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ANGIOSPERMAS angiospermas (do grego angio = vaso, sperma= semente) Paullinia cupana Tabebuia chrysotricha Helianthus annuusNymphaea sp. As angiospermas, plantas cujas sementes ficam encerradas no interior de um ovário transformado em fruto, são comumente chamadas de plantas com flores. - Origem: Cretáceo Inferior, ca. 136 m.a. - Ocorrência: todas as latitudes, com domínio em todas as formações vegetais, exceto nas tundras e nas florestas de coníferas. - Grupo monofilético O avanço evolutivo das angiospermas em relação às gimnospermas envolveu mudanças vegetativas e reprodutivas 1) órgãos de reprodução não mais reunidos em estróbilos, mas sim em flores (eixo caulinar curto com folhas modificadas em sépalas e pétalas), dispostas em torno de microsporófilos (estames) e megasporófilos (carpelos). 2) óvulos e sementes não mais expostos ao ar e sim incluídos num ovário que se desenvolve em fruto; 3) óvulo com, geralmente, 2 tegumentos (bitegumentado); 4) redução drástica do gametófito feminino, denominado saco embrionário, com apenas 7 células octonucleadas (nas angiospermas); a oosfera, duas sinérgides, três antípodas e uma grande célula central, o mesocisto, com dois núcleos (núcleos polares). 5) grão de pólen pousando não mais na micrópila do óvulo, mas no estigma da flor, região receptiva, especializada; 6) dupla fecundação – uma das células espermáticas do microgametófito se funde com a oosfera formando o zigoto diplóide e a outra, com a célula central do saco embrionário formando o endosperma triplóide. Flores primitivas ou Plesiomórficas: 2 teorias Teoria do Pseudanto Segundo Wettstein (1907), as flores mais primitivas para as angiospermas eram pequenas, unissexuais e anemófilas. Tal posição foi aceita pela escola Engleriana e está expressa, por exemplo, na classificação adotada no livro de Joly (1987). Teoria euantial ou antostrobilar Proposta por Arber e Parkin em 1907, considera a flor primitiva como possuindo numerosas partes livres, incluindo cálice, corola, androceu e gineceu, distribuídos espiraladamente sobre um receptáculo alongado, perianto vistoso e polinização entomófila. As Magnoliales viventes representam os protótipos desse tipo mais primitivo e tal teoria forma a base para vários sistemas de classificação atuais, como o proposto por Cronquist (1988). A partir do modelo de flor primitiva, as tendências evolutivas gerais se deram nos seguintes sentidos: • redução do número de elementos • disposição espiralada dos elementos, passando à disposição cíclica • tépalas indiferenciadas passando à diferenciação de cálice e corola • adnação e união dos elementos • mudança de simetria da flor de actinomorfa para zigomorfa • formação de hipanto que, gradualmente, se funde ao ovário, com passagem do ovário súpero para ovário ínfero • reunião de flores em inflorescências. Cronquist (1988) A figura acima (modificada de Cronquist, (1998) mostra as relações de parentesco entre as subclasses da classe Magnoliopsida. O tamanho dos balões é proporcional ao número de espécies por subclasse. Divisão Magnoliophyta-Angiospermae Classe Magnoliopsida (dicotiledôneas) Classe Liliopsida (monocotiledôneas) Classe Magnoliopsida APG II (Angiosperm Phylogeny Group II, 2003) 462 famílias, 45 ordens e 55 famílias com circunscrição possível de ser alterada. Angiospermas Angiospermas basais Monocotiledôneas Eudicotiledôneas Eudicotiledôneas nucleares Rosídeas (Eurosídeas I e Eurosídeas II) Asterídeas (Euasterídeas I e Euasterídeas II) ANGIOSPERMAS – APG III Há cerca de 300.000 espécies de angiospermas reconhecidas. As 9 autapomorfias que sustentam o clado (Doyle e Donoghue 1986, 1989; Crane 1985) são: Saco embrionário Endosperma parede do megásporo fina; redução do gametófito feminino ou megagametófito a 7 ou 16 células (saco embrionário); dupla fecundação com a formação do endosperma; região estigmática onde ocorre a germinação do grão de pólen; Região estigmática gametófito masculino reduzido com 3 células; estames com 2 pares laterais de sacos polínicos; Sacos polínicos - antera endotécio hipodermal na antera; Endotécio (antera) Estrutura da parede do pólen pólen com ectexina columelada; elementos de tubo crivado e células companheiras derivadas das mesmas células iniciais. Células companheiras - - - - - Caracteres plesiomórficos e apomórficos Carpelos livres (gineceu apocárpico) Carpelos únicos (gineceu sincárpico) PLESIOMÓRFICOS APOMÓRFICOS Tropical Temperado Lenhoso Lianas e herbáceas Terrestre Aquática, parasita Estípula presente Estípula ausente Folhas espiraladas Folhas verticiladas Folhas simples Folhas compostas Flores solitárias Inflorescências Partes florais espiraladas Partes florais verticiladas Flores diclamídeas Flores monoclamídeas Pétalas livres (dialipétalas) Pétalas unidas (gamopétalas) Flor actinomorfa Flor zigomorfa Flor hipógina e epígena Flor perígena Muitos estames Poucos estames Estames laminares Estames diferenciados em antera, filete e conectivo Estames livres Estames unidos Pólen uniaperturado Pólen tri ou poliaperturado Muitos carpelos Poucos carpelos Flores díclinas Flores díclinas
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