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Aspectos práticos da Delação Premiada Dr. Roberto Gonçalves Delegado de Polícia Especialista em Sistema de Justiça Criminal e Polícia Judiciária Judas Tiradentes - Brasil Estados Unidos - plea bargaining, ORIGEM HISTÓRICA Itália, o magistrado Giovanni Falcone, responsável pela prisão do mafioso Tommaso Buscetta, a máfia siciliana (Cosa Nostra). Lei dos Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/90, art. 8º, par. ún.); Código Penal (art. 159, 4º – extorsão mediante sequestro); Lei de Lavagem de Capitais (Lei nº 9.613/98, arts. 1º e 5º); Lei de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Lei nº 9.807/99, arts. 13 e 14); Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06, art. 41 Lei de Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/13, art. 4º, com nomen juris de colaboração premiada); DELAÇÃO PREMIADA NO BRASIL É uma técnica de investigação consistente na oferta de benefícios pelo àquele que confessar e prestar informações úteis ao esclarecimento do fato delituoso. (Fancisco Yukio hayashi - advogado Significa a possibilidade de se reduzir a pena do criminoso que entregar o(s) comparsa(s). É o ‘dedurismo’. (Nucci) É um acordo em que se recebe vantagens em troca das informações fornecidas. Quanto mais informação for dada por aquele que delata, maior será o benefício a ele proporcionado. ( Andrey Borges de Mendonça) Ato de confessar a autoria de um fato criminoso, atribuindo a um terceiro a participação como comparsa. (Capez) CONCEITO Ato de colaborar com as investigações, produzindo determinados resultados em troca de benefícios relativos ao processo e pena NOSSO CONCEITO Não há semelhança entre a delação e qualquer outra prova nominada ( José Q. T. de Camargo Aranha). NATUREZA JURÍDICA DE PROVA É possível de ser aplicada para qualquer tipo penal, desde que seja crime grave. APLICAÇÃO CERCEAMENTO DE DEFESA DEVIDO PROCESSO LEGAL CONTRADITÓRIO CRÍTICAS ANTIÉTICO IMORAL OUTRAS CRÍTICAS Pode ocorrer anterior, concomitante ou posterior ao processo, inclusive após o trânsito em julgado. MOMENTOS QUE PODE OCORRER Regularidade Legalidade/ legitimidade Necessariedade Voluntariedade Eficácia REQUISITOS DELEGADO DE POLÍCIA PROMOTOR DE JUSTICA (MP) COLABORADOR SUJEITOS Identificação dos demais co-autores e partícipes e das infrações penais praticadas; Identificação da estrutura e divisão de tarefa dentro da organização criminosa; Prevenção de infrações penais – evitar a prática desses crimes; Recuperação do produto ou do proveito das infrações penais – total ou parcial – ex.: dinheiro, carga; Localização da vítima com integridade física preservadas. RESULTADOS PENA: PERDÃO JUDICIAL: raro. Depende muito dos resultados; REDUÇÃO DA PENA; SUBSTITUIÇÃO DE PENAS: privativa de liberdade por restritivas de direito; PROGRESSÃO DE REGIME REGIME ABERTO DIFERENCIADO - inovação BENEFÍCIOS: PENA E PROCESSO 15 PROCESSO: SUSPENSÃO DOS PRAZOS: por exemplo, suspensão do prazo para oferecimento da denúncia; SUSPENSÃO DO PRÓPRIO PROCESSO: até que se investigue com mais profundidade se tal pessoa realmente cometeu tal crime; SUSPENSÃO DE OUTROS PROCESSOS: por exemplo, Lava Jato; Disponibilidade da Ação Penal Objetivos: São os resultados alcançados pela colaboração. Subjetivos: personalidade do colaborador a natureza as circunstâncias a gravidade a repercussão social do fato criminoso a eficácia da colaboração CRITÉRIOS TRATATIVAS DECLARAÇÕES INVESTIGAÇÕES TERMO ACEITAÇÃO ASSINATURAS DE TODOS ENVOLVIDOS ASPECTOS PRÁTICOS: formalidades e procedimento EVENTUAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO DEMAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO PREVISTAS NA LEI DE PROTECAO A TESTEMUNHAS DISTRIBUIÇÃO REMESSA PARA O JUIZ HOMOLOGAÇÃO OU NÃO HOMOLOGAÇÃO O PROCESSO SEGUE SEU CURSO SENTENÇA A Lei 12.850, disciplinou os aspectos processuais da colaboração premiada, sobretudo o procedimento para a colaboração. Conceito: ato de colaborar com as investigações, produzindo determinados resultados em troca de benefícios relativos ao processo e pena A colaboração pode ser aplicada a qualquer tipo de infração penal, desde que grave. A colaboração pode ser anterior, concomitante ou posterior ao processo, inclusive após o trânsito em julgado. CONCLUSÕES Requisitos: Regularidade, Legalidade/ legitimidade, Necessariedade, Voluntariedade e Eficácia. Deve haver um acordo escrito entre os interessados, sem participação do juiz. O colaborador deve sempre estar acompanhado de advogado. Benefícios: o colaborador receberá de acordo com os resultados obtidos A lei inovou ao prever que o MP pode propor acordo de imunidade (art. 4º, §4º). Caso o juiz discorde do acordo de imunidade, deve aplicar o art. 28 do CPP; O acordo será submetido sigilosamente à homologação do juiz, para análise da legalidade, regularidade e voluntariedade. Nesta oportunidade, o juiz poderá homologá-lo, rejeitá-lo ou adequá-lo. O acordo será sigiloso até o recebimento da denúncia, oportunidade em que deve ser revelado para os demais imputados. Na sentença, o magistrado irá analisar a eficácia da colaboração. O magistrado deve respeitar o acordo elaborado e, como regra, conceder o beneficio caso entenda que a contribuição do colaborador foi eficaz. A Lei também assegurou direitos ao colaborador. Obrigado!
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