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Ciência Política com Teoria Geral do Estado (FD/UFMT) Professor Luiz Alberto Esteves Scaloppe “POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA” Aluno: Moacir José Outeiro Pinto Período: Direito – Turma 2012 - Noturno PARTE A – RESUMO DO TEXTO OU TEMA: O próprio estudo da política torna-se per si em atividade política, enquanto que a atividade política procura cada vez mais tornar-se atividade teórica, cristalizando uma clara distinção entre atividade política e atividade essencialmente prática calçada na moral e no direito. Separando a política de valores tradicionais e da ética religiosa , vinculando-a a dinâmica laica dos interesses econômicos ( Conceito estabelecido por Kant ), vale por consequência sua abstração do mundo das idéias e prevalência na economia, cujos fatores econômicos invadiram de tal forma a política ( e o direito ), que configuram-no como mera “política de interesses”. Torna-se então dificil explicar os fenômenos puramente econômicos que movem a política e a explicação do fenômeno institucional do Estado, refletindo em um processo de empobrecimento da política e da obrigação política, em especial pelo declínio dos “valores públicos” e pela prevalência de lógicas de poder na competição política e pelas recorrentes “crises da democracia” ou mesmo pelas “crises do Estado” e da autoridade. Este processo de laicização acaba por determinar a ativação do mundo dos interesses e a emersão de uma massa de novos sujeitos, resultando em um profundo conflito entre a tradição de autoridade e o regime de massa, entre o Estado de direito e o Estado social, entre a excelência dos procedimentos e a supremacia dos interesses. A defração da política-competição e da política-interesses, pode reconectar a competição jurídica e os interesses das instiuições e procedimnetos jurídicos, assim como o quadro dos valores culturais a partir dos quais nasceram as liberdades modernas, procurando sua condição primária de efetividade na separação disciplinar da cultura ético-política e da cultura “juridica”, assim como a redução pragmática e economicista da política. Temos, pois, necessidade de manter a política diferenciada da tradição Ciência Política com Teoria Geral do Estado (FD/UFMT) Professor Luiz Alberto Esteves Scaloppe doutrinária (dogmática) e também da tradição empirista (pragmática), considerando que toda política deve tornar-se direito quando se torna Estado e, por isso, também adquirir horizontes éticos, partindo do princípio que de haver dificuldade em uma democracia em sustentar-se sem se apoiar sobre uma vasta aceitação de massa, e portanto sem se enraizar em interesses difusos, o que por outro lado apenas um aumento da responsabilidade política e da cultura da massa pode tornar-se possível a atenuação de interesses bastante diversos, moderados e superados em relação ao reivindicacionismo. Também por estes motivos cresce na sociedade evoluída a necessidade de ciência social para fins especificamente politicos e cresce ao mesmo tempo, para o cidadão singular, a necessidade de integrar seus interesses numa mais rica consciência cívica, cultural e intelectual. Hoje, onde todos os agentes políticos encrustados no cerne comportamental e social do cidadão moderno, cujos indivíduos apresentam-se individualmente livres e pesarem sobre o destino comum da cidade, prevalece a idéia de que apenas um crescimento geral da cultura e da responsabilidade de cada um pode tornar mais rica a convivência de todos, seja no campo politico ou no campo jurídico do Direito. PARTE B – OPINIÃO DO ALUNO: Já é sabido, principalmente nas atividades acadêmicas que a palavra “política” tem sua raiz etimológica nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos). O termo política então, derivado do grego antigo (politéia), indicava todos os procedimentos relativos à cidade-Estado, sem limitação em aplicar como sociedade, comunidade , coletividade e outras definições referentes à vida urbana. Tomando-se em tempos modernos variações hermenêuticas, a própria ciência política , observando o pragmatismo imperante na sociedade, se dividiu em tópicos elucidativos-científicos, tais como Política Econômica, Política Social, Política Partidária, Política Relacional, e por fim, Política de Direitos, no entanto , acredito, esta divisão pode ter ajudado na criação de tópicos para melhor assimilação da própria ciência política, no entanto difundiu uma divisão de pensamentos que no início de sua acepção (“polis”) se agrutinava tão somente em “Política”, ou seja (…em pró da praxis humana em sua vida social, com estreita ligação ao poder – John Locke). Estabelecer a tipificação da Política, criando uma ruptura com fins de Ciência Política com Teoria Geral do Estado (FD/UFMT) Professor Luiz Alberto Esteves Scaloppe interesses, fez prevalecer o ideário preeminente de vantagens à pequenas minorias, tendo como principal vertente o estudo e aplicação da Ciência Política Econômica e Partidária, justapondo o Direito e a Moral sob os mandos e desmandos etilistas, racionalistas e iluministas aristocráticos, diminuindo então a função de objeto social para política de interesses escusos de uma minoria. Não que o Estado de Direito Democrático não tenha a conecpção de poder, mas esses poderes são emanados do povo, pelo povo e para o povo, obtendo seu ápice de perfeição na soberania popular calçada na eleição direta de seus representantes, que no exercício da tão excelente e profunda Política, emanara soluções sociais , econômicas e de direitos, todas equilibridadas o suficiente para o estabelecimento da ordem social em um progresso fatídico de evolução humana, em seus fatos e ações sociais. Daí, podemos concluir que muito embora a divisão tipificada e ciêntifica da política e sua tendência em se qualificar na detenção e adminstração do poder , se afasta totalmente da ética, da moral e principalmente do Direito, promovendo um combate pseudopolítico entre as massas e seus próprios governantes eleitos, resultando em algo semelhante aquele ditado popular – “…Cria-se uma cobra para ser picado por ela mesmo…”. A solução, o entendimento e aplicação das decisões da “polis”, da política pura e simples, somente terá seu caráter preeminente com a formação política do cidadão, através de veios culturais, o que estabelecerá uma consciência política na própria acepção da palavra, o suficiente para que sejam sanados os combates politicos, e estabelecidos os consensos de obrigações civis, tão iminente no conceito polido da Política fundamentada na obrigação. Cuiabá, 24/10/2012 MOACIR JOSÉ OUTEIRO PINTO RGA 201211211022
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