trabalhos de Klein para torná-lo mais claro. Klein lhe respondeu dizendo: “Certamente seria mais claro, mas seria menos eu”.
Lacan a chamou de “tripière inspirée”, uma açougueira.
Klein não tinha formação acadêmica e, após ir para Londres, começa a publicar em inglês.
Maiane Rossi 
9-35
ORGANIZAÇÃO DA SUA OBRA 
1) Período de 1919 a 1932 – Técnica do jogo, Análise das crianças, Superego precoce, Complexo de Édipo precoce;
2) Período de 1932 a 1946 – Teoria das Posições (Posição depressiva e Posição Esquizo-paranóide);
3) Período de 1946 a 1960 – Teoria da Inveja.
Maiane Rossi 10-35
PERÍODO DE 1919 A 1932
Criança ‡ Infantil
Há na idade adulta, muitas vezes, a presença do infantil no psiquismo. 
"A angústia existe desde o começo da vida"
Klein introduz a ideia de “SUCÇÃO VAMPIRESCA” na criança, como o desejo voraz da criança pela mãe. 
	“Ele quer o seio e também tudo o que há nele e além dele, esse corpo onde às vezes o seio desaparece, e então ele quer também o corpo e tudo o que houver de precioso nele” 
	(FIGUEIREDO, Luís Cláudio; CINTRA, Elisa Maria, 2004, p. 56)
Maiane Rossi 11-35
PERÍODO DE 1919 A 1932
Modo de relação:
Fase pré-genital – relação objetal parcial
Fase genital – relação de objeto total
Maiane Rossi 12-35
PERÍODO DE 1919 A 1932
Superego precoce – anterior à resolução do conflito edípico;
Desenvolve-se na época do desmame, por volta dos 6 meses;
Na época do desmame surge o Complexo de Édipo;
Maiane Rossi 13-35
criança
mãe
estranho
PERÍODO DE 1919 A 1932
	“Melanie Klein introduz a questão do Édipo precoce por meio de um raciocínio simples: as diversas frustrações sofridas pela criança quanto à satisfação de suas tendências orais e anais levam-na a buscar novas fontes de prazer ativando então a zona genital, com as respectivas fantasias de penetrar e ser penetrada”
	(FIGUEIREDO, Luís Cláudio; CINTRA, Elisa Maria, 2004, p. 69)
Maiane Rossi 14-35
PERÍODO DE 1919 A 1932
ANÁLISE DAS CRIANÇAS
Hug Hellmuth foi a primeira analista de crianças. Mas não deixou registros.
Klein foi pioneira na análise de crianças.
Não há divã para as crianças, Melanie buscou analisá-las através da técnica do brincar ou do jogo.
Os jogos tinham a mesma função do sonho, pois são cheios de representação.
Maiane Rossi 15-35
Período de 1919 a 1932
Opôs-se a Anna Freud
Foi duramente criticada e acusada de violentar a inocência das crianças e de atrapalhar a relação delas com seus pais
Maiane Rossi
16-35
Teoria das Posições
É uma teoria da mente e seus modos predominantes de funcionamento. Como as pessoas usam suas mentes para perceber, negar, alterar ou refletir sobre a realidade.
O ego existe e opera desde o nascimento e ele é a parte organizada do self, sendo influenciado por impulsos instintivos e mantendo-os sob controle pela repressão.
Experiências más e boas
Ansiedade persecutória  paranóide
Ego fragmentado  esquizo
Clara Wolff 17-35
Teoria das Posições
Posição Depressiva (6 a 12 meses);
Posição Esquizo-paranóide (0 a 6 meses);
Dinâmicas psíquicas que geram maneiras de ser e de experienciar o mundo, organizam as ansiedades, as defesas e as relações com os objetos.
Clara Wolff 18-35
Posição esquizo-paranóide
Dissociação, idealização, negação, identificação projetiva, relações de objeto parciais e uma preocupação básica sobre a sobrevivência do self.
Os mecanismos esquizóides são aqueles que possuem a propriedade de isolar o ego do ambiente e partes do ego entre si.
 
A idealização do objeto bom e a cisão do amor e do ódio.
Clara Wolff 19-35
Posição esquizo-paranóide
Os medos persecutórios são impulsos oral-sádicos e anal-sádicos projetados.
 
Sentimentos destrutivos: voracidade e inveja.
Pulsão de morte  aniquilar o organismo.
Clara Wolff 20-35
Posição esquizo-paranóide
 A inibição da vida afetiva provoca também um estancamento da curiosidade e da capacidade intelectual.
O medo de ser invadido  ligar-se a um outro alterna com isolar-se;
Dinâmica de cisão e projeção  livrar-se do acréscimo de estímulos por caminhos violentos numa busca por homeostase rápida;
A experiência recorrente da mãe indo embora e voltando para ele torna a ausência dela menos aterrorizadora e, portanto, diminui a suspeita do bebe
de que ela o deixe. 
Clara Wolff 21-35
Posição Depressiva
A relação com o objeto é total, com amor e ódio, qualidades e defeitos, valores antagônicos.
A libido predomina sobre a agressão e surge a culpa com a identificação com o objeto.
 
O desmame traz o reconhecimento do outro e o desejo de preservá-lo.
Clara Wolff 22-35
Posição Depressiva
Os maus aspectos de pessoas necessárias são negados, levando a um empobrecimento tanto da experiência de realidade como da testagem de realidade. 
São mobilizadas as defesas maníacas: é a negação de realidades psíquicas dolorosas para negar o mal-estar causado pelo medo dos objetos aterrorizadores (na posição paranóide) e/ou para se contrapor ao pesar, à culpa, ao sentimento doloroso de ter lesado os objetos (na posição depressiva).
Clara Wolff 23-35
Teoria das Posições
A elaboração da posição depressiva é o ponto mais importante do desenvolvimento infantil. É a introjeção do objeto bom que determina a capacidade de amar e reparar, sendo uma fonte de segurança das pulsões de vida e do amor.
As ansiedades depressivas e persecutórias nunca são totalmente superadas. Elas podem reaparecer temporariamente sob pressão interna ou externa, embora uma pessoa relativamente normal possa suportar essa recorrência e recuperar seu equilíbrio.
Clara Wolff 24-35
Inveja
A inveja é o desejo de possuir o que o outro possuiu.
É a mais radical das manifestações de impulso destrutivo, pois leva a atacar e destruir o objeto bom.
Inveja e gratificação são sentimentos opostos e integrantes que operam desde o nascimento.
Letícia Reis 25-35
Inveja
O primeiro objeto de inveja é o seio nutridor: no sentido mais profundo significa destruir sua capacidade criadora; é uma identificação projetiva destrutiva.
Klein acreditava que a inveja era um sentimento primário.
Um adulto que inveja, não teve um desenvolvimento saudável.
Invejadas potencialidades do sexo oposto.
Letícia Reis 26-35
O método do “Estudo de Caso” em psicanálise
O Estudo de Caso em psicanálise passa por três momentos:
A escrita descritiva da história da doença;
A escrita descritiva da história do adoecimento do paciente em análise;
A escrita da análise e interpretação das histórias da doença e da transferência e a construção teórica em psicanálise.
Thaline27-35
Um Caso de Melanie Klein: Dick
O primeiro encontro de Dick com Melanie Klein
Descrição do consultório
Via pessoas e objetos como transparentes
Criança que se mostrou indiferente à maioria de objetos e brinquedos a sua volta
Único e exclusivo interesse em trens, estações, maçanetas e portas
Fala repetitiva “Trem-papai” e “Trem-Dick”
Fala que não se dirigia a ninguém.
Thalne 28-35
A história da Análise
Um dos encontros com a Klein foi um dia de angústia para Dick.
Desde a chegada ao consultório, Dick se encontrava muito agitado e querendo ir encontrar a babá.
Segundo Melanie Klein: a consideração da angústia está no centro do tratamento, ela é considerada importante para a técnica.
A angústia é um motor, mas é também um freio. Ora se trata de aliviá-la, ora de fazê-la emergir, através da interpretação, conforme ela esteja manifesta ou latente.
Thaline29-35
A história da Análise
Em outros encontros, quando a babá saiu, Dick sentiu-se invadido por uma maré inteira dentro dele e transbordou, e chorou.
Com o decorrer do tempo Dick também preferiu escolher outros brinquedos e deixar escorrer a água da pia do lavabo.
Ele passou a se interessar mais pelas pessoas, pelas coisas e por seus nomes.
As coisas começaram adquirir sentido e ele estabeleceu suas relações afetivas com a mãe e o pai.
Thaline 30-35
Comentário teórico sobre a análise de Dick
Origem da ansiedade e da forte e prematura defesa erigida contra o sadismo
O sadismo se torna ativo no estágio do desenvolvimento que coincide com os impulsos sádico-orais e termina no início do estágio anal.
O sadismo tem importante papel na transferência do interesse dos objetos primordiais para objetos substitutos.
Thaline31-35
Por que os mecanismos de defesa bloquearam o desenvolvimento do Dick?
Porque houve um precoce investimento libidinal da zona genital e, como consequência, uma identificação igualmente precoce com o objeto alvo da agressividade.
O que contribuiu para uma defesa igualmente prematura contra o sadismo.
Thaline32-35
Diferenças entre Klein e Freud
Melanie Klein inspirou-se em alguns conceitos de Freud como fantasia, mundo interno e complexo de Édipo, sendo freudiana convicta, até mesmo relutando os argumentos de que seria kleiniana. As obras freudianas "Além do Princípio e Prazer" e "O Ego e o Id" tiveram grande influência na obra de Klein.
Freud diversas vezes foi indiferente quanto a seus trabalhos relacionados à análise infantil, pois ele acreditava que a psicanálise era direcionada para adultos. 
Gabi
33-35
Diferenças entre Klein e Freud
Sua defesa para a psicanálise ser destinada a adultos é que nessa fase entramos em contato com conteúdos inconscientes e é necessário que tenhamos estrutura psíquica formada para conseguirmos suportar tais conteúdos.
Ele argumentava contrariamente à análise infantil pois crianças não possuem linguagem desenvolvida, impossibilitando a ação livre. 
Melanie, em oposição à Freud, afirmava que crianças podem ser analisadas mesmo sem linguagem verbal desenvolvida, pois detém de outra forma de comunicação: o ato de brincar. Através da brincadeira, crianças expressam o que sentem - medo, angústia, agressividade - e a forma com que enxergam o mundo.
Gabi
34-35
Diferenças entre Klein e Freud
Ela defendia, ainda, que a análise infantil pode prevenir o desenvolvimento de algumas patologias, já que a estrutura psíquica está em formação, ao contrário da fase adulta, onde o sofrimento já está formado.
A estrutura psíquica se forma na infância e seus conflitos aparecem naturalmente na fase adulta. A interpretação de conteúdos deve ser feita gradativamente, respeitando os limites do analisando, independente de sua idade.
Gabi
35-35
T.Hanks!
36

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