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ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO – AULA 1 CIV 247 – OBRAS DE TERRA – Prof. Romero César Gomes Aula 1 � 1.1 Introdução. � 1.2 Tipos de Estruturas de Contenção. � 1.3 Empuxos de Terra. São estruturas projetadas para resistir a empuxos de terra e/ou água, cargas estruturais e quaisquer outros esforços induzidos por estruturas ou equipamentos adjacentes. As estruturas de arrimo são utilizadas quando se deseja manter uma diferença de nível na superfície do terreno e o espaço disponível não é suficiente para vencer o desnível através de taludes. Critérios para Escolha de uma Estrutura de Contenção Introdução Critérios para Escolha de uma Estrutura de Contenção • altura da estrutura; • cargas atuantes; • natureza e características do solo a ser arrimado; • natureza e características do solo de fundação; • condições do NA local; • espaço disponível para construção; • equipamentos e mão de obra disponíveis; • experiência e prática das equipes; • especificações técnicas especiais; • análise de custos. Podem ser executadas em caráter temporário (escoramentos de valas por exemplo) ou em caráter permanente (muros de arrimo por exemplo). Se a escavação for realizada abaixo do lençol freático, deve proceder-se previamente ao rebaixamento do NA... Introdução ... e, quando for necessário diminuir as pressões da água sobre a estrutura definitiva, deve ser incorporado um dreno junto ao muro de arrimo. ���� Natureza da estrutura (tipos diferentes para propósitos diferentes) ���� Geometria do Terreno e Condições Geotécnicas Locais ���� Posição do NA e Condições de Drenagem ���� Empuxos de Terra e Cargas Atuantes Critérios de Projeto de Estruturas de Contenção ���� Empuxos de Terra e Cargas Atuantes ���� Propriedades dos solos locais: peso específico, coesão, ângulo de atrito ���� Movimentos relativos solo - estrutura ���� Metodologias construtivas Tipos de Estruturas de Contenção • Estruturas de Contenção com Reaterro � Muros de gravidade: são estruturas cuja estabilidade é função apenas do seu peso próprio. – concreto – alvenaria de pedras (secas ou argamassadas) – gabiões– gabiões – ‘crib – wall’ – sacos de solo – cimento – pneus, etc � Muros de gravidade de seção aliviada: a seção do muro é reduzida, utilizando-se uma armação para absorver os esforços de tração atuantes. Introdução • muros de gravidade convencionais de concreto ou de alvenaria de pedras • Muros de gabiões: são estruturas formadas pela superposição de fôrmas (com formato de caixas, colchões ou sacos) de malhas metálicas ou plásticas, que são preenchidas por pedras de mão ou blocos de rocha. Tipos de Estruturas de Contenção • Muros tipo ‘crib wall’: são estruturas formadas pela montagem, num arranjo tipo ‘fogueira’, de vigotas pré-moldadas de concreto ou de madeira, com os espaços internos preenchidos com solo granular compactado. Tipos de Estruturas de Contenção • Outras variantes de muros de gravidade: muros de sacos de solo – cimento. Tipos de Estruturas de Contenção • Outras variantes de muros de gravidade: muros de blocos pré-moldados de concreto. Tipos de Estruturas de Contenção • Outras variantes de muros de gravidade: muros de pneus Tipos de Estruturas de Contenção Tipos de Estruturas de Contenção • Estruturas de Contenção com Reaterro � Muros de flexão: são estruturas em concreto armado, comumente sob as formas de L ou T invertido. ���� Muros de contrafortes: são estruturas em concreto armado dotadas de contrafortes para aumentar a rigidez do muro. Tipos de Estruturas de Contenção Tipos de Estruturas de Contenção • Estruturas de Contenção com Reaterro ���� Aterros Reforçados: – Terra Armada – geossintéticos • Estruturas de Contenção sem Reaterro � cortina de estacas – pranchas � paredes de estacas metálicas com pranchões de madeira Tipos de Estruturas de Contenção � paredes diafragma � muros de estacas escavadas ���� solo grampeado (‘soil nailing’) ���� cortinas atirantadas • Cortinas de estacas – pranchas: são estruturas constituídas por estacas-pranchas adjacentes, que são cravadas no terreno e que possuem engates laterais que permitem a conexão entre elas e a formação de uma cortina. As estacas são comumente de aço ou de concreto, podendo ser usados elementos de madeira em obras provisórias. Para resistir aos esforços da cravação, sem sofrer flambagem, as estacas-pranchas metálicas possuem configurações especiais que lhe garantem a rigidez necessária, mesmo tendo pequenas espessuras. Tipos de Estruturas de Contenção Tipos de Estruturas de Contenção Tipos de Estruturas de Contenção Paredes de Estacas Metálicas com Pranchões de Madeira: as paredes são constituídas de estacas metálicas, geralmente de seção “H”, que são cravadas com certos espaçamentos nos limites da área a ser escavada, sendo posteriormente introduzidos pranchões de madeira entre elas e dispositivos transversais de escoramento (“estroncas”), de acordo com o avanço da escavação. Paredes Diafragma: são estruturas contínuas de concreto armado, concretadas em módulos ou painéis antes do início da escavação, com espessuras típicas entre 0,40 e 1,00m ou mais. Os painéis são escavados por meios de ferramentas especiais, a partir da superfície do terreno, atingindo profundidades superiores a 40 metros. A largura dos painéis pode variar de 2 a 4 metros, podendo ser executados em seqüência ou em trechos alternados. A estabilidade das paredes é garantida pelo preenchimento da escavação com lama bentonítica, constituída por uma mistura bem dosada de água e bentonita e que apresenta propriedades tixotrópicas, ou seja, a lama tende a manifestar uma certa consistência quando em repouso e perder esta consistência quando agitada (durante a escavação). Tipos de Estruturas de Contenção Tipos de Estruturas de Contenção PD pré-moldada PD atirantada Muros de Estacas Escavadas: são estruturas constituídas por estacas justapostas de concreto, moldadas in situ e escavadas por processo rotativo, utilizando-se revestimento metálico (recuperado à medida em que se procede a concretagem da estaca) ou lama bentonítica (concretagem submersa, por meio da substituição contínua da lama pelo concreto). A parede final pode ser composta por estacas espaçadas, adjacentes ou secantes; neste último caso, a execução da estaca seguinte é feita antes da cura do concreto da estaca anterior. Tipos de Estruturas de Contenção Tipos de Estruturas de Contenção Solo Grampeado (‘Soil Nailing’): é um sistema de contenção, aplicado a cortes, que emprega chumbadores, concreto projetado e drenagem (superficial e profunda). A partir do corte executado ou existente, inicia-se a execução da primeira linha de chumbadores, aplicação do revestimento de concreto projetado e execução da drenagem, e assim sucessivamente, até o fundo da escavação. Para um talude já cortado, pode-se trabalhar de forma ascendente ou descendente, de acordo com a conveniência da obra. concreto projetado drenos horizontais profundos (DHP’s) Tipos de Estruturas de Contenção profundos (DHP’s) Tipos de Estruturas de Contenção Cortinas Atirantadas: são estruturas constituídas por placas de concreto que são ancoradas no terreno por tirantes, elementos que permitem transferir, por tração, esforços para o interior do maciço. Os tirantes podem ser de barra, de fios e de cordoalha e sua instalação ocorre de cima para baixo, de acordo com o avanço da escavação (comumente com um sistema de drenagem associado). Tipos de Estruturas de Contenção tirante drenos NT No caso de um depósito de solo natural homogêneo e NT horizontal: X σh’ σv’ Empuxos de Terra – Estado K0 a relação σh’/σv’ é constante e é chamada de coeficiente de empuxo em repouso KK00.. NestasNestascondiçõescondições (estado(estado KK00),), NÃONÃO SESE TEMTEM DEFORMAÇÕESDEFORMAÇÕES LATERAISLATERAIS NONO SOLOSOLO.. Para Argilas Normalmente Adensadas e Solos Granulares: K0 = 1 – sen φ’ Para Argilas Sobreadensadas: Estimativas de K0 Empuxos de Terra – Estado K0 Para Argilas Sobreadensadas: K0,SA = K0,NA . OCR0.5 Da Teoria da Elasticidade: υ υ − = 10 K coeficiente de Poisson Empuxos de Terra em Repouso Eo=1/2 γ H2 Ko presença de NA Empuxos de Terra em Repouso Empuxo Ativo: é a pressão limite induzida entre o solo e o muro quando existe uma tendência de movimentação do Empuxos de Terra Ativos e Passivos solo no sentido de se expandir horizontalmente. Empuxo Passivo: é a pressão limite induzida entre o solo e o muro quando existe uma tendência de movimentação do solo no sentido de se comprimir horizontalmente. - solos granulares A σv’ σh’ z Inicialmente, não existem deslocamentos laterais: σv’ = γz ∴σh’ = K0 σv’ = K0 γz Empuxos de Terra Ativos A No movimento da parede para fora do solo: ∴σh’ = K0 σv’ = K0 γz σv’ permanece a mesma σh’ diminui até ocorrer a ruptura estado ativo τ estado K0 inicial ruptura (estado ativo) Empuxos Ativos σσv’ diminuição de σh’ ruptura (estado ativo) pressão limite no estado ativo movimento da parede σh ’ estado ativo σ estado ativo movimento da parede h ’ estado ativo estado K0estado K0 τ 45 + φ/2 plano de ruptura: ângulo de 45 + φ/2 com a horizontal Empuxos Ativos σv’[σh’]ativo σ φ 'σK]'[σ vAativoh = /2)(45tg sen1 sen1K 2A φφ φ −= + − = coeficiente de empuxo ativo de Rankine aKc2− Rankine dzpE H z aa o = ∫ aaaativoh K2cγzKp]'[σ −== - Ka coeficiente de empuxo ativo - solos coesivos Empuxos Ativos H zo Ea ( )ozH −3 1 a o K c z γ 2 = HKaγ 2 )zγ(HK E )z(HK2c)zγ(HK 2 1E 2 oa a oa 2 o 2 aa zo − = −−−= ∫ + A σv’ σh’ z - solos granulares Inicialmente, não existem deslocamentos laterais: σv’ = γz ∴σh’ = K0 σv’ = K0 γz Empuxos de Terra Passivos A No movimento da parede em direção ao solo: ∴σh’ = K0 σv’ = K0 γz σv’ permanece a mesma σh’ aumenta até ocorrer a ruptura estado passivo τ pressão limite no estado passivo estado K0 inicial ruptura (estado passivo) Empuxos de Terra Passivos σσv’ aumento de σh’ movimento da parede σh ’σ ’ movimento da parede h estado passivo estado K0 Empuxos de Terra Passivos τ σv’ [σh’]passivo σ φ 'σ K]'[σ vPpassivoh = )2/45(tg sen1 sen1K 2p φφ φ += − + = coeficiente de empuxo passivo de Rankine - K p coeficiente de empuxo passivo ppppassivoh K2cγzKp]'[σ +==Rankine - solos coesivos Empuxos de Terra Passivos H PKc2 H 3 1 HK pγ H 2 1 Ep pp 2 p H z pp K2cHKγH 2 1E dzpE o += = ∫ Empuxo no Repouso – condições naturais (nenhuma deformação no muro e nenhuma mudança nas tensões horizontais) Empuxo Ativo - deformação do muro e decréscimo da tensão horizontal Empuxo Passivo - deformação do muro e aumento da tensão horizontalTensão 0 σσσσv σσσσh Caso Ativo Caso Passivo Empuxos de Terra e aumento da tensão horizontal Empuxo passivo Empuxo no repouso Empuxo ativo δa δp δp >> δa Deslocamento � Teoria de Empuxo de Rankine (1857) � muro sem atrito � paramento do muro vertical � aterro horizontal Empuxos de Terra pppassivoh K2cγzK]'[σ += aaativoh K2cγzK]'[σ −= � aterro horizontal � muro flexível φββ φβββ 22 22 coscoscos cos −+ −− =aK • Rankine - Superfície do terreno Inclinada de um Ângulo β Empuxos de Terra φβββ 22 coscoscoscos −+=aK φββ φβββ 22 22 coscoscos coscoscos cos −− −+ =pK WEaδ A C Teoria de Empuxo de Coulomb (1776) Empuxos de Terra β φ φ Rθα B D α − δ Ea αo α Wδ: atrito entre o muro/solo R Ea θ − φ 2 2 2 )()( )()(1)()( )( +− −+ +− + = βαδα βφδφδαα φα sensen sensen sensen sen ak Empuxos de Terra )()( +− βαδα sensen 2 2 2 )()( )()(1)()( )( ++ ++ −+ − = βαδα βφδφδαα φα sensen sensen sensen sen pk [σh’]ativo EA e EP são as resultantes das tensões ativas e passivas sobre o muro Distribuição de Pressões sobre um Muro [σh’]passivo H h KAγγγγHKPγγγγh EA=0.5 γγγγH2 Ka EP=0.5 γγγγH2 Kp Solo distribuição dos empuxos ativos Distribuição de Pressões sobre um Muro Solo Solo distribuição dos empuxos passivos Solo γ q σσσσv Muro com sobrecarga q: aaa qKγzKp += aK Distribuição de Pressões sobre um Muro σσσσv σσσσa azKγ qKa aa 2 a H z aa qHKKγH 2 1E dzeE o += = ∫ aK H Solo γ q σσσσv Muro com sobrecarga q: aaa qKγzKp += aK Distribuição de Pressões sobre um Muro σσσσv σσσσa azKγqKa aa 2 a H z aa qHKKγH 2 1E dzeE o += = ∫ aK H
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