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Adoção: Direitos e Procedimentos

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Adoção 
 Raphael Paulino
 Savana Oliveira
Vivianne Cruz
O que é a adoção ? 
A adoção é um procedimento legal que transfere todos os direitos e deveres de pais biológicos para uma família substituta e dá a crianças e adolescentes todos os direitos e deveres de filho, quando forem esgotados todos os recursos para a manutenção da convivência com a família original. É regulamentada pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Quem pode ser adotado ? 
Crianças e adolescentes com até 18 anos à data do pedido de adoção, cujos pais forem falecidos ou desconhecidos, tiverem sido destituídos do poder familiar ou concordarem com a adoção de seu filho. Maiores de 18 anos também podem ser adotados. Nesse caso, a adoção segue outro processo e depende de sentença constitutiva. 
Como funciona a adoção ? 
O interessado deve se dirigir ao Fórum de sua cidade ou região com seus documentos. Após análise e aprovação dos documentos, entrevistas serão realizadas com a equipe técnica das varas da Infância e da Juventude.
O candidato passa a integrar o cadastro de habilitados. Quando a Vara encontra uma criança que atenda às expectativas do adotante, acontece o encontro. 
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Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.
§ 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
§ 2o É vedada a adoção por procuração.
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
 eca 
O § 13, do art. 50, do ECA (acrescido pela Lei 12.010/09) estabelece que somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente quando:
I - se tratar de pedido de adoção unilateral (aquela em que um dos cônjuges ou companheiros adota o filho do outro);
II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade;
III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou a guarda legal de criança maior de três anos ou adolescente, desde que o tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 do ECA.
O Código Civil de 2002 deverá ser observado no que tange a capacidade para adotar (art. 1.618) que baixa a idade do requerente de 30 anos (na prática observava-se ser 32 anos) para 18 anos, conservando-se, por oportuno, a diferença etária entre adotante e adotado em 16 anos, como disposta no ordenamento civil anterior, também absorvida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O fundamento dessa norma está em se tentar imitar a família biológica o quanto possível. 
 Consoante a Constituição Federal de 1988, que trata da família nos parágrafos do seu artigo 226, a Lei n.º 10. possibilita que o casal formado por homem e mulher, independente do vínculo matrimonial adote, basta apenas que um dos consortes tenha preenchido os requisitos exigidos pela lei (idade mínima de 18 anos e diferença entre adotante e adotado em 16 anos); porém, no que se refere á família originada da União Estável, ainda persiste a necessidade de comprovação da estabilidade familiar.
De acordo com os artigos 22 e 24 do ECA, a medida extrema de suspensão do poder familiar deve ser aplicada apenas nos casos em que, injustificadamente os pais, os responsáveis deixarem de cumprir seus deveres de sustento e de proteção aos seus filhos, em que as crianças e adolescentes foram submetidos abusos ou maus tratos ou devido ao descumprimento de determinações judicias de interesses dos mesmos.
As hipóteses que levam a perda e a respectiva extinção de poder familiar, corresponde a graves situações de exposição do menor, vindo previstas no artigo 1.683 do Código Civil. 
São elas...
 Castigar imoderadamente o filho 
 Deixar o filho em abandono
 Praticar atos contrários à moral e aos bons costumes 
 Incidir, reiteradamente, nos motivos que levam à suspensão do poder familiar.
História das leis de adoção no Brasil
A história legal da adoção no Brasil nos remete ao início do século 20. O assunto foi tratado pela primeira vez em 1916, no Código Civil brasileiro.
Dia Nacional da Adoção é comemorado em 25 de maio.
As alterações recentes trouxeram mudanças expressivas. Há pouco mais de 40 anos, somente casais casados poderiam ter filhos adotivos. Hoje, diversas decisões judiciais já asseguraram aos casais homoafetivos o direito a acolher uma criança, que terá os mesmos direitos, inclusive hereditários, de qualquer descendente biológico dos pais adotivo.
Papel do psicólogo jurídico 
Trata-se na realidade de psicologia aplicada, na qual o saber do profissional se articula ao conhecimento jurídico, buscando estabelecer um diagnóstico ou mediar as situações apresentadas: adoção, abuso sexual, divórcio, guarda dos filhos, regulamentação de visitas etc. O psicólogo procura fornecer ao juiz uma avaliação em forma de parecer, para que seja tomada a decisão mais próxima possível do interesse de crianças e do adolescente.
O psicólogo pode utilizar técnicas de avaliação como um teste projetivo de personalidade para a análise mais aprofundada dos requentes. Eu, além das entrevistas e do teste HTTP, realizava reuniões onde dava palestras, acolhia as dúvidas, respondia a todas perguntas e conversávamos sobre os sentimentos que surgem no processo de "gestação emocional", com a espera do filho adotivo.
A adoção de crianças de mais de 2 anos, chamada de adoção tardia, é de difícil aceitação porque a criança já possui uma historia traumática de abandono. Com isso, elas acabam institucionalizadas e condenadas a uma futuro quase certo: a marginalidade. A aplicação da lei ao meu ver, deveria ser mais dura com os pais que negligencia os filhos desde o inicio da vida, para permitir que as crianças fossem adotadas em idades precoces, mesmo correndo risco de por em conflito publico e privado. O ideal seria que não existisse abandono, consequentemente, adoção. 
A adoção de crianças maiores – normalmente translinguisticas gera um duplo abandono: dos pais e do país

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