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Panorama dos Transportes na Região Metropolitana do Recife

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
CAMPUS BENFICA 
AMANDA RAFAELY MONTE DO PRADO 
DANIELA MARIA XAVIER SOARES 
DÉBORA VIEIRA MUNIZ 
FABIANE ANDRADE DOS SANTOS
JOSÉ VICTOR PEREIRA SANTOS VERÍSSIMO 
LUCIANA CÁSSIA LIMA DA SILVA 
O PANORAMA DOS TRANSPORTE NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE COM ÊNFASE NA MOBILIDADE URBANA 
RECIFE
2014
O PROBLEMA DA MOBILIDADE URBANA NO RECIFE COM ÊNFASE NA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS TRANSPORTES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES
Trabalho da disciplina de Introdução a Engenharia Civil ministrada pelo Professor José Orlado, do curso de Engenharia Civil da Universidade de Pernambuco. 
RECIFE
2014
RESUMO
Este trabalho
Palavras – Chave: 
ABSTRACT
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
LISTA DE FIGURAS
 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8
EXPLORANDO AS IDEIAS SOBRE O CONCEITO DE ÁREA 8
A TEORIA ANTROPOLÓGICA DO DIDÁTICO: DA TRAJETÓRIA DO SABER AS PRAXEOLOGIAS DIDÁTICAS E MATEMÁTICAS 12
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 17
O LIVRO DIDÁTICO NO BRASIL 17
O LIVRO ESCOLHIDO 19
A ESCOLHA DAS COLEÇÕES PELO PNLD RECENTE 20
CRITÉRIOS DE ANÁLISE 20
ANÁLISE DE RESULTADOS 22
REFERÊNCIAS 23
 
 
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 O conceito de área apresentado por Douady & Perrin- Glorian (1989) e Bellemain & Lima (2002) 
Figura 2 Processos da Transposição Didática 
INTRODUÇÃO
O presente trabalho discorre sobre o problema da mobilidade urbana no Recife com ênfase na evolução histórica dos transportes e possíveis soluções, ou seja, como se analisa hoje o papel que os meios de transportes desempenharam ao longo do tempo na influência direta desta mobilidade.
Por isso, tem-se como fim principal neste trabalho a definição e classificação dos transportes de uma maneira geral, assim como o estudo evolutivo dos mesmos e sua origem. Inclui-se também o papel do engenheiro civil nos estudos da mobilidade, o sistema rodoviário atual do Recife, problemas relacionados ao Sistema Estruturado Integrado – SEI e soluções.
E é assim que se encontra a divisão dos capítulos. O primeiro capítulo tratando da definição e tipos de transportes, o segundo, sobre a origem e evolução dos transportes, o terceiro, sobre o papel do engenheiro civil no estudo da mobilidade, o quarto, sobre o sistema rodoviário atual do Recife, o quinto, sobre problemas relacionados ao SEI e o sexto, sobre soluções. 
Todas essas atribuições se dão devido à importância deste tema, pois não é de agora que se discute sobre a mobilidade urbana no Recife e o papel dos transportes. Ainda há muitos desafios a serem vencidos e muito a que se aperfeiçoar, pois é na própria sociedade que reverberam os principais impactos; há uma relação direta dos meios de transportes com a vida das pessoas. 
DEFINIÇÃO E TIPOS DE TRANPORTES 
Há muito tempo atrás, para as pessoas se deslocarem de um ponto a outro relativamente perto, demandava-se bastante tempo. Em idades antigas, esse deslocamento era feito com a própria força motriz do homem, isto é, por suas próprias caminhadas. Ao passar dos anos, o homem começou a se utilizar da força animal, principalmente de cavalos para suas locomoções e de bois para movimentação de cargas e produtos agrícolas. Foi então que, a partir da revolução industrial do início do século XIX, a maneira como o homem de deslocava e como mercadorias eram escoadas do local de produção para os mercados se tornou muito mais eficiente, minimizando os intervalos de tempo entre longas distâncias. Tudo isso se deu em função da criação de grandes máquinas locomotivas movidas a queima de carvão. Dessa forma, fica claro como se deu a evolução dos meios de transportes e como essa ferramenta foi se aperfeiçoando no decurso da história. E é neste conceito que iremos frisar.
Nada melhor para se iniciar do que esclarecendo as principais ideias em torno deste termo, transportes. A palavra “transporte” vem do latim “trans”, que significa “de um lado a outro” e “portare” que significa “carregar”. Logo, de uma maneira bem elementar, define-se transporte como o movimento de pessoas ou coisas de um lugar para o outro. Ampliando este conceito, pode-se dizer que é um conjunto de características responsáveis pela movimentação de pessoas, bens e serviços, ajudando na distribuição de renda da cidade, logística e até mesmo intensificando as interações sociais e culturais entre os transeuntes. Para um melhor entendimento do conceito, classifica-se o transporte em função de sua possessão, ou seja, público, que se destina a qualquer pessoa, e privado, que apenas se destina a quem o adquiri; e em função do número de passageiros, isto é, coletivo ou individual. É importante salientar também que há três elementos essenciais que constituem os meios de transportes: a infraestrutura, que é a malha de transporte rodoviária, férrea, aérea, fluvial, tubular e etc, os veículos, que são os automóveis, bicicletas, ônibus, trens, aviões e motos que utilizam essa malha e, as operações, que são as formas como esses veículos utilizam a rede, como leis, diretrizes e códigos. 
A tabela seguinte ilustra bem essa divisão:
	
	Transporte Público
	Transporte Privado
	
Transporte Coletivo
	Ônibus Municipal 
Ônibus Intermunicipal
Metrô
Trem
Ônibus Rodoviário Municipal
Ônibus Rodoviário Intermunicipal
	
Ônibus fretados
Micro-ônibus
	Transporte Individual
	Táxi
Bicicleta alugada
	Carro, Moto
Bicicleta
Fonte: Autoria própria
Neste ensejo, é interessante esclarecer que os transportes de caráter público têm sua administração realizada pelo governo. É de responsabilidade do Estado a elaboração de normas e regras para o bom funcionamento desse sistema. O controle, a fiscalização e a manutenção dessas diretrizes, também são atribuições do mesmo. Esse tipo de transporte, principalmente o coletivo, tem sua devida importância no que cabe ao baixo custo de uso, ao menor impacto ambiental por pessoa transportada, ao favorecimento da diminuição dos congestionamentos, ao baixo consumo de energia, a redução dos índices de poluição do ar e sonora e a redução dos espaços gastos com estacionamento. Sem falar da capacidade de deslocar um grande número de pessoas ou mercadorias ao mesmo tempo. Porém, quando há falhas na administração dos meios de transporte público, gera-se uma insatisfação por parte dos usuários impossibilitando os mesmos a optarem por este sistema. Daí então, eles passam a optar pelo outro tipo de transporte, o privado. Esse tipo de transporte não é apenas caracterizado pelos carros, mas também pelos ônibus oferecidos por empresas rodoviárias para transportarem passageiros, todos esses, funcionários de uma mesma empresa contratante. É um transporte que é gerido pelas partes que o obtiveram, partes essas incumbidas da sua manutenção. Porém, é interessante destacar que o governo ainda assim continua responsável por submeter esses proprietários às leis que regulamentam toda essa rede de transportes. Mas, especificamente em relação aos carros,há vantagens e desvantagens. Seus principais benefícios são o conforto proporcionado, a facilidade de seu uso em qualquer horário e a flexibilidade de rotas e trajetos. Todavia, suas divergências se dão nos aumentos de veículos por via, aumento de congestionamentos, alto custo de manutenção, elevação dos níveis de poluição e por muitas vezes transportarem apenas uma pessoa. É veraz dizer que, apesar de os carros poderem levar mais de uma pessoa, o mesmo é caracterizado como um tipo de transporte individual em função da grande probabilidade de apenas uma pessoa os utilizar.
Nos tópicos seguintes, pode-se ter uma melhor visualização das principais características dos transportes públicos e privados.
Características dos Transportes Coletivos
Capacidade de deslocar um grande número de pessoas
Custo reduzido
Menor impacto ambiental por pessoa transportada
Menos congestionamentos
Baixo custo de energia
Menos poluição do ar e sonora
Menos acidentes
Menor flexibilidade de horários
Menor flexibilidade nos trajetos
Maior dificuldade no transporte de pessoas deficientes
Maior tempo de viagem
Dificuldades no transporte de cargas
Características dos Transportes Privados
Capacidade para deslocar um menor número de pessoas
Alto custo de aquisição e manutenção
Maior impacto ambiental por pessoa transportada
Maior consumo de energia
Maior poluição sonora e do ar
Aumento dos congestionamentos
Aumentos dos engarrafamentos
Mais acidentes
Maior flexibilidade de horários
Maior flexibilidade nos trajetos
Melhor adaptação aos usuários deficientes
Menor tempo de viagem
Facilidade no transporte de cargas
Por fim, ainda podemos dividir os transportes em:
Terrestres: os caracterizados pelo uso de automóveis, ônibus, trem e metrô, ou seja, que se dão por meio de vias terrestres como rodovias ou ferrovias.
Aquáticos: os caracterizados pelo uso de navios, barcos, balsas e canoa, ou seja, que se dão por meio de vias aquáticas ou fluviais como as hidrovias.
Aéreos: os caracterizados pelo uso de aviões, jatos, helicópteros e balões, ou seja, que se dão por meio das vias aéreas.
Tubulares: os caracterizados pelo transporte de produtos, ou seja, que se dão por meio de gasodutos ou oleodutos.
HISTÓRIA
O surgimento dos transportes se deu pela necessidade do povo expandir em seu território, uma vez que a história mundial registra a existência de uma estreita relação entre o processo de ocupação de um território e o da constituição de usar vias de transportes. Foram surgidos diferentes tipos de transportes mediante as necessidades econômicas sociais de cada época bem como o avanço tecnológico.
Nos primórdios da antiguidade o homem descobriu que podia montar e se transporta por intermédio de animais, mas o primeiro meio de transporte criado foi o marítimo, o transporte à vela, pois com o uso do vento conseguiria deslocar mercadorias e pessoas a grandes distâncias.
E isso durou por muito tempo em Pernambuco até que em 1841 o Inglês Tomaz substituiu a montaria de animais por carroças com rodas, conhecidas por diligências (ainda sim puxadas por cavalos). Essas diligências só foram substituídas em 1867 pelas maxambombas e em 1871 e os bondes de burros. As maxambombas eram pequenas locomotivas a vapor com três vagões para passageiros. 
O avanço da mercantilização da economia, em meados do século XIX, mostrou a necessidade de uma verdadeira revolução nos transportes. O sistema de canais, o transporte rodoviário, a navegação marítima insuficiente, a ferrovia surgiu e se consolidou como meio de transporte.
Acontecendo em Pernambuco no sistema ferroviário a conta com 1.009 km, em bitola métrica.
De acordo com estudo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, existem 38 produtos na região, que podem ser transportados por ferrovia. Por  isso, o planejamento estratégico da empresa inclui a construção de mais um tronco de 523 km (Ferrovia Transnordestina) e a reativação da hidrovia do São Francisco.
Os meios de transportes precisaram avançar, surgindo a partir final de 1960 em todo país a fase de transportes. Em 1982, foi criado o Consórcio Metrorec – constituído pela Rede Ferroviária Federal S/A e pela Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU, atualmente extinta) – que deu início, em janeiro de 1983, à construção do Metrô do Recife. 
Nos tempos atuais, há uma nova necessidade de locomoção por parte da população mais rápida, leve e não poluente que segundo a utilização da bicicleta como forma de transporte passou a ser uma das metas da Organização Mundial da Saúde.
Diante da preocupação com o sistema de transportes mais eficiente, os governantes propuseram a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que institui as diretrizes da política de mobilidade urbana, tem íntima relação com o Estatuto das Cidades (Lei 10.257/2001). 
SITUAÇÃO DAS VIAS DE TRANPORTE
O sistema de transportes de Pernambuco conta com o rodoviário, ferroviário um pequeno trecho navegável do rio São Francisco e os portos marítimos de Recife e Suape.
3.1 SISTEMA RODOVIÁRIO
No sistema rodoviario as principais vias federais que cortam o Estado são as BR's 101, 104, 116, 122, 232 e 407.
As BR's 101, 104, 116 e 122 cortam o Estado de Norte a Sul, desde a divisa com a Paraíba até a divisa com Alagoas. A  BR-101,  com  200 km  no Estado, passa por Goiana, Recife, Cabo, Escada e Palmares.A  BR-104,  com  149 km  de extensão no Estado, tem Caruaru como um dos principais pontos de passagem. A  BR-116,  com  95 km  de extensão no Estado, passa por Salgueiro e a BR-122, com 306 km, passa por Ouricuri e Petrolina. A BR-232 atravessa o Estado de leste a oeste, passando por Recife, Caruaru, Serra Talhada, Salgueiro, Ouricuri e Araripina.No âmbito do Programa de Concessões de Rodovias Federais do DNER, em sua 2ª etapa, pretende-se licitar ainda este ano a BR-232 - trecho Recife - Caruaru com 129 km. A BR-407 é a principal ligação da região de Petrolina com o estado do Piauí.
O sistema ferroviário de Pernambuco conta com 1.009 km, em bitola métrica, assim subdivididos:
 	
LINHA              TRECHO              EXT.
Tronco Sul   Recife - Div.PE/AL    287 km
Tr. Centro    Recife - Salgueiro      608 km
Tr. Norte      Recife - Div.PE/PB    114 km
De acordo com estudo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, existem 38 produtos na região, que podem ser transportados por ferrovia.
Para se tornar lucrativa, a CFN terá de transportar volume de carga muito superior ao atual. Por  isso, o planejamento estratégico da empresa inclui a construção de mais um tronco de 523 km (Ferrovia Transnordestina) e a reativação da hidrovia do São Francisco.
3.1.1 A FERROVIA TRANSNORDESTINA
O 1º e mais extenso trecho, com 231 km, liga a Hidrovia do São Francisco em Petrolina, até Salgueiro. Esta ligação permitiria formar  dois corredores:
Rio São Francisco/Petrolina/Recife - corredor de exportação Oeste-Leste
Petrolina/Sertão Cearense/Fortaleza - corredor do interior Norte-Sul
O 2º trecho, Missão Velha - Salgueiro, com 113 km, completa o corredor central, viabilizando a interligação do Rio São Francisco com o sertão do Cariri e à cidade de Fortaleza.
O 3º trecho, Crateús - Piquet Carneiro com 179 km de extensão, desenvolve-se no estado do Ceará. Caso concluído, formaria um corredor de São Luís a Recife evitando a necessidade das cargas de São Luís com destino a Recife, ou vice-versa, de obrigatoriamente circularem em Fortaleza, melhorando assim o desempenho da ligação entre as capitais.
 
Os estudos de implantação destes três trechos da ferrovia prevêem a construção inicial dos dois trechos de Petrolina a Salgueiro e Salgueiro a Missão-Velha e o terceiro trecho de Crateús-Piquet Carneiro deverá ter primeiro a realização de um estudo de viabilidade técnica e econômica para a posterior decisão de construção.
 
3.2 SISTEMA PORTUÁRIO
O objetivo deste projeto é criar infra-estrutura para atração de investimentos privados e o consequente desenvolvimento sócio-econômico do Estado, destacando-se os seguintes benefícios:geração de empregos durante e após a execução das obras; geração de impostos federais, estaduais e municipais; redução do transporte de carga rodoviária nas regiões metropolitanas, principalmente na cidade do Recife
4.0 O PAPEL DO ENGENHEIRO CIVIL NA ÁREA DE TRANSPORTES
A engenharia de transportes é um ramo relativamente novo na engenharia civil, que se torna cada vez mais importante e fundamental nos centros urbanos, onde a densidade demográfica é elevada, demandando, assim, um sistema integrado de transportes coletivos, que viabilize o trânsito da região. Portanto, compete ao engenheiro da área de transportes enfrentar e propor soluções para os problemas de tráfego, seja ele rodoviário, ferroviário, metroviário ou de qualquer outro modal.
Segundo o ITE – Institute of Transportation Engineers, engenharia de transportes pode ser definida como sendo a aplicação de princípios tecnológicos e científicos ao planejamento, projeto funcional, operação, administração e gerenciamento de instalações para qualquer modo de transporte de forma que permita a movimentação de pessoas e bens de modo seguro, rápido, confortável, conveniente e econômico com um mínimo de interferência com o meio ambiente natural.
O principal objetivo da engenharia de transportes é descobrir a melhor combinação possível dos equipamentos (veículos, vias, terminais, etc.) e de formas alternativas para sua operação numa determinada região. Se esta região for limitada, como por exemplo, no movimento de minério de uma mina para um porto, o problema é relativamente simples. Porém, a engenharia de transportes costuma lidar com vastas regiões geográficas e movimentos de pessoas e cargas com finalidades diferentes. Um exemplo típico é planejar o desenvolvimento do sistema de transportes de uma região metropolitana.
A área de transportes é uma área de estudo multidisciplinar que se utiliza de conceitos e técnicas extraídos de diversos campos do conhecimento, como Economia, Geografia, Sociologia e Psicologia. Além do conjunto de conhecimentos utilizados na engenharia civil. Muitas vezes, existe uma confusão entre engenharia de tráfego e engenharia de transportes, sendo a primeira uma especialidade da segunda, que lida com o planejamento e projeto geométrico viário, terminais e áreas adjacentes, com o controle de tráfego de veículos nestes locais e com a sua interação com outras modalidades de transportes.
Definir o engenheiro de transportes é complicado, pois engenheiros de variadas áreas consideram-se engenheiros de transportes. Têm-se os engenheiros civis, que por estarem envolvidos no projeto de componentes dos sistemas de transportes podem ser classificados como engenheiros de transportes. Existem engenheiros mecânicos, aeronáuticos e navais que também se consideram engenheiros de transportes devido ao tipo de atividades que exercem. E ainda engenheiros eletrônicos ou de computação que, por estarem envolvidos no controle dos veículos e no projeto e operação dos veículos e no projeto e operação de sistemas de comunicação entre veículos, poderiam ser considerados engenheiros de transportes da mesma forma. Entretanto, é importante salientar que existem outros profissionais envolvidos nas atividades desenvolvidas na área de transportes, como arquitetos, economistas, entre outros.
Cabe ao engenheiro civil que trabalha nessa área:
Planejamento, projeto e construção de: rodovias; ferrovias; metrôs; sistemas viários urbanos; aeroportos; portos; canais navegáveis; etc.
Planejamento de sistemas de transportes intermodais;
Tráfego urbano e sinalização de trânsito;
Economia dos transportes;
Logística e gerenciamento dos transportes;
Planejar e operar sistemas urbanos e interurbanos de passageiros. 
O mercado de trabalho para engenheiros da área de transportes podem ser resumidos em:
Iniciativa privada: consultoria e assessoria; construtoras de componentes de sistemas de transportes; laboratórios de empresas particulares ou prestação de serviços; empresas fornecedoras ou exploradoras de materiais; empresas transportadoras; empresas de logística em geral; etc.
Serviço público federal, estadual e municipal: órgãos gestores ou do setor de planejamento em geral; departamentos ou agências de transportes; companhias de transportes e tráfego; etc.
Ensino e pesquisa: universidades no geral; institutos federais – IF’s; institutos de pesquisa da área de transportes; etc.
Todas as áreas da engenharia possuem normas específicas. Segue abaixo algumas utilizadas na área de transportes, no que diz respeito à mobilidade:
NBR14021 – Transportes - Acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitano.
NBR15208 – Aeroportos - Veículo autopropelido para embarque/desembarque de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida - Requisitos.
NBR15646 – Acessibilidade - Plataforma elevatória veicular e rampa de acesso veicular para acessibilidade em veículos com características urbanas para o transporte coletivo de passageiros - Requisitos de desempenho, projeto, instalação e manutenção. 
NBR15320/05 – Acessibilidade à pessoa com deficiência no transporte rodoviário.
5- A SITUAÇÃO ATUAL DA DO SISTEMA RODOVIÁRIO DO RECIFE
A frota veicular da cidade do Recife, segundo dados do Detran, é de 652.513 veículos, onde aproximadamente 400 mil são automóveis, 88 mil são transportes de cargas (caminhões, caminhonetes e caminhonetas), 7 mil são de ônibus e microonibus e 131 mil de motos, motocicletas e monotenas. O estado de Pernambuco chega a ter uma frota de 2.575.181 veículos e a Região Metropolitana do Recife, 1.216.229 veículos.
Em 2004, a frota recifense era de 384.651 veículos, o que representa um aumento de cerca de 265 mil veículos em 10 anos. Este forte aumento tem causado uma pressão no sistema viário, causando constate saturação das vias.
5.1 O SISTEMA ESTRUTURAL INTEGRADO – SEI
Na Região Metropolitana do Recife, existe uma rede de transporte público que é composta por terminais com linhas de ônibus e metrô. Esta rede é o Sistema Estrutural Integrado, conhecido como SEI, que oferece uma variedade de ligações entre o local de partida e o destino. Estas ligações são proporcionadas pelos terminais, que unem todas as linhas e que ficam situados no cruzamento entre os eixos radiais e perimetrais, que compõem a configuração espacial do SEI. Nos terminais, os usuários podem trocar de linhas sem pagar tarifas. Além disso, os terminais são fechados e equipados com lanchonetes. 
Existem 10 empresas operadoras e 185 linhas, utilizadas por 10 municípios da Região Metropolitana do Recife. Cada linha recebe uma cor da bandeira do estado de acordo com sua principal função, para facilitar a visualização. As linhas são divididas em: 123 linhas alimentadoras com a cor amarela, responsáveis por trazer os usuários do subúrbio até o terminal, 3 linhas perimetrais com a cor vermelha, que cruzam os grandes corredores porém não percorrem o centro da cidade, 16 linhas interterminais com a cor verde, que levam o usuário de um terminal ao outro e 11 linhas circulares com a cor branca, que deslocam os usuários até áreas do entorno do terminal. Ainda existem 6 transversais, 24 troncais e as radiais com a cor azul que levam os usuários dos terminais até o centro da cidade. 
Entre os Terminais Integrados da Região Metropolitana do Recife, estão os Terminais de Joana Bezerra, Afogados, Barro, Cavaleiro, Jaboatão, Camaragibe, Macaxeira, Igarassu, Pelópidas Sileira, Cabo, Cajueiro Seco, Tancredo Neves, PE-15, TIP e Caxangá. 
O sistema de integrações tem trazido benefícios, porém estas vantagens têm ocorrido principalmente nas tarifas, uma vez que a estrutura física e o sistema operacional têm falhado. As integrações estão constantemente com grandes filas e lotadas de pessoas, atrasando os passageiros, que já sofrem com os atrasos causados pelos engarrafamentos e pela espera.
6.2 PESQUISA TOMTOM
No dia 4 de junho de 2014, a empresa de Tráfico TomTom, publicou mais um Índice de Trânsito global e pela primeira vez, um índice exclusivo do Brasil. O índice mostra queno mundo inteiro, o trânsito vem aumentando e os percursos estão cada vez mais demorados, chegando a aumentar em 50% a duração dos deslocamentos. Além disso, observou-se que os piores congestionamentos estão nas vias secundárias e não nas principais, e que o tempo gasto pelos motoristas de todo o mundo no trânsito chegaria a oito dias úteis presos em engarrafamentos. O índice comprova que no Brasil, os congestionamentos são uma realidade do dia a dia.Observou-se que nas manhãs de segunda-feira e nas tardes de sextas-feiras ocorrem os maiores índices de transito nas estradas, enquanto em outros países, os dias mais congestionados, geralmente, são as quartas-feiras. 
O índice brasileiro divulgado pela TomTom incluía as noves maiores capitais brasileiras, e revelou que Recife tem o maior índice de trânsito engarrafado do país. Com 60% das vias congestionadas em horário de pico, a capital pernambucana foi a vencedora nacional.Segundo a TomTom, o índice expressa uma comparação entre a quantidade de ruas existentes e quantidade de ruas congestionadas, não levando em conta a extensão e sim a densidade. Os dados foram coletados pelo GPS da empresa e são baseados em informações dos últimos anos.
	1
	Recife
	60%
	6
	Belo Horizonte
	42%
	
	2
	Salvador
	59%
	7
	Porto Alegre
	38%
	
	3
	Rio de Janeiro
	55%
	8
	Curitiba
	34%
	
	4
	Fortaleza
	48%
	9
	Brasília
	27%
	
	5
	São Paulo
	46%
	
	
	
5.3 SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO
O Serviço de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife é composto pelo Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP) com um total 395 linhas e gerido pelo Consórcio Grande Recife, o Sistema de Transporte Complementar de Passageiros do Recife (STCP) com 23 linhas e gerido pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) da Prefeitura do Recife e o Sistema de Transporte de Passageiros Sobre Trilhos da Região Metropolitana do Recife (STPST-RMR), administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU, através da Superintendência de Trens Urbanos do Recife – METROREC. 
Existem 372 linhas geridas pelo Consórcio Grande Recife, das 395 do STPP, 377 linhas transitam dentro da cidade do Recife (95,4% do total do STPP), 281 linhas acessam ao centro expandido do Recife (74,5% do total de linhas que transitam no Recife).
Através da implantação do Sistema Estrutural Integrado – SEI, o Consórcio Grande Recife tem promovido, paulatinamente, a integração entre o STPST-RMR, o STPP-RMR e o STCP-Recife. 
Em relação a distribuição das linhas pela cidade do Recife, observa-se uma malha do STPP descontínua e concêntrica, havendo grande densidade no centro devido a lógica “origem-destino” que prioriza o centro expandido. O SEI busca uma homogeneização do sistema, diferindo da lógica “origem-destino”, visando uma maior integração com as periferias e uma malha policêntrica contínua. A distribuição da malha em relação a distribuição de renda revela que as áreas de maior concentração de linhas do STPP coincidem com as áreas em que a população possui uma maior renda. Considerando a densidade populacional e distribuição da malha, observa-se que as áreas de baixas densidades de linha estão nas áreas de altos índices de densidade populacional. As áreas de grande densidade populacional são as que mais possuem restrições ao acesso de linhas do STPP. Observa-se também uma baixa densidade do STPP em áreas com barreiras naturais transponíveis e em função de grandes equipamentos urbanos.
Os principais corredores da cidade do Recife são classificados em níveis chamados de Zonas Especiais de Desenvolvimento Econômico (ZEDE Eixo). As ZEDE Eixo são as vias de importância econômica e infraestrutural que coportam o sistema de transportes recifense, estando dividias em: ZEDE Eixo Principal, composta pelos eixos viários com capacidade para a instalação de vias exclusivas para o sistema de transporte (Ex: Abdias de Carvalho e Avenida Norte) , ZEDE Eixo Secundário, composta pelas vias importantes para o sistema de transporte municipal que também possuem capacidade de implantação de faixas exclusivas para o sistema de transportes (Ex: Av. 17 de Agosto , Rua 48/João de Barros), e a ZEDE Eixo Local que são vias que distribuem o sistema de transportes nos bairros
Entre os diversos problemas do sistema de transportes recifense, um dos mais graves e presente em toda a cidade é o congestionamento. Algumas razões que acarretam esta situação são: aumento de unidades habitacionais destinadas à população que utilizam automóveis particulares, atividades que concentram o tráfego para determinadas vias, a própria infraestrutura da cidade e a concentração dos investimentos públicos municipais concentrados em intervenções viárias que privilegiam o transporte individual em detrimento do transporte público. O Recife convive com a maior parte de seus principais eixos viários saturados e com um sistema subutilizado de transporte público. 
6- PROBLEMAS RELACIONADOS AO SEI 
Atualmente na Região Metropolitana do Recife cerca de 2 milhões de pessoas utilizam o sistema de transporte público, administrado pelo Consórcio Grande Recife. São 390 linhas, 3 mil ônibus, que fazem aproximadamente 26 mil viagens diariamente.
Apesar do SEI ser um projeto inovador e eficiente necessita de uma estrutura fundamentada para funcionar corretamente, levando maior comodidade a população dependente do transporte público. Porém isso na prática não acontece, o sistema de transporte enfrenta três principais problemas: a dificuldade na mobilidade urbana da Região Metropolitana do Recife, a quantidade de ônibus que não satisfaz a demanda de usuários, a desorganização nos terminas integrados. 
6.1 A DIFICULDADE NA MOBILIDADE URBANA NO RECIFE
A combinação de um transporte público de má qualidade e os incentivos para vendas de automóveis ofertados pelo governo, como: facilidade para realização de financiamentos e reduções de impostos para indústrias automobilísticas, a exemplo da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que ocorreu em 2008, fez com que a compra de carros particulares crescesse, aumentando assim o número de veículos nas ruas, acarretando em engarrafamentos. Estudos realizados pelo DENATRAN (Departamento Nacional de transito) mostram que nas grandes capitais brasileiras o número de veículos circulando nas ruas cresceu aproximadamente 1,5 vezes nos últimos 10 anos. Recife não está fora desta realidade, algumas das maiores dificuldades que o usuário de transporte público enfrenta para chegar ao seu destino são os atrasos nas linhas de ônibus e os congestionamentos, fatos que sofrem considerável piora nos horários de pico. A cada dia as filas de engarrafamento nas principais vias da Região Metropolitana só parece aumentar. E o deslocamento do usuário de transporte público se torna um transtorno cada vez maior, pois quando os ônibus entram nas grandes filas de veículos, os passageiros precisam enfrentar o grande desconforto desse tipo de transporte e a lentidão dos veículos. A população termina sendo obrigada a levar um tempo muito maior que o necessário para chegar até os seus destinos.
6.1 QUANTIDADE DE ÔNIBUS QUE NÃO SATISFAZ A DEMANDA 
Segundo o Artigo 28, item I do regulamento da STPP/RMR, disponibilizado pelo Consórcio Grande Recife. As empresas devem facilitar o embarque ou desembarque do usuário, não permanecendo nos degraus ou áreas próximas as portas do veículo.
Porém, como as imagens mostram o regulamento não é levado em consideração. Os passageiros precisam enfrenar essa super lotação na grande maioria das linhas de ônibus nos horários de pico, e muitas vezes correr riscos de vida para conseguir se deslocar.
Devido a linhas que não suprem a necessidade da população, os usuários precisam enfrentar desconforto, lotação, insegurança, condições de transportes que em determinadas situações chegam a ser desumanas.
6.3 DENSIDADE DA MALHA URBANA 
Segundo o Plano de Mobilidade Urbana elaborado da prefeitura do Recife, conforme se podeobservar a partir do mapa de densidade de linhas, há a conformação de um sistema predominantemente concêntrico, com baixa densidade de linhas nas periferias.
O que acontece é uma baixa demanda de linhas que levam os usuários do subúrbio para os terminais e vice-versa. Acarretando numa sobrecarga do sistema, principalmente nos horários de pico. 
DENSIDADE DE LINHA E RENDA:
 
A relação entre a densidade de linhas e a distribuição da renda da população indica, aparentemente, uma situação paradoxal, coincidindo as áreas de renda mais elevada com aquelas de maior concentração de linhas do Serviço de Transporte Público de Passageiros – STPP. 
 A relação entre a densidade de linhas e a distribuição da renda indica, na verdade, que a população mais pobre demanda seus deslocamentos para as áreas mais abastadas, portanto, para oportunidades de acesso ao trabalho e à renda. 
DENSIDADES DE LINHAS E DENSIDADE DA POPULAÇÃO:
As áreas de baixa densidade de linhas indicam a maior probabilidade de se estar mais distante do transporte público de passageiros. 
Aqui, a sobreposição aponta para uma predominância de baixas densidades de linha onde incidem elevadas densidades populacionais. 
Observe-se, por exemplo, os morros da zona norte e da zona sul, com significativa densidade populacional e com maior probabilidade de restrições ao deslocamento, de se acessar, portanto, ao Sistema de Transporte Público de Passageiros – STPP.
De modo geral, a maioria das linhas de ônibus não atende a necessidade da população, poucos ônibus para muitos passageiros. As empresas que são as responsáveis pela prestação do serviço a população, não tomam atitudes eficazes pare que o transtorno dos usuários diminua. Enquanto a população totalmente dependente do transporte público, precisa se arriscar para se deslocar todos os dias.
3-A desorganização nos terminais integrados:
Segundo o Regulamento do STPP/RMR, artigo 31. Termo III, é direito do usuário de transporte público: ser transportado até o destino final com segurança.
As imagens refletem que o regulamento elaborado pelo Grande Recife Consórcio é desrespeitado todos os dias, devido a falta de fiscalização e de organização nos terminais integrados. 
Uma das principais queixas dos passageiros, são as grandes filas que se formam nos terminais, e que devido muitas vezes a falta de funcionários do Consórcio, responsáveis pela fiscalização. As filas são desrespeitadas, ocorrendo tumultos para conseguir entrar no ônibus. 
Não há dúvidas de que o SEI é um modelo de transporte competente, mas o que acontece em Recife e na Região Metropolitana é uma falta de planejamento das empresas responsáveis pelas linhas de ônibus, do consórcio Grande Recife e do governo. A empresa de ônibus que não investem na melhoria do serviço nem no aumento da frota, o Consórcio muitas vezes não cobra a falha das empresas e o governo que não toma atitudes eficazes pra melhorar a mobilidade urbana. 
POSSIVEIS SOLUÇÕES 
O caos que hoje a mobilidade urbana vive pode ser atribuído a dois fatores, o primeiro deles a falta de planejamento urbano e as práticas facilitadoras de melhoria do transporte individual em detrimento do coletivo. Construção de novas vias, alargamento de viadutos para melhoria da circulação de automóveis são exemplos dessa prática. 
A possível solução ou pelo menos, para amenizar tal problemática, passa sem dúvida no forte investimento no setor de transporte público para que cada vez mais os usuários do transporte individual possam se tornar adeptos das práticas coletivas. 
Serviços como o Bilhete Único já chamam atenção daqueles não adeptos ao sistema coletivo. É preciso também, aumentar a velocidade dos transportes, pois assim, serão veículos a mais em circulação. O aumento da malha de pista exclusiva traz uma agilidade à condução. 
BRT- Bus Rapid Transit
Depois de 40 anos de jejum em investimentos na mobilidade na Região Metropolitana do Recife, a construção de dois corredores com o sistema Bus Rapid Transit (BRT) encheu de expectativas os usuários do sistema de transporte público. Dividido em dois corredores, o sistema tem por principal objeto a agilidade no transporte de um elevado número de usuários. 
BRT- Corredor Leste/Oeste
O Corredor Leste-Oeste possui 12 km de extensão com um investimento total previsto de R$ 99 milhões, sendo R$ 11 milhões direcionados para a construção dos terminais. Esse sistema permite o deslocamento entre as regiões leste e centro da Região Metropolitana de Recife (RMR). Os municípios a serem contemplados com a obra são os seguintes: São Lourenço da Mata, Camaragibe e a capital Recife.
 
Fonte: Projeto de Mobilidade Urbana do Recife 2014.
BRT Norte/Sul
O Corredor Norte-Sul possui uma extensão de 33 km e contempla os municípios de Igarassu, Ilha de Itamaracá,Itapissuma, Araçoiaba, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife. Além desses atende o acesso a importantes polos de atração de viagens, tais como: hotéis, aeroporto, as estações ferroviária e do metrô, além de alternativas possíveis de deslocamento na rede do Sistema Estrutural Integrado (SEI).
O investimento total na construção do Corredor Norte-Sul foi de ordem de R$ 180 milhões, R$ 12 milhões foram utilizados para a construção dos terminais, sendo um terminal novo e a reforma/adaptação de outros três para operação do sistema BRT. O projeto contempla a construção de 31 estações ao longo do percurso, estas, serão espaçadas a cada 500 metros. 
SITUAÇÃO ATUAL DO BRT
Em decorrência do atraso nas obras a operação está em caráter de limitação. E dos 300 mil passageiros diários previstos para os dois corredores, somente 10% tiveram o privilégio de usufruir do modelo.
O sistema, que começou com três estações no corredor Leste/Oeste, opera com 10 das 27 paradas previstas. Já o Norte/Sul, começou com uma e atualmente está com quatro das 28 estações que permaneceram no projeto.
Os corredores de BRT do Recife, previstos para serem entregues entre dezembro do ano passado e março de 2014, podem ser finalizados até o fim do ano. O ritmo das obras é lento, as faixas, que deveriam ser segregadas, permanecem coletivas e não há sinal da obra de urbanização da rodovia PE-15. 
Não basta entregar a obra. Para ter o padrão de BRT, o corredor deve atender a requisitos essenciais para tornar o sistema eficiente. Além da estação nivelada com o piso do ônibus e o pagamento antecipado, quanto menos intervenções no corredor melhor. 
TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DA MOBILIDADE URBANA
A criação de uma rede de sensores que identifica problemas com semáforos, alagamentos e vias congestionadas. A solução possibilitaria à engenharia de tráfego do município intervir em tempo real no trânsito para criar rotas alternativas.
 Sensores instalados em pontos fixos da malha viária da cidade e também em objetos móveis, como os veículos dos órgãos municipais de trânsito que circulam pela cidade. Isso daria maior alcance ao monitoramento das autoridades competentes.
Uma central para receber todas as informações coletadas por meio da rede de sensores e as transmitir em tempo real. Nesse local trabalhariam técnicos que teria subsídios para solucionar os problemas não havendo assim uma interrupção no fluxo das principais vias. 
Finanças
A criação de pedágios para um controle na quantidade de veículos nas principais vias traria não só uma solução mais um investimento. A solução não se trata da criação de um imposto, mas de uma tarifa por uso paga quem quiser trafegar de carro pelas vias pedagiadas. A adoção desse sistema traria receita para subsidiar ainda mais o transporte coletivo e seria uma medida que traria resultados de curto prazo e já conhecidos.
Política de garagens privadas e proibição de veículos estacionados em vias públicas. Com isso, seria possível criar mais faixas exclusivas para o transporte coletivo, aumentando a eficiência e criando condições de tarifas menores. 
Projeto Ciclofaixa Recife 
O projeto CicloFaixa Recife é uma iniciativa da Prefeitura do Recife em parceria com o Banco Itaú e aSerttel.
Este projeto visa incentivar as pessoas a se deslocarem em bicicletas para distâncias de pequeno percurso, a fim de contribuir com a mobilidade das pessoas. As bicicletas do CicloFaixa Recife estão disponíveis em vários pontos da Cidade. O Projeto é composto de Quiosques na Ciclofaixa, onde é prestados serviços de assistência mecânica, apoio informativo ao Ciclista, oferta de Squeezes estação Virtual de compartilhamento de Bikes. 
Objetivos do Projeto:
Introduzir a Bicicleta como modal de Transporte Público saudável e não poluente;
Combater o sedentarismo da população e promover a prática de hábitos saudáveis;
Reduzir os engarrafamentos e a poluição ambiental nas áreas centrais das cidades;
Promover a humanizãção do ambiente urbano e a responsabilidade social das pessoas
AGAMENON
A Avenida Agamenon Magalhães talvez tenha sido a via urbana do Recife que mais recebeu projetos para redesenhar o seu sistema viário. O mais polêmico foi o dos quatro viadutos previstos para facilitar a passagem em nível do BRT em 2012. Antes disso, já haviam sido cogitados sete viadutos na década de 1970 e ainda o projeto do urbanista Jaime Lerner, que desenhou um elevado passando do cima do canal para separar o transporte público do trânsito comum. E quando nenhum desses emplacou, houve ainda o projeto do ramal da Agamenon, um dos braços do corredor Norte/Sul. O fato é que 2014 está chegando ao fim sem sinal de obras do BRT na avenida.
O sistema chegou a ser licitado em 2013, mas as intervenções acabaram suspensas. A obra de R$ 96 milhões seria custeada pelo estado, que decidiu aproveitar recursos do PAC e aguarda aprovação da Caixa. A expectativa da Secretaria das Cidades é de retomada em outubro, mas há agora outra questão sobre a via. Urbanistas se perguntam o que é melhor – enquanto cidade inclusiva e sustentável – para a principal avenida da cidade.
A Agamenon é uma perimetral estratégica por ligar o Recife de Norte a Sul e Leste a Oeste. Também é passagem para municípios vizinhos e comporta frota maior do que muitas cidades – 79 mil veículos/dia. Para a arquiteta e urbanista Vitória Andrade, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PE), a avenida perdeu a sua principal característica de ser interbairros e passou a ser uma via de passagem.
“Acredito que o projeto do Arco Metropolitano (rodovia paralela à BR-101) vai ser importante para reduzir a carga da Agamenon. Grande parte do trânsito é de outros municípios que apenas passam por ela.” Uma das preocupações do presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Roberto Montezuma, está com a articulação da via com o restante da cidade. “Ela tem uma qualidade paisagística real. Mas precisa de calçadas com padrão internacional, iluminação e articulação com o projeto do Parque Capibaribe”.
O ramal do BRT terá corredor exclusivo ao lado do canal. Estão previstas nove estações próximas a semáforos para facilitar a passagem do pedestre. “Serão substituídas as placas de concreto que deram problemas”, informou o secretário-executivo de mobilidade, Gustavo Gurgel. “Essa solução merece debate profundo, pois cria uma barreira do Centro expandido com o resto da cidade”, ressaltou Montezuma.
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