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* Determinação da renda e produtos nacionais Prof. Yuri Cesar * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais O desempenho econômico mundial como um todo, e de países em particular, tem mostrado períodos em que a produção cresce rapidamente (com baixo nível de desemprego), e outros com estagnação da produção ou mesmo recessão (quando o desemprego assume lugar de destaque). Objetivos: analisar as variáveis que determinam o nível de produção (renda nacional da economia) 11.1 Introdução * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais A medida de riqueza de um país pode ser efetuada sob três óticas: produção renda despesa Produção: corresponde à soma de todos os bens e serviços finais na economia em determinado período de tempo (corresponde à própria oferta agregada). 11.2 Conceitos preliminares * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais Renda: corresponde à soma da remuneração de todos os fatores que participaram da produção (esta é a renda nacional). Despesa: corresponde à soma dos gastos dos ‘compradores’ da produção, isto é, as despesas com bens de consumo e de investimentos (que corresponde à demanda agregada). 11.2 Conceitos preliminares * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais Na análise ex post (após ocorrer, a posteriori), os três valores serão necessariamente iguais Na análise ex ante (antes de ocorrer, a priori), que corresponde à macroeconomia em si, o objetivo é, a partir de relações funcionais ou de comportamento, analisar as condições em que se dará o equilíbrio, mostrando as alternativas de política econômica para levar a produção ao nível de pleno emprego. Análise de equilíbrio pode partir da igualdade entre oferta e demanda agregada. 11.2 Conceitos preliminares * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.3.1 Curva de oferta agregada de bens e serviços Oferta agregada Corresponde à quantidade que os produtores desejam vender no mercado. As empresas respondem ao crescimento da demanda com o aumento da produção física, dos preços ou de ambos. Considerando as duas primeiras alternativas, a oferta agregada tem o formato que segue: 11.3 Oferta agregada, demanda agregada e equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.3.1 Curva de oferta agregada de bens e serviços 11.3 Oferta agregada, demanda agregada e equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.3.2 Curva de demanda agregada de bens e serviços Demanda agregada Refere-se à ótica de quem deseja “comprar a produção”. É composta por quatro macroagentes econômicos: DA = C + I + G + X – M, Onde: C = demanda de bens de consumo pelas famílias I = demanda de investimentos pelas empresas G = demanda do governo X – M = demanda líquida do setor externo (exportações - importações) 11.3 Oferta agregada, demanda agregada e equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.3.2 Curva de demanda agregada de bens e serviços 11.3 Oferta agregada, demanda agregada e equilíbrio A curva de demanda é negativamente inclinada porque um aumento de preços reduz a renda real e, portanto, a capacidade de compra. * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.3.3 Equilíbrio macroeconômico de curto prazo (OA=DA) 11.3 Oferta agregada, demanda agregada e equilíbrio Levando em conta que a oferta agregada é fixa no curto prazo, variações na produção de equilíbrio dar-se-ão apenas por variações da demanda agregada. * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.1 Função consumo Componentes da função consumo: a) consumo autônomo (independe da renda) b) propensão marginal a consumir (PMgC), que corresponde ao acréscimo de consumo, derivado de um acréscimo da renda nacional. 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.1 Função consumo Graficamente, 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.2 Função poupança Poupança: é a parcela da renda não consumida em determinado período, ou seja, S = y – C Como C = a + by, segue que: S = y – (a + by) = y – a – by = - a + (1 – b)y Onde (1 – b) corresponde à propensão marginal a poupar (PmgS), que corresponde ao acréscimo da poupança agregada, dado um acréscimo da renda nacional. 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.2 Função poupança Graficamente, 11.4 Renda nacional de equilíbrio Lembrando que: PMgS + PMgC = 1 * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.3 Função investimento O investimento desempenha duplo papel na teoria macroeconômica: de um lado, é um dos componentes da demanda ( despesas com equipamentos, máquinas, etc...) e, de outro, é elemento da oferta agregada (já que eleva a capacidade de produção da economia) No modelo keynesiano básico, de curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada e é considerado independente da renda nacional 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.3 Função investimento Graficamente, 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.4 Função gastos do governo Supõe-se que os gastos do governo são autônomos em relação à renda nacional: G ≠f(y) Na teoria macroeconômica, os gastos públicos (bem como oferta de moeda) são considerados uma variável determinada institucionalmente, ou seja, dependem dos objetivos de política econômica escolhidas pelas autoridades. 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.5 Função impostos (ou tributação) No modelo simplificado, a tributação também é considerada autônoma, não induzida pela renda nacional. T ≠ f(y) A introdução do governo e, particularmente, da tributação altera as funções consumo e poupança, que passam a ser funções da renda disponível do setor privado yd (renda – tributos = y – T). Logo: C = a + b(y – T) ou C = a + byd S = -a + [(1 – b)(y – T)] ou S = -a + (1 – b)yd 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.6 Função exportação No modelo simplificado, as exportações também são autônomas em relação à renda nacional. X ≠ f(y) A hipótese aqui adotada é de que as exportações não são afetadas pela renda nacional, mas sim pela renda dos outros países (renda mundial) e pela taxa de câmbio (que não estão consideradas no modelo). 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.7 Função importação No modelo simplificado, as importações também são autônomas em relação à renda nacional. M ≠ f(y) 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.8 Demanda agregada completa Estabelecidas as hipóteses sobre as variáveis C, S, I, G, T, X e M, sabe-se que a demanda agregada comporta-se no modelo keynesiano básico de curto prazo da seguinte forma: DA = C + I + G + X – M Como apenas C é função crescente da renda nacional e as demais são consideradas constantes em relação à renda nacional y, segue-se que a função DA é crescente em relação à renda nacional y, como mostra o gráfico que segue: 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.8 Demanda agregada completa 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.9 Equilíbrio de curto prazo Equilíbrio: entende-se por equilíbrio um ponto em que a demanda agregada é igual à renda nacional, não existindo pressões para sair desse ponto Vale destacar que a renda de equilíbrio pode ocorrer com desemprego, o que não é uma situação desejável. Além do mais, o equilíbrio de curto prazo é um equilíbrio ex ante, e não ex post. 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.9 Equilíbrio de curto prazo 11.4.9.1 Determinação de equilíbrio, igualando renda e demanda agregada Algebricamente, Renda = DA Condição de equilíbrio: y = DA ou y = C + I + G + X – M resolvendo a equação encontramos um valor para y; com este valor, podemos retornar às funções consumo e poupança para achar seus valores. 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.9 Equilíbrio de curto prazo 11.4.9.1 Determinação de equilíbrio, igualando renda e demanda agregada Graficamente, 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.9 Equilíbrio de curto prazo 11.4.9.2 Determinação de equilíbrio, igualando vazamentos e injeções Vazamentos todo recurso que é retirado do fluxo básico, ou seja, toda renda recebida pelas famílias que não é dirigida às empresas nacionais na compra de bens de consumo, por exemplo, poupança, impostos e importações. Vaz = S + T + M Injeções todo recurso que é injetado no fluxo básico e que não é originário de venda de bens de consumo às famílias, por exemplo, investimentos, gastos públicos e exportações. Inj = I + G + X 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.9 Equilíbrio de curto prazo 11.4.9.2 Determinação de equilíbrio, igualando vazamentos e injeções O equilíbrio se dará quando os vazamentos forem iguais às injeções, ou seja: Vaz = Inj S + T + M = I + G + X 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.4.9 Equilíbrio de curto prazo 11.4.9.2 Determinação de equilíbrio, igualando vazamentos e injeções Graficamente, 11.4 Renda nacional de equilíbrio * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.5.1 O efeito multiplicador Multiplicador keynesiano É a variação do nível de renda nacional, dada uma variação autônoma na demanda agregada. 11.5 Outros instrumentos de análise macroeconômica * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.5.1 O efeito multiplicador 11.5 Outros instrumentos de análise macroeconômica * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.5.2 Teorema do orçamento equilibrado (ou teorema de Haavelmo) Trata-se de um famoso teorema que mostra que uma economia pode aumentar a renda e o emprego e manter, ao mesmo tempo, o equilíbrio orçamentário. Teorema de Haavelmo “Se o governo efetuar gastos no mesmo montante dos tributos recolhidos (isto é, se o orçamento estiver equilibrado), a renda, em vez de permanecer constante, como se poderia supor, aumentará de um montante igual ao aumento de G e T”. 11.5 Outros instrumentos de análise macroeconômica * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.5.3 Hiatos inflacionários e deflacionários e política fiscal pura Política fiscal pura Ocorre quando a atuação do governo se dá apenas por meio de instrumentos fiscais, sem alterar a política monetária. Analogamente, política monetária pura é aquela implementada sem mudanças na política fiscal. 11.5 Outros instrumentos de análise macroeconômica * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.5.3 Hiatos inflacionários e deflacionários e política fiscal pura 11.5.3.1 Hiato deflacionário 11.5 Outros instrumentos de análise macroeconômica O hiato deflacionário refere-se à insuficiência de demanda agregada em relação à renda de pleno emprego. Revela qual deve ser o aumento da demanda agregada para que a economia atinja o equilíbrio de pleno emprego. * Capa da Obra Capítulo 11 Determinação da renda e produtos nacionais 11.5.3 Hiatos inflacionários e deflacionários e política fiscal pura 11.5.3.1 Hiato inflacionário 11.5 Outros instrumentos de análise macroeconômica O hiato inflacionário é dado pelo excesso de demanda agregada em relação à oferta agregada de pleno emprego. Nessa situação, ocorre uma inflação de demanda, em que a procura global de bens supera a capacidade produtiva da economia.
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