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Elementos do Estado
No livro “Curso de Teoria do Estado e Ciência Política”, Celso Ribeiro Bastos afirma que o Estado normalmente se decompõe em Três elementos: território, povo e poder.
“O Estado é um ser altamente heterogêneo resultante de realidades de diversas naturezas. Assim sendo, duas famílias principais de pensamento surgem. Uma primeira que se propõe mais a ver no Estado um agrupamento humano que se organiza sobre um dado território: elementos de cunho mais material como a população e o território. Para a segunda corrente, impressiona mais ou terceiro elemento do Estado: a sua organização normativa, ou ate mesmo, a força ou poder que empresta obrigatoriedade a este direito, onde a essência derradeira do Estado reside somente nos pré-requisitos ou as condições que tornam possível o funcionamento de uma ordem juridicamente soberana.”
No entanto, Celso Ribeiro Bastos afirma que, o Estado é simultaneamente as duas coisas, ou seja, um fato social e um fenômeno normativo. Caracteriza-se por ser “a resultante de um povo vivendo dobre um território delimitado e governado por leis que se fundam num poder não sobrepujado por nenhum outro externamente e supremo internamente”.
“Identificamos o Estado como o Poder Executivo, o Legislativo ou o Judiciário. Até mesmo expressões menores suas, como a polícia, o Exército, as repartições burocráticas, são tidas como a manifestação da totalidade do Estado.”
Por fim, conclui-se que, a composição da sociedade política resulta da conjunção dos governantes com os governados, onde cada cidadão tem deveres para com o Estado. É preciso que todos se instruam sobre as realidades politicas e que externem sua opinião, colaborando para a formação de uma sólida opinião pública.
Dalmo de Abreu Dallari, no livro “Elementos de Teoria Geral do Estado” defende que os elementos essenciais e indispensáveis para a existência do Estado dividem opiniões tanto a respeito da identificação quanto da quantidade dos mesmos. O autor cita Santi Romano, que entende que apenas a soberania e a territorialidade são elementos do Estado, embora a maioria dos autores indiquem três elementos: território, povo e poder, podendo esse último elemento ser expresso também como autoridade, governo ou soberania.
Outros autores, no entanto, afirmam que o terceiro elemento dá-se por um “vínculo jurídico”, ou seja, o direito a ser exercido pelas pessoas; ou “pessoa estatal”, a qual é dotada de soberania pessoal e territorial, como descrevem, respectivamente, Del Vecchio e Donato Donati.
Já para autores como Groppali, o Estado apresenta um quarto elemento, a finalidade, onde as pessoas só se integram numa ordem e vivem sob um poder, em função de um fim a atingir; e o Estado, dotado de poder próprio, possui uma finalidade peculiar que justifique sua existência.
Por fim, Dalmo Dallari aceita a última teoria e analisa cada um dos quatro elementos – a soberania, o território, o povo e a finalidade - considerando que a noção de ordem jurídica encontra-se implícita, uma vez que vai analisar cada sociedade e todas as sociedades são ordens jurídicas. Assim como a finalidade, que também poderia aparecer implícita na qualificação preliminar de sociedade politica, uma vez que há uma finalidade própria do Estado, que não deixa de ser politica, mas que apresenta certas peculiaridades.
Em “Teoria do Estado”, Mário Lúcio Quintão Soares, assim como Celso Ribeiro Bastos, define como elementos constitutivos do Estado: a população ou povo, o território e a soberania ou poder.
Território: onde se erige a comunidade estatal, significando o espaço em que o poder do Estado há de desenvolver sua atividade específica de poder público;
População: formada pela totalidade dos homens pertencentes a um Estado;
Poder do Estado: que ordenará e dirigirá a execução de suas ordens por toda a unidade, cujos destinatários são os homens.
O autor conclui que o Direito Político serve de parâmetro para que a Teoria do Estado possa buscar o seu fundamento nas concepções clássicas que desvendem a origem e evolução dos elementos constitutivos do Estado. Assim, o Estado torna-se mais visível no aparato estatal quando representado como pirâmide de poder:
A direção do Estado: toma decisões políticas fundamentais, geralmente, em forma de lei;
O corpo do Estado: órgãos administrativos, que executam decisões políticas fundamentais, e tribunais, que decidem sobre a observância da lei;
A base do Estado: população e território, objetos do poder do Estado.
Gabriela Cipriano.

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