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FOCO NA PESSOA 18
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FOCO NA PESSOA 18
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GRANDES
MOBILIZADORES
MARTIN LUTHER KING JR.
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Martin Luther King Jr. fez história, mas também foi transformado pelas 
profundas raízes da sua família 
na Igreja Batista afro-americana, 
pela sua experiência formativa em 
Atlanta, sua cidade natal, seus es-
tudos teológicos, seus modelos 
variados de liderança religiosa e 
política e pela sua extensiva rede 
de contatos no movimento de paz 
e justiça social do seu tempo. Em-
bora King tivesse apenas trinta e 
nove anos quando foi morto, a sua 
vida foi notável pela maneira como 
re� etiu e inspirou tantos dentre os 
principais eventos políticos, cultu-
rais e intelectuais do século vinte.
Filho, neto e bisneto de minis-
tros batistas, ele nasceu em Atlan-
ta e viveu os seus primeiros doze 
anos na casa da Avenida Auburn 
que os seus pais, Reverendo Mi-
chael King e Alberta Williams King, 
dividiam com o seus avós mater-
nos, Reverendo Adam Daniel e 
Jeannie Williams. Após a morte do 
Reverendo Williams, o pai de King 
se tornou pastor da Igreja Batista 
Ebenezer e gradualmente se es-
tabeleceu como um líder notável 
entre grupos batistas no estado 
e no país.
A experiência formativa de 
King o imergiu não apenas em 
assuntos relacionados à igreja 
MARTIN LUTHER KING JR.
Ebenezer, mas também à tradi-
ção gospel social afro-americana 
exempli� cadas pelo seu pai e pelo 
seu avô, que foram líderes da sede 
de Atlanta da Associação Nacio-
nal para o Avanço das Pessoas 
de Cor (National Association for 
the Advancement of Colored Pe-
ople - NAACP). Durante a Grande 
Depressão, King tornou-se mais 
consciente das disparidades eco-
nômicas. A liderança do seu pai 
em campanhas contra discrimi-
nação social em relação ao direito 
de voto e ao salário dos professo-
res promoveu um modelo para o 
ministério politicamente engajado 
de King.
Como universitário na Facul-
dade Morehouse de Atlanta, no 
período de 1944 a 1948, King 
superou gradualmente a sua re-
lutância inicial de aceitar o seu 
chamado herdado. O presidente 
da faculdade, Benjamin E. Mays, 
influenciou o desenvolvimento 
spiritual de King, encorajando-o 
a ver o Cristianismo como uma 
força para uma mudança social 
progressiva. Ao � nal do seu tercei-
ro ano de faculdade, King entrou 
no ministério. Ele descreveu essa 
decisão como uma resposta a um 
forte chamado interior para “servir 
a humanidade” (Papers 1, p. 363). 
Ele foi ordenado durante o seu 
“último semestre em Morehouse, e 
nesta época, King já tinha dado os 
seus primeiros passos na direção 
do ativismo político. Ele respon-
deu à onda de violência antinegro 
pós-guerra dizendo ao editor da 
Constituição de Atlanta que afro-
-americanos ‘tinham os mesmos 
direitos básicos e oportunidades 
dos cidadãos americanos’” (Pa-
pers 1, p. 121). No seu último ano 
Texto produzido pela Universidade de Stanford 
Tradução: Silvano Barbosa dos Santos
FOCO NA PESSOA 19
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de faculdade, King se uniu ao Con-
cílio Interuniversitário, um grupo 
de discussão estudantil inter-racial 
que se reunia mensalmente na 
Universidade Emory de Atlanta.
De 1948 a 1951, King foi aluno 
no Seminário Teológico Crozer, na 
Pensilvânia, e completou o progra-
ma com um boletim acadêmico 
notável, graduando-se como o 
primeiro da sua classe. Em 1951, 
King começou o Doutorado em 
Teologia Sistemática na Escola 
Teológica de Boston. Quando 
concluiu o programa, em 1955, 
King tinha re� nado sua excepcio-
nal habilidade de extrair conceitos 
de uma grande variedade de tex-
tos � losó� cos e teológicos para 
expressar suas ideias com força 
e precisão. Durante a sua estada 
em Boston, King também encon-
trou e namorou Coretta Scott, que 
era estudante no Conservatório de 
Música de New England. Em 18 de 
junho de 1953, os dois se casaram 
em Marion, Alabama, onde a famí-
lia Scott vivia.
Em 1954, King decidiu aceitar 
a proposta de se tornar pastor da 
Igreja Batista da Avenida Dexter, 
em Montgomery, Alabama. Em 
dezembro de 1955, quando líde-
res negros de Montgomery forma-
ram a Associação de Melhorias 
Montgomery (MIA) para protestar 
a prisão da o� cial da NAACP, Rosa 
Parks, por se recusar a dar o seu 
assento no ônibus a um homem 
branco, eles selecionaram King 
para ser o líder do novo grupo. 
Durante um ano os negros boico-
taram a utilização dos ônibus em 
Montgomery. Em seu papel como 
o principal orador do boicote, King 
utilizou as habilidades de liderança 
obtidas com a sua história de vida 
e estudos religiosos para forjar 
uma estratégia de protesto distin-
ta que envolveu a mobilização de 
igrejas afro-americanas e apelos 
habilidosos para obter apoio dos 
brancos. Com o apoio de paci� stas 
veteranos, King também se tornou 
um � rme advogado dos preceitos 
de não violência de Gandhi, os 
quais ele combinou com ideias 
evangélicas sociais cristãs. 
Quando a Suprema Corte dos 
Estados Unidos revogou a lei de 
segregação nos õnibus em Brow-
der V. Gayle, no � nal de 1956, King 
buscou ampliar o movimento não 
violento de direitos civis por todo o 
sul do país. Em 1957, ele uniu-se 
a C.K. Steele, Fred Shuttlesworth 
e T. J. Femison para fundar a As-
sociação de Liderança Cristã do 
Sudeste (SCLC), que tinha King 
como presidente para coordenar 
as atividades de direitos civis na 
região. A publicação de Stride To-
ward Freedom: The Montgomery 
Story (Passos para a Liberdade: 
A História de Montgomery, 1958) 
contribuiu para a rápida ascensão 
de King à condição de um líder 
nacional dos direitos civis.
A ascensão de King à fama 
não aconteceu sem consequên-
cias pessoais. Em 1958, King foi 
vítima da sua primeira tentativa 
de assassinato. Embora a sua 
casa tivesse sofrido atentados 
várias vezes durante o boicote 
dos ônibus de Montgomery, foi 
numa sessão de autógrafos do 
livro Stride Toward Freedom que 
Izola Ware Curry o atingiu com 
um abridor de cartas. A cirurgia 
de remoção desse objeto foi um 
sucesso, a recuperação durou vá-
rios meses, levando King a abrir 
mão de toda atividade de protesto.
Um dos aspectos principais da 
liderança de King foi a sua ha-
bilidade de conseguir apoio de 
muitos tipos de organizações, in-
cluindo sindicatos, organizações 
paci� stas, organizações de refor-
ma do sudeste dos EUA e de gru-
pos religiosos. Além disso, os seus 
laços extensivos com a Conven-
ção Batista Nacional proveram-lhe 
suporte de igrejas de todo o país. 
A percepção que King tinha so-
bre a ligação entre segregação e 
colonialismo resultou em alianças 
com grupos que lutavam contra a 
opressão fora dos EUA.
Em 1959, ele aumentou a 
sua compreensão das ideias de 
Gandhi durante uma visita de um 
mês na Índia, financiada pelo 
Comitê de Serviços dos Amigos 
Americanos. King encontrou-se 
com vários líderes indianos, in-
clusive com o primeiro ministro 
Jawaharlal Nehru. Escrevendo 
acerca desse assunto após o seu 
retorno, King declarou: “eu deixei 
a Índia mais convencido do que 
nunca de que a resistência não 
violenta é a arma mais potente 
disponível às pessoas em opres-
são em sua luta por liberdade” 
(Papers 5, p. 233).
A prisão de King em 1960 du-
rante um protesto estudantil em 
Atlanta se tornou assunto de inte-
resse nacional durante a campa-
nha presidencial, quando o candi-
dato democrata John F. Kennedy 
convidou Caretta King para ex-
pressar as suas preocupações. 
Os esforços bem sucedidos dos 
apoiadores dos Kenneds para as-
segurar a libertação de King con-
tribuíram para a vitória apertada 
do democrata sobre o republicano 
Richard Nixon.
FOCO NA PESSOA 20
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Em 1963, entretanto, King rea� r-
mou a sua proeminência dentro da 
luta pela liberdade afro-americanaatravés da sua liderança da campa-
nha de Birmingham. Os protestos 
de Birmingham foram orquestra-
dos para atingir o máximo impacto 
nacional. A decisão intencional de 
King de permitir-se ser preso por 
liderar a demonstração pública em 
12 de abril levou a administração de 
Kennedy a intervir nos crescentes 
protestos. A bem conhecida Carta 
da Prisão de Birmingham apresen-
tou sua distinta habilidade de in-
� uenciar a opinião pública extraindo 
ideias da Bíblia, da Constituição 
e de outros textos canônicos. Du-
rante o mês de maio, imagens da 
polícia usando cachorros e jatos 
de fogo contra jovens protestantes 
gerou um clamor nacional contra os 
o� ciais segregacionistas brancos 
em Birmingham. A brutalidade dos 
o� ciais de Birmingham e a decisão 
do governador do Alabama de não 
permitir a admissão de estudantes 
negros na Universidade do Alaba-
ma levou o presidente Kennedy a 
introduzir uma maior legislação de 
direitos civis.
O discurso de King na marcha 
por trabalhos e liberdade de 28 de 
agosto de 1963, em Washington, 
contou com a presença de mais 
de duzentas mil pessoas e foi a 
culminação da onda de protestos 
por direitos civis que se estendeu 
até mesmo por cidades do nor-
te. Em suas palavras � nais, ele 
insistiu que não havia perdido a 
esperança:
“EU DIGO HOJE A VOCÊS 
MEUS AMIGOS QUE, MESMO 
ENFRENTANDO AS DIFICUL-
DADES DE HOJE E AMANHÃ, 
EU AINDA TENHO UM SONHO.”
“Esse é um sonho profunda-
mente enraizado no Sonho Ameri-
cano... de que um dia essa nação 
irá se levantar e viver plenamente 
o verdadeiro sentido da sua cren-
ça: ‘nós cremos que esta verda-
de é autoevidenciada, que todos 
os homens são criados iguais’.” 
Ele usou antes palavras similares 
de “My Country, ‘ Tis of Thee”, e 
concluiu dizendo: “quando nós 
permitirmos a liberdade ecoar, 
quando a permitirmos ecoar em 
cada vila, em cada recanto, em 
cada estado e em cada cidade, 
nós faremos com que este dia 
chegue logo, quando todos os � -
lhos de Deus, negros e brancos, 
judeus e gentios, protestantes e 
católicos, forem capazes de unir 
as suas mãos e cantar as palavras 
do antigo Negro Spiritual ‘Livre 
en� m, livre en� m, obrigado Deus 
Poderoso, nós estamos livres en-
� m’” (King, Call, pp. 82, 85, 87).
A habilidade de King de obter 
a atenção nacional em confrontos 
orquestrados com as autoridades 
racistas, e o seu discurso na mar-
cha de Washington, em 1963, � -
zeram dele o afro-americano mais 
in� uente na primeira metade dos 
anos de 1960. Nomeado pela re-
vista Time “O Homem do ano” no 
� nal de 1663, ele recebeu o prê-
mio Nobel da Paz em dezembro 
de 1964. A aclamação recebida 
por King fortaleceu a sua posição 
entre os líderes do Movimento de 
Direitos Civis, mas também levou 
o diretor do FBI, Edgar Hoover, a 
aumentar os seus esforços para 
manchar sua reputação. 
Os protestos de Alabama che-
garam a um momento decisivo no 
dia 7 de março, quando a polícia 
estadual atacou um grupo de ma-
nifestantes no início da marcha de 
Selma para o capitólio estadual 
em Montgomery. A � m de cumprir 
as ordens do governador Wallace, 
a polícia usou gás lacrimogêneo e 
cassetetes para fazer os manifes-
tantes voltar depois de terem cru-
zado a ponte Edmund Pettus, nos 
arredores de Selma. Desprepara-
dos para o confronto violento, King 
indispôs-se com alguns ativistas 
ao decidir adiar a continuação da 
Marcha de Selma a Montgomery 
até que recebesse a aprovação 
do tribunal, mas a marcha, que 
� nalmente conseguiu a aprovação 
do tribunal federal, atraiu milhares 
de simpatizantes dos direitos civis, 
negros e brancos, de todas as re-
giões do país. Em 25 de março, 
King dirigiu-se aos manifestantes 
que chegavam aos degraus do 
capitólio em Montgomery. A mar-
cha e a subsequente morte de um 
participante branco, Viola Liuzzo, 
bem como o anterior assassina-
to de James Reeb, dramatizou a 
negação dos direitos de voto dos 
negros e estimulou a aprovação, 
durante o verão seguinte, da Lei 
dos Direitos Civis, em 1965. 
Em junho de 1966, James Me-
ridith foi baleado durante a Marcha 
Contra o Medo, em Mississippi. 
Foi neste evento que ativistas da 
SNCC decidiram testar um novo 
slogan que vinham usando: Bla-
ck Power (Poder Negro). King 
recusou-se a usar o termo, mas 
a mídia aproveitou a oportunida-
de para expor discórdias entre os 
protestantes e tornaram o termo 
público.
Em seu último livro, Where Do 
We Go From Here: Chaos or Com-
munity? (Para Onde Vamos Daqui: 
FOCO NA PESSOA 21
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Caos ou Comunidade, 1967), King 
rejeitou a alegação dos defenso-
res do Black Power que diziam 
que “esta era a mais revolucioná-
ria asa da revolução social que 
estava acontecendo nos Estados 
Unidos”, mas ele reconheceu 
que eles respondiam a uma ne-
cessidade psicológica entre afro-
-americanos que ele não havia se 
referido previamente (King, Where 
Do We Go, pp. 45-46). “Liberdade 
psicológica, um � rme senso de 
autoestima, é a mais ponderosa 
arma contra a longa noite de es-
cravidão física”, King escreveu. “O 
negro só será livre quando alcan-
çar as partes mais profundas do 
seu ser e assinar com a caneta e a 
tinta da con� ança na sua humani-
dade a sua própria declaração de 
emancipação” (King, Call, p. 184).
No dia 04 de abril de 1968, às 
06 h 05 min, Martin Luther King foi 
assassinado com um tiro enquan-
to estava na escrivaninha de um 
quarto no segundo andar do Hotel 
Lorraine, em Memphis, Tennes-
see. As notícias do assassinato 
de King dispararam uma série de 
violências raciais, resultando em 
mais de quarenta mortes em todo 
o país e em danos extensivos a 
propriedades em mais de cem 
cidades americanas. James Earl 
Ray, um fugitivo de quarenta anos, 
confessou posteriormente o crime 
e foi sentenciado a 99 anos de 
prisão. Durante o funeral de King, 
foi apresentada uma gravação em 
que King falava sobre como gos-
taria de ser lembrado após a sua 
morte: “Eu gostaria que alguém 
mencionasse naquele dia que 
Martin Luther King Jr. tentou dar 
a sua vida para servir aos outros” 
(King, Drum Major Instinct, p. 85).
Até a sua morte, King perma-
neceu � rme em seu compromisso 
com uma transformação radical 
da sociedade americana através 
de ativismo não violento. Em sua 
publicação póstuma A Testament 
of Hope (Um Testamento de Es-
perança), ele apelou aos afro-
-americanos para se absterem da 
violência, mas também advertiu 
que a “América Branca” deve re-
Referências Bibliográ� cas:
Introduction, em Papers 1, pp. 1-57.
King, An Autobiography of Religious Development, 12 de setembro a 22 de novembro de 1950, em Papers 1, pp. 359-363.
Eulogy for the Young Victims of the Sixteenth Street Baptist Church Bombing, em A Call to Conscience. Editoras: Clayborne Carson e Kris 
Shepard, New York: Warner Books, 2001, pp. 95-99.
I Have a Dream, em A Call to Conscience. Editoras: Clayborne Carson e Kris Shepard, New York: Warner Books, 2001, pp. 81-87.
I’ve Been to the Mountaintop, em A Call to Conscience. Editoras: Clayborne Carson e Kris Shepard, New York: Warner Books, 2001, pp. 207-223.
Kick Up Dust, Letter to the Editor, Atlanta Constitution, em Papers 1, p. 121.
My Trip to the Land of Gandhi, em Papers 5, pp. 231-238.
Pilgrimage to Nonviolence, em Papers 5, pp. 419-425.
Remarks Delivered at Africa Freedom Dinner at Atlanta University, em Papers 5, pp. 203-204.
Strength to Love, 1963.
A Testament of Hope, em Playboy, 16 de janeiro de 1969, pp. 193-194, 231-236.
Where Do We Go From Here? em A Call to Conscience. Editoras: Clayborne Carson e Kris Shepard, New York: Warner Books, 2001, pp. 171-199.
Where Do We Go From Here: Chaos or Community? Boston: Beacon Press, 1967. 
conhecer que a justiça para os 
negros não pode ser alcançada 
sem uma mudança radical na es-
trutura da sociedade americana. 
A “revoluçãonegra” foi mais do 
que um movimento de direitos ci-
vis, ele insistiu, “ela está forçando 
a América a encarar todos os seus 
inter-relacionados � uxos de racis-
mo, pobreza, militarismo e mate-
rialismo” (King, Testament, p. 194). 
Depois da morte do seu espo-
so, Coretta Scott King estabeleceu 
em Atlanta o Centro Martin Luther 
King para a Mudança Social Não 
Violenta (também conhecido como 
Centro King) para promover os 
conceitos de luta não violenta de-
fendidos por Gandhi e King. Ela 
também conduziu o esforço bem 
sucedido para honrar o seu marido 
com o feriado nacional King, que 
passou a ser celebrado em 1968.
Texto original em inglês:
http://mlk-kpp01.stanford.edu/in-
dex.php/encyclopedia/encyclopedia/
enc_martin_luther_king_jr_biography/
 
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