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CONTABILIDADE E GESTÃO TRIBUTÁRIA I - GST0084 Semana Aula: 5 Imposto de Renda e Contribuição Social pelo Lucro Real - Controle de valores transitórios no Lucro Real Tema Lucro Real (lado B do Lalur) Palavras-chave Tributos, Imposto de Renda, Contribuição Social Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Identificar as adições e exclusões temporárias que afetam o calculo dos tributos sobre o lucro; Conhecer o controle destes valores no lado B do Lalur e também seu registro no ativo/passivo; Estrutura de Conteúdo 1. A formação do lado B: diferenças temporárias (tributos diferidos) 1.1 Controle e registro das movimentações temporárias. Definição de tributo diferido Os tributos diferidos são valores originários de efeitos provocados quando a contabilidade já reconheceu uma receita ou despesa, mas o impacto tributário, ou seja, o Imposto de Renda incidente sobre elas será pago em períodos futuros, ou já foram pagos em períodos passados. O chamado conflito de competência entre a contabilidade societária e a tributária. Adições e Exclusões provocadas por eventos passageiros Os tributos temporários ou passageiros tem origem em operações societárias que dependem de evento futuro para sua consolidação, como por exemplo as provisões não dedutíveis. As provisões são constituídas por despesas que reduzem o lucro contábil e sua respectiva tributação, mas por força do RIR/99 este tipo de despesa não são dedutíveis. O efeito provocado é que as despesas serão ADICIONADAS neste primeiro momento, aumentando a tributação. Posteriormente esta provisão pode se tornar uma perda de fato ou pode ser revertida, isto é, depende de evento futuro para a definição de seu destino. Independente do que ocorrer, no futuro os valores serão EXCLUÍDOS. Em resumo, durante sua existência o impacto tributário é transitório, primeiro aumentamos tributação depois reduzimos tributação. Adições e Exclusões provocadas pela diferença de tratamento entre contabilidade societária e contabilidade tributária Divergências entre regras societárias e fiscais também geram saldo de tributos diferidos. Em especial naquelas empresas que possuem leasing financeiro ou utilizam taxa de depreciação diferente daquela prevista em lei. Por exemplo: uma empresa que utiliza taxa de depreciação de 4 anos para um bem cuja taxa legal prevista é de 5 anos, acaba registrando uma despesa contábil maior do que o RIR/99 permite, desta forma o valor a maior de despesa será ADICIONADO. Quando a vida útil societária terminar (4 anos) a empresa ainda terá mais 1 ano de vida útil fiscal, e neste período os valores que foram adicionados serão devidamente EXCLUÍDOS da apuração, anulando o efeito anterior. Mais uma vez evento fiscal transitório. Nascimento e Evidenciação no Lado B do Lalur (registro de saldo no ativo/passivo) A evidenciação de valores transitórios são detalhados no Lalur da seguinte forma: a) NO ATIVO: Impostos pagos que serão recuperados em períodos futuros, os chamados créditos tributários. Ex.: despesa de provisões não dedutíveis, juros de leasing financeiro, prejuízos fiscais de exercícios anteriores, etc. b) NO PASSIVO: Impostos que serão pagos em exercício futuro. Ex.: diferenças de depreciação com vida útil societária menor, reavaliação de ativos, etc. Isto significa que o lado B do Lalur deve representar toda essa movimentação de entrada e saída de valores do ativo e passivo. O Lalur (e-lalur atualmente) é o livro de apuração do lucro real, que contem de forma detalhada os cálculos do lado A (valores a pagar de IR e CS) e os cálculos do lado B (valores diferidos-transitórios que afetaram ou vão afetar o lado A). Lembrar que de acordo com o princípio da competência essas despesas estão representadas em outros exercícios contábeis, por isso sua classificação transita pelo ativo e passivo antes de irem ao resultado. Lado A = despesa tributária do exercício Lado B = ativo/passivo O registro contábil segue o padrão: D-ativo fiscal diferido C-imposto de renda a pagar ou D-imposto de renda apagar C-passivo fiscal diferido 1.2 Compensação de prejuízos fiscais. A formação dos créditos de prejuízos fiscais Ao final da apuração dos tributos pelo Lalur, independente se a entidade apresentou lucro ou prejuízo contábil, existe a possibilidade das exclusões superarem as adições e provocarem o chamado PREJUIZO FISCAL, que são valores negativos no resultado final. Forma de compensação e registro Estes valores também são controlados pelo lado B, porém de acordo com o RIR/99 sua compensação poderá ser realizada em exercícios futuros, porém limitado a 30% do lucro real em apuração. Seu registro segue a mesma sistemática dos tributos diferidos: D-ativo fiscal diferido sobre prejuízos fiscais C-imposto de renda sobre o lucro/prejuízo Estratégias de Aprendizagem As estratégias de aprendizagem a serem aplicadas em cada aula devem ser adotadas de acordo com o conteúdo a ser trabalhado, desta forma visando obter com que a aprendizagem possa ser mais assimilada de forma otimizada pelos alunos. Caberá ao professor ter além do domínio das técnicas pedagógicas a sensibilidade de saber qual utiliza-la. Conforme Massetto (1997), as estratégias para a aprendizagem são definidas por um conjunto de disposições, de modo a favorecer o alcance dos objetivos educacionais pelo acadêmico. As estratégias de aprendizagem que buscam trabalhar o conhecimento estão pautadas no: Estudo de texto; Estudo dirigido; Mapa conceitual; Aulas expositivas dialogadas; Visitas técnicas; Estudo de caso. Quando se busca o desenvolvimento de habilidades as estratégias de aprendizagem a serem aplicadas são: Grupo de Observação e verbalização; Cenários simulados; Painel progressivo e Painel integrado; Grupos de oposição; Grupos de questionamentos; Seminários e Aulas práticas. Para trabalhar as atitudes dos acadêmicos em sala de aula o Professor pode estar utilizando como estratégia de aprendizagem o: Debate com posição diferente; Projetos de pesquisa; Relatórios fundamentados e Estágios. A melhor estratégia de aprendizagem é aquela que melhor se adeque ao perfil da disciplina, do conteúdo da aula, da turma e da didática do Docente. Indicação de Leitura Específica Livro proprietário da disciplina; ou Capitulo 18, 19 e 30, pag. 399-454, e 665-692 de PEGAS, Paulo Henrique. Manual De Contabilidade Tributária. Aplicação: articulação teoria e prática Exercício 01: O lucro fiscal, que é aquele denominado pela legislação como lucro real para fins de IR, consiste no lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões. Suponha que a Petrobras abata como despesa fiscal o valor dos recursos investidos com vistas à exploração de petróleo cru, mesmo antes de registrar essa despesa na contabilidade, que é tratada como: a) antecipação reversa b) adição temporária c) exclusão definitiva d) exclusão temporária e) adição definitiva Exercício 02: Em jan/2009 a companhia X, tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal de R$ 1.000,00, incorporou a companhia Z, tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal de R$ 800,00. Sabe-se que: os prejuízos fiscais foram adequadamente registrados na parte B do LALUR; no exercício findo de 2009, a companhia X apurou R$ 6.000,00 de lucro ajustado no LALUR. Qual é o valor, em reais, da compensação de prejuízos fiscais permitido à companhia X, em 2009, nos termos da legislação fiscal vigente? a) 300,00 b) 540,00 c) 1.000,00 d) 1.500,00 e) 1.800,00 Considerações Adicionais
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