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Manual prático da avaliação da flexibilidade Abdallah Achour Junior Professor - Universidade Estadual de Londrina - PR Especialista - Avaliação da Performance Motora - UEL Mestre - Atividade Física e Saúde - UFSC Doutor - Universidade de São Paulo - USP - apoio CAPES Autor de vários livros na área. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 2-3 INSTRUMENTOS ....................................................................................................... 4 TESTES DE FLEXIBILIDADE COM A RÉGUA FLEXÍVEL ........................................ 5 LOCAL DE PALPAÇÃO ........................................................................................... 10 TESTES DE FLEXIBILIDADE COM O INCLINÔMETRO ............ Erro! Indicador não definido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 19 APRESENTAÇÃO FLEXÃO DA COLUNA LOMBAR Este manual propiciará aos profissionais da área de aptidão motora relacionada com a saúde a utilização de dois instrumentos para mensurar a flexibilidade da coluna lombar: a régua flexível e o inclinômetro. As mensurações de flexibilidade da coluna lombar favorecerão diretamente a qualidade dos programas de exercícios físicos aos clientes/pacientes e possibilitarão aos profissionais da saúde, propor índices de flexibilidade normativos por faixa etária e sexo. Ainda com tais medidas, mais pesquisas em nosso país poderão ser desenvolvidas o que é fundamental em razão de os resultados de pesquisas apresentados neste manual, serem alienígenas. Serão abordados alguns estudos sobre a validade e a fidedignidade dos testes de flexibilidade. Até o momento, os testes de flexibilidade com o inclinômetro e com a régua são bem mais utilizados em exames clínicos, na tentativa de mensurar temporária ou permanentemente uma disfunção, e de verificar se ocorre uma diminuição ou supressão da dor ao recuperar a flexibilidade, com o tratamento de coluna. Educar-se para uma coluna saudável é mais fácil do que tratar uma coluna com disfunção, e um futuro com "saúde lombar" evita despesas com tratamento, mudanças no estado de humor e a incapacidade parcial ou total para o trabalho e lazer ao longo da vida. INSTRUMENTOS Aparelho: um lápis dermatográfico Tombow produzido no Japão - uma régua flexível especialmente que se molda ao contorno da coluna, ou uma trena flexível. Um fio de prumo pode ser usado para verificar se existe desvio na coluna durante dois pontos de medidas anatômicos e um inclinômetro. *A flexibilidade da coluna lombar pode ser mensurada com a régua flexível em centímetros. INSTRUMENTOS MENSAGENS-CHAVE Três medidas são tomadas para mensurar a flexibilidade e a média é considerada. O teste deve ser feito sem aquecimento, descalço, com top e shorts ou calça de ginástica. Posição inicial do avaliado - O avaliado deve estar em pé com os olhos focalizando a horizontal e os braços ao lado do corpo, com os pés afastados e joelhos estendidos a 15 centímetros de distância do outro, delimitados por duas linhas paralelas ao solo. O avaliador deve se posicionar atrás do avaliado. TESTES DE FLEXIBILIDADE COM A RÉGUA FLEXÍVEL DESCRIÇÃO DO TESTE DE SCHOBER E SUAS ADAPTAÇÕES O teste de Schober para mensurar a flexibilidade da coluna lombar teve várias adaptações após sua criação em 1937. Vale citar os pesquisadores que modificaram o teste na tentativa de mensurar com maior precisão o que se propunha, são eles: Macrae e Wright (1969); Moll e Wright, (1971); e Adrichem e Vanderkorst, (1973). A flexibilidade da coluna lombar, realizada pelo teste de Schober (e as adaptações), é uma mensuração indireta feita com uma régua de forma linear, e é determinada pelo afastamento (disttraction) do tecido conjuntivo durante a flexão do tronco; já a flexibilidade na extensão do tronco é estimada pela aproximação (attraction) do tecido conjuntivo. FLEXÃO DE TRONCO À FRENTE - COLUNA LOMBAR Teste de Schober - O avaliador localiza com os dedos indicadores a superfície da crista ilíaca, (Fig.1) orienta-se numa linha reta imaginária com os polegares até o centro da coluna e risca a pele, com o lápis. Um segundo risco na pele é colocado a 10 centímetros acima do ponto de referência. O avaliado é solicitado a flexionar o tronco à frente lentamente, com os joelhos estendidos ao máximo possível, até o desconforto e/ou a resistência do tecido conjuntivo. Amplitude de movimento alcançada com o deslizamento da pele é diminuída dos 10 centímetros inicial e registra-se o valor. Este teste é pouco utilizado, mas foi de grande utilidade, para o aprimoramento das mensurações, conforme poderá ser observado a seguir. Teste de Macrae e Wright, (1969) adaptado de Schober. 1 - Três pontos de referências são tomados: faz-se um risco na pele, com o lápis, na espinha ilíaca pósterosuperior (Fig. 2), identificada pela interseção da linha conectando duas covinhas de Vênus (fossetas) à região central da coluna; o risco é feito na borda inferior das fossetas. No homem, em vez das fossetas pode ser encontrado um tubérculo de cada lado. 2 - Risca-se a pele, com o lápis, 10 centímetros acima. 3 - Faz-se outro risco na pele, 5 centímetros abaixo. Coloca-se a marca zero da régua, incidindo no local dos cinco centímetros. O avaliado flexiona o tronco lentamente com os joelhos estendidos. Toma-se uma nova medida pela distância alcançada dos 5 centímetros abaixo e 10 acima. Em seguida, subtrai este novo alcance dos 15 centímetros. Figura 2 - crista ilíaca (linha horizontal) e espinha ilíaca póstero-superior (linha obliqua) Foto 3 - Observa-se o dedo indicador da avaliadora apontando a fosseta (covinha de Vênus), do lado direito e o seu polegar aparece palpando a crista ilíaca (direita), acima. Foto 4 - Nota-se que o risco na linha medial da coluna lombar corresponde a fosseta, espinha ilíaca pósterosuperior (mesma direção do circulo ao lado esquerdo da coluna lombar). O risco inferior corresponde a 5 centímetros abaixo do risco medial e o risco superior a 10 centímetros da linha medial e a 15 centímetros da linha inferior. O zero é colocado sobre o risco inferior. Foto 5 - É nítido, neste exemplo, verificar o afastamento da pele pelo risco superior durante a flexão do tronco. MENSAGENS - CHAVE Valores normais deste teste são dados de 5 a 8 centímetros (Evans, 2003). Segundo Wadell (1987), 95% das pessoas assintomática apresentam pelo menos cinco centímetros de flexibilidade à frente na coluna lombar e este valor é mais alto em adultos jovens. Valores abaixo de 4 centímetros são considerados críticos. Corolário: Valores normais da T12 a S1 (coluna torácica) são de 7 a 8 centímetros (Magee, 2002). FLEXÃO DE TRONCO À FRENTE Teste de ADRICHEM e KOR8T (1973) - Estes pesquisadores também adaptaram o teste de Schober e o teste de Macrae e Wright, tornando o teste conhecido como modificado-modificado de ADRICHEM e KORST (1973). Em razão do comprimento da coluna lombar ser de aproximadamente 15 centímetros, segundo os autores, a espinha ilíaca póstero-superior (coincidentes com as fossetas), é considerada adequada para medida de flexibilidade da coluna lombar. Assim, a partir destas fossetas, faz uma linha imaginária ao centro da coluna, onde se faz o risco com um lápis dermatográfico e se atribui o valor zero. Após flexão do tronco, subtrai-se o valor alcançado (-15 em) pelo deslizamento do tecido conjuntivo. Foto 6 e Foto 7 - Observa-se, neste exemplo, um aumento de sete centímetros durante a flexão de troncoà frente. FLEXÃO LATERAL DE TRONCO Moll e Wright (1971) lateral do tronco. Assim: 1 - No alinhamento horizonta 2 - No alinhamento do ponto mais alto da cris Na Figura3 mostra-se a posição frontal para facilitar a visualização. Para verificar o alinhamento da crista ilíaca à lateral do tronco, pode ser utili Foto 8. Observação: a distância entre estas duas marcas são tomadas em centímetros. 3- O indivíduo inclina a mão na lateral do tronco. As ilustrações apresentam com a mão sob facilitar a visualização. NCO e Wright (1971) - Os pontos de referência são marcados com lápis na No alinhamento horizontal do processo xifoide do esterno; No alinhamento do ponto mais alto da crista ilíaca na lateral. se a posição frontal para facilitar a visualização. Para verificar o alinhamento da crista ilíaca à lateral do tronco, pode ser utilizado um fio de prumo. : a distância entre estas duas marcas são tomadas em O indivíduo inclina-se lateralmente à máxima distância possível, deslizando a mão na lateral do tronco. As ilustrações apresentam com a mão sob Os pontos de referência são marcados com lápis na ; ta ilíaca na lateral. se a posição frontal para facilitar a visualização. Para verificar o zado um fio de prumo. : a distância entre estas duas marcas são tomadas em se lateralmente à máxima distância possível, deslizando a mão na lateral do tronco. As ilustrações apresentam com a mão sobre a nuca para Foto 9 e Foto 10 - tronco. MENSAGENS - CHAVE Evita-se rotacionar o tronco durante a flexão Localização do processo esterno, esta estrutura é quase sempre cartilaginosa no adulto. EXTENSÃO DE TRONCO Teste de Moll e Wright (1971) tronco de Macrae e Wright, 1969. O indivíduo posiciona para facilitar a extensão do tronco com os cotovelos na linha do ombro para evitar uma elevação considerável do centro de gravidade. Apoia-se a mão no ombro do avaliado, este faz a seguida, toma-se a medida do aproximada. LOCAL DE PALPAÇÃO A espinha ilíaca póstero situada entre a crista ilíaca e a espinha ilíaca póstero segundo osso do sacro, sendo espinha ilíaca pósterosuperior Nota-se a distância alcançada com a flexão lateral do se rotacionar o tronco durante a flexão lateral. Localização do processo xifoide - situa-se na extremidade esterno, esta estrutura é quase sempre cartilaginosa no adulto. Teste de Moll e Wright (1971) - Toma-se as mesmas medidas da flexão do tronco de Macrae e Wright, 1969. O indivíduo posiciona-se com as mãos n para facilitar a extensão do tronco com os cotovelos na linha do ombro para evitar uma elevação considerável do centro de gravidade. a mão no ombro do avaliado, este faz a extensão se a medida do avaliado. Extrai-se a diferença da distância A espinha ilíaca póstero-superior - Ela é uma pequena incisura inominada situada entre a crista ilíaca e a espinha ilíaca póstero-inferior, coincidindo com o osso do sacro, sendo palpada com os dois dedos entre estas estruturas. A pósterosuperior é facilmente observada na maioria dos indivíduos se a distância alcançada com a flexão lateral do extremidade inferior do osso medidas da flexão do se com as mãos na cabeça para facilitar a extensão do tronco com os cotovelos na linha do ombro para evitar extensão do tronco. Em se a diferença da distância Ela é uma pequena incisura inominada inferior, coincidindo com o palpada com os dois dedos entre estas estruturas. A é facilmente observada na maioria dos indivíduos (75%), em razão de apresentar uma pequena depressão (fossetas, covinhas) a três centímetros aproximadamente para cada lado d Aos indivíduos com dificuldade de localização das fossetas, solicitam movimentos de extensão de A crista ilíaca é facilmente palpada por ser pontos de inserções musculares e ser superficial, tem uma tuberosidade grande, cerca de 5 cm de sua extremidade posterior. O indivíduo de costas para o avaliador que coloca os dois dedos indicadores na crista ilíaca, no mesmo na coluna lombar, ao qual coincidirá na quarta lombar. Dessa forma, o processo espinal abaixo é o da quinta vértebra lombar. Foto 11. MENSAGENS - CHAVE Meios para treinamento de palpação: leitura de treinamento no esqueleto anatômico, a real testes como estudo piloto. (75%), em razão de apresentar uma pequena depressão (fossetas, covinhas) a três centímetros aproximadamente para cada lado da linha mediana da coluna. Aos indivíduos com dificuldade de localização das fossetas, solicitam movimentos de extensão de tronco ou de anteroversão do quadril. é facilmente palpada por ser pontos de inserções musculares e tuberosidade grande, cerca de 5 cm de sua extremidade O indivíduo de costas para o avaliador que coloca os dois dedos indicadores na crista ilíaca, no mesmo alinhamento dos indicadores, posiciona o qual coincidirá na quarta lombar. Dessa forma, o processo espinal abaixo é o da quinta vértebra lombar. Foto 11. Meios para treinamento de palpação: leitura de livros de anatomia palpatória, treinamento no esqueleto anatômico, a realização de aproximadamente quarenta (75%), em razão de apresentar uma pequena depressão (fossetas, covinhas) a três a linha mediana da coluna. Aos indivíduos com dificuldade de localização das fossetas, solicitam-se é facilmente palpada por ser pontos de inserções musculares e tuberosidade grande, cerca de 5 cm de sua extremidade O indivíduo de costas para o avaliador que coloca os dois dedos indicadores dos indicadores, posiciona-se os polegares o qual coincidirá na quarta lombar. Dessa forma, o processo de anatomia palpatória, ização de aproximadamente quarenta RESULTADOS DE PESQUISA Abaixo são descritos alguns resultados de pesquisas sobre a flexibilidade da coluna lombar. Macrae e Wright (1969) constataram validade de (r = 0,97), ao comparar o teste de flexibilidade da coluna lombar (flexão de tronco à frente) em 11 indivíduos com a radiografia. Além disso, afirmaram que erro de palpação na junção sacroilíaca acima de 2,5 cm é de pouca importância. Hyytiainen et al., (1991) verificaram coeficiente de correlação intra-avaliador (r = 0,88) e interavaliador (r = 0,87), no teste de Macrae e Wright. Em outro estudo, Salminen et al., (1992) comprovaram a flexibilidade de coluna lombar Macrae e Wright em uma amostra de escolares, sendo que 38 deles sofriam de dor na coluna lombar e 38 eram aparentemente saudáveis. O coeficiente de correlação interavaliadores foi (r = 0,85), no teste de coluna lombar em flexão à frente (Macrae e Wright) e (r = 0,69), na medida na flexão lateral do tronco. O propósito deste estudo foi o de verificar a flexibilidade da coluna lombar em 282 crianças entre 5 e 9 anos de idade. Valores de flexibilidade na coluna lombar em flexão de tronco para frente e lateral foram calculados. A flexibilidade de coluna lombar alcançou 8,1cm e nos escolares sem dor na coluna alcançou de 7,5 cm, não havendo diferenças estatísticas significantes. Moran et al., (1979) avaliaram a coluna lombar de 390 crianças saudáveis na flexão de tronco para frente e na flexão lateral de tronco. Os testes foram os de Macrae e Wright e o de M meninas e 214 meninos entre O erro intra-avaliador padrão foi pequeno para ambas mensurações: 0,20 na flexão de tronco para frente e 0.38 na flexão lateral, demonstrando boa estabilidade nas medidas. O erro interavaliador demonstrou um tronco e de 0.81 para flexão lateral. al., (1979) avaliaram a coluna lombar de 390 crianças saudáveis na flexão de tronco para frente e na flexão lateral de tronco. Os testes foram os de Macrae e Wright e o de Moll e Wright, respectivamente. Neste estudo, havia176 meninas e 214 meninos entre 10 e 15 anos de idade. avaliador foi determinado em seis dias consecutivos, o desvio padrão foi pequeno para ambas mensurações: 0,20 na flexão de tronco para frente e 0.38 na flexão lateral, demonstrando boa estabilidade nas medidas. O erro interavaliador demonstrou um coeficiente de variação de 0,97 para flexão anterior do tronco e de 0.81 para flexão lateral. al., (1979) avaliaram a coluna lombar de 390 crianças saudáveis na flexão de tronco para frente e na flexão lateral de tronco. Os testes foram os de e Wright, respectivamente. Neste estudo, havia 176 foi determinado em seis dias consecutivos, o desvio padrão foi pequeno para ambas mensurações: 0,20 na flexão de tronco para frente e 0.38 na flexão lateral, demonstrando boa estabilidade nas medidas. O erro de variação de 0,97 para flexão anterior do Fitzgerald et al., (1983), mensuraram a flexibilidade da coluna lombar na extensão e na flexão lateral de tronco com o goniômetro flexão do tronco à frente com o teste originado de Schober. Para tal, utilizaram 172 indivíduos com idade de 20 a 80 anos, somente 4 mulheres participaram. Os valores de flexibilidade foram dados em 6 grupos separados a cada 10 anos d resultados demonstraram que a flexibilidade diminuiu com a idade e que esta ocorreu em intervalos de 20 anos. A fidedignidade interavaliadores determinadas em 17 indivíduos foi (r = 1.0). ., (1983), mensuraram a flexibilidade da coluna lombar na extensão e na flexão lateral de tronco com o goniômetro e também avaliaram a flexão do tronco à frente com o teste originado de Schober. Para tal, utilizaram 172 indivíduos com idade de 20 a 80 anos, somente 4 mulheres participaram. Os valores de flexibilidade foram dados em 6 grupos separados a cada 10 anos d resultados demonstraram que a flexibilidade diminuiu com a idade e que esta ocorreu em intervalos de 20 anos. A fidedignidade interavaliadores determinadas em ., (1983), mensuraram a flexibilidade da coluna lombar na e também avaliaram a flexão do tronco à frente com o teste originado de Schober. Para tal, utilizaram 172 indivíduos com idade de 20 a 80 anos, somente 4 mulheres participaram. Os valores de flexibilidade foram dados em 6 grupos separados a cada 10 anos de idade. Os resultados demonstraram que a flexibilidade diminuiu com a idade e que esta ocorreu em intervalos de 20 anos. A fidedignidade interavaliadores determinadas em Jackson e Baker (1986), em uma amostra de 100 menin de 14,08 anos, estatura média 156,2 cm, examinaram três testes para a flexibilidade dos isquiotibiais: com a utilização do flex alcançar e o teste de Macrae e Wright. O critério relacionado com a v mensuração da flexibilidade dos músculos isquiotibiais correlacionou moderada (r = 0,64; p < .01), quando utilizado para comparação com o flex Leighton. Todavia, foi baixa a correlação entre de Macrae e Wright (r = 0,28; P < 0.5) para a região da coluna. Os pesquisadores concluíram que o teste de sentar e alcançar foi válido somente para os isquiotibiais. O teste de sentar e alcançar teve pouca correlaç Wright, provavelmente, segundo os pesquisadores, isto ocorreu pelo teste de sentar a alcançar não é adequado para avaliar a coluna lombar. Hui et al., (1999), ao estudarem a flexibilidade da coluna lombar mediante (Macrae e Wright, 1969) em uma amostra com 158 universitários de sendo 62 homens e 96 mulheres entre as idades de 17 e 41 anos, encontraram uma média de flexibilidade de 6,4 cm para as mulheres e de 5,8 para os homens. Outro estudo Batti’e et as idades de 21 e 67 anos verificou os fatores que influenciaram a flexibilidade mediante teste de Macrae e Wright. Este teste correlacionou com a estatura e por meio da análise de regressão, constatou um aume à flexibilidade o teste de Macrae e Wright também correlacionou com a obesidade para cada aumento de um desvio padrão, aumentou em 0,4 centímetros. Jackson e Baker (1986), em uma amostra de 100 meninas com idade média de 14,08 anos, estatura média 156,2 cm, examinaram três testes para a flexibilidade dos isquiotibiais: com a utilização do flexômetro de Leighton, o teste de sentar e alcançar e o teste de Macrae e Wright. O critério relacionado com a validade do teste de sentar e alcançar para mensuração da flexibilidade dos músculos isquiotibiais correlacionou moderada (r = 0,64; p < .01), quando utilizado para comparação com o flex Leighton. Todavia, foi baixa a correlação entre o teste de sentar e alcançar e o teste de Macrae e Wright (r = 0,28; P < 0.5) para a região da coluna. Os pesquisadores concluíram que o teste de sentar e alcançar foi válido somente para os isquiotibiais. O teste de sentar e alcançar teve pouca correlação com o teste Macrae e Wright, provavelmente, segundo os pesquisadores, isto ocorreu pelo teste de sentar a alcançar não é adequado para avaliar a coluna lombar. ., (1999), ao estudarem a flexibilidade da coluna lombar mediante 1969) em uma amostra com 158 universitários de sendo 62 homens e 96 mulheres entre as idades de 17 e 41 anos, encontraram uma média de flexibilidade de 6,4 cm para as mulheres e de 5,8 para os homens. e et al., (1987), com 2.350 homens e 670 mulheres entre as idades de 21 e 67 anos verificou os fatores que influenciaram a flexibilidade mediante teste de Macrae e Wright. Este teste correlacionou com a estatura e por meio da análise de regressão, constatou um aumento médio de 0,6 cm. Em relação à flexibilidade o teste de Macrae e Wright também correlacionou com a obesidade para cada aumento de um desvio padrão, aumentou em 0,4 centímetros. as com idade média de 14,08 anos, estatura média 156,2 cm, examinaram três testes para a flexibilidade metro de Leighton, o teste de sentar e alidade do teste de sentar e alcançar para mensuração da flexibilidade dos músculos isquiotibiais correlacionou-se de maneira moderada (r = 0,64; p < .01), quando utilizado para comparação com o flexômetro de o teste de sentar e alcançar e o teste de Macrae e Wright (r = 0,28; P < 0.5) para a região da coluna. Os pesquisadores concluíram que o teste de sentar e alcançar foi válido somente para os isquiotibiais. ão com o teste Macrae e Wright, provavelmente, segundo os pesquisadores, isto ocorreu pelo teste de sentar ., (1999), ao estudarem a flexibilidade da coluna lombar mediante 1969) em uma amostra com 158 universitários de Hong-kong, sendo 62 homens e 96 mulheres entre as idades de 17 e 41 anos, encontraram uma média de flexibilidade de 6,4 cm para as mulheres e de 5,8 para os homens. (1987), com 2.350 homens e 670 mulheres entre as idades de 21 e 67 anos verificou os fatores que influenciaram a flexibilidade mediante teste de Macrae e Wright. Este teste correlacionou com a estatura e por nto médio de 0,6 cm. Em relação à flexibilidade o teste de Macrae e Wright também correlacionou com a obesidade para cada aumento de um desvio padrão, aumentou em 0,4 centímetros. Beattie et al., (1987), verificaram fidedignidade intra-avaliador e interavaliadores na extensão do tronco pelo teste proposto por Moll e Wright. Ainda observaram se havia diferenças entre 100 indivíduos com dor na coluna lombar que apresentavam dificuldades nas tarefas de trabalho, escola e lazer e em 100 indivíduos aparentemente saudáveis. O grupo com dor na coluna lombar foi de 50 homens e 50 mulheres entre 16 e 65 anos, com média de idade de 37,6 anos. Para o grupo saudável a idade abrangeu entre 20 e 76 anos, com média de 32 anos. O coeficiente de correlação para determinar a fidedignidade intra-avaliador para as 200 mensurações no grupo com disfunção na coluna lombar (r = 0,90), para o grupo saudável, e (r = 0,93), para o grupo com disfunção lombar. Fidedignidade interavaliadores para 11 mensurações alcançou(r = 0,94). Os indivíduos com dor na coluna lombar apresentaram uma média de flexibilidade em extensão de tronco de 0,6 cm e em indivíduos aparentemente saudáveis foi de 1,58 cm. Poucos pesquisadores consideram o teste de Macrae e Wright impreciso e complicado (Reynolds, 1975). Neste estudo, por exemplo, ele encontrou correlação na flexão de tronco para frente com o goniômetro, mas não encontrou correlação na extensão do tronco e flexão lateral. Miller et al., (1991) questionaram o teste de Macrae e Wright ao constatarem que 26% de 50 indivíduos, 26% não apresentavam as fossetas. (Notaram também que quando havia a presença das fossetas, a marca zero poderia incidir sobre a borda inferior, superior ou medial, por falta de padronização). De toda forma, localizar essas demarcações ósseas não é um processo difícil de ser aprendido. E os testes têm demonstrado grande valor clínico. LOCALIZAÇÃO A primeira vértebra torácica é fácil de palpar. Para tal, palpa-se a sétima vértebra cervical, uma vértebra saliente e longa da coluna cervical. Registra o processo espinal abaixo. Para facilitar a palpação da sétima vértebra cervical, coloca-se o queixo no externo. Pode ainda realizar uma hiperextensão da coluna cervical, nesse caso a sétima cervical desaparece e a primeira vértebra da coluna torácica permanece imóvel. A décima segunda vértebra torácica - encontra-se a décima segunda vértebra flutuante e orienta-se para a região posterior e medial até seu processo espinal. Pode-se também palpar a décima segunda vértebra torácica, contando as pontas dos processos espinais a partir da primeira vértebra torácica, assegurando- se marcar o processo espinal superior com os dedos de uma das mãos, enquanto se procura o processo espinal de baixo com a outra mão. Cada processo espinal parece bem pontiagudo até o nível de T12, onde nesta se observa uma aparência achatada similar ao da coluna lombar. Sacro·região medial - A espinha ilíaca pósterosuperior coincide com a segunda sacral (as covinhas de Vênus), e a espinha ilíaca póstero-superior está abaixo da crista ilíaca. Lembre-se que ao se colocar os dois dedos indicadores na crista ilíaca, no mesmo alinhamento dos indicadores aos polegares na coluna lombar, coincidirá na quarta lombar. Assim conta-se mais um processo espinal (quinta lombar) e após localiza-se o sacro. O manual original não aponta o local mais apropriado do sacro, afins de padronização, coloca-se o inclinômetro na espinha ilíaca póstero-superior. AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR O avaliado em pé com os olhos focalizando a horizontal e os braços ao lado do corpo. Com os pés afastados e joelhos estendidos a 15 centímetros de distância do outro, delimitado por duas linhas paralelas ao solo. Se ele for destro, muitas vezes apresenta mais facilidade se posicionar atrás e do lado direito do avaliado. FLEXÃO DO TRONCO E QUADRIL – COLUNA LOMBAR Localiza-se a décima segunda torácica no plano sagital e zera o inclinômetro (gire a haste no centro do aparelho) e faz um risco com o lápis. Flexiona-se o tronco ao máximo possível, mantendo-se estabilizado o quadril. Registra-se o ângulo. Retoma-se a posição neutra da coluna, coloca-se o inclinômetro na região do sacro, (espinha ilíaca posterossuperior), zera o aparelho faz um risco na pele com o lápis e, novamente faz-se a flexão do tronco. Subtrai-se o ângulo alcançado da décima segunda torácica (corresponde a mensuração do quadril e coluna torácica) do ângulo do sacro, para se obter a flexibilidade da coluna lombar. Foto 12 – Palpação da décima segunda torácica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Achour Junior, A. Flexibilidade e Alongamento: Saúde e bem-estar. São Paulo: Manole, 2009. Achour Junior, A. Validação do teste de flexibilidade da coluna lommbar proposto por Adichen e Korst Terapia Manual. v.8, n.17, p.236-240, 2010. Adrichem, V. J. 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