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Se você está lendo este e-book é porque está cansado de sentir que nada na sua vida dá certo. Imagino que já tenha se comparado com outras pessoas e chegado à conclusão de que tudo para você parece mais difícil e distante. Provavelmente, você já se culpou por reclamar de barriga cheia, pois sabe que outras pessoas passam por problemas maiores. Apesar de reconhecer que poderia ser pior, nada muda o fato de que é extremamente frustrante desejar algo sem ter a menor ideia de como conquistar. Suponho, ainda, que já tenha se questionado se é sua a culpa por não viver a vida que gostaria. 01 Numa conversa com os amigos, é bem possível que já tenha assumido parte da responsabilidade ao dizer que suas escolhas lhe trouxeram consequências. Talvez, no fundo, o seu maior medo seja de não saber fazer escolhas melhores. É desesperador continuar repetindo comportamentos destrutivos. Mas, perceber que está paralisado, pode ser ainda mais angustiante. Eu entendo bem a frustração de se ver patinando, sem sair do lugar. Em diversos momentos, fiquei sem forças para tomar as rédeas da minha vida. Tive comportamentos movidos pela insegurança que me envergonharam. Por não ter coragem de colocar um ponto final, vivi relações que duraram mais tempo do que deveriam. 02 Já perdi oportunidades porque estava com medo da mudança e duvidei da minha capacidade de chegar aonde eu gostaria. De todos os momentos, o pior foi reconhecer o quanto eu já deixei de ter sonhos só para não me responsabilizar por concretizá-los. Esse doeu mais! Não me orgulhava das minhas atitudes e, para compreender qual era a minha participação nas minhas insatisfações, fiz terapia. Eu não entendia que minhas escolhas me levavam para o buraco. Apenas acreditava que não tinha sorte, que tudo para mim era mais difícil e que eu não merecia ser feliz. Carregando crenças como essas, era quase impossível realizar qualquer coisa. Demorei um tempo para conseguir nomear o que eu fazia: eu tinha o hábito de me sabotar. 03 A autossabotagem ocorre quando você age contra si mesmo, diminuindo sua capacidade de realizar algo que pretendia, atrapalhando seu próprio crescimento. É quando você faz escolhas ruins, se colocando em situações desagradáveis ou mantendo hábitos prejudiciais. Ocorre, ainda, quando você prioriza o que não leva a lugar algum ou coloca em risco coisas, pessoas e relações importantes para ti. Como pergunta Freud: Qual é a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa? 04 Essa reflexão nos faz perceber em como contribuímos para que a nossa vida esteja uma bagunça. Muitas vezes, essa “desordem” é consequência da falta de clareza sobre o que deve vir primeiro. Negligenciamos o que deveria ser cuidado e supervalorizamos o que não traz benefício algum. Parece não fazer sentido agir assim. Mas, como todas as nossas ações carregam uma intencionalidade, sempre temos um bom motivo para fazermos nossas escolhas, mesmo que não saibamos dizer qual é. Infelizmente, muitas vezes, tomamos decisões que sabotam a nossa felicidade. 05 Hoje, depois de muito aprendizado, sempre que me vejo perdida, procuro refletir sobre onde quero chegar. Assim, consigo traçar metas que favoreçam meu caminho. Percebi também que, muitas vezes, o que eu achava que era autossabotagem, era apenas desconhecimento do que eu estava procurando e do meu potencial. Consequentemente, sem clareza dos objetivos e sem autoconfiança, era difícil sentir que estava chegando a algum lugar. O objetivo deste e-book é mostrar porquê você AINDA escolhe se sabotar e como romper esse ciclo. Ao final dessa leitura, espero que você amplie sua consciência sobre o que deseja e consiga vencer a autocrítica que te impede de acreditar que VOCÊ É CAPAZ de chegar onde quiser. 06 Por que você AINDA escolhe se sabotar? A autossabotagem será uma boa opção se você estiver procurando o caminho mais fácil e o prazer imediato, ao invés de algo mais recompensador, que demore mais e exija mais esforço. Se você tem esse hábito, provavelmente já fez os seguintes questionamentos: - Por que eu ajo assim? - Eu sabia que isso não ia dar certo, porque insisti? - Por que não consigo sair dessa situação, se ela me faz mal? - Por que sempre acho que não vai dar certo? 07 Sempre que age dessa forma, você está fazendo uma troca que lhe parece interessante NAQUELE MOMENTO. Você entende que é mais recompensador fazer algo que acredita ser melhor, mais fácil e menos doloroso, do que algo que leve mais tempo, exija mais esforço e seja desafiador. Geralmente, você toma essa decisão priorizando o prazer imediato, sem avaliar os resultados a médio prazo. É importante NÃO JULGAR esses comportamentos como um desvio de caráter, preguiça, folga, fraqueza ou qualquer adjetivo do tipo. A ideia é entender a função da autossabotagem na sua vida. 08 Você se sabota quando… Troca a academia pelo pote de sorvete, quando seu objetivo é emagrecer; Termina um relacionamento no primeiro conflito por medo de ser abandonado; Passa o dia vendo série ao invés de estudar; Liga para a pessoa que te trata mal, acreditando que ela irá mudar; Mantém contato com quem tira sua paz, mesmo buscando um relacionamento saudável; Não explora o seu potencial, mesmo dizendo que quer crescer e se desenvolver; Desconfia de tudo que “tá sendo bom demais para ser verdade”; 09 Prefere arranjar boas desculpas para não fazer o que deveria; Prioriza os problemas dos outros ao invés dos seus; Prefere acreditar que não é capaz do que desenvolver habilidades; Coloca-se em situações desfavoráveis que prejudicam o seu rendimento; Culpa os outros pela sua dificuldade de realização; Espera que as pessoas resolvam sua vida para você; Acredita que precisa de sorte para receber a graça e atribui ao azar as suas frustrações; Não se responsabiliza pelo que realmente merece e espera da vida. 10 Mas por que alguém agiria de maneira contrária aos próprios interesses? Por uma estratégia de proteção à autoestima. Vou te explicar melhor! Todos nós temos motivação para proteger e manter a visão que temos sobre nós mesmos. E não há nada de errado nisso. É natural querermos ser vistos sempre pelo melhor ângulo. Mas nem sempre isso é possível, certo? Sempre haverá situações que nos colocam de frente com características que não admiramos ou que ameaçam a imagem que construímos de nós. É nesse cenário que surge a possibilidade de autossabotagem: quando utilizamos estratégias disfuncionais para não corrermos o risco de enxergarmos, em nós mesmos, o que não gostaríamos. 11 A autossabotagem tem a função de preservar o EGO. Geralmente, surge quando a sua autoestima está baixa, a ponto de não suportar situações que te coloquem em vulnerabilidade. Em outras palavras, é quando você morre de medo de ter algum feedback negativo da vida e, para impedir que isso aconteça, toma decisões que, por si só, te prejudicam. No entanto, você atribui essas decisões a fatores externos, incluindo elementos extras para justificar o que precisa, podendo ser: o tempo, o clima, uma pessoa, o governo, a economia, a pandemia, seus pais, seu chefe, Deus, os homens, as mulheres, a cultura, a falta de apoio, o passado, os traumas, o vício… Qualquer coisa com a qual consiga compartilhar a responsabilidade pelo seu insucesso. 12 É como se, numa competição, preferisse perder de W.O a correr o risco de sair perdedor. Mas justificaria dizendo que não compareceu porque o trânsito estava horrível. Você irá se sabotar sempre que julgar que tem mais a perder do que ganhar. O problema é quando você tira essa conclusão baseada em MEDO, e não de forma lógica e coerente. Então, como saber se estou fazendo escolhas por medo ou por consciência? Na maioria das vezes em que se sabota, partirá da seguinte premissa: Se eu falhar, posso culparfatores externos. Mas se eu tiver êxito, o mérito é meu. 13 Podemos encontrar autossabotagem em comportamentos como: procrastinação, falta de preparo, desconfiança, uso excessivo de drogas, retraimento, descomprometimento, vícios emocionais, esquiva de responsabilidades, estabelecimento de metas inalcançáveis, autocrítica exagerada, preocupação com o julgamento alheio, dentre outros. Esses comportamentos são os substitutos do esforço, da tolerância à frustração, da aquisição de novas habilidades, do comprometimento, do enfrentamento de medos e riscos. Muitas pessoas não querem se responsabilizar por tanto, por diferentes motivos. Então, como saber qual é a função da sua autossabotagem? Podem ser diversas. Expus algumas abaixo, como exemplo: 14 Huda Realce Huda Realce 1. Preservar a sua imagem de competência Você está estudando há tempos para uma prova importante. A sua maior preocupação não é o resultado em si, mas sim o que ele representa. Se for positivo: o mérito é seu, você arrasou. Se for negativo: conclui que não foi competente o suficiente. Essa opção seria muito angustiante, pois te levaria diretamente ao sentimento de inferioridade. Para que isso não aconteça, no dia anterior, você sai para beber com os amigos e vai fazer o teste de ressaca. Assim, caso não se saia bem, terá uma boa justificativa, a bebida: “Caramba, eu não estava nem conseguindo pensar direito”. 15 Dessa forma, não corre o risco de encarar a possível conclusão de que não estava pronto para a prova. A prioridade é não ameaçar o seu ego com essa notícia, ao invés de querer saber qual seria o resultado da prova. Nesse caso, a função da sua autossabotagem foi preservar a sua imagem de competência. Não fazer a prova ou fazer em más condições se tornam os álibis para não ser revelado o real potencial. 2. Impedir de ser feita de trouxa Você começou um relacionamento com uma pessoa super legal. Você está feliz, mas um pouco desconfiada, pois já sofreu decepções e passou a duvidar se poderia ser amada novamente. 16 Com a convivência, percebeu que não tem motivos para se sentir insegura, afinal, ele demonstra que está satisfeito com a relação. Mesmo sem necessidade, por força do hábito, você começa a fiscalizar o celular dele, buscando indícios de traição. Descobre apenas uma conversa com uma moça em um momento em que não estavam juntos ainda. Desde então, começa a buscar provas de que ele ainda mantém contato com ela. Qualquer atitude contribui para a sua teoria de que ele é como os outros. Com o tempo, mesmo sem provas, sua desconfiança aumenta a ponto de tratá-lo de forma fria e distante, como se quisesse mostrar que não será passada para trás novamente. A relação se desgasta e você decide pôr um fim ao seu sofrimento. 17 A sua conclusão: os homens são todos iguais. Terminei, pois ele não me passava segurança. Sem perceber, por medo de ser enganada novamente, você criou motivos para crer que ele não era confiável. A defesa do seu ego foi “ficar em alerta”. Ou seja, a sua prioridade tornou-se a sua preservação de qualquer ameaça, ao invés de deixar fluir. Para não perder o controle, sabotou a relação, terminando antes que pudesse se sentir, de fato, traída, excluída ou abandonada. Nesse caso, a função da sua autossabotagem foi se antecipar com o término para impedir que pudesse ser passada para trás. 18 3. Esquiva da responsabilidade de ser autoridade Você está sem trabalhar há um tempo e isso está te deixando preocupado. Mas, enquanto está disponível, todos os seus amigos te pedem aquela famosa ajudinha com o computador deles, pois você é expert em tecnologia. É super prazeroso atendê-los e você se sente reconhecido fazendo isso, gratuitamente. Até que um deles te pergunta: “Fulano, você está desempregado há um tempo. Já que tem tanta facilidade, por que não trabalha consertando computadores?”. A sua reação é dizer que não e continuar se queixando de falta de dinheiro. 19 Nesse caso, a função da sua autossabotagem foi se esquivar da responsabilidade de ser autoridade no assunto. Se estiver sendo pago, terá que oferecer um serviço de qualidade. Sem a cobrança de ser profissional, você fica livre para errar ou negar, se for preciso. 4. Esquiva da responsabilidade de assumir as rédeas da própria vida Você está em um relacionamento abusivo e sente como se não fosse dona da própria vida. Seu marido é quem dita as regras e você se sente completamente sem voz, sem autonomia e sem direito de tomar decisões. Você não se sente feliz, mas não tem forças para terminar a relação. 20 Na sua concepção, ele é o culpado pelas suas frustrações. Se ele fosse um bom companheiro, teria certeza que se sentiria mais satisfeita. Mas seu casamento já dura muitos anos e não existe nenhuma perspectiva de melhora. Cabe a você romper ou continuar esperando uma mudança não prometida! Se optar pelo rompimento, será oficialmente responsável pelas suas escolhas. Isso quer dizer que, caso ainda se sinta infeliz, não terá a quem culpar. Mas se for feliz, obterá os créditos. Mas se permanecer na relação, pode continuar atribuindo suas dores a ele e se queixando de que nada na sua vida dá certo. 21 Nesse caso, a função da sua autossabotagem seria se esquivar da responsabilidade de assumir as rédeas da própria vida e encarar as mudanças. Sem a participação do marido, teria que aprender a conviver com a liberdade de ser dona de si. 5. Fuga da possibilidade do fracasso Você recebeu um convite para assumir um cargo maior na empresa em que trabalha. Você ganhará aumento de salário e visibilidade, mas terá que mudar que de cidade. Você é a pessoa da família com a qual todos contam para resolver os problemas. Você até reclama que nunca tem tempo para si, pois está sempre sendo sugado pelas irmãs e pelos cunhados, mas, no fundo, adora saber que é o porto seguro de todos. 22 Assim, começa a calcular que não vale a pena investir na sua carreira e aceitar a proposta. Você prefere continuar onde está, recusando a promoção, e se queixando da dependência dos outros. Afinal, se o convite não corresponder às expectativas, ficará muito constrangido. Então, é melhor não arriscar. Assim, escolhe dizer que não pôde ir, pois sem você, sua família ficaria desamparada. Nesse caso, a função da sua autossabotagem foi fugir da possibilidade do fracasso, por meio dos problemas familiares. Assim, pode continuar culpando a todos pela sua falta de crescimento na carreira, alegando que exigem muito de ti. 6. Fuga da possibilidade do sofrimento. Você quer muito ter um relacionamento sério, pois sonha em casar e ter filhos. 23 Você sente falta de companhia, de ter com quem contar e pertencer a uma família. Mas não se acha boa o suficiente para que alguém queira construir uma vida contigo. Por acreditar que ninguém se interessaria por você, pensa que não vale a pena entrar em aplicativos, sair e paquerar. Você morre de medo de ser rejeitada e abandonada, e para não correr esse risco, não se disponibiliza a conhecer pessoas. O seu discurso, no entanto, é de que os homens não querem nada sério, mas a verdade é que não teve experiências suficientes para fazer tal afirmação. Na sua concepção, é mais seguro se preservar de uma rejeição ou de um possível abandono, não conhecendo ninguém. 24 Nesse caso, a função da sua autossabotagem foi fugir da possibilidade do sofrimento, por meio da esquiva nos relacionamentos. Assim, pode continuar culpando os homens por estar só, e não precisa assumir que tem medo de ser abandonada. Perceba que todas as decisões são baseadas em POSSIBILIDADES de dar errado. São escolhas feitas com o intuito de se preservar do novo e do enfrentamento de desafios. Qual é o perfil das pessoas que tendem a se autossabotar? Geralmente, são divididas em dois tipos: 25 1. Pessoas combastante necessidade de controle, e por isso, se cobram muito, não suportam se sentirem principiantes, são intolerantes com os próprios erros e julgam muito os outros e a si mesmas. Tendem a ser perfeccionistas, ansiosas e exigentes. Não se sentem confortáveis com exposição, quando estão fora de sua zona de conforto, pois sempre partem do princípio de que serão criticadas. 2. Pessoas dependentes, inseguras e com pouco estímulo à autonomia. Tendem a não tomar decisões sem a aprovação de terceiros, pois não se sentem capazes de dar conta da vida adulta. Morrem de medo do fracasso e farão o impossível para evitá-lo, inclusive, se sabotar, se for necessário. 26 Os dois perfis lançam mão da autossabotagem quando vislumbram que as coisas podem não sair como planejado. Como seria muito frustrante serem inteiramente responsáveis pelo fracasso, buscam formas de se livrarem dessa culpa antecipadamente. Muitas vezes, a estratégia usada é não tentar. Assim, não provocam provas contra si mesmas, como: não fazer a prova para a qual se prepararam. Em outras, diminuem deliberadamente suas chances de atingirem a meta como, por exemplo, querer sair da casa dos pais, mas não procurar uma forma de sustento. A longo prazo, essa estratégia de NÃO TENTAR prejudica a autoestima ao invés de preservá-la e reforça a mensagem que você tenta evitar - de que você não é capaz, não é bom o suficiente e nunca vai conseguir. 27 De fato, essa é a consequência de tantas sabotagens: você carrega um catálogo de frustrações e experiências não vividas, que diminuem a sua autoconfiança. A sensação de insuficiência é fruto da ausência de conquistas, uma vez que sempre priorizou a esquiva. O que desperta o gatilho da autossabotagem? Pode ser uma pessoa, uma situação, uma emoção, uma ferida, uma memória, um trauma, um medo… Veja alguns exemplos de como podemos interromper o nosso investimento em algo ou até mesmo nem começar. 28 - Sinto-me desmotivado sempre que meu pai não apoia um projeto meu e, assim, não vejo sentido em continuar me dedicando sem sua aprovação. - Deixo de cumprir minhas obrigações quando brigo com meu marido, comprometendo meu desempenho no trabalho e minha possível promoção. - Se passo raiva no trânsito, chego em casa e me autorizo a não fazer mais nada, atrapalhando meu cronograma de estudos. - Se me sinto deixada de lado, excluída ou desvalorizada pelo meu companheiro, dou bola para outros caras, colocando meu relacionamento em risco e depois me arrependo. 29 - Quando estou com raiva, de forma impulsiva, ameaço romper a minha relação como forma de recuperar o controle, mas vejo que só prejudica. - Quando não me sinto reconhecida, não vejo sentido em continuar me dedicando ao projeto. - Se tenho a sensação de que não vou conseguir manter a constância ou se não vejo aquilo se mantendo no futuro, tendo a não investir minha energia. - Se acredito que serei julgada, não tenho coragem de sustentar minha decisão. Preciso da aprovação de algumas pessoas para me sentir segura e tomar iniciativa. - Quando me deparo com alguém mais bem sucedido, me sinto inferior, sem ânimo e fico desmotivada/o. 30 - Quando sou criticada pela minha irmã, sinto que nada do que eu fizer será bom o suficiente. - Quando acho que está muito longe para alcançar minha meta, penso que não terei capacidade de chegar até lá e desisto. - Quando me lembro de falas depreciativas do meu ex-companheiro, começo a duvidar do meu valor e da minha capacidade de conquistar meus objetivos. Reflita: em qual área tem criado circunstâncias desfavoráveis para atingir suas metas? Pode ser nas suas relações amorosas, na sua profissão, nos seus projetos pessoais, nas suas finanças, nas suas relações familiares. 31 Como romper o ciclo da autossabotagem? Procure entender do que está se preservando e o que poderia ganhar se topasse o risco. Sempre se pergunte como poderia se beneficiar, caso as coisas dessem certo. Não lide somente com o cenário catastrófico. Na vida adulta, não existem garantias. Nada garante que o próximo passo será certeiro. Suas decisões devem ser baseadas no seu próprio discernimento e nos seus valores. Por isso, é importante se lançar em experiências que proporcionem aprendizados e autoconhecimento, para que ao longo do tempo, acumule comportamentos que te ajudem a agir com mais segurança. 32 Isso só será possível vivendo. Delegar suas escolhas a outra pessoa te fará refém dela. Você é o único que sabe o que é melhor para si. Se SEMPRE julgar que o risco é muito alto, você nunca adquirirá autoconfiança. Viver se preservando não é viver, é sobreviver. Por isso, reveja seus objetivos e reflita o que tem impedido sua dedicação. Nem todas as metas que estabelece fazem sentido. Algumas você sabota, pelo fato de não lhe trazerem recompensas reais. Outras merecem o enfrentamento dos seus medos. Essas são as que podem mudar a sua vida para melhor! Não as negligencie. 33 Investir em autoconhecimento pode ajudar a descobrir seus pontos fortes e fracos, a lidar com os julgamentos, a administrar seus medos e inseguranças. Afirmar palavras positivas no espelho não será suficiente para te fazer crer que é capaz. No lugar disso, procure, diariamente, reunir as informações que precisa para então, adquirir autoconfiança: - Para onde estou indo? - Quais são os meus recursos para chegar até lá? - Quais foram as minhas conquistas até aqui? 34 Busque, incessantemente, novas respostas sobre si. Seja curioso sobre quem você é. Avalie o seu desempenho com frequência. Compare suas próprias versões e analise o quanto evoluiu. Tenha em mente que: pensamento gera sentimento, que gera palavra, pensamento, ação, hábito, caráter… destino. Portanto, escolha bem as crenças que decide levar como verdades absolutas para a sua vida. Você se sentirá motivado a parar de se autossabotar quando perceber que ganha muito mais desenvolvendo estratégias para conquistar o que sonha. 35 Substitua o medo pela tentativa. Assim, haverá pouco espaço para desculpas e fugas. Trate suas inseguranças como algo natural, inerente a qualquer desafio. Não deixe que elas sejam maiores que você. Seguimos juntos, tentando sempre nos manter distantes da autossabotagem! Jhanda Siqueira Psicóloga Gestalt-terapeuta Instagram: @amor_e_autoestima Youtube: Psicóloga Jhanda Siqueira 36 Conheça o e-book: Chega de ter medo da vida Resolvi escrever esse ebook porque escuto, com muita frequência nos meus atendimentos, pacientes se queixando de não terem tido sorte na vida. Eles reclamam por não terem tido um bom emprego, por não terem sido escolhidos por alguém especial ou por não terem tido filhos. Reclamam por não terem vivido o amor que sonharam, por não terem dinheiro suficiente, por não terem sucesso profissional, enfim, por não terem tido um monte de coisas que acreditam que mereciam. Eu concordo com eles! É uma merda olhar para trás e perceber que não viveu a vida que gostaria. Pior ainda é continuar vivendo uma vida desinteressante. E aí? O que fazer com essa constatação? Link: bit.ly/chegadetermedodavida 37 http://bit.ly/chegadetermedodavida http://bit.ly/chegadetermedodavida