Movimento Popular de Bairro

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Movimento Popular de Bairro
Sendo o Movimento Social segundo Ammann, uma ação coletiva de caráter contestador, no âmbito das relações sociais, objetivando a transformação ou a preservação da ordem estabelecida na sociedade, podemos considerar o Movimento Popular de Bairro como um legítimo movimento social, pois contesta o sistema explorador vigente reivindicando bens e serviços na área de consumo coletivo, desenvolvem trabalhos sociais de mobilização, organização, avaliação, que contribuem para a conscientização e politização das classes trabalhadoras. É um movimento que luta por garantia de direitos, que podem ser transformadas em políticas públicas permanentes, e de uso coletivo. A questão central do movimento popular de bairro é basicamente construir um novo formato de atuação das organizações da sociedade civil organizada que luta por melhorias e condições de vida da população, e contra o controle ideológico das classes dominantes.
Este movimento tem como características, a preocupação com problemas de consumo coletivo; conscientização para a força da organização; fiscalizador e contestador das ações do estado e defesa dos direitos dos moradores. Existe o apoio ao governo e o governo por sua vez, apoia a todos os setores que estão em situação precária, mas os movimentos tem consciência de que o Estado não é seu aliado, mas sim seu opositor. Declaram expressamente ser autônomos em relação aos Partidos Políticos, como consta em seus estatutos. Mas o que não impede de ter seu representante para defender seus direitos e conquistar o povo.
O Movimento Popular de Bairro luta por melhorias das condições de vida, segurança pública, assistência social, transporte, cultura e lazer, e principalmente debates políticos abrangentes, como forma de propor ao Estado políticas públicas e projetos que estejam baseadas na realidade do bairro e que possam de fato ser efetivas.
O movimento que trouxemos como exemplo foi o movimento da Rocinha sem fronteiras, que apoiado pelo antigo rival o morro do Vidigal lutam contra a implantação de um teleférico na Rocinha. O movimento se configura como Movimento Popular De Bairro, pois apresenta características do movimento, contesta uma ação do Estado quando questiona e reprova a instalação do teleférico e reivindicam bens e serviços para o consumo coletivo, como saneamento básico, saúde, educação, dentre outros. A desapropriação de algumas famílias que tem suas moradias no entorno das futuras estações também faz parta das reivindicações do movimento.
Dessa forma, pode-se perceber que o Movimento de Bairro, não se limita à solução de problemas imediatos. Existe uma consciência, não só da pobreza, mas da condição de exploração e espoliação a que os trabalhadores são submetidos, e um comprometimento em defender seus direitos e buscar objetivos mais amplos.