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Ebook Autossabotagem

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Se você está lendo este e-book é porque 
está cansado de sentir que nada na sua vida 
dá certo. Imagino que já tenha se comparado 
com outras pessoas e chegado à conclusão 
de que tudo para você parece mais difícil e 
distante. 
Provavelmente, você já se culpou por 
reclamar de barriga cheia, pois sabe que 
outras pessoas passam por problemas 
maiores. 
Apesar de reconhecer que poderia ser 
pior, nada muda o fato de que é 
extremamente frustrante desejar algo sem ter 
a menor ideia de como conquistar.
Suponho, ainda, que já tenha se 
questionado se é sua a culpa por não viver a 
vida que gostaria.
01
Numa conversa com os amigos, é bem 
possível que já tenha assumido parte da 
responsabilidade ao dizer que suas escolhas 
lhe trouxeram consequências. 
Talvez, no fundo, o seu maior medo seja de 
não saber fazer escolhas melhores. 
É desesperador continuar repetindo 
comportamentos destrutivos. Mas, perceber 
que está paralisado, pode ser ainda mais 
angustiante.
Eu entendo bem a frustração de se ver 
patinando, sem sair do lugar. Em diversos 
momentos, fiquei sem forças para tomar as 
rédeas da minha vida. 
Tive comportamentos movidos pela 
insegurança que me envergonharam. Por não 
ter coragem de colocar um ponto final, vivi 
relações que duraram mais tempo do que 
deveriam.
02
Já perdi oportunidades porque 
estava com medo da mudança e duvidei 
da minha capacidade de chegar aonde 
eu gostaria. 
De todos os momentos, o pior foi 
reconhecer o quanto eu já deixei de ter 
sonhos só para não me responsabilizar 
por concretizá-los. Esse doeu mais! 
Não me orgulhava das minhas 
atitudes e, para compreender qual era a 
minha participação nas minhas 
insatisfações, fiz terapia. Eu não entendia 
que minhas escolhas me levavam para o 
buraco.
Apenas acreditava que não tinha 
sorte, que tudo para mim era mais difícil 
e que eu não merecia ser feliz. 
Carregando crenças como essas, era 
quase impossível realizar qualquer coisa. 
Demorei um tempo para conseguir 
nomear o que eu fazia: eu tinha o hábito 
de me sabotar.
03
A autossabotagem ocorre quando 
você age contra si mesmo, diminuindo 
sua capacidade de realizar algo que 
pretendia, atrapalhando seu próprio 
crescimento.
É quando você faz escolhas ruins, se 
colocando em situações desagradáveis 
ou mantendo hábitos prejudiciais. 
Ocorre, ainda, quando você prioriza o 
que não leva a lugar algum ou coloca em 
risco coisas, pessoas e relações 
importantes para ti. 
 
Como pergunta Freud: Qual é a sua 
responsabilidade na desordem da qual 
você se queixa?
04
Essa reflexão nos faz perceber em 
como contribuímos para que a nossa 
vida esteja uma bagunça. 
Muitas vezes, essa “desordem” é 
consequência da falta de clareza sobre o 
que deve vir primeiro. Negligenciamos o 
que deveria ser cuidado e 
supervalorizamos o que não traz 
benefício algum. 
Parece não fazer sentido agir assim. 
Mas, como todas as nossas ações 
carregam uma intencionalidade, sempre 
temos um bom motivo para fazermos 
nossas escolhas, mesmo que não 
saibamos dizer qual é.
Infelizmente, muitas vezes, tomamos 
decisões que sabotam a nossa felicidade.
05
Hoje, depois de muito aprendizado, 
sempre que me vejo perdida, procuro 
refletir sobre onde quero chegar. Assim, 
consigo traçar metas que favoreçam 
meu caminho. Percebi também que, 
muitas vezes, o que eu achava que era 
autossabotagem, era apenas 
desconhecimento do que eu estava 
procurando e do meu potencial. 
Consequentemente, sem clareza dos 
objetivos e sem autoconfiança, era difícil 
sentir que estava chegando a algum 
lugar.
O objetivo deste e-book é mostrar 
porquê você AINDA escolhe se sabotar e 
como romper esse ciclo. Ao final dessa 
leitura, espero que você amplie sua 
consciência sobre o que deseja e 
consiga vencer a autocrítica que te 
impede de acreditar que VOCÊ É CAPAZ 
de chegar onde quiser.
06
Por que você AINDA escolhe se 
sabotar?
A autossabotagem será uma boa 
opção se você estiver procurando o 
caminho mais fácil e o prazer imediato, 
ao invés de algo mais recompensador, 
que demore mais e exija mais esforço. 
Se você tem esse hábito, 
provavelmente já fez os seguintes 
questionamentos:
- Por que eu ajo assim?
- Eu sabia que isso não ia dar certo, 
porque insisti?
- Por que não consigo sair dessa 
situação, se ela me faz mal?
- Por que sempre acho que não vai dar 
certo?
07
Sempre que age dessa forma, você 
está fazendo uma troca que lhe parece 
interessante NAQUELE MOMENTO. 
Você entende que é mais 
recompensador fazer algo que acredita 
ser melhor, mais fácil e menos doloroso, 
do que algo que leve mais tempo, exija 
mais esforço e seja desafiador.
 Geralmente, você toma essa decisão 
priorizando o prazer imediato, sem avaliar 
os resultados a médio prazo. 
É importante NÃO JULGAR esses 
comportamentos como um desvio de 
caráter, preguiça, folga, fraqueza ou 
qualquer adjetivo do tipo. 
A ideia é entender a função da 
autossabotagem na sua vida. 
08
 Você se sabota quando…
 Troca a academia pelo pote de 
sorvete, quando seu objetivo é 
emagrecer; 
 Termina um relacionamento no 
primeiro conflito por medo de ser 
abandonado;
 Passa o dia vendo série ao invés de 
estudar;
Liga para a pessoa que te trata mal, 
acreditando que ela irá mudar;
 Mantém contato com quem tira sua 
paz, mesmo buscando um 
relacionamento saudável; 
Não explora o seu potencial, mesmo 
dizendo que quer crescer e se 
desenvolver; 
 Desconfia de tudo que “tá sendo bom 
demais para ser verdade”;
09
Prefere arranjar boas desculpas para 
não fazer o que deveria;
Prioriza os problemas dos outros ao 
invés dos seus; 
Prefere acreditar que não é capaz do 
que desenvolver habilidades;
Coloca-se em situações 
desfavoráveis que prejudicam o seu 
rendimento;
Culpa os outros pela sua dificuldade 
de realização;
Espera que as pessoas resolvam sua 
vida para você;
Acredita que precisa de sorte para 
receber a graça e atribui ao azar as suas 
frustrações;
Não se responsabiliza pelo que 
realmente merece e espera da vida.
10
Mas por que alguém agiria de 
maneira contrária aos próprios 
interesses?
Por uma estratégia de proteção à 
autoestima.
Vou te explicar melhor!
Todos nós temos motivação para 
proteger e manter a visão que temos 
sobre nós mesmos. E não há nada de 
errado nisso. É natural querermos ser 
vistos sempre pelo melhor ângulo. Mas 
nem sempre isso é possível, certo? 
Sempre haverá situações que nos 
colocam de frente com características 
que não admiramos ou que ameaçam a 
imagem que construímos de nós. 
É nesse cenário que surge a 
possibilidade de autossabotagem: 
quando utilizamos estratégias 
disfuncionais para não corrermos o risco 
de enxergarmos, em nós mesmos, o que 
não gostaríamos. 
11
A autossabotagem tem a função de 
preservar o EGO. Geralmente, surge 
quando a sua autoestima está baixa, a 
ponto de não suportar situações que te 
coloquem em vulnerabilidade.
Em outras palavras, é quando você 
morre de medo de ter algum feedback 
negativo da vida e, para impedir que isso 
aconteça, toma decisões que, por si só, te 
prejudicam. 
No entanto, você atribui essas 
decisões a fatores externos, incluindo 
elementos extras para justificar o que 
precisa, podendo ser: o tempo, o clima, 
uma pessoa, o governo, a economia, a 
pandemia, seus pais, seu chefe, Deus, os 
homens, as mulheres, a cultura, a falta de 
apoio, o passado, os traumas, o vício… 
Qualquer coisa com a qual consiga 
compartilhar a responsabilidade pelo seu 
insucesso.
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É como se, numa competição, 
preferisse perder de W.O a correr o risco 
de sair perdedor. Mas justificaria dizendo 
que não compareceu porque o trânsito 
estava horrível. 
Você irá se sabotar sempre que julgar 
que tem mais a perder do que ganhar. 
O problema é quando você tira essa 
conclusão baseada em MEDO, e não de 
forma lógica e coerente.
Então, como saber se estou fazendo 
escolhas por medo ou por consciência?
Na maioria das vezes em que se sabota, 
partirá da seguinte premissa:
Se eu falhar, posso culparfatores 
externos.
Mas se eu tiver êxito, o mérito é meu.
13
Podemos encontrar autossabotagem 
em comportamentos como: 
procrastinação, falta de preparo, 
desconfiança, uso excessivo de drogas, 
retraimento, descomprometimento, vícios 
emocionais, esquiva de 
responsabilidades, estabelecimento de 
metas inalcançáveis, autocrítica 
exagerada, preocupação com o 
julgamento alheio, dentre outros.
Esses comportamentos são os 
substitutos do esforço, da tolerância à 
frustração, da aquisição de novas 
habilidades, do comprometimento, do 
enfrentamento de medos e riscos. Muitas 
pessoas não querem se responsabilizar 
por tanto, por diferentes motivos.
Então, como saber qual é a função 
da sua autossabotagem? 
Podem ser diversas. Expus algumas 
abaixo, como exemplo:
14
Huda
Realce
Huda
Realce
1. Preservar a sua imagem de 
competência
Você está estudando há tempos para 
uma prova importante. A sua maior 
preocupação não é o resultado em si, 
mas sim o que ele representa. 
Se for positivo: o mérito é seu, você 
arrasou.
Se for negativo: conclui que não foi 
competente o suficiente. Essa opção seria 
muito angustiante, pois te levaria 
diretamente ao sentimento de 
inferioridade. 
Para que isso não aconteça, no dia 
anterior, você sai para beber com os 
amigos e vai fazer o teste de ressaca. 
Assim, caso não se saia bem, terá uma 
boa justificativa, a bebida: “Caramba, eu 
não estava nem conseguindo pensar 
direito”. 
15
Dessa forma, não corre o risco de 
encarar a possível conclusão de que não 
estava pronto para a prova. A prioridade 
é não ameaçar o seu ego com essa 
notícia, ao invés de querer saber qual 
seria o resultado da prova.
Nesse caso, a função da sua 
autossabotagem foi preservar a sua 
imagem de competência. Não fazer a 
prova ou fazer em más condições se 
tornam os álibis para não ser revelado o 
real potencial. 
2. Impedir de ser feita de trouxa
Você começou um relacionamento 
com uma pessoa super legal. Você está 
feliz, mas um pouco desconfiada, pois já 
sofreu decepções e passou a duvidar se 
poderia ser amada novamente.
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Com a convivência, percebeu que 
não tem motivos para se sentir insegura, 
afinal, ele demonstra que está satisfeito 
com a relação. Mesmo sem necessidade, 
por força do hábito, você começa a 
fiscalizar o celular dele, buscando indícios 
de traição. 
Descobre apenas uma conversa com 
uma moça em um momento em que não 
estavam juntos ainda. Desde então, 
começa a buscar provas de que ele 
ainda mantém contato com ela. 
Qualquer atitude contribui para a sua 
teoria de que ele é como os outros. 
Com o tempo, mesmo sem provas, 
sua desconfiança aumenta a ponto de 
tratá-lo de forma fria e distante, como se 
quisesse mostrar que não será passada 
para trás novamente. 
A relação se desgasta e você decide 
pôr um fim ao seu sofrimento. 
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A sua conclusão: os homens são 
todos iguais. Terminei, pois ele não me 
passava segurança.
Sem perceber, por medo de ser 
enganada novamente, você criou 
motivos para crer que ele não era 
confiável. A defesa do seu ego foi “ficar 
em alerta”. 
Ou seja, a sua prioridade tornou-se a 
sua preservação de qualquer ameaça, 
ao invés de deixar fluir. Para não perder o 
controle, sabotou a relação, terminando 
antes que pudesse se sentir, de fato, 
traída, excluída ou abandonada.
Nesse caso, a função da sua 
autossabotagem foi se antecipar com o 
término para impedir que pudesse ser 
passada para trás.
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3. Esquiva da responsabilidade de 
ser autoridade
Você está sem trabalhar há um 
tempo e isso está te deixando 
preocupado. 
Mas, enquanto está disponível, todos 
os seus amigos te pedem aquela famosa 
ajudinha com o computador deles, pois 
você é expert em tecnologia. É super 
prazeroso atendê-los e você se sente 
reconhecido fazendo isso, gratuitamente.
Até que um deles te pergunta:
“Fulano, você está desempregado há 
um tempo. Já que tem tanta facilidade, 
por que não trabalha consertando 
computadores?”. A sua reação é dizer 
que não e continuar se queixando de 
falta de dinheiro. 
19
Nesse caso, a função da sua 
autossabotagem foi se esquivar da 
responsabilidade de ser autoridade no 
assunto. Se estiver sendo pago, terá que 
oferecer um serviço de qualidade. 
Sem a cobrança de ser profissional, 
você fica livre para errar ou negar, se for 
preciso. 
4. Esquiva da responsabilidade de 
assumir as rédeas da própria vida
Você está em um relacionamento 
abusivo e sente como se não fosse dona 
da própria vida. Seu marido é quem dita 
as regras e você se sente completamente 
sem voz, sem autonomia e sem direito de 
tomar decisões. Você não se sente feliz, 
mas não tem forças para terminar a 
relação.
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Na sua concepção, ele é o culpado 
pelas suas frustrações. Se ele fosse um 
bom companheiro, teria certeza que se 
sentiria mais satisfeita. 
Mas seu casamento já dura muitos 
anos e não existe nenhuma perspectiva 
de melhora. Cabe a você romper ou 
continuar esperando uma mudança não 
prometida!
Se optar pelo rompimento, será 
oficialmente responsável pelas suas 
escolhas. 
Isso quer dizer que, caso ainda se 
sinta infeliz, não terá a quem culpar. Mas 
se for feliz, obterá os créditos.
Mas se permanecer na relação, pode 
continuar atribuindo suas dores a ele e se 
queixando de que nada na sua vida dá 
certo.
21
Nesse caso, a função da sua 
autossabotagem seria se esquivar da 
responsabilidade de assumir as rédeas 
da própria vida e encarar as mudanças. 
Sem a participação do marido, teria que 
aprender a conviver com a liberdade de 
ser dona de si.
5. Fuga da possibilidade do fracasso
Você recebeu um convite para 
assumir um cargo maior na empresa em 
que trabalha. 
Você ganhará aumento de salário e 
visibilidade, mas terá que mudar que de 
cidade. Você é a pessoa da família com a 
qual todos contam para resolver os 
problemas. 
Você até reclama que nunca tem 
tempo para si, pois está sempre sendo 
sugado pelas irmãs e pelos cunhados, 
mas, no fundo, adora saber que é o porto 
seguro de todos. 
22
Assim, começa a calcular que não 
vale a pena investir na sua carreira e 
aceitar a proposta. Você prefere 
continuar onde está, recusando a 
promoção, e se queixando da 
dependência dos outros. Afinal, se o 
convite não corresponder às 
expectativas, ficará muito constrangido. 
Então, é melhor não arriscar. Assim, 
escolhe dizer que não pôde ir, pois sem 
você, sua família ficaria desamparada.
Nesse caso, a função da sua 
autossabotagem foi fugir da 
possibilidade do fracasso, por meio dos 
problemas familiares. Assim, pode 
continuar culpando a todos pela sua 
falta de crescimento na carreira, 
alegando que exigem muito de ti. 
6. Fuga da possibilidade do 
sofrimento. Você quer muito ter um 
relacionamento sério, pois sonha em 
casar e ter filhos. 
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Você sente falta de companhia, de 
ter com quem contar e pertencer a uma 
família. 
Mas não se acha boa o suficiente 
para que alguém queira construir uma 
vida contigo. 
Por acreditar que ninguém se 
interessaria por você, pensa que não vale 
a pena entrar em aplicativos, sair e 
paquerar. 
Você morre de medo de ser rejeitada 
e abandonada, e para não correr esse 
risco, não se disponibiliza a conhecer 
pessoas. O seu discurso, no entanto, é de 
que os homens não querem nada sério, 
mas a verdade é que não teve 
experiências suficientes para fazer tal 
afirmação.
Na sua concepção, é mais seguro se 
preservar de uma rejeição ou de um 
possível abandono, não conhecendo 
ninguém. 
24
Nesse caso, a função da sua 
autossabotagem foi fugir da 
possibilidade do sofrimento, por meio da 
esquiva nos relacionamentos. 
Assim, pode continuar culpando os 
homens por estar só, e não precisa 
assumir que tem medo de ser 
abandonada.
Perceba que todas as decisões são 
baseadas em POSSIBILIDADES de dar 
errado. São escolhas feitas com o intuito 
de se preservar do novo e do 
enfrentamento de desafios.
Qual é o perfil das pessoas que 
tendem a se autossabotar?
Geralmente, são divididas em dois 
tipos:
25
1. Pessoas combastante necessidade 
de controle, e por isso, se cobram muito, 
não suportam se sentirem principiantes, 
são intolerantes com os próprios erros e 
julgam muito os outros e a si mesmas.
Tendem a ser perfeccionistas, 
ansiosas e exigentes. Não se sentem 
confortáveis com exposição, quando 
estão fora de sua zona de conforto, pois 
sempre partem do princípio de que serão 
criticadas.
2. Pessoas dependentes, inseguras e 
com pouco estímulo à autonomia. 
Tendem a não tomar decisões sem a 
aprovação de terceiros, pois não se 
sentem capazes de dar conta da vida 
adulta. Morrem de medo do fracasso e 
farão o impossível para evitá-lo, inclusive, 
se sabotar, se for necessário.
26
Os dois perfis lançam mão da 
autossabotagem quando vislumbram 
que as coisas podem não sair como 
planejado. Como seria muito frustrante 
serem inteiramente responsáveis pelo 
fracasso, buscam formas de se livrarem 
dessa culpa antecipadamente. Muitas 
vezes, a estratégia usada é não tentar.
Assim, não provocam provas contra 
si mesmas, como: não fazer a prova para 
a qual se prepararam. Em outras, 
diminuem deliberadamente suas 
chances de atingirem a meta como, por 
exemplo, querer sair da casa dos pais, 
mas não procurar uma forma de 
sustento.
A longo prazo, essa estratégia de 
NÃO TENTAR prejudica a autoestima ao 
invés de preservá-la e reforça a 
mensagem que você tenta evitar - de 
que você não é capaz, não é bom o 
suficiente e nunca vai conseguir.
27
De fato, essa é a consequência de 
tantas sabotagens: você carrega um 
catálogo de frustrações e experiências 
não vividas, que diminuem a sua 
autoconfiança. 
A sensação de insuficiência é fruto da 
ausência de conquistas, uma vez que 
sempre priorizou a esquiva.
O que desperta o gatilho da 
autossabotagem?
Pode ser uma pessoa, uma situação, 
uma emoção, uma ferida, uma memória, 
um trauma, um medo…
Veja alguns exemplos de como 
podemos interromper o nosso 
investimento em algo ou até mesmo nem 
começar.
28
- Sinto-me desmotivado sempre que 
meu pai não apoia um projeto meu e, 
assim, não vejo sentido em continuar me 
dedicando sem sua aprovação.
- Deixo de cumprir minhas obrigações 
quando brigo com meu marido, 
comprometendo meu desempenho no 
trabalho e minha possível promoção.
- Se passo raiva no trânsito, chego em 
casa e me autorizo a não fazer mais 
nada, atrapalhando meu cronograma de 
estudos.
- Se me sinto deixada de lado, excluída 
ou desvalorizada pelo meu companheiro, 
dou bola para outros caras, colocando 
meu relacionamento em risco e depois 
me arrependo.
29
- Quando estou com raiva, de forma 
impulsiva, ameaço romper a minha 
relação como forma de recuperar o 
controle, mas vejo que só prejudica.
- Quando não me sinto reconhecida, não 
vejo sentido em continuar me dedicando 
ao projeto.
- Se tenho a sensação de que não vou 
conseguir manter a constância ou se não 
vejo aquilo se mantendo no futuro, tendo 
a não investir minha energia.
- Se acredito que serei julgada, não tenho 
coragem de sustentar minha decisão. 
Preciso da aprovação de algumas 
pessoas para me sentir segura e tomar 
iniciativa.
- Quando me deparo com alguém mais 
bem sucedido, me sinto inferior, sem 
ânimo e fico desmotivada/o.
30
- Quando sou criticada pela minha irmã, 
sinto que nada do que eu fizer será bom o 
suficiente.
- Quando acho que está muito longe 
para alcançar minha meta, penso que 
não terei capacidade de chegar até lá e 
desisto.
- Quando me lembro de falas 
depreciativas do meu ex-companheiro, 
começo a duvidar do meu valor e da 
minha capacidade de conquistar meus 
objetivos.
Reflita: em qual área tem criado 
circunstâncias desfavoráveis para atingir 
suas metas?
Pode ser nas suas relações amorosas, 
na sua profissão, nos seus projetos 
pessoais, nas suas finanças, nas suas 
relações familiares.
31
Como romper o ciclo da 
autossabotagem?
Procure entender do que está se 
preservando e o que poderia ganhar se 
topasse o risco. Sempre se pergunte 
como poderia se beneficiar, caso as 
coisas dessem certo. Não lide somente 
com o cenário catastrófico.
Na vida adulta, não existem 
garantias. Nada garante que o próximo 
passo será certeiro. Suas decisões devem 
ser baseadas no seu próprio 
discernimento e nos seus valores. 
Por isso, é importante se lançar em 
experiências que proporcionem 
aprendizados e autoconhecimento, para 
que ao longo do tempo, acumule 
comportamentos que te ajudem a agir 
com mais segurança. 
32
Isso só será possível vivendo. 
Delegar suas escolhas a outra pessoa 
te fará refém dela. Você é o único que 
sabe o que é melhor para si. Se SEMPRE 
julgar que o risco é muito alto, você 
nunca adquirirá autoconfiança. 
Viver se preservando não é viver, é 
sobreviver.
Por isso, reveja seus objetivos e 
reflita o que tem impedido sua 
dedicação.
Nem todas as metas que estabelece 
fazem sentido. Algumas você sabota, 
pelo fato de não lhe trazerem 
recompensas reais. 
Outras merecem o enfrentamento 
dos seus medos. Essas são as que podem 
mudar a sua vida para melhor! Não as 
negligencie.
33
Investir em autoconhecimento pode 
ajudar a descobrir seus pontos fortes e 
fracos, a lidar com os julgamentos, a 
administrar seus medos e inseguranças.
Afirmar palavras positivas no espelho 
não será suficiente para te fazer crer que 
é capaz. 
No lugar disso, procure, diariamente, 
reunir as informações que precisa para 
então, adquirir autoconfiança:
- Para onde estou indo?
- Quais são os meus recursos para 
chegar até lá?
- Quais foram as minhas conquistas até 
aqui?
34
Busque, incessantemente, novas 
respostas sobre si. 
Seja curioso sobre quem você é. 
Avalie o seu desempenho com 
frequência. Compare suas próprias 
versões e analise o quanto evoluiu.
Tenha em mente que: pensamento 
gera sentimento, que gera palavra, 
pensamento, ação, hábito, caráter… 
destino. 
Portanto, escolha bem as crenças 
que decide levar como verdades 
absolutas para a sua vida.
Você se sentirá motivado a parar de 
se autossabotar quando perceber que 
ganha muito mais desenvolvendo 
estratégias para conquistar o que sonha.
35
Substitua o medo pela tentativa. 
Assim, haverá pouco espaço para 
desculpas e fugas. 
Trate suas inseguranças como algo 
natural, inerente a qualquer desafio. 
Não deixe que elas sejam maiores 
que você.
Seguimos juntos, tentando sempre 
nos manter distantes da 
autossabotagem!
Jhanda Siqueira
Psicóloga Gestalt-terapeuta
Instagram: @amor_e_autoestima
Youtube: Psicóloga Jhanda Siqueira
36
Conheça o e-book: 
Chega de ter medo da vida
Resolvi escrever esse ebook porque 
escuto, com muita frequência nos meus 
atendimentos, pacientes se queixando 
de não terem tido sorte na vida. Eles 
reclamam por não terem tido um bom 
emprego, por não terem sido escolhidos 
por alguém especial ou por não terem 
tido filhos. Reclamam por não terem 
vivido o amor que sonharam, por não 
terem dinheiro suficiente, por não terem 
sucesso profissional, enfim, por não 
terem tido um monte de coisas que 
acreditam que mereciam. Eu concordo 
com eles! É uma merda olhar para trás e 
perceber que não viveu a vida que 
gostaria. Pior ainda é continuar vivendo 
uma vida desinteressante. E aí? O que 
fazer com essa constatação?
Link: bit.ly/chegadetermedodavida
37
http://bit.ly/chegadetermedodavida
http://bit.ly/chegadetermedodavida

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