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Entenda-se: o devedor não tinha o dinheiro pra pagar aquela parcela. Então, o que ele fez? Ligou para o seu credor e lhe disse: “Devo e quero pagar. Só que de uma forma diferente.” Ou seja, ele, o comprador, quer se utilizar de uma nova forma de pagamento, que irá substituir a maneira inicialmente contratada. A nova forma de pagamento, tal como pretendida pelo devedor, é a seguinte: duas parcelas iguais, nas datas 90 dias e 120 dias. CURSOS ON-LINE – MATEMÁTICA FINANCEIRA P/ ICMS-SP PROFESSORES SÉRGIO CARVALHO E WEBER CAMPOS www.pontodosconcursos.com.br 8 Desenhando essa segunda forma de pagamento, que substituirá a forma originalmente contratada, teremos: 2.000,00 X X 1.000,00 0 30d 60d 90d 120d Neste desenho, nós temos ilustradas as duas diferentes formas de liquidar a compra: a primeira forma de pagamento (em vermelho), que foi a forma contratada no início; e a segunda (em azul), que irá justamente substituir a primeira. Ora, para que nem eu e nem o meu credor saiamos perdendo, é preciso que, a uma determinada taxa previamente estabelecida, a segunda forma de pagamento seja equivalente à primeira. # Modelo II da Questão de Equivalência: Um outro tipo de enunciado de equivalência falaria de um determinado bem, o qual poderá ser comprado de duas formas diferentes: a forma à vista e a forma a prazo. Por exemplo, um computador, que custa à vista R$3.000,00, poderia ser pago em três parcelas, sendo a primeira delas, na data 30 dias, no valor de R$1.500,00 e as outras duas parcelas, iguais e de valor desconhecido, nas datas 60 e 90 dias. Ora, se desenharmos esse enunciado, teremos: 3.000,00 X X 1.500,00 0 30d 60d 90d Aqui teremos que a primeira forma de pagamento, compra à vista, está representada com o traço em vermelho; e a segunda forma de pagamento, que substituiria a primeira, está representada em azul. Ora, quando se vai vender à prazo, a loja informa ao consumidor que ele estará suportando uma taxa naquela operação. Todos os dias assistimos às propagandas na televisão: “...leve hoje seu DVD para casa, por apenas R$600,00 à vista, ou em 12 vezes com uma taxa de juros de apenas 4% ao mês!...” Daí, àquela taxa contratada, é preciso que a forma de pagamento a prazo seja equivalente à forma de pagamento à vista. # Modelo III da Questão de Equivalência: Outra forma de uma questão de equivalência se mostrar é quando se fala em empréstimo. Ora, um empréstimo poderá ser feito por uma pessoa, por uma empresa, por um país etc. Todo empréstimo se trata de uma quantia em dinheiro, a qual se obtém hoje e que terá de ser devolvida numa data futura. Obviamente que quando se vai devolver no futuro um valor que havia sido pegue emprestado, paga-se sempre um valor maior. Será sempre assim, pois, conforme já sabemos, na matemática financeira o dinheiro nunca fica parado. CURSOS ON-LINE – MATEMÁTICA FINANCEIRA P/ ICMS-SP PROFESSORES SÉRGIO CARVALHO E WEBER CAMPOS www.pontodosconcursos.com.br 9 Todavia, é preciso que exista alguma definição de quanto é que iremos pagar no futuro, a título de devolução do que foi emprestado hoje. E isso fica a critério da taxa envolvida na operação. Um exemplo: alguém pegou um empréstimo hoje, no valor de R$5.000,00. E comprometeu-se a pagar por isto da seguinte forma: duas parcelas iguais, nas datas 30 e 60 dias. Desenhemos esta questão: 5.000,00 X X 0 30d 60d Ora, para que nem eu e nem o meu credor saiamos perdendo, será preciso que o valor que eu irei devolver seja equivalente àquele valor que havia tomado emprestado. Faz-se importante frisar que, em todos os três casos ilustrados acima, a palavra equivalente não é sinônimo da palavra igual. Se assim o fosse, tomando como exemplo esse desenho acima, diríamos que as duas parcelas de X seriam iguais a R$2.500,00, uma vez que 2x2.500=5.000,00. Aí, teríamos que o valor devolvido teria sido igual ao valor tomado de empréstimo. Mas não se trata de igualdade. Trata-se de equivalência. E esse conceito de equivalência se verifica tomando por base um taxa envolvida na operação. II- Elementos de uma Questão de Equivalência de Capitais: Não é difícil identificar que estamos trabalhando numa questão de Equivalência de Capitais. Perceberemos sempre que haverá duas formas de pagamento para quitar uma dívida; ou haverá uma quantia que deverá ser equivalente à outra. Enfim, haverá duas obrigações que se equivalerão entre si. Serão, portanto, elementos de uma questão de equivalência de capitais, os seguintes: Æ Valores da “Primeira Obrigação”; Æ Valores da “Segunda Obrigação”; Æ Tempos; Æ Taxa; Æ “Data Focal”. Analisemos cada um deles: # Valores da “Primeira Obrigação”: são aqueles valores monetários que representam: Æ No Modelo I: aqueles valores em vermelho, que indicam que a compra a prazo foi originalmente contratada para ser paga em 30 e 60 dias. Ou seja, é a forma original de pagamento. Portanto, representaremos esses valores por (I), de primeira obrigação. Teremos: 2.000,00 X X 1.000,00 CURSOS ON-LINE – MATEMÁTICA FINANCEIRA P/ ICMS-SP PROFESSORES SÉRGIO CARVALHO E WEBER CAMPOS www.pontodosconcursos.com.br 10 0 30d 60d 90d 120d (I) (I) Æ No Modelo II: aquele valor em vermelho, que ilustra a forma de venda à vista daquele determinado bem. Designaremos aquele valor como (I). Teremos: 3.000,00 X X 1.500,00 0 30d 60d 90d (I) Æ No Modelo III: o valor que representa a quantia que foi, na data atual, tomada a título de empréstimo. Novamente, usaremos (I) para designar esta quantia. Teremos: 5.000,00 X X 0 30d 60d (I) # Valores da “Segunda Obrigação”: aqueles valores monetários que representam: Æ No Modelo I: os valores em azul. Ou seja, as duas parcelas que, neste tipo de questão, irão substituir a forma original de pagamento. Em outras palavras, é a forma alternativa de pagamento de uma obrigação que fora originalmente contratada, e está sendo agora alterada. Designaremos estas parcelas por (II). É a nossa segunda forma de pagamento. Teremos: 2.000,00 X X 1.000,00 0 30d 60d 90d 120d (II) (II) Æ No Modelo II: aquelas parcelas em azul, que representam a forma a prazo de venda daquele determinado bem. Designaremos aquele valor como (II). Teremos: 3.000,00