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PLANALTOS E SERRAS DO ATLÂNTICO LESTE E SUDESTE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A ATUAÇÃO DOS PROCESSOS GEOLÓGICOS E GEOMORFOLÓGICOS NA EVOLUÇÃO DAS SERRAS DO MAR E DA MANTIQUEIRA. Cleberson Carlos Ferreira da Silva1, Aline Ferreira Marinho da Silva 2, Lucas Miguel Forcinetti 3, Marcelo Martinatti 4, Rayane Elizabeth Facincani 5, Samara Cazzoli Y Goya 6 1 Graduando em Geologia UNIMONTE, cleberson.dasilva@yahoo.com.br. 2 Graduando em Geologia UNIMONTE, alineferreira324@hotmail.com. 3 Graduando em Geologia UNIMONTE, lucasforcinetti@yahoo.com.br. 4 Graduando em Geologia UNIMONTE, marcelo.martinatti@gmail.com. 5 Graduando em Geologia UNIMONTE, rayane_facincani@hotmail.com. 6 UNIMONTE, scgoya@gmail.com. A denominação de Planaltos e Serras do Atlântico Leste e Sudeste é uma classificação de relevo baseada na geomorfologia e abrange uma região que se estende desde a Bahia até Santa Catarina. Os planaltos são definidos como formas residuais que apresentam uma maior resistência ao intemperismo e à erosão, circundados por áreas de relevo mais rebaixadas. Quando situados em cinturões orogênicos, possuem, em geral, uma combinação complexa entre rochas metamórficas e ígneas, quase sempre afetadas por dobras, falhas, juntas, entre outras estruturas tectônicas. Comparado com os outros relevos de planaltos em cinturões orogênicos, a litologia e a compartimentação estrutural da área dos Planaltos e Serras do Atlântico Leste e Sudeste é uma das mais complexas. A geologia dessa região, inserida dentro das províncias estruturais São Francisco, Mantiqueira e Tocantins, preserva rochas de idades que datam desde o Arqueano até o Cenozoico, envolvendo fragmentos de antigos continentes e supercontinentes, aberturas e fechamentos de mares, colisões continentais, vulcanismo, paleoambientes sedimentares, além de diferentes estágios de estabilidade e reativação tectônica. A compartimentação dessas rochas, conforme observadas atualmente, ocorreu durante o último ciclo tectônico dentro do território da Placa Sul-Americana, denominado Brasiliano, que durou do Neoproterozóico até o Siluriano. O fim desse ciclo foi seguido de um longo período de estabilidade tectônica, consolidando o supercontinente Gondwana. Durante o Triássico ocorreu um estágio de ativação tectônica que durou até o Mioceno, onde a intensa atividade do interior do planeta forçou o rifteamento da crosta e, posteriormente, a abertura do Oceano Atlântico Sul. Mesmo com esse intenso tectonismo, houve diversos períodos de estabilidade tectônica, evidenciados pela presença de superfícies de aplainamento, como a Superfície Japi. A gênese das feições topográficas das Serras do Mar e da Mantiqueira está associada à reativação de paleo-estruturas do embasamento durante a fase rift no Paleogeno, responsável pelo soerguimento dos atuais altos topográficos e abatimento de outros blocos marginais. A Serra do Mar destaca-se ao longo do litoral entre os estados do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Adentrando para o interior do continente, a Serra da Mantiqueira se localiza na divisa entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ambas são alongadas paralelamente na direção ENE e constituem um relevo montanhoso na borda atlântica da América do Sul. A morfologia exibida atualmente nas serras do Mar e da Mantiqueira, assim como em toda a extensão dos Planaltos e Serras do Atlântico Leste e Sudeste, é resultado da interação entre a grande variedade litológica e os processos intempéricos e erosivos. A combinação entre rochas de diferentes composições, propriedades mecânicas distintas e estruturas tectônicas diversas propicia a ação de um intemperismo e erosão diferenciais, formando um relevo residual com aspecto serrano. Devido a essa intensa e longa história geológica, nessa área são encontrados diversos recursos minerais, que abrange minerais metálicos, não-metálicos, industriais, metais preciosos, gemas e rochas de interesse ornamental. Apesar de sua riqueza mineral, grande parte desses recursos está dentro de áreas de preservação ambiental permanente, o que impossibilita seu aproveitamento econômico. Palavras-chave: Relevo brasileiro, Serra do Mar, Serra da Mantiqueira.
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