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Anatomia aviária

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SUMÁRIO
1. Introdução
	Se pedissem para qualquer pessoa separar as aves de todos os outros animais por uma só característica, com certeza seria a existência de penas, mas quando aprofundamos um pouco mais sobre estes seres vemos que existem sim muitas semelhanças com os outros animais, sejam eles répteis ou mamíferos, mas também muitas particularidades que tornam estes seres diferentes, sejam elas adaptações para o meio em que vivem, para o tipo de alimento ingerido ou seu modo de caça para sua própria sobrevivência.
	Neste trabalho evidenciaremos algumas destas diferenças, principalmente as relacionadas à osteologia, miologia e tegumento destes animais.
	
2. Osteologia
	As aves se comparadas com os mamíferos tem um número reduzido de ossos, além de vários destes fusionados, garantindo assim um menor peso e maior rigidez, o que os auxilia de acordo com seu estilo de vida, sejam eles planadores, nadadores, mergulhadores, ciscadores ou inaptos para voar.
	Seus ossos são mais leves e mais finos, devido a pneumatização que ocorre de acordo com as espécies e também é diferente em cada osso do animal. Estes ossos chamados pneumáticos são ocos por dentro (em substituição a medula óssea) mas contam com trabéculas que garantem um reforço interno. Geralmente são pneumáticos o crânio, esterno, cintura escapular e úmero.
	O tronco destes animais são muito pouco flexíveis, aumentando assim sua eficiência de voo.
2.1 Crânio
	Os ossos do crânio geralmente sofrem o processo de fusionamento, e mesmo sendo bastante leves garantem a proteção adequada ao encéfalo.
	Estes animais apresentam órbitas bastante grandes, e seu osso occipital apresenta-se constituído de um único côndilo situado ventralmente ao forâme magno, e que vai articular com o atlas em forma de anel e também com o àxis, permitindo assim que as aves girem a cabeça em um grau muito maior que os mamíferos.
	Seu maxilar e mandíbula se projetam para frete formando o bico, que é revestido por tecido córneo, formando a ranfoteca (rinoteca + gnatoteca) que não possui dentes. Seu bico adiquire formas diferentes de acordo com seu tipo de alimentação.
2.2 Coluna vertebral
2.2.1 Vertebras cervicais
	Possuem um número variado de vertebras, podendo possuir de 9 a 25 delas, para formar seu pescoço, que geralmente é longo e em forma de S.
	Possuem estas diferenças devido às suas particularidades, como visão aguçada e a necessidade de flexibilidade do mesmo.
2.2.2 Vertebras torácicas
	Possuem 7 vertebras torácicas, sendo que a 1ª e a 6ª vértebra são livres, 2ª a 5ª são fusionadas e a 7ª é fusionada com a massa lombossacra ou cíngulo pélvico. Este fusionamento garante o tronco rígido durante o voo. Possuem também os processos espinhosos bastante desenvolvidos.
2.2.3 Vertebras lombosacrais
	Juntas formam o cíngulo pélvico, provendo assim um suporte rígido para as pernas, são no total 14 vértebras fusionadas.
	O sinsacro é o fusionamento da 7ª vertebra torácia, as 14 lombosacrais e a 1ª vertebra caudal.
2.2.4 Vertebras caudais
	Constituem o esqueleto da cauda, sendo geralmente formada por 5 a 6 vertebras, a 1ª fusionada ao sinsacro. Todas as outras se movimentam livremente.
	Ao fim da cauda encontra-se o pigóstilo, que são vários rudimentos fusionados que darão sustentação às penas do voo da cauda.
2.3 Costelas
	São no total 7 pares, sendo que as duas primeiras são as chamadas flutuantes por não alcançarem o esterno. São largas e próximas garantindo proteção.
	Cada costela sobrepõe a outra ao lado (exceto a primeira e a última), garantindo uma maior proteção. Essa sobreposição chama-se processo uncinado.
2.4 Ossos peitorais
	Seu osso esterno possui uma quilha garantindo rigidez e proporcionando uma maior área de fixação para os músculos responsáveis pelo voo.
	Formada pela união das duas clavículas encontra-se a fúrcula, mais conhecido como osso da sorte, que provém mais uma área de fixação para a musculatura peitoral. Juntamente com o osso coracóide resiste as pressões do bater de asas.
2.5 Asas
	Possuem um cinturão escapular formado pela escápula, osso coracóide e pela clavícula. Seu úmero é curto se comparado com o tamanho da asa, e é fixado ao tórax através da escápula. O rádio mais delgado e a ulna mais grossa formam o suporte do meio da asa, e na extremidade temos os ossos que correspondem aos ossos da mão, só que fusionados, o carpo, metacarpo e falanges.
2.6 Pernas e pés
	Juntamente com as vertebras lombosacrais os ossos ílio, ísquio e púbis formam o cinturão pélvico. Possuem um fêmur longo e forte, um tibiotarso (fusão da tíbia e do tarso) ainda mais longo que o fêmur e fíbula. Na região mais distal onde está o pé, metatarso e dedos.
	Possuem também um processo ósseo na região caudomedial do metatarso.
	Seus dedos têm números variáveis, pois são adequados aos diferentes habitats. Podem ser:
Anisodactile: mais comum com três dedos voltados para frente e um para trás. 
Zygodactile: dois dedos voltados para frente e dois voltados para trás. 
Tridactile: apenas três dedos presentes, voltados para frente. 
Didactile: apenas dois dedos presentes, voltados para a frente.
3. Miologia
	As aves possuem dois tipos de músculos, de acordo com as especialidades de cada animal. Aves com músculo vermelho são as migratórias como garças, patos selvagens e gansos. Este tipo de músculo possui uma vasta rede de vasos sanguíneos e possuem um metabolismo celular mais intenso, pois precisam de mais energia para impulsionar suas asas.
	Já as aves com músculo branco são aquelas terrestres, como as galinhas, faisões e perus. Estas aves são inaptas para voos longos, logo precisam de menos energia, possuindo assim poucos vasos sanguíneos e também um baixo metabolismo celular.
	Possuem também músculos eretores de penas em sua pele, o que permite a elas adquirirem o aspecto arrepiado.
	Há tendões na face posterior das pernas que regulam o empoleiramento.
	Existe uma musculatura na parte dorsal da coluna vertebral, e os músculos que acionam a mandíbula inferior são bastante reduzidos. Já a musculatura do pescoço e a que aciona os membros é bastante desenvolvida, possuindo o músculo grande peitoral que dirige a asa para baixo e proporciona apoio ao ar para garantir o avanço, possui também o músculo coracobraquial posterior que completa a ação do grande peitoral e o músculo supracoracoide que garante a elevação da asa.
	Não possuem músculo diafragma, o transporte do ar é realizado pelos movimentos do esterno.
	Seus músculos pélvicos são desenvolvidos para a locomoção e a utilização em outras atividades como por exemplo a recuperação do movimento ascendente em voos planados ou elevados com pouca força. Suas pernas e pés tem poucos músculos.
4. Tegumento
	Possuem uma pele fina e solta, as de carne branca como possuem pouco suprimento sanguíneo e nervoso quando sofrem algum ferimento não sangram tanto quanto os mamíferos por exemplo. Sua pele tem coloração amarelada sobre o corpo, e pode ser mais pigmentadas nas pernas e pés.
	Os crescimentos ornamentais de pele mole ao redor da cabeça constituem as cristas, barbelas e lobos auriculares. Sua epiderme é fina e facilmente lesada, servindo assim de porta de entrada para diversas infecções.
	Seu bico é formado por estojo córneo revestindo uma base óssea e cresce continuamente para compensar o desgaste natural e varia de acordo com a alimentação do animal.
	Suas pernas e pés são revestidos por escamas epidérmicas cornificadas, semelhante a epiderme dos répteis. E alguns possuem o esporão, que é um cone ósseo revestido por tecido córneo localizado na face caudomedial da perna, que serve como arma na briga entre machos.
4.1 Glândulas
	As aves não possuem glândulas sebáceas e sudoríparas. Possuem apenas a glândula uropigiana (além daquelas na orelha externa e no ânus) que produz uma secreção impermeabilizante, que isola as penas das aves, principalmente daquelas aquáticas.Fica dorsal as vértebras caudais a ave pica essa glândula e espalha a secreção pelo corpo.
4.2 Penas
4.2.1 Tipos
	Existem 5 tipos principais de penas, são elas: 
Penas de contorno: são penas de revestimento do corpo. Repelem a água, protegem as penas de baixo, reflete ou absorve radiação solar, comunicação visual e isolante térmico.
Semipluma: são intermediarias entre plumas e penas de contorno. São isolantes térmicas e revestem a pele. 
Plúmulas: são penas macias, com função de isolamento térmico, presentes normalmente nos filhotes de algumas aves. Após o desenvolvimento estas penas são substituídas por outras.
Cerdas: próximas a narinas e olhos, repelem partículas estranhas, funcionam como órgão sensoriais táteis, auxiliam na captura de insetos.
Filoplumas: apresentam poucas barbas na região distal, crescem sob penas de contorno, estruturas sensoriais que auxiliam na atuação de outras penas e numerosas terminações nervosas.
Imagem 01 – Tipos de penas (Fonte: google imagens)
4.2.2 Funções
Termorregulação: isolante térmico.
Voo: contornos aerodinâmicos e sustentação. 
Coloração: importante na corte reprodutiva, defesa territorial, camuflagem e aposematismo. 
Camuflagem: proteção contra predadores
Abafador de ruídos: principalmente nas corujas, auxiliando na captura de presas.
Proteção geral do corpo ou de parte específicas: como as penas do tipo cerdas que funcionam como cílios protegendo os olhos em algumas aves.
Impermeabilização: não encharcam, pois as aves espalham o óleo produzido pela glândula uropigial. 
Produção de sons específicos: produção de sons através do atrito (sons mecânicos). 
Função tátil: cerdas.
Função sensorial: filoplumas.
5. Conclusão
	O estudo de características específicas de alguns animais nos leva a entender o porquê de algumas diferenças encontradas. Como por exemplo no caso das aves: porque elas têm penas ao invés de pelos, ou como um ganso consegue entrar na água e não sair encharcado, pra tudo existe uma razão fisiológica ou anatômica que seja, todo o sistema está intimamente integrado para realizar as funções necessárias da melhor maneira possível e garantir a sobrevivência do animal.
6. Bibliografia
Dyce, K.M., Sack, W.O., Wensing, C.J.G. Tratado de Anatomia Veterinária. São Paulo: 3ª edição, Elsevier, 2004
ROMÃO, Ricardo. Osteologia das aves:Texto de apoio às aulas de Anatomia I do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Évora – Évora, 2011
Banco de dados UFF – (URL: http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/respiracao_aves.htm; consulta em: 14/06/2016)

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