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Kit de Mensuração da Flexibilidade da Coluna Lombar

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Manual prático da avaliação da flexibilidade 
Abdallah Achour Junior 
 
Professor - Universidade Estadual de Londrina - PR 
Especialista - Avaliação da Performance Motora - UEL 
Mestre - Atividade Física e Saúde - UFSC 
Doutor - Universidade de São Paulo - USP - apoio CAPES 
Autor de vários livros na área. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 2-3 
INSTRUMENTOS ....................................................................................................... 4 
TESTES DE FLEXIBILIDADE COM A RÉGUA FLEXÍVEL ........................................ 5 
LOCAL DE PALPAÇÃO ........................................................................................... 10 
TESTES DE FLEXIBILIDADE COM O INCLINÔMETRO ............ Erro! Indicador não 
definido. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
FLEXÃO DA COLUNA LOMBAR 
Este manual propiciará aos profissionais da área de aptidão motora 
relacionada com a saúde a utilização de dois instrumentos para mensurar a 
flexibilidade da coluna lombar: a régua flexível e o inclinômetro. As mensurações de 
flexibilidade da coluna lombar favorecerão diretamente a qualidade dos programas 
de exercícios físicos aos clientes/pacientes e possibilitarão aos profissionais da 
saúde, propor índices de flexibilidade normativos por faixa etária e sexo. Ainda com 
tais medidas, mais pesquisas em nosso país poderão ser desenvolvidas o que é 
fundamental em razão de os resultados de pesquisas apresentados neste manual, 
serem alienígenas. 
Serão abordados alguns estudos sobre a validade e a fidedignidade dos 
testes de flexibilidade. Até o momento, os testes de flexibilidade com o inclinômetro 
e com a régua são bem mais utilizados em exames clínicos, na tentativa de 
mensurar temporária ou permanentemente uma disfunção, e de verificar se ocorre 
uma diminuição ou supressão da dor ao recuperar a flexibilidade, com o tratamento 
de coluna. 
Educar-se para uma coluna saudável é mais fácil do que tratar uma coluna 
com disfunção, e um futuro com "saúde lombar" evita despesas com tratamento, 
mudanças no estado de humor e a incapacidade parcial ou total para o trabalho e 
lazer ao longo da vida. 
 
INSTRUMENTOS 
Aparelho: um lápis dermatográfico Tombow produzido no Japão - uma régua 
flexível especialmente que se molda ao contorno da coluna, ou uma trena flexível. 
Um fio de prumo pode ser usado para verificar se existe desvio na coluna 
durante dois pontos de medidas anatômicos e um inclinômetro. 
*A flexibilidade da coluna lombar pode ser mensurada com a régua flexível 
em centímetros. 
INSTRUMENTOS 
 
 
MENSAGENS-CHAVE 
Três medidas são tomadas para mensurar a flexibilidade e a média é 
considerada. 
O teste deve ser feito sem aquecimento, descalço, com top e shorts ou calça 
de ginástica. 
 
Posição inicial do avaliado - O avaliado deve estar em pé com os olhos 
focalizando a horizontal e os braços ao lado do corpo, com os pés afastados e 
joelhos estendidos a 15 centímetros de distância do outro, delimitados por duas 
linhas paralelas ao solo. O avaliador deve se posicionar atrás do avaliado. 
 
 
TESTES DE FLEXIBILIDADE COM A RÉGUA FLEXÍVEL 
DESCRIÇÃO DO TESTE DE SCHOBER E SUAS ADAPTAÇÕES 
O teste de Schober para mensurar a flexibilidade da coluna lombar teve 
várias adaptações após sua criação em 1937. Vale citar os pesquisadores que 
modificaram o teste na tentativa de mensurar com maior precisão o que se 
propunha, são eles: Macrae e Wright (1969); Moll e Wright, (1971); e Adrichem e 
Vanderkorst, (1973). 
A flexibilidade da coluna lombar, realizada pelo teste de Schober (e as 
adaptações), é uma mensuração indireta feita com uma régua de forma linear, e é 
determinada pelo afastamento (disttraction) do tecido conjuntivo durante a flexão do 
tronco; já a flexibilidade na extensão do tronco é estimada pela aproximação 
(attraction) do tecido conjuntivo. 
FLEXÃO DE TRONCO À FRENTE - COLUNA LOMBAR 
Teste de Schober - O avaliador localiza com os dedos indicadores a 
superfície da crista ilíaca, (Fig.1) orienta-se numa linha reta imaginária com os 
polegares até o centro da coluna e risca a pele, com o lápis. Um segundo risco na 
pele é colocado a 10 centímetros acima do ponto de referência. O avaliado é 
solicitado a flexionar o tronco à frente lentamente, com os joelhos estendidos ao 
máximo possível, até o desconforto e/ou a resistência do tecido conjuntivo. 
Amplitude de movimento alcançada com o deslizamento da pele é diminuída dos 10 
centímetros inicial e registra-se o valor. Este teste é pouco utilizado, mas foi de 
grande utilidade, para o aprimoramento das mensurações, conforme poderá ser 
observado a seguir. 
 
 
Teste de Macrae e Wright, (1969) adaptado de Schober. 
1 - Três pontos de referências são tomados: faz-se um risco na pele, com o 
lápis, na espinha ilíaca pósterosuperior (Fig. 2), identificada pela interseção da linha 
conectando duas covinhas de Vênus (fossetas) à região central da coluna; o risco é 
feito na borda inferior das fossetas. No homem, em vez das fossetas pode ser 
encontrado um tubérculo de cada lado. 
2 - Risca-se a pele, com o lápis, 10 centímetros acima. 
3 - Faz-se outro risco na pele, 5 centímetros abaixo. Coloca-se a marca zero 
da régua, incidindo no local dos cinco centímetros. O avaliado flexiona o tronco 
lentamente com os joelhos estendidos. Toma-se uma nova medida pela distância 
alcançada dos 5 centímetros abaixo e 10 acima. Em seguida, subtrai este novo 
alcance dos 15 centímetros. 
 
 
Figura 2 - crista ilíaca (linha horizontal) e 
espinha ilíaca póstero-superior (linha obliqua) 
Foto 3 - Observa-se o dedo indicador da avaliadora apontando a fosseta 
(covinha de Vênus), do lado direito e o seu polegar aparece palpando a crista ilíaca 
(direita), acima. 
 
 
Foto 4 - Nota-se que o risco na linha medial da coluna lombar corresponde a 
fosseta, espinha ilíaca pósterosuperior (mesma direção do circulo ao lado esquerdo 
da coluna lombar). O risco inferior corresponde a 5 centímetros abaixo do risco 
medial e o risco superior a 10 centímetros da linha medial e a 15 centímetros da 
linha inferior. O zero é colocado sobre o risco inferior. 
 
 
Foto 5 - É nítido, neste exemplo, verificar o afastamento da pele pelo risco 
superior durante a flexão do tronco. 
 
MENSAGENS - CHAVE 
Valores normais deste teste são dados de 5 a 8 centímetros (Evans, 2003). 
Segundo Wadell (1987), 95% das pessoas assintomática apresentam pelo 
menos cinco centímetros de flexibilidade à frente na coluna lombar e este valor é 
mais alto em adultos jovens. 
Valores abaixo de 4 centímetros são considerados críticos. Corolário: Valores 
normais da T12 a S1 (coluna torácica) são de 7 a 8 centímetros (Magee, 2002). 
FLEXÃO DE TRONCO À FRENTE 
Teste de ADRICHEM e KOR8T (1973) - Estes pesquisadores também 
adaptaram o teste de Schober e o teste de Macrae e Wright, tornando o teste 
conhecido como modificado-modificado de ADRICHEM e KORST (1973). Em razão 
do comprimento da coluna lombar ser de aproximadamente 15 centímetros, segundo 
os autores, a espinha ilíaca póstero-superior (coincidentes com as fossetas), é 
considerada adequada para medida de flexibilidade da coluna lombar. Assim, a 
partir destas fossetas, faz uma linha imaginária ao centro da coluna, onde se faz o 
risco com um lápis dermatográfico e se atribui o valor zero. Após flexão do tronco, 
subtrai-se o valor alcançado (-15 em) pelo deslizamento do tecido conjuntivo. 
 
Foto 6 e Foto 7 - Observa-se, neste exemplo, um aumento de sete 
centímetros durante a flexão de troncoà frente. 
 
 
 
FLEXÃO LATERAL DE TRONCO
Moll e Wright (1971)
lateral do tronco. Assim: 
1 - No alinhamento horizonta
2 - No alinhamento do ponto mais alto da cris
Na Figura3 mostra-se a posição frontal para facilitar a visualização. Para verificar o 
alinhamento da crista ilíaca à lateral do tronco, pode ser utili
Foto 8. 
 
Observação: a distância entre estas duas marcas são tomadas em 
centímetros. 
3- O indivíduo inclina
a mão na lateral do tronco. As ilustrações apresentam com a mão sob
facilitar a visualização. 
 
 
NCO 
e Wright (1971) - Os pontos de referência são marcados com lápis na 
No alinhamento horizontal do processo xifoide do esterno; 
No alinhamento do ponto mais alto da crista ilíaca na lateral. 
 
se a posição frontal para facilitar a visualização. Para verificar o 
alinhamento da crista ilíaca à lateral do tronco, pode ser utilizado um fio de prumo. 
: a distância entre estas duas marcas são tomadas em 
O indivíduo inclina-se lateralmente à máxima distância possível, deslizando 
a mão na lateral do tronco. As ilustrações apresentam com a mão sob
 
Os pontos de referência são marcados com lápis na 
; 
ta ilíaca na lateral. 
se a posição frontal para facilitar a visualização. Para verificar o 
zado um fio de prumo. 
: a distância entre estas duas marcas são tomadas em 
se lateralmente à máxima distância possível, deslizando 
a mão na lateral do tronco. As ilustrações apresentam com a mão sobre a nuca para 
Foto 9 e Foto 10 - 
tronco. 
 
MENSAGENS - CHAVE 
Evita-se rotacionar o tronco durante a flexão 
Localização do processo 
esterno, esta estrutura é quase sempre cartilaginosa no adulto. 
 
EXTENSÃO DE TRONCO 
Teste de Moll e Wright (1971)
tronco de Macrae e Wright, 1969. O indivíduo posiciona
para facilitar a extensão do tronco com os cotovelos na linha do ombro para evitar 
uma elevação considerável do centro de gravidade. 
Apoia-se a mão no ombro do avaliado, este faz a 
seguida, toma-se a medida do 
aproximada. 
 
LOCAL DE PALPAÇÃO 
A espinha ilíaca póstero
situada entre a crista ilíaca e a espinha ilíaca póstero
segundo osso do sacro, sendo 
espinha ilíaca pósterosuperior
 Nota-se a distância alcançada com a flexão lateral do 
 
se rotacionar o tronco durante a flexão lateral. 
Localização do processo xifoide - situa-se na extremidade
esterno, esta estrutura é quase sempre cartilaginosa no adulto. 
Teste de Moll e Wright (1971) - Toma-se as mesmas medidas da flexão do 
tronco de Macrae e Wright, 1969. O indivíduo posiciona-se com as mãos n
para facilitar a extensão do tronco com os cotovelos na linha do ombro para evitar 
uma elevação considerável do centro de gravidade. 
a mão no ombro do avaliado, este faz a extensão
se a medida do avaliado. Extrai-se a diferença da distância 
A espinha ilíaca póstero-superior - Ela é uma pequena incisura inominada 
situada entre a crista ilíaca e a espinha ilíaca póstero-inferior, coincidindo com o 
osso do sacro, sendo palpada com os dois dedos entre estas estruturas. A 
pósterosuperior é facilmente observada na maioria dos indivíduos 
se a distância alcançada com a flexão lateral do 
extremidade inferior do osso 
medidas da flexão do 
se com as mãos na cabeça 
para facilitar a extensão do tronco com os cotovelos na linha do ombro para evitar 
extensão do tronco. Em 
se a diferença da distância 
Ela é uma pequena incisura inominada 
inferior, coincidindo com o 
palpada com os dois dedos entre estas estruturas. A 
é facilmente observada na maioria dos indivíduos 
(75%), em razão de apresentar uma pequena depressão (fossetas, covinhas) a três 
centímetros aproximadamente para cada lado d
Aos indivíduos com dificuldade de localização das fossetas, solicitam
movimentos de extensão de 
A crista ilíaca é facilmente palpada por ser pontos de inserções musculares e 
ser superficial, tem uma tuberosidade grande, cerca de 5 cm de sua extremidade 
posterior. 
O indivíduo de costas para o avaliador que coloca os dois dedos indicadores 
na crista ilíaca, no mesmo 
na coluna lombar, ao qual coincidirá na quarta lombar. Dessa forma, o processo 
espinal abaixo é o da quinta vértebra lombar. Foto 11. 
MENSAGENS - CHAVE 
Meios para treinamento de palpação: leitura de 
treinamento no esqueleto anatômico, a real
testes como estudo piloto. 
 
 
(75%), em razão de apresentar uma pequena depressão (fossetas, covinhas) a três 
centímetros aproximadamente para cada lado da linha mediana da coluna. 
Aos indivíduos com dificuldade de localização das fossetas, solicitam
movimentos de extensão de tronco ou de anteroversão do quadril. 
é facilmente palpada por ser pontos de inserções musculares e 
tuberosidade grande, cerca de 5 cm de sua extremidade 
O indivíduo de costas para o avaliador que coloca os dois dedos indicadores 
na crista ilíaca, no mesmo alinhamento dos indicadores, posiciona
o qual coincidirá na quarta lombar. Dessa forma, o processo 
espinal abaixo é o da quinta vértebra lombar. Foto 11. 
 
Meios para treinamento de palpação: leitura de livros de anatomia palpatória, 
treinamento no esqueleto anatômico, a realização de aproximadamente quarenta 
 
 
(75%), em razão de apresentar uma pequena depressão (fossetas, covinhas) a três 
a linha mediana da coluna. 
Aos indivíduos com dificuldade de localização das fossetas, solicitam-se 
 
é facilmente palpada por ser pontos de inserções musculares e 
tuberosidade grande, cerca de 5 cm de sua extremidade 
O indivíduo de costas para o avaliador que coloca os dois dedos indicadores 
dos indicadores, posiciona-se os polegares 
o qual coincidirá na quarta lombar. Dessa forma, o processo 
de anatomia palpatória, 
ização de aproximadamente quarenta 
RESULTADOS DE PESQUISA 
Abaixo são descritos alguns resultados de pesquisas sobre a flexibilidade da 
coluna lombar. 
Macrae e Wright (1969) constataram validade de (r = 0,97), ao comparar o 
teste de flexibilidade da coluna lombar (flexão de tronco à frente) em 11 indivíduos 
com a radiografia. Além disso, afirmaram que erro de palpação na junção sacroilíaca 
acima de 2,5 cm é de pouca importância. 
Hyytiainen et al., (1991) verificaram coeficiente de correlação intra-avaliador (r 
= 0,88) e interavaliador (r = 0,87), no teste de Macrae e Wright. 
Em outro estudo, Salminen et al., (1992) comprovaram a flexibilidade de 
coluna lombar Macrae e Wright em uma amostra de escolares, sendo que 38 deles 
sofriam de dor na coluna lombar e 38 eram aparentemente saudáveis. 
O coeficiente de correlação interavaliadores foi (r = 0,85), no teste de coluna 
lombar em flexão à frente (Macrae e Wright) e (r = 0,69), na medida na flexão lateral 
do tronco. 
O propósito deste estudo foi o de verificar a flexibilidade da coluna lombar em 
282 crianças entre 5 e 9 anos de idade. Valores de flexibilidade na coluna lombar em 
flexão de tronco para frente e lateral foram calculados. A flexibilidade de coluna 
lombar alcançou 8,1cm e nos escolares sem dor na coluna alcançou de 7,5 cm, não 
havendo diferenças estatísticas significantes. 
 
Moran et al., (1979) avaliaram a coluna lombar de 390 crianças saudáveis na 
flexão de tronco para frente e na flexão lateral de tronco. Os testes foram os de 
Macrae e Wright e o de M
meninas e 214 meninos entre
O erro intra-avaliador
padrão foi pequeno para ambas mensurações: 0,20 na flexão de tronco para frente e 
0.38 na flexão lateral, demonstrando boa estabilidade nas medidas. O erro 
interavaliador demonstrou um 
tronco e de 0.81 para flexão lateral. 
 
al., (1979) avaliaram a coluna lombar de 390 crianças saudáveis na 
flexão de tronco para frente e na flexão lateral de tronco. Os testes foram os de 
Macrae e Wright e o de Moll e Wright, respectivamente. Neste estudo, havia176 
meninas e 214 meninos entre 10 e 15 anos de idade. 
avaliador foi determinado em seis dias consecutivos, o desvio 
padrão foi pequeno para ambas mensurações: 0,20 na flexão de tronco para frente e 
0.38 na flexão lateral, demonstrando boa estabilidade nas medidas. O erro 
interavaliador demonstrou um coeficiente de variação de 0,97 para flexão anterior do 
tronco e de 0.81 para flexão lateral. 
al., (1979) avaliaram a coluna lombar de 390 crianças saudáveis na 
flexão de tronco para frente e na flexão lateral de tronco. Os testes foram os de 
e Wright, respectivamente. Neste estudo, havia 176 
foi determinado em seis dias consecutivos, o desvio 
padrão foi pequeno para ambas mensurações: 0,20 na flexão de tronco para frente e 
0.38 na flexão lateral, demonstrando boa estabilidade nas medidas. O erro 
de variação de 0,97 para flexão anterior do 
 
Fitzgerald et al., (1983), mensuraram a flexibilidade da coluna lombar na 
extensão e na flexão lateral de tronco com o goniômetro
flexão do tronco à frente com o teste originado de Schober. Para tal, utilizaram 172 
indivíduos com idade de 20 a 80 anos, somente 4 mulheres participaram. Os valores 
de flexibilidade foram dados em 6 grupos separados a cada 10 anos d
resultados demonstraram que a flexibilidade diminuiu com a idade e que esta 
ocorreu em intervalos de 20 anos. A fidedignidade interavaliadores determinadas em 
17 indivíduos foi (r = 1.0). 
 
 
., (1983), mensuraram a flexibilidade da coluna lombar na 
extensão e na flexão lateral de tronco com o goniômetro e também avaliaram a 
flexão do tronco à frente com o teste originado de Schober. Para tal, utilizaram 172 
indivíduos com idade de 20 a 80 anos, somente 4 mulheres participaram. Os valores 
de flexibilidade foram dados em 6 grupos separados a cada 10 anos d
resultados demonstraram que a flexibilidade diminuiu com a idade e que esta 
ocorreu em intervalos de 20 anos. A fidedignidade interavaliadores determinadas em 
 
., (1983), mensuraram a flexibilidade da coluna lombar na 
e também avaliaram a 
flexão do tronco à frente com o teste originado de Schober. Para tal, utilizaram 172 
indivíduos com idade de 20 a 80 anos, somente 4 mulheres participaram. Os valores 
de flexibilidade foram dados em 6 grupos separados a cada 10 anos de idade. Os 
resultados demonstraram que a flexibilidade diminuiu com a idade e que esta 
ocorreu em intervalos de 20 anos. A fidedignidade interavaliadores determinadas em 
 
Jackson e Baker (1986), em uma amostra de 100 menin
de 14,08 anos, estatura média 156,2 cm, examinaram três testes para a flexibilidade 
dos isquiotibiais: com a utilização do flex
alcançar e o teste de Macrae e Wright. 
O critério relacionado com a v
mensuração da flexibilidade dos músculos isquiotibiais correlacionou
moderada (r = 0,64; p < .01), quando utilizado para comparação com o flex
Leighton. Todavia, foi baixa a correlação entre
de Macrae e Wright (r = 0,28; P < 0.5) para a região da coluna. Os pesquisadores 
concluíram que o teste de sentar e alcançar foi válido somente para os isquiotibiais. 
O teste de sentar e alcançar teve pouca correlaç
Wright, provavelmente, segundo os pesquisadores, isto ocorreu pelo teste de sentar 
a alcançar não é adequado para avaliar a coluna lombar. 
Hui et al., (1999), ao estudarem a flexibilidade da coluna lombar mediante 
(Macrae e Wright, 1969) em uma amostra com 158 universitários de 
sendo 62 homens e 96 mulheres entre as idades de 17 e 41 anos, encontraram uma 
média de flexibilidade de 6,4 cm para as mulheres e de 5,8 para os homens. 
Outro estudo Batti’e et 
as idades de 21 e 67 anos verificou os fatores que influenciaram a flexibilidade 
mediante teste de Macrae e Wright. Este teste correlacionou com a estatura e por 
meio da análise de regressão, constatou um aume
à flexibilidade o teste de Macrae e Wright também correlacionou com a obesidade 
para cada aumento de um desvio padrão, aumentou em 0,4 centímetros. 
 
 
Jackson e Baker (1986), em uma amostra de 100 meninas com idade média 
de 14,08 anos, estatura média 156,2 cm, examinaram três testes para a flexibilidade 
dos isquiotibiais: com a utilização do flexômetro de Leighton, o teste de sentar e 
alcançar e o teste de Macrae e Wright. 
O critério relacionado com a validade do teste de sentar e alcançar para 
mensuração da flexibilidade dos músculos isquiotibiais correlacionou
moderada (r = 0,64; p < .01), quando utilizado para comparação com o flex
Leighton. Todavia, foi baixa a correlação entre o teste de sentar e alcançar e o teste 
de Macrae e Wright (r = 0,28; P < 0.5) para a região da coluna. Os pesquisadores 
concluíram que o teste de sentar e alcançar foi válido somente para os isquiotibiais. 
O teste de sentar e alcançar teve pouca correlação com o teste Macrae e 
Wright, provavelmente, segundo os pesquisadores, isto ocorreu pelo teste de sentar 
a alcançar não é adequado para avaliar a coluna lombar. 
., (1999), ao estudarem a flexibilidade da coluna lombar mediante 
1969) em uma amostra com 158 universitários de 
sendo 62 homens e 96 mulheres entre as idades de 17 e 41 anos, encontraram uma 
média de flexibilidade de 6,4 cm para as mulheres e de 5,8 para os homens. 
e et al., (1987), com 2.350 homens e 670 mulheres entre 
as idades de 21 e 67 anos verificou os fatores que influenciaram a flexibilidade 
mediante teste de Macrae e Wright. Este teste correlacionou com a estatura e por 
meio da análise de regressão, constatou um aumento médio de 0,6 cm. Em relação 
à flexibilidade o teste de Macrae e Wright também correlacionou com a obesidade 
para cada aumento de um desvio padrão, aumentou em 0,4 centímetros. 
as com idade média 
de 14,08 anos, estatura média 156,2 cm, examinaram três testes para a flexibilidade 
metro de Leighton, o teste de sentar e 
alidade do teste de sentar e alcançar para 
mensuração da flexibilidade dos músculos isquiotibiais correlacionou-se de maneira 
moderada (r = 0,64; p < .01), quando utilizado para comparação com o flexômetro de 
o teste de sentar e alcançar e o teste 
de Macrae e Wright (r = 0,28; P < 0.5) para a região da coluna. Os pesquisadores 
concluíram que o teste de sentar e alcançar foi válido somente para os isquiotibiais. 
ão com o teste Macrae e 
Wright, provavelmente, segundo os pesquisadores, isto ocorreu pelo teste de sentar 
., (1999), ao estudarem a flexibilidade da coluna lombar mediante 
1969) em uma amostra com 158 universitários de Hong-kong, 
sendo 62 homens e 96 mulheres entre as idades de 17 e 41 anos, encontraram uma 
média de flexibilidade de 6,4 cm para as mulheres e de 5,8 para os homens. 
(1987), com 2.350 homens e 670 mulheres entre 
as idades de 21 e 67 anos verificou os fatores que influenciaram a flexibilidade 
mediante teste de Macrae e Wright. Este teste correlacionou com a estatura e por 
nto médio de 0,6 cm. Em relação 
à flexibilidade o teste de Macrae e Wright também correlacionou com a obesidade 
para cada aumento de um desvio padrão, aumentou em 0,4 centímetros. 
 
 
Beattie et al., (1987), verificaram fidedignidade intra-avaliador e 
interavaliadores na extensão do tronco pelo teste proposto por Moll e Wright. Ainda 
observaram se havia diferenças entre 100 indivíduos com dor na coluna lombar que 
apresentavam dificuldades nas tarefas de trabalho, escola e lazer e em 100 
indivíduos aparentemente saudáveis. 
O grupo com dor na coluna lombar foi de 50 homens e 50 mulheres entre 16 e 
65 anos, com média de idade de 37,6 anos. Para o grupo saudável a idade 
abrangeu entre 20 e 76 anos, com média de 32 anos. 
O coeficiente de correlação para determinar a fidedignidade intra-avaliador 
para as 200 mensurações no grupo com disfunção na coluna lombar (r = 0,90), para 
o grupo saudável, e (r = 0,93), para o grupo com disfunção lombar. Fidedignidade 
interavaliadores para 11 mensurações alcançou(r = 0,94). 
Os indivíduos com dor na coluna lombar apresentaram uma média de 
flexibilidade em extensão de tronco de 0,6 cm e em indivíduos aparentemente 
saudáveis foi de 1,58 cm. 
Poucos pesquisadores consideram o teste de Macrae e Wright impreciso e 
complicado (Reynolds, 1975). Neste estudo, por exemplo, ele encontrou correlação 
na flexão de tronco para frente com o goniômetro, mas não encontrou correlação na 
extensão do tronco e flexão lateral. 
Miller et al., (1991) questionaram o teste de Macrae e Wright ao constatarem 
que 26% de 50 indivíduos, 26% não apresentavam as fossetas. (Notaram também 
que quando havia a presença das fossetas, a marca zero poderia incidir sobre a 
borda inferior, superior ou medial, por falta de padronização). 
De toda forma, localizar essas demarcações ósseas não é um processo difícil 
de ser aprendido. E os testes têm demonstrado grande valor clínico. 
 
LOCALIZAÇÃO 
A primeira vértebra torácica é fácil de palpar. Para tal, palpa-se a sétima 
vértebra cervical, uma vértebra saliente e longa da coluna cervical. Registra o 
processo espinal abaixo. 
Para facilitar a palpação da sétima vértebra cervical, coloca-se o queixo no 
externo. Pode ainda realizar uma hiperextensão da coluna cervical, nesse caso a 
sétima cervical desaparece e a primeira vértebra da coluna torácica permanece 
imóvel. 
A décima segunda vértebra torácica - encontra-se a décima segunda 
vértebra flutuante e orienta-se para a região posterior e medial até seu processo 
espinal. 
Pode-se também palpar a décima segunda vértebra torácica, contando as 
pontas dos processos espinais a partir da primeira vértebra torácica, assegurando-
se marcar o processo espinal superior com os dedos de uma das mãos, enquanto se 
procura o processo espinal de baixo com a outra mão. 
Cada processo espinal parece bem pontiagudo até o nível de T12, onde nesta 
se observa uma aparência achatada similar ao da coluna lombar. 
Sacro·região medial - A espinha ilíaca pósterosuperior coincide com a 
segunda sacral (as covinhas de Vênus), e a espinha ilíaca póstero-superior está 
abaixo da crista ilíaca. Lembre-se que ao se colocar os dois dedos indicadores na 
crista ilíaca, no mesmo alinhamento dos indicadores aos polegares na coluna 
lombar, coincidirá na quarta lombar. Assim conta-se mais um processo espinal 
(quinta lombar) e após localiza-se o sacro. O manual original não aponta o local 
mais apropriado do sacro, afins de padronização, coloca-se o inclinômetro na 
espinha ilíaca póstero-superior. 
 
 
AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR 
O avaliado em pé com os olhos focalizando a horizontal e os braços ao lado 
do corpo. Com os pés afastados e joelhos estendidos a 15 centímetros de distância 
do outro, delimitado por duas linhas paralelas ao solo. Se ele for destro, muitas 
vezes apresenta mais facilidade se posicionar atrás e do lado direito do avaliado. 
FLEXÃO DO TRONCO E QUADRIL – COLUNA LOMBAR 
Localiza-se a décima segunda torácica no plano sagital e zera o inclinômetro 
(gire a haste no centro do aparelho) e faz um risco com o lápis. Flexiona-se o tronco 
ao máximo possível, mantendo-se estabilizado o quadril. Registra-se o ângulo. 
Retoma-se a posição neutra da coluna, coloca-se o inclinômetro na região do sacro, 
(espinha ilíaca posterossuperior), zera o aparelho faz um risco na pele com o lápis e, 
novamente faz-se a flexão do tronco. Subtrai-se o ângulo alcançado da décima 
segunda torácica (corresponde a mensuração do quadril e coluna torácica) do 
ângulo do sacro, para se obter a flexibilidade da coluna lombar. 
Foto 12 – Palpação da décima segunda torácica. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Achour Junior, A. Flexibilidade e Alongamento: Saúde e bem-estar. São Paulo: 
Manole, 2009. 
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