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CURSO: GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CIV0403- MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL COMPONENTES: ARTHUR JOSÉ,GUSTAVO FIGUEIREDO KELISSON NOGUEIRA,THAIS OHANA Natal, 07 de novembro de 2013. AGLOMERANTES INORGÂNICOS • POLIMÉRICOS (Resinas, Colas) • BETUMINOSOS (Asfalto) ORGÂNICOS • HIDRÁULICOS (Cimento, Cal Hidratada) • AÉREOS (Cal Aérea, GESSO) Definição: Aglomerante aéreo de origem mineral utilizado como material de construção. Comercializado sob forma de pó branco ou placas. Figura 01. Gesso em pó. Figura 02. Placas de Gesso. 2GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Um dos mais antigos materiais de construção que exige transformação. Ruínas na Síria e Turquia (8.000 a.C.) (Afrescos, Pisos) Pirâmide de Quéops (2.800 a.C.) (Juntas de assentamento) “Gesso de Paris” (Século XVIII) (Reboco em casas de madeira – Regra do rei Luís XIV. Estudos acadêmicos – Lavoisier (Séc. XVIII), Le Chatelier (Séc. XIX) (Como se processam as reações químicas) Evolução da Indústria (Século XX) – Novos métodos e equipamentos. Figura 03. Pirâmide de Quéops 3GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL O gesso utilizado como material de construção é composto de, basicamente, Sulfatos de Cálcio ( CaSO4 . x H2O ) : Figura 04. Minério de Gipsita. HEMIDRATOS CaSO4 . 0,5 H2O ANIDRITAS CaSO4 SULFATOS DIIDRATADOS CaSO4 . 2 H2O ADITIVOS Ex.: Retardadores de Pega Figura 05. Saco 30 Kg de Gesso. 4GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Britagem • Britadeiras • Marretas Catação Manual Martelos Moagem Grossa Secagem • Umidade Calcinação • Forno rotativo • Temperatura (150 – 350°C) • Pressão Moagem Fina • Moinho de Martelo • Ensilagem (Silos) Sulfatos e Aditivos Ensacamento • Protegido da Umidade 70% menos água 40 kg 5GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Figura 01. Gesso em pó. Figura 02. Placas de Gesso comum. Figura 06. Placa de gesso acartonado (Drywall). Figura 07. Blocos de gesso. 6GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 7GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Utilização do Gesso no Brasil: NBR 13207 (ABNT,1994): Gesso para Construção Civil Exigências químicas, físicas e mecânicas para os gessos de construção civil. Ensaios para o pó: NBR 12127 – Determinação das propriedades físicas do pó – Método de ensaio; Ensaios para a pasta: NBR 12128 – Determinação das propriedades físicas da pasta – Método de ensaio; Propriedades Mecânicas: NBR 12129 – Determinação das propriedades mecânicas – Método de ensaio; Composição – Ensaios: NBR 12130 – Determinação de água livre e de cristalização e teores de óxido de cálcio e anidro sulfúrico – Método de ensaio. VANTAGENS • BAIXA DENSIDADE (LEVE) • BAIXA RETRAÇÃO (0,2%) • FACILMENTE MOLDÁVEL • ISOLAMENTO TERMOACÚSTICO • BOA APARÊNCIA • PRODUTIVIDADE • BAIXO CUSTO (*) DESVANTAGENS • RESISTÊNCIA AO CHOQUE ( - ) • SOLÚVEL EM ÁGUA • DESPERDÍCIO Figura 09. Resíduos de gesso. Figura 08. Parede com Blocos de Gesso. 8GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 9 DO PÓ # Propriedades Físicas GRANULOMETRIA DENSIDADE DE MASSA APARENTE DA PASTA CONSISTÊNCIA NORMAL TEMPO DE PEGA RESISTÊNCIA MECÂNICA DUREZA COMPRESSÃO ADERÊNCIA ISOLAMENTO Figura 10. Gesso em pó e Gipsita. Figura 11. Ilustração - Pasta de gesso. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 10 ELEVADA SOLUBILIDADE BAIXA DENSIDADE 2,32 g/cm³ COR Branca, Cinza ou Marrom O que altera a cor? GRANULOMETRIA Amostra seca, Peneiramento ELEVADA FINURA Figura 12. Casa de Gesso. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 11 O gesso misturado com água (pasta) começa a endurecer. Formação de malha. Finos cristais de sulfato hidratados. Figura 13. (MEV) Microestrutura do Gesso . INFLUÊNCIAS: TEMPERATURA TEMPO DE CALCINAÇÃO FINURA ÁGUA DE AMASSAMENTO IMPUREZAS ADITIVOS 12GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 13 Figura 14. Influência de Temperatura no início e fim de pega em pastas de gesso. (FONTE: IBRACON) GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 14 TEMPERATURAS MAIS ALTAS OU POR MAIS TEMPO Pega mais lenta. Maior resistência. GESSO SEMI-HIDRATADO PURO Pega em poucos minutos. GESSO SULFATO-ANIDRO SOLÚVEL Pode ter pega controlada. GESSO DE ELEVADA FINURA Pega rápida, Alta resistência, Maior superfície específica. Figura 15. Calcinação da Gipsita GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 15 Influencia negativamente o processo de pega, seja por excesso, ou por deficiência. Figura 16. Gráfico da Relação Água/Gesso no tempo de pega (FONTE: JOHN; CINCOTTO, 2007) GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 16 Figura 17. Sal de cozinha IMPUREZAS • DIMINUEM A VELOCIDADE DE ENDURECIMENTO ADITIVOS • ACELERAM OU REDUZEM O TEMPO DE PEGA • O QUE REDUZ? COLA SERRAGEM FINA DE MADEIRA • O QUE ACELERA? SAL DE COZINHA Resistência à esforços de tração: 5,0 a 15,0 Mpa Figura 18. Gráfico Dureza x Resistência a compressão. 17GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL O gesso possui diversas aplicações na Construção Civil, as principais são: REVESTIMENTO INTERNO DE PAREDES Gesso liso desempenado; Gesso liso sarrafeado. REVESTIMENTO DO TETO Placas lisas de gesso. DECORAÇÃO DIVISÓRIAS Placas de gesso acartonado. BLOCOS DE ALVENARIA Blocos de gesso. 18GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Aplicação mais simples e econômica; Não corrige ondulações e falta de prumo das paredes. Aplica-se diretamente sobre a alvenaria. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 19 Figura 19. Gesso liso desempenado sobre alvenaria de bloco. Aplicação inicia-se no teto; Camadas de 1 mm a 3 mm; Consumo médio de 5,9 kg/m² Camadas perpendiculares entre si. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 20 Figura 20. Gesso liso desempenado. Faixas mestras e taliscas proporcionam maior rigor no acabamento; Ameniza problemas de prumo e ondulações na alvenaria; Atinge até 10 mm de espessura. Consumo médio: 16 kg/m² GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 21Figura 21. Gesso liso sarrafeado - projetado. Equipamentos em condições adequadas; Alvenaria pronta, sem sujeira e umidade; Instalações elétricas fixadas e protegidas; Registros e válvulas protegidos de sujeiras. Bases de concreto prontas há pelo menos 1 mês e chapisco realizado há no mínimo 3 dias. 22GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL A aplicação de forros de gesso geram diversos benefícios ao ambiente, como isolamento acústico, térmico e maior claridade. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 23 Principais forros de gesso Drywall Placas de gesso Figura 22. Gesso acartonado. Maior facilidade de aplicação; Facilmente removível; Menos resíduos; Melhor acabamento; Garantia do fabricante. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 24 Figura 24. Drywall instalação. Figura 23. Gesso acartonado. Menor custo; Maior resíduos gerados; Requer um acabamento que esconda falhas. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 25 Figura 26. Placas de gesso instalação.Figura 25. Placas de gesso instaladas. CARACTERÍSTICAS DIMENSÕES (60 x 50 x 10) cm (60 x 50 x 7) cm VERSÕES Maciça (Paredes de até 5,0 m) Vazada (Paredes de até 3,5 m) 26 Figura 27. Medidas dos blocos de gesso e cerâmico. Figura 29. Bloco de gesso vazado. Figura 28. Blocos de gesso maciços. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 27 Bloco S ou Standard • Paredes Internas (7cm) • Paredes externas (10cm) Bloco H ou Hidro • Hidrófobo • Absorção inferior a 5% (2 h imerso) • Primeira fiada e Áreas molhadas Figura 30. Bloco Standard. Figura 31. Bloco Hidro. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 28 Figura 33. Bloco GRGH. Figura 32. Bloco GRG. Bloco GRG • Glass Reforced Gypsum. • Adiçãode Fibra de vidro. • Cargas suspensas. Bloco GRGH • Adição de Fibra de vidro. • Hidrófobo • Resistente a cargas GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 29 •Fácil modelagem; •Disfarça imperfeições estruturais; •Permite a execução de luminárias embutidas. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 30 Figura 35. Gesso amarelado. Figura 34. Gesso trincado. Trincas Causas: Movimentações na estrutura Variações de temperatura Solução: Prever juntas de dilatação em grandes vãos. Amarelidão • Contato de gesso e água. • Repintar não é suficiente. • Solução: Pintura em acrílico, seguido de emassamento e repintura. IMPACTOS AMBIENTAIS • Extração Poluição atmosférica 31 Figura 36. Britagem da gipsita em PE. Figura 37. Mineração de gipsita em PE. Erosão GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 32 • Calcinação Degradação da caatinga Redução de 82,81% em Araripina – PE. Figura 38. Forno ilegal em PE. Resíduos sólidos Poluição atmosférica 30% da população tem problemas bronco-respiratórios em Araripina – PE. GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 33GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Quadro 01. Geração de resíduos na extração de gipsita e na fabricação de gesso e componentes, no Brasil. • Legislação CONAMA n° 307/2002 • CLASSE A – recicláveis como agregados • CLASSE B – resíduos recicláveis para outra destinações • CLASSE C – ausência de tecnologia de reciclagem • CLASSE D – resíduos perigosos, potencialmente contaminados 34GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL • Legislação Nova classificação – CONAMA n° 431/2011 Art 10º: (…) “II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura” • QUALIDADE • PRODUTIVIDADE • REDUÇÃO DE CUSTOS 35GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COLETA ARMAZENAMENTO TRANSPORTE DESTINAÇÃO Figura 39. Galpão de armazenamento de gesso Figura 40. Usina de reciclagem de gesso 36GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 37 IMPORTÂNCIA Em contato com a umidade, o gesso pode vir a produzir o gás sulfídrico, extremamente tóxico e inflamável. CaSO4 Ca2+ + SO42- Microrganismos aeróbios H2S GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 38GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL RECICLADORAS MOAGEM RECALCINAÇÃO 39 Figura 41. Uso de gesso agrícola Figura 42. Indústria cimenteira GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 40GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Por suas características, o gesso utilizado na construção civil, nas várias formas citadas e, apesar de apresentar impacto ambiental, é compatível com as crescentes exigências de sustentabilidade das atividades econômicas, notadamente no setor construtivo. Esse fator positivo é reforçado pelo fato de que os resíduos do gesso utilizado na construção podem ser reciclados com facilidade. • http://pt.wikipedia.org/wiki/Aglomerante (Acesso em 26/10/2013) • http://arquitectandoufpb.blogspot.com.br/2012/06/materiais-de- construcao-gesso.html (Acesso em 26/10/2013) • http://pt.wikipedia.org/wiki/Gesso (Acesso em 26/10/2013) • http://mais.uol.com.br/view/wgqk25yv4e94/historia-do-gesso- 0402306AE4812366?types=A& (Acesso em 26/10/2013) • IBRACON – INSTITUTO BRASILEIRO DE CONCRETO • http://www.drywall.org.br/index1.php/19/meio-ambiente (Acesso em 01/11/2013) • http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/18018FE8/Cartilha_Resid uosgesso.pdf (Acesso em 29/10/2013) • http://pct.capes.gov.br/teses/2011/33003017041P4/TES.PDF (Acesso em 29/10/2013) GESSO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 41
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