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Aula 18 Direito Eleitoral p/ TRE-SP - Todos os cargos Professor: Ricardo Torques Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 131 AULA 18 REFORMA ELEITORAL Sumário 1 - Considerações iniciais ................................................................................................. 3 2 - Alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 no Código Eleitoral ................................. 3 2.1 - Consequências a quem não votar e não justificar ..................................................... 3 2.2 - Impedimento aos Juízes do TRE ou TSE em razão de parentesco com candidatos ......... 4 2.3 - Quórum qualificado no TRE ................................................................................... 4 2.4 - Prazos referentes ao registro da candidatura ........................................................... 5 2.5 - Sistema Eleitoral: votação nominal mínima ............................................................. 6 2.6 - Renovação das eleições majoritárias por julgamento em ação eleitoral ....................... 7 2.7 - Voto em Trânsito ................................................................................................. 8 2.8 - Propaganda Eleitoral ........................................................................................... 10 2.9 - Efeitos dos Recursos: devolutivo e suspensivo ....................................................... 10 2.10 - Prova testemunhal em processos que levem à perda de mandato ........................... 12 3 - Alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 na Lei das Eleições ............................... 12 3.1 - Momento de Realização da Convenção .................................................................. 12 3.2 - Período mínimo de domicílio e filiação partidária .................................................... 13 3.3 - Número de candidatos por partidos/coligações ....................................................... 13 3.4 - Preenchimento de vagas remanescentes ............................................................... 15 3.5 - Prazo limite para registro de candidatos escolhidos em convenção ........................... 15 3.6 - Condições de Elegibilidade: idade mínima ............................................................. 16 3.7 - Prazo para Julgamento dos Pedidos de Registro ..................................................... 16 3.8 - Gastos de Campanha .......................................................................................... 17 3.9 - Fontes Vedadas ................................................................................................. 22 3.10 - Prestação de contas .......................................................................................... 23 3.11 - Propaganda Eleitoral ......................................................................................... 26 Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 131 3.12 - Condutas vedadas aos agentes públicos .............................................................. 35 3.13 - Disposições Transitórias .................................................................................... 37 4 - Alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 na Lei dos Partidos Políticos ................... 39 4.1 - Apoiamento mínimo ........................................................................................... 39 4.2 - Perda do mandato por desfiliação sem justa causa ................................................. 39 4.3 - Regras específicas relativas à fusão e à incorporação .............................................. 41 4.4 - Prestação de contas de campanha pelos partidos políticos ....................................... 41 4.5 - Fundo Partidário................................................................................................. 45 4.6 - Acesso ao rádio e televisão.................................................................................. 47 5 - Dispositivos próprios da Lei nº 13.165/2015 ................................................................ 48 5.1 - Limites de gastos às campanhas eleitorais ............................................................ 48 6 - Questões ................................................................................................................. 51 6.1 ± Questões sem Comentários ................................................................................. 52 6.2 ± Gabarito ........................................................................................................... 75 6.3 ± Questões com Comentários ................................................................................. 77 7 - Resumo da Aula ..................................................................................................... 131 8 - Considerações Finais .............................................................................................. 131 Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 131 REFORMA ELEITORAL 1 - Considerações iniciais Olá pessoal, reservamos uma aula específica para estudo da Lei nº 13.165/2015, a qual trouxe diversas modificações no Código Eleitoral, na Lei das Eleições e na Lei dos Partidos Políticos. Além disso, a lei de 2015 traz alguns artigos disciplinando os limites de gastos. As alterações já foram todas analisadas ao longo das respectivas aulas. Contudo, o assunto é recente e, com muita probabilidade, será exigido em provas de concurso público. Em razão disso, vamos tratar, de forma organizada e resumida, de todas as alterações promovidas pela lei. Ao final analisaremos os artigos que disciplinam o limite de gastos. 2 - Alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 no Código Eleitoral 2.1 - Consequências a quem não votar e não justificar O eleitor obrigatório que não votar deve comparecer, em até 60 dias, perante a Justiça Eleitoral para justificar a sua ausência. Caso não justifique a ausência no prazo, sofrerá uma série de consequências, arroladas no §1º, do art. 7º, do CE. Vejamos: Em relação à impossibilidade de obtenção de passaporte, a Lei nº 13.165/2015 traz uma relativização. A impossibilidade de obtenção do passaporte pelo eleitor que não votou, que não pagou a multa ou que não justificou não será aplicada a quem estiver no exterior e que requeira novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil. Esse dispositivo abrange a situação na qual o eleitor, embora esteja em falta com a Justiça Eleitoral, está sem o passaporte e não tem documento de identificação MULTA entre 3 e 10% do salário mínimo. NÃO poderá ser empossado em concurso público. Aquele que for servidor ou empregado público NÃO receberá o salário. NÃO poderá participar de licitação, quando possível a participação de pessoas físicas. NÃO poderá obter empréstimos ou créditos junto a órgãos ou empresas com capital público (tais como Caixa Econômica e Banco do Brasil). NÃO poderá obter passaporte ou carteira de identidade. NÃO poderá renovar matrícula em instituição de ensino oficial ou que seja fiscalizada pelo governo. NÃO poderá praticar outros atos para os quais se exija a quitação do serviço militar ou declaração do imposto de renda da pessoa. CONSEQUÊNCIAS (se não votar e não justificar) Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo TorquesProf. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 131 ou precisa do passaporte para retornar ao Brasil. Em razão disso, flexibiliza-se a regra para o sujeito possa tirar passaporte para retornar ao país. 2.2 - Impedimento aos Juízes do TRE ou TSE em razão de parentesco com candidatos O art. 14, §3º, do CE, traz um impedimento em razão da afetividade que Juiz do TSE ou dos TREs (e inclusive os juízes eleitorais) possam ter com candidatos, dentro da área de circunscrição. No período compreendido entre a homologação da convenção partidária, quando há a efetiva escolha do sujeito como candidato, até a diplomação dos eleitos (memento em que se encerra o período eleitoral), o Juiz Eleitoral ficará impedido de atuar caso seja cônjuge ou parente até o 2º grau de candidato a cargo político-eletivo na circunscrição. Em síntese... 2.3 - Quórum qualificado no TRE O art. 28, §§ 4º e 5º, do CE, traz algumas hipóteses em que o quórum de julgamento será qualificado. E o que é quórum qualificado? Para julgamento de determinado processo por intermédio de quórum qualificado é necessário a presença de todos os membros do TRE e o voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal. Como nossos tribunais eleitorais possuem sete membros, é necessário o voto de, pelo menos, quatro membros, desde que todos os 7 membros estejam presentes na sessão. Temos que, para a votação das matérias elencadas no §4º, será necessária a presença de todos os membros do TRE. Por decorrência disso, serão necessários quatro votos para deliberação. É muito importante memorizar quais as ações que sujeitam-se ao quórum qualificado. Assim... da homologação da convenção partidária Õ IMPEDIMENTO Ö diplomação dos eleitos Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 131 2.4 - Prazos referentes ao registro da candidatura O CE, nos art. 93, caput e §§ 1º e 2º, trouxe regras novas quanto à data limite para requerer o registro do candidato na Justiça Eleitoral. Sabemos que a convenção se realizará entre 20.07 e 05.08. Nos dias seguintes, os partidos políticos ou candidatos deverão promover o registro perante a Justiça Eleitoral. Assim... Além disso, o §1º disciplina que os pedidos de registro de candidatura devem ser julgados e as decisões publicadas nas instâncias ordinárias até 20 dias da data GDV�HOHLo}HV��$R�VH�UHIHULU�D�³LQVWkQFLDV�RUGLQiULDV´��H[LJH-se que o julgamento ocorra apenas perante o Juiz Eleitoral e perante o TRE, não sendo necessário o julgamento perante o TSE até 20 dias antes das eleições. Assim... QUÓRUM QUALIFICADO quórum de instalação 7 quórum de votação 4 matérias ações que importem cassação de registro ações que implicam a anulação geral de eleições ação de levem a perda de diplomas PRAZO PARA REQUERER REGISTRO DA CANDIDATURA até as 19h do dia 15.08 do ano em que se realizarem as eleições Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 131 Por fim, o §2º prevê que as convenções devem ser realizadas até o dia 05.08 do ano eleitoral. 2.5 - Sistema Eleitoral: votação nominal mínima A eleição pelo sistema proporcional envolve um cálculo complexo que é fundado em duas fórmulas básicas: ܳݑܿ݅݁݊ݐ݁�ܧ݈݁݅ݐݎ݈ܽ ൌ � ܰï݉݁ݎ�݀݁�ܸݐݏ�ܸ݈݅݀ݏ�ሺܿܽ݊݀݅݀ܽݐݏ ݈݁݃݁݊݀ܽሻܰï݉݁ݎ�݀݁�ܸܽ݃ܽݏ�ܱ݂݁ݎݐܽ݀ܽݏ ܳݑܿ݅݁݊ݐ݁�ܲܽݎݐ݅݀ݎ݅ ൌ � ܰ ?�݀݁�ܸݐݏ�݀�ܽݎݐ݅݀ ܰ ?�݀݁�ܸݐݏ�ܽ݁݊ܽݏ�݊ ܽ�ܮ݁݃݁݊݀ܽܳܧ Assim, primeiro calcula-se o QE e após, com a fixação do QP, é possível definir o número de candidatos que determinado partido ou coligação elegerá. Agora, com a Lei nº 13.165/2015, para que esses candidatos possam ser escolhidos deverão obter, no mínimo, 10% do valor encontrado no QE. Por exemplo, se o QE atingir 100.000, será necessário que o candidato obtenha 10.000 votos. De acordo com o art. 108, do CE, os lugares não preenchidos, em razão da exigência de votação nominal mínima, serão distribuídos segundo o cálculo das sobras que podem ser representados pela fórmula da média, de modo que o partido que obtiver a maior média preencherá os cargos restantes. Se o número de vagas não for suficiente para distribuir as vagas remanescentes, porque todos os candidatos restantes de todos os partidos e coligações não obtiverem a votação nominal mínima, serão aplicadas duas regras complementares. Essas regras estão declinadas no art. 109, do CE. Assim... ª REGRA PRINCIPAL PARA DISTRIBUIÇÃO DAS SOBRAS ܯ±݀݅ܽ ൌ � ܰ ?�݀݁�ܸݐݏ�݀�ܲܽݎݐ݅݀ܳܲ ? ª REGRAS ESPECÍFICAS 1ª REGRA: Se houver mais de uma vaga, procede-se novamente a operação acima para distribuição das demais vagas e, assim, sucessivamente. 2ª REGRA: Por fim, determina-se que se os candidatos classificados na ordem remanescente não obtiverem o mínimo de 10% do quociente JULGAMENTO (E PUBLICAÇÃO) DOS PEDIDOS DE REGISTRO DE CANDIDATURA até 20 dias da data das eleições perante o Juiz Eleitoral e perante o TRE (não abrange o TSE) Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 131 eleitoral, a vaga será destinada ao candidato cujo partido tiver a maior média. Uma vez definida a que partido/coligação caberá a vaga, o preenchimento será efetuado de acordo com a ordem de votação recebida pelos candidatos. Além disso, somente poderá participar da distribuição das vagas remanescentes o partido que obteve quociente eleitoral. Por exemplo, se no cálculo obtivemos QP = 0,89. Como a fração é desconsiderada, o QP = 0. Afirma-se, nesse caso, que o partido não obteve quociente e não poderá participar da distribuição das vagas remanescentes. Para que tenha direito a participar da distribuição das vagas remanescentes é necessário que o partido obtenha, pelo menos, QP = 1. Para finalizar as regras alteradas pela Lei nº 13.165/2015 em relação a esse tema, fixa-se no art. 112, do CE, o qual destaca que, para a definição dos suplentes dos deputados federais e estaduais e dos vereadores, não será necessária a observação da votação nominal mínima. 2.6 - Renovação das eleições majoritárias por julgamento em ação eleitoral O art. 224, do CE, estabelece hipótese de nulidade da votação, que podem implicar a renovação do pleito eleitoral. A hipótese que tradicionalmente conhecemos é aquela na qual há declaração de nulidade em mais de 50% dos votos. Em tais hipóteses, a Justiça Eleitoral designará novo pleito entre 20 e 40 dias. Agora, com as alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015, foram fixadas hipóteses específicas de renovação das eleições, que serão determinadas não pela nulidade dos votos, mas por vícios na candidatura às eleições majoritárias. Essas regras vêm estabelecidas no art. 224, §§ 3º e 4º, do CE. O que esse dispositivo fez, em verdade, é criar nova hipótese de renovação das eleições no Brasil, em três situações: x indeferimento do registro; x cassação do diploma; e x perda do mandato. Nessas três hipóteses, após a decisão transitar em julgado, será determinada a realização de novas eleições para os cargos majoritários, independentemente do número de votos anulados. Além disso, devemos nos atentar para a renovação do pleito que poderá ocorrer de forma direta ou indireta. As eleições serão: ª INDIRETAS (ou seja, realizada pelas Casas Legislativas) Æ quando restar menos de seis meses de mandato; e Aqui o legislador entendeuque o período de mandato é pequeno, não justificando o dispêndio financeiro para a realização de novo processo eleitoral. Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 131 ª DIRETAS (ou seja, escolhida pelos cidadãos) ± se restar tempo de mandato que seja igual ou superior a seis meses. Assim... 2.7 - Voto em Trânsito Em relação ao voto em trânsito, nós tivemos uma verdadeira reformulação com a Lei nº 13.165/2015. Antes, a modalidade de votação era possível apenas para as eleições presidenciais. Agora, o voto em trânsito foi ampliado para abranger todos os cargos das eleições gerais. O voto em trânsito ocorrerá apenas em urnas específicas, as quais serão instaladas nas capitais e em municípios com mais de 100.000 habitantes. Logo... RENOVAÇÃO DAS ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS CASO DE indeferimento do registro cassação do diploma perda de mandatoapós o trânsito em julgado independem do número de votos anulados apenas para os cargos majoritários as eleições serão diretas caso haja 6 ou mais meses de mandato indiretas caso haja menos de 6 meses de mandato ONDE VOTAR EM TRÂNSITO em urnas específicas que serão instaladas nas capitais em cidades com mais de 100 mil habitantes Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 131 Para que o eleitor possa votar em trânsito, a Lei nº 13.165/2015 trouxe inúmeras regras específicas. Vejamos: ª 1ª REGRA: para poder votar em trânsito é necessário requerer à Justiça Eleitoral no prazo de 45 dias e indicar o local onde estará no dia das eleições. ª 2º REGRA: essa regra divide-se em duas: para aqueles que estiverem no Estado de domicílio, mas fora do município onde vota; e para aqueles que estiverem fora do Estado de domicílio. ¾ FORA DO MUNICÍPIO E DO ESTADO DE DOMICÍLIO: nesse caso o eleitor somente poderá votar para as eleições de Presidente e vice- Presidente da República. ¾ FORA DO MUNICÍPIO, MAS NO ESTADO DE DOMICÍLIO: nesse caso o eleitor poderá votar para todos os cargos das eleições gerais. Em forma de esquema, temos: Essas são as regras gerais relativas às eleições em trânsito. O §2º, abaixo citado, permite também o voto em trânsito para os membros das Forças Armadas, órgãos de segurança pública (polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros militares) e guardas municipais. Essas pessoas poderão votar em trânsito, caso estejam em serviço. Para viabilizar o voto em trânsito do pessoal que trabalha com a segurança pública, o §3º, do art. 233-A, do CE, prevê que a Justiça Eleitoral deverá ser informada, com antecedência de 45 dias antes da data das eleições, sobre quais membros e servidores estarão em serviço no dia das eleições. Para a prova... É ADMISSÍVEL O VOTO EM TRÂNSITO PARA OS SEGUINTES CARGOS: ESTADO DE DOMICÍLIO MAS FORA DO MUNICÍPIO Presidente e vice-Presidente da República Governador e vice- Governador Senador Deputado Federal Deputado Estadual FORA DO ESTADO E DO MUNICÍPIO DE DOMICÍLIO Presidente e vice-Presidente da República Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 131 2.8 - Propaganda Eleitoral Em relação ao assunto propaganda eleitoral, a maior parte da disciplina alterada pela Lei nº 13.165/2015 consta da Lei das Eleições. No Código Eleitoral há apenas um único dispositivo, que fixa a data a partir de quando é possível ocorrer a propaganda eleitoral. Para fins de prova, devemos lembrar... Dito de outro modo, a propaganda eleitoral poderá ser realizada no dia 16 de agosto. Isso significa que, no dia 15 de agosto, a veiculação de atos de propaganda constitui propaganda eleitoral antecipada, capaz de gerar consequências, como multas, por exemplo. 2.9 - Efeitos dos Recursos: devolutivo e suspensivo Relembrando... VOTO EM TRÂNSITO NA ÁREA DE SEGURANÇA (se estiverem em serviço) abrange os membros das Forças Armadas órgãos de segurança pública (polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros militares) guardas municipais depende de o órgão informar a Justiça Eleitoral com antecedência de 45 dias ADMITE-SE A PROPAGANDA ELEITORAL a partir do dia 15 de agosto do ano eleitoral Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 131 O Código Eleitoral é claro em estabelecer que RV� UHFXUVRV� ³não terão efeito suspensivo´� Há, contudo, uma exceção trazida pela Lei nº 13.165/2015, que estabelece que o recurso ordinário terá efeito suspensivo. Assim... Além disso, a reforma eleitoral trouxe outras duas regras específicas: ª No julgamento dos feitos, o Tribunal dará preferência ao julgamento de recursos, exceto os processos de habeas corpus e de mandado de segurança. ª A execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, por meio de comunicação por ofício, telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, por meio de cópia do acórdão. EFEITO DEVOLUTIVO presente em todos os recursos e significa a devolução da matéria recorrida ao órgão jurisdicional superior para reanálise EFEITO SUSPENSIVO reporta aos efeitos da sentença recorrida, se a decisão recorrida poderá ser aplicada desde logo, ou se é necessário aguardar a decisão dos recursos para que possa produzir efeitos. RECURSO ORDINÁRIO COM EFEITO SUSPENSIVO cabimento do Juiz Eleitoral para o TRE do TRE para o TSE nas hipóteses de: cassação de registro afastamento do titular perda de mandato eletivo Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 131 2.10 - Prova testemunhal em processos que levem à perda de mandato Para finalizar o estudo das alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 no Código Eleitoral é importante analisarmos o art. 368-A. Vejamos, inicialmente, a literalidade do dispositivo: Art. 368-A. A prova testemunhal singular, quando exclusiva, não será aceita nos processos que possam levar à perda do mandato. A regra é simples, dada a fragilidade da prova testemunhal, o legislador decidiu, por bem, fixar que um único testemunho não será aceito para fins de decreto de perda de mandato, quando não houver outras provas no bojo do processo. Lembre-se: 3 - Alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 na Lei das Eleições 3.1 - Momento de Realização da Convenção A primeira alteração relevante trazida pela Lei nº 13.165/2015 à Lei das Eleições é a fixação do período para a realização das convenções partidárias. Durante a realização das convenções partidárias são tomadas duas decisões importantes: ª escolha dos candidatos; e ª deliberação sobre as coligações. O período de realização das convenções será de 20 de julho a 05 de agosto do ano eleitoral. ÚNICO TESTEMUNHO NÃO CONSTITUI MATERIAL PROBATÓRIO SUFICIENTE PARA DECRETAR A PERDA DE MANDATO POLÍTICO-ELETIVO MOMENTO DA CONVENÇÃOE DELIBERAÇÃO QUANTO ÀS COLIGAÇÕES 20.07 a 05.08 redige-se uma ata a ata deve ser rubricada pela Justiça Eleitoral a ata deve ser publicada em 24 horas Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 131 3.2 - Período mínimo de domicílio e filiação partidária Outra alteração importantíssima na legislação eleitoral é o tempo mínimo de filiação partidária. O preenchimento das condições de elegibilidade é o que confere capacidade eleitoral passiva ao cidadão, habilitando-o a participar das eleições. Entre as diversas condições de elegibilidade, previstas na Constituição e na legislação infraconstitucional, duas delas possuem importância para nós: filiação partidária e domicílio eleitoral na circunscrição. Para concorrer a cargos político-eletivos, a pessoa deve possuir domicílio registrado na circunscrição pela qual irá concorrer pelo período mínimo de 1 ano. Por exemplo, se o cidadão deseja concorrer ao cargo de Governador do Estado de São Paulo, deve possuir domicílio eleitoral em alguma das Zonas Eleitorais do Estado de São Paulo, pelo período mínimo de 1 ano. Do mesmo modo, para concorrer às eleições pelo nosso sistema eleitoral é necessário estar filiado a um partido político. Em face dessa regra, conclui-se impossível a candidatura nata ou avulsa. Ou seja, para concorrer às eleições, o cidadão deve estar filiado e, além disso, ser escolhido em convenção partidária. Para nós interessa o tempo mínimo de filiação. De acordo com o art. 9º da Lei das Eleições, recentemente alterado pela Lei nº 13.165/2015, o tempo mínimo de filiação partidária é de seis meses. No exemplo acima, além de domicílio eleitoral na circunscrição, o cidadão deverá possuir filiação partidária pelo período mínimo de seis meses pelo partido no qual irá concorrer. Assim... 3.3 - Número de candidatos por partidos/coligações Outro assunto recentemente alterado pela Lei nº 13.165/2015 é o número de candidatos que cada partido poderá indicar para as eleições aos mais diferentes cargos político-eletivos. Regras para a escolha do número de candidatos aos cargos do Poder Executivo Cada partido ou coligação poderá indicar um único candidato para o cargo de Presidente, de Governador e de Prefeito (com os respectivos vices). FILIAÇÃO PARTIDÁRIA 6 meses DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO 1 ano Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 131 Regras para a escolha do número de candidatos ao cargo de Senador da República Cada Estado membro é representado por 3 senadores para mandato de 8 anos. Desse modo, a cada 4 anos haverá a renovação do quadro de senadores. Num ano há a eleição de 2, passados 4 anos, haverá a eleição 1 Senador. Vejamos: 2014 1 Senador eleitor 2018 2 Senadores serão eleitos 2022 1 Senador será eleito e assim sucessivamente Desse modo, nos anos em que houver a eleição de 2 Senadores, o partido ou coligação indicará 2 candidatos. No ano em que houver a eleição de apenas 1 Senador, o partido ou coligação indicará apenas 1 candidato a Senador. Regras para escolha do número de Deputados Federal, Distrital e Estadual Em relação aos cargos de Deputados (Federais e Estaduais), cada partido ou coligação poderá indicar vários candidatos, conforme veremos adiante. São estabelecidos percentuais em razão do número vagas e entre os cargos de Deputados Federais. ª PARA CASAS LEGISLATIVAS COM MAIS DE 12 VAGAS A DEPUTADO FEDERAL Cada partido ou coligação poderá indicar até 150% o número de lugares a preencher para os cargos de Deputado Federal, de Deputados Estaduais e Distritais. ª PARA CASAS LEGISLATIVAS COM 12 OU MENOS VAGAS A DEPUTADO FEDERAL CARGO DE PRESIDENTE/VICE 1 candidato (partido ou coligação) CARGO DE GOVERNADOR/VICE 1 candidato (partido ou coligação) CARGO DE PREFEITO/VICE 1 candidato (partido ou coligação) Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 131 Cada partido ou coligação poderá indicar até 200% o número de lugares a preencher para os cargos de Deputado Federal, de Deputados Estaduais e Distritais. Regras para a escolha do número de Vereadores Podemos distinguir duas regras para a definição do número de vagas para vereador: ª 1º REGRA: TANTO PARTIDOS COMO COLIGAÇÕES podem indicar até 150% do número de vagas existentes para os cargos da Câmara Municipal com mais de 100.000 eleitores. ª 2º REGRA: quando o número de eleitores for igual ou inferior a 100.000 eleitoral temos duas regras, uma para os partidos, outra para as coligações: PARTIDOS podem indicar até 150% do número de vagas existentes para o cargo de vereador (permanece o mesmo da regra acima). COLIGAÇÕES podem indicar até 200% do número de vagas existentes para o cargo de vereador. 3.4 - Preenchimento de vagas remanescentes Os partidos devem definir seus candidatos na realização das convenções. Nesse ato devem observar os parâmetros acima para definição do número de candidatos. Contudo, caso nas convenções não sejam indicados todos os candidatos possíveis, a Lei das Eleições fixa um prazo final, pelo qual os órgãos partidários poderão indicar os candidatos às vagas remanescentes. Caso as convenções NÃO indiquem o número máximo de candidatos permitido, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão preencher as vagas remanescentes ATÉ TRINTA DIAS ANTES DO PLEITO. Atenção ao prazo, uma vez que antes da Lei nº 13.165/2015 era de 60 dias, agora é de 30, apenas! São duas informações fundamentais: ª indicação pelos órgãos de direção dos partidos; e ª prazo de 30 dias a contar da data das eleições. 3.5 - Prazo limite para registro de candidatos escolhidos em convenção O art. 11, da LE, foi alterado pela Lei nº 13.165/2015. Assim, de 5 julho, a data limite para os partidos ou coligações registrarem os candidatos escolhidos é até as 19 horas do dia 15 de agosto do ano eleitoral. Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 131 3.6 - Condições de Elegibilidade: idade mínima Outra alteração importantíssima trazida pela Lei nº 13.165/2015 é uma regra específica para a aferição da idade mínima para o cargo de vereador. A regra para aferição da idade mínima é a data da posse. Assim, caso a pessoa deseje concorrer ao cargo de Presidente e vice-Presidente da República, deve possuir, até a data da posse, que ocorre em 1º de janeiro do ano seguinte ao das eleições, a idade de 35 anos. As faixas de idade mínima são estabelecidas no art. 14, §3º, da CF. Em relação ao cargo de Vereador, a CF prevê a idade de 18 anos para disputar o cargo. Nesse caso, por força da Lei nº 13.165/2015, a idade mínima será aferida com base na data do registro de candidatura. Antes da reforma, era possível um adolescente de 17 anos concorrer ao cargo de vereador, desde que ele atingisse 18 até 1º de janeiro do ano seguinte. Com a nova regra, e necessário ter 18 anos na data do registro da candidatura perante a Justiça Eleitoral. Como sabemos, o prazo limite para registro é até o dia 15 de agosto. Portanto, o sujeito deve possuir, até o dia 15 de agosto, 18 anos, caso contrário é inelegível. Desse modo, para fins de prova devemos memorizar o quadro abaixo: IDADE MÍNIMA CARGOSMOMENTO DE AFERIÇÃO 35 anos ª Presidente e Vice-Presidente ª Senador data da posse 30 anos ª Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal 21 anos ª Deputado Federal ª Deputado Estadual ou do Distrito Federal ª Prefeito e Vice-Prefeito ª Juiz de paz 18 anos ª Vereador data do registro da candidatura 3.7 - Prazo para Julgamento dos Pedidos de Registro No art. 16, a Lei nº 13.165/2015 trouxe mais algumas alterações. Prevê o dispositivo que, ATÉ 20 DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES, os TREs enviarão ao TSE PRAZO PARA REGISTRAR CANDIDATOS PERANTE A JUSTIÇA ELEITORAL até as 19 horas do dia 15 de agosto do ano eleitoral Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 131 a relação dos candidatos sob sua competência, com referência ao sexo e ao cargo para o qual concorrer. Além disso, até essa data, todos os pedidos de registro devem estar julgados nas instâncias ordinárias, inclusive aqueles que forem objeto de impugnação. Para tanto, a Justiça Eleitoral deverá conferir prioridade em relação aos demais processos judiciais, àqueles que envolvam o registro de candidatos. Essas regras estão no art. 16, da Lei das Eleições, e também foram alteradas pela Lei nº 13.165.2015. Duas informações são importantes para fins de prova: 1ª ± o prazo! A redação anterior previa o período de 45 dias para o envio das informações ao TSE. Agora, esse prazo passou para 20 dias. 2ª ± o julgamento nas instâncias ordinárias. Isso significa dizer que os pedidos de registros de candidatura devem estar julgados pelo Juiz Eleitoral e pelo TRE quando for o caso. NÃO abrange, portanto, eventuais recursos ao TSE. 3.8 - Gastos de Campanha Arrecadação As despesas de campanha eleitoral serão realizadas sob responsabilidade dos partidos e dos candidatos, conforme disciplina o art. 17, da Lei das Eleições. Limites Com a nova redação conferida aos dispositivos da LE, atribuiu-se ao TSE o dever de fixar, por intermédio de Resoluções, os limites de gastos. Houve uma simplificação da legislação, que não declina mais os limites de gastos de campanha, apenas estabelece alguns parâmetros. A fim de viabilizar o controle pelo poder Judiciário dos gastos de campanha e com o objetivo de evitar abusos, haverá prestação de contas. Devem ser incluídos como gastos de campanha, não apenas as despesas efetuadas pelos candidatos, mas também os recursos que o partido utilizar para a campanha de seus candidatos, cujos valores puderem ser individualizadas. Assim... DEVEM SER CONTABILIZADOS COMO GASTOS DE CAMPANHA despesas efetuadas pelos candidatos despesas efetuadas pelo partidos políticos para a campanha dos seus candidatos, que puderem ser individualizadas Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 131 Outro parâmetro estabelecido pela LE ± com redação dada pela Lei nº 13.165/2015 ± é o art. 18-B, que estabelece multa pelo descumprimento das normas que limitam os gastos de campanha. Caso o partido, ou o candidato, utilize de recursos para além dos limites estabelecidos será aplicada multa no importe de 100% do valor que ultrapassar. Além disso, o candidato envolvido poderá sofrer investigação judicial eleitoral (AIJE) conforme regras próprias da Lei de Inelegibilidade. Assim... Administração Financeira da Campanha e Responsabilidade Cuidar dos gastos efetuados em campanha é responsabilidade direta do candidato. Ele é quem determinará qual o destino dos valores recebidos. Com a nova sistemática adotada pela Lei nº 13.165/2015, os recursos repassados pelo partido político, pelo Fundo Partidário ou pelas doações de pessoas físicas serão efetuados pelo candidato de forma direta ou com o auxílio de uma pessoa, que atuará como um gestor financeiro de campanha. Quando houver a constituição do gestor financeiro, tanto o candidato como a pessoa por ele indicada serão solidariamente responsabilizadas pela veracidade das informações financeiras e contábeis. Naturalmente, se o candidato não indicar alguém para lhe auxiliar na administração dos gastos, ele será direta e unicamente responsável pelas informações financeiras e contábeis da campanha. Conta de Campanha Para administrar a campanha, o candidato deverá abrir uma conta bancária específica. Toda a movimentação deve transitar pela conta bancária específica, com a exceção de recursos que sejam aplicados diretamente pelos partidos DESCUMPRIMENTO DOS LIMITES multa em 100% do valor ultrapassado possibilidade de condenação em AIJE RESPONSÁVEIS SOLIDARIAMENTE PELA VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E CONTÁBEIS candidato pessoa escolhida pelo candidato para administração financeira da campanha Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 131 políticos. Inclusive os recursos do próprio candidato na campanha eleitoral devem ser depositados na conta específica. Em vista da obrigatoriedade de constituição de conta bancária específica, o §1º traz algumas obrigações aos bancos. São elas: A exigência de abertura de conta será excepcionada em uma única hipótese. Antes da Lei nº 13.165/2015 não seria necessário abrir contas específicas para as eleições municipais em cidades com menos de 20.000 eleitores. Essa regra, contudo, FOI REVOGADA, pela reforma eleitoral. Agora temos uma única exceção. Lembre-se: SOMENTE NÃO SERÁ NECESSÁRIO ABRIR CONTA ESPECÍFICA PARA A COMPANHA PARA AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS QUANDO NÃO HOUVER AGÊNCIA BANCÁRIA NO MUNICÍPIO. CNPJ O art. 22-A, da LE, introduzido por intermédio da Lei nº 12.034/2009 e alterado pela Lei nº 13.165/2015, determinou que candidatos inscrevam um CNPJ. Ao contrário do que poderíamos imaginar, esse CNPJ não será fornecido diretamente pelo Ministério da Fazendo, mas pela Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral manterá um convênio com a Receita Federal para registro dos CNPJs dos candidatos. Para fins de prova é fundamental memorizar o prazo que a Justiça Eleitoral tem para fornecer o número do cadastro. Após a obtenção do cadastro, os candidatos poderão promover a arrecadação e as despesas. Doações Todos os valores arrecadados devem ser contabilizados por intermédio de recibos eleitorais, considerados documentos oficiais e obrigatórios. Abrir conta específica no prazo de 3 dias, sem tarifamento. Identificar depósitos com CPF do doador. Encerrar a conta com o término das eleições transferindo os saldos para o órgão de direção do partido. DEVER ATRIBUÍDO AOS BANCOS PRAZO PARA A JUSTIÇA ELEITORAL FORNECER O CNPJ AO CANDIDATO 3 dias Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 131 Doações de Pessoas Físicas e do próprio Candidato Neste primeiro caso incluem-se os valores recebidos por pessoas naturais e os recursos destinados pelo próprio candidato. Os recursos doados por pessoas naturais quaisquer se limitam ao percentual de 10% sobre o valor BRUTO auferido no ano anterior. Cuidem que o valor base para o cálculo do percentual incide sobre o valor bruto, o que engloba, por exemplo, valores a título de previdência, imposto de renda retido na fonte etc. Já em relação aos recursos próprios, o limite de gastos será fixado pelopróprio TSE juntamente com a Receita Federal, conforme disciplina o caput do art. 24-C, da LE: Essas doações serão feitas por intermédio de recibo, com exceção de alguns gastos que são dispensados de comprovação. Para que vocês procurem memorizar, lembre-se que as doações devem ser efetuadas mediante recibo, exceto nas hipóteses abaixo: Se o limite de doação for ultrapassado, APLICA-SE PENALIDADE DE MULTA, em valor entre cinco e 10 vezes a quantia excedida. Para a prova... LIMITE DE 10% SOBRE O RENDIMENTO BRUTO NO ANO ANTERIOR APLICA-SE Às pessoas físicas quaisquer. LIMITE APURADO ANUALMENTE PELO TSE E PELA RECEITA FEDERAL Aos gastos efetuados pelo próprio candidato. Cessão de bens móveis com valor limitado a R$ 4.000,00. Doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso comum de sedes e de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa. AS DOAÇÕES DEVE SER FEITAS MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE RECIBO, EXCETO: DOAÇÃO POR PESSOA FÍSICA ACIMA DO LIMITE (10% da renda bruta) MULTA 5 a 10 vezes a quantia em excesso Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 131 O §4º, do art. 23, prevê a forma como devem ser realizadas as doações. Para a prova, é suficiente memorizar o esquema abaixo: Lembre-se: cheques devem ser CRUZADOS e NOMINAIS. Para finalizarmos o dispositivo é necessário sabermos da regra contida no §7º, segundo a qual é possível, às pessoas físicas em geral, franquear a utilização de bens móveis ou imóveis, cujo valor não ultrapasse o valor de R$ 80.000,00. Decore: Muita atenção a esse quadro acima porque antes da Lei nº 13.165/2015 o limite era de R$ 50.000,00. AGORA É DE R$ 80.000,00. Doações de outros candidatos É lícita a doação de recursos de um candidato para outro, desde que sejam observados os limites constantes do art. 23, §1º, da LE. Ou seja, o Q U A N T O À F O R M A D A D O A Ç Ã O P O R P E S S O A F ÍS IC A cheques cruzados e nominais transferência eletrônica depósitos devidamente identificados mecanismos disponíveis no site no candidato, desde que com identificação do doador e emissão de recibo VEDAM-SE DOAÇÕES (do registro da candidatura às eleições) em espécie troféus prêmios ajudas PERMITE-SE QUE PESSOAS FÍSICAS PERMITAM A UTILIZAÇAÕ PARA FINS DE CAMPANHA DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS CUJO VALOR NÃO ULTRAPASSE R$ 80.000,00 Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 131 candidato poderá doar a outro candidato valores desde não exceda 10% dos rendimentos brutos do ano anterior em relação ao candidato doador. Aplicação ou distribuição de recursos de partido político O partido político tem diversas fontes de receitas. Estuda-se na Lei dos Partidos Políticos que as agremiações podem receber recursos do Fundo Partidário, doações e promoção de eventos e venda de bens e produtos, decorrentes de investimentos e de aplicações financeiras. Esses recursos poderão ser distribuídos, em ano eleitoral, para as campanhas nos termos do art. 39, §5º, da Lei dos Partidos Políticos. 3.9 - Fontes Vedadas O art. 24, da LE, traz inúmeras hipóteses de recursos que não podem ser recebidos pelos candidatos ou pelo partido político. Para a nossa prova não há outra alternativa a não ser procurar memorizar as hipóteses trazidas no dispositivo. Devemos nos atentar, também, para a exceção prevista no §1º do dispositivo acima: Os §§ 2º e 3º foram acrescentados pela Lei nº 13.165/2015, mas vetados pela Presidente. Já o §4º, também com redação dada pela Lei nº 13.165/2015, ARRECADAÇÃO VEDADA entidade ou governo estrangeiro órgão da Administração Pública concessionário ou permissionário de serviço público entidade de direito privado beneficiária de contribuição compulsória entidade de utilidade pública entidade de classe ou sindical pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior entidades beneficentes e religiosas entidades esportivas organizações não-governamentais que recebam recursos públicos organizações da sociedade civil de interesse público NÃO SE INCLUEM OS RECURSOS DE COOPERATIVAS CUJOS COOPERADOS NÃO SEJAM CONCESSIONÁRIAS OU PERMISSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS, DESDE QUE NÃO ESTEJAM SENDO BENEFICIÁRIOS COM RECURSOS PÚBLICOS. Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 131 prevê que o partido político ou o candidato não poderá ficar com valores das fontes vedadas (como vimos acima) ou de origem não identificada. Em tais situações, os valores deverão ser devolvidos, ou transferidos para o Tesouro Nacional, caso não seja possível a devolução. Os arts. 24-A e 24-B acrescentados pela Lei nº 13.165/2015 também foram vetados. O art. 24-C, como anunciamos acima, fixa o limite de gastos que os candidatos poderão empenhar na realização das campanhas. Para fins da definição desses valores, o TSE deverá consolidar uma série de informações que serão encaminhadas à Receita Federal nos termos dos §§ abaixo, cuja leitura é suficiente: Art. 24-C. O limite de doação previsto no § 1o do art. 23 será apurado anualmente pelo Tribunal Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. § 1º O Tribunal Superior Eleitoral deverá consolidar as informações sobre as doações registradas até 31 de dezembro do exercício financeiro a ser apurado, considerando: I - as prestações de contas anuais dos partidos políticos, entregues à Justiça Eleitoral até 30 de abril do ano subsequente ao da apuração, nos termos do art. 32 da Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995; II - as prestações de contas dos candidatos às eleições ordinárias ou suplementares que tenham ocorrido no exercício financeiro a ser apurado. § 2º O Tribunal Superior Eleitoral, após a consolidação das informações sobre os valores doados e apurados, encaminhá-las-á à Secretaria da Receita Federal do Brasil até 30 de maio do ano seguinte ao da apuração. § 3º A Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com os rendimentos da pessoa física e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, até 30 de julho do ano seguinte ao da apuração, ao Ministério Público Eleitoral, que poderá, até o final do exercício financeiro, apresentar representação com vistas à aplicação da penalidade prevista no art. 23 e de outras sanções que julgar cabíveis. 3.10 - Prestação de contas Outro tópico da Lei das Eleições que sofreu diversas modificações com a Lei nº 13.165/2015 é o que trata da prestação de contas. Ao contrário da sistemática anterior, não há mais a constituição de comitês eleitorais. Logo, a responsabilidade por prestar as contas é do próprio candidato, tanto para as eleições proporcionais como para as majoritárias. Além da prestação de contas pelos candidatos temos, igualmente, a prestação de contas pelos partidos políticos e coligações. Referente ao tema, a LE, no art. 28, traz duas regras: 1ª REGRA: os recursos recebidos em dinheiro pelos partidos/coligações e candidatos serão divulgados na internet no prazo de 72 HORAS. Essas informações devem conter: ¾ indicação dos nomes dos doadores com CPF e CNPJ ¾ valores doados 2ª REGRA: no DIA15.09 do ano eleitoral deverá ser divulgado um relatório discriminado: Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 131 ¾ das transferências do Fundo Partidário; ¾ dos recursos em dinheiro; ¾ dos valores estimáveis em dinheiro; e ¾ dos gastos realizados. Todos esses valores recebidos devem ser comprovados mediante apresentação de recibos. Há, contudo, algumas exceções. Outra regra importante é a que disciplina a forma de lançamento dos dados contábeis, quando há transferência de recursos do partido para o candidato: Em regra, todos os candidatos, partidos e políticos devem apresentar as contas, com observância das regras acima. Paralelamente, a Lei nº 13.165/2015 instituiu o sistema simplificado de prestação de contas. Sistema simplificado de prestação de contas É adotado em duas situações: ª gastos não superiores a R$ 20.000,00. Para candidatos que movimentarem no máximo R$ 20.000,00. Essa regra específica, visa a facilitar a prestação de contas para eleições menores, pois geram grandes consequências, se irregulares. ª eleições municipais com menos de 50.000,00 eleitores. Essa regra abrange tanto a prestação de contas para os cargos a Prefeitos e vice-Prefeito como para os cargos de vereadores de cidades pequenas e tem por objetivo facilitar a apresentação das contas. Nesse sistema: Cessão de bens móveis com valor limitado a R$ 4.000,00. Doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso comum de sedes e de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa. AS DOAÇÕES DEVE SER FEITAS MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE RECIBO, EXCETO: TRANSFERÊNCIAS DOS PARTIDOS PARA OS CANDIDATOS o partido deverá registrar como pagamento ao candidato o candidato deverá registrar como recebimento do partido Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 131 Para envio das contas, os candidatos devem observar dois prazos: um a ser aplicado na hipótese de as eleições ocorrerem em único turno; e outro que se aplica às eleições que ocorrerem em dois turnos. Assim... Essas contas serão processadas e analisadas pela Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral poderá requisitar do candidato as informações adicionais necessárias, bem como determinar diligências para a complementação dos dados ou o saneamento das falhas. A Lei nº 13.165/2015 estabeleceu que as contas devem ser julgadas no prazo de 3 dias até a data da diplomação. Antes esse prazo era de 8 dias, portanto, atenção! Dessa decisão, prevê o art. 30, §5º, da LE, que a parte interessada poderá apresentar recurso para o órgão superior da Justiça Eleitoral no prazo de três dias. Por exemplo, nas eleições municipais (prefeito e vereador) as contas são julgadas pelo Juiz Eleitoral. Desse julgamento, as partes podem recorrerem ao TRE respectivo no prazo de três dias. Portanto... A PRESTAÇÃO DE CONTAS PELO SISTEMA SIMPLIFICADO DEVERÁ CONTER identificação das doações recebidas e despesas realizadas (com nome e indicação do CPF/CNPJ e dos valores) registro de eventuais sobras ou dívidas SE AS ELEIÇÕES TERMINAREM NUM ÚNICO TURNO a consolidação das contas deverá ser encaminhada à Justiça Eleitoral até o 30º dia após o pleito SE AS ELEIÇÕES TERMINAREM EM SEGUNDO TURNO a consolidação das contas deverá ser encaminhada à Justiça Eleitoral até o 20º dia após o pleito Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 131 3.11 - Propaganda Eleitoral Propaganda eleitoral é um dos assuntos mais afetados pela reforma Eleitoral. A matéria vem disciplinada nos arts. 36 e seguintes da LE e sofreu diversas alterações com a Lei nº 13.165/2015. Período de realização A propaganda eleitoral poderá ser realizada do dia 16 de agosto do ano eleitoral até a data das eleições. 15.08 eleições REGISTRO DE CANDIDATURA PERÍODO ELEITORAL ELEIÇÕES até as 19h do dia 15.08 1º domingo de outubro * ou último, se houver 2º turno propaganda eleitoral antecipada propaganda eleitoral regular propaganda eleitoral extemporânea Referência ao vice ou ao membro suplente Aqui a alteração é pontual. Na propaganda aos cargos majoritários é necessário referir na propaganda eleitoral o nome do vice (para os cargos de Presidente, de Governador e de Prefeito) e do suplente (para o cargo de Senador da República). A Lei nº 13.165/2015 aumentou o tamanho do destaque conferido ao vice ou ao suplente. Antes da reforma eleitoral, o percentual era de 10%. AGORA PASSOU PARA 30%. ATENÇÃO! Hipóteses que não constituem propaganda eleitoral antecipada Toda propaganda realizada antes do dia 16 é considerada propaganda eleitoral antecipada. A LE, contudo, traz algumas hipóteses em que há referência direta ou indireta à pessoa pública, mas que, no entendimento do legislador, não constituem propaganda eleitoral antecipada. PRAZO PARA JULGAMENTO DAS CONTAS até 3 dias da data da diplomação PRAZO PARA RECURSO DA DECISÃO 3 dias a contar da publicação do Diário Oficial Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 131 Desse modo, as hipóteses constantes do art. 36-A, da LE, ainda que realizadas fora do período em que a propaganda eleitoral é permitida (entre o dia 16 de agosto e as eleições), não configurará propaganda eleitoral antecipada. Além disso, é importante lembrar que é VEDADA a transmissão ao vivo por emissoras de rádio e de televisão das prévias partidárias, sem prejuízo da cobertura dos meios de comunicação social. Limites espaciais à propaganda ª LOCAIS PÚBLICOS No art. 37, da LE, são estabelecidas algumas limitações à propaganda. A veiculação de qualquer propaganda é vedada em dois casos: 1. Bens públicos (seja diretamente pertencente ao Poder Público ou afetado por contratos públicos); e 2. Bens de uso comum. O dispositivo é peremptório: VEDA-SE QUALQUER MODALIDADE DE PROGAGANDA (inclusive pichação, inscrição a tinta, exposição de placas, estandartes, cavaletes, faixas, bonecos e assemelhados). REFERÊNCIA À PRETENSA CANDIDATURA EXALTAÇÃO DAS QUALIDADES PESSOAIS DOS PRÉ-CANDIDATOS. Participação em entrevistas e em programas nos meios de comunicação de massa, desde que o tratamento conferido seja isonômico. Encontros, seminários e congressos em ambientes fechados, realizados pelos partidos para discutir políticas públicas, processos eleitores, planos e governos, alianças voltadas para as eleições. Prévias partidárias e distribuição de material, nomes dos filiados que participarão da disputa ou debates entre pré-candidatos. Divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos Manifestação e posicionamento pessoal sobre questões políticas. Realização de reuniões pela sociedade civil, pela imprensa ou pelo partido para divulgação de ideias, de objetivos e de propostas. NÃO CONFIGURA PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA, DESDE QUE NÃO CONTENHA PEDIDO EXPLÍCITO DE VOTOS Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br28 de 131 ª LOCAIS PRIVADOS A propaganda em bens privados observa dois princípios: PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO e PRINCÍPIO DA GRATUIDADE. A propaganda eleitoral em bens privados deve observar a legislação eleitoral, sendo veiculadas com as orientações que vimos no início acerca da indicação do nome, do número, dos partidos e dos coligações etc. Além disso, tais propaganda possuem uma limitação de tamanho de 0,5m² conforme alterações trazidas pela Lei nº 13.165/2015. Conceito de carro de som A Lei das Eleições conceitua carro de som o veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts. Esse conceito foi alargado pela Lei nº 13.165/2015 para incluir também qualquer veículo, seja ele motorizado ou não e, inclusive, os tracionados por animais, que transitem divulgando jingles ou mensagens de candidatos. VEDA-SE EM BENS PÚBLICOS E DE USO COMUM pichação inscrição a tinta exposição de placas estandartesfaixas cavaletes bonecos É PERMITIDA, EM REGRA, e não depende de licença ou de autorização. DEVE OBSERVAR a legislação eleitoral. DEVE POSSUIR, NO MÁXIMO, 0,5M². PROPAGANDA ELEITORAL EM LOCAIS PRIVADOS Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 131 Vedações às emissoras de rádio e TV após 05 de agosto de ano eleitoral O art. 45 traz uma série de vedações às emissoras em relação à programação normal com o encerramento do prazo para a realização das convenções. A partir de cinco de agosto de 2015 a legislação eleitoral estipula uma série de vedações. Além disso, a Lei nº 13.165/2015 trouxe uma inovação, contida no §1º do art. 45, da LE. VEDA-SE a transmissão de programa apresentado ou comentado por pré-candidato a partir de 30 de junho do ano da eleição. O candidato que violar a regra acima, além de sofrer multa, terá o registro cancelado. Debates Em relação aos debates eleitorais, tivemos algumas alterações importantes. A primeira delas é o número de Deputados Federais necessários par garantir o direito à participação nos debates. De acordo com o art. 46, da LE, se as emissoras realizarem debates eleitorais devem, NECESSARIAMENTE, assegurar a participação de candidato cujo partido tenha mais de nove representantes na Câmara dos Deputados. Assim, se o partido possui 10 ou mais Deputados Federais eleitos, a emissora deverá assegurar o direito de participação do candidato no debate, seja para os candidatos do partido a cargos majoritários ou proporcionais. Em relação aos CARRO DE SOM PARA A LE Veículo (automotor, motorizado ou não) que usa equipamento de som com potência nominal de amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts (abrange carroças, bicicletas etc). divulgar consulta popular de natureza eleitoral veicular propaganda política tratamento privilegiado a candidato, a partido ou a coligação veicular, em seus programas, alusão ou crítica a candidato ou partido político, ainda que de forma dissimulada divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em Convenção. VEDA-SE ÀS EMISSORAS, A PARTIR DE 05 DE AGOSTO VEDA-SE A TRANSMISSÃO DE PROGRAMA POR PRÉ- CANDIDATO a partir do dia 30 de junho do ano eleitoral Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 131 demais partidos, com menor representação, compete à emissora decidir por chamá-los. Nos incisos do art. 46, a LE, fixa algumas regras relativas aos debates. ª PARA ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS Os debates para cargos majoritários poderão ser realizadas com todos os candidatos ou em grupos de três candidatos. Quanto às regras que regerão a disputa, os candidatos devem se reunir e, de comum acordo, convencionar as regras. De acordo com a LE serão consideradas aprovadas as regras se houver a anuência de 2/3 dos candidatos, para a realização de debates em primeiro turno. Na hipótese de realização de segundo turno, havendo apenas dois candidatos, ambos os candidatos devem aprovar as regras. ª PARA ELEIÇÕES PROPORCIONAIS Em relação aos debates para os cargos proporcionais, é necessário assegurar a presença de número equivalente de candidatos a todos os partidos e coligações a um mesmo cargo eletivo, sendo possível o desdobramento do debate em várias partes por vários dias. Para a definição das regras que regerão o debate será necessária a aprovação por 2/3 dos partidos políticos participantes. Distribuição dos Horários de Propaganda no Rádio e na TV Aqui também tivemos diversas alterações na LE. Houve o encurtamento do tempo de rádio e de TV, seja em relação ao número de dias, seja em relação à extensão do horário político eleitoral. ª PROPAGANDA ELEITORAL EM BLOCO ª ELEIÇÕES MUNICIPAIS CARGO DIAS DA SEMANA MEIO/HORÁRIO RÁDIO TV Prefeito 2ª a sábado 7:00 às 7:10 12:00 às 12:10 13:00 às 13:10 20:30 às 20:40 ª ELEIÇÕES GERAIS/FEDERAIS (QUANDO SERÁ ELEITO APENAS 1 SENADOR DA REPÚBLICA) garantir a participação de agremiações que possuem 10 ou mais representantes da Câmara dos Deputados chamar partidos com menor representação (9 ou menos) CASO O PARTIDO DECIDA REALIZAR DEBATES (SEJA PARA ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS OU PROPORCIONAIS) DEVERÁ Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 131 CARGO DIA DA SEMANA HORÁRIO MANHÃ/MEIO DIA TARDE/NOITE Radio Televisão Presidente e vice-Presidente 3ª, 5ª e sábados ������jV������¶��¶¶ ������jV������¶��¶¶ ������jV������¶��¶¶ ������jV������¶��¶¶ Governador e vice- Governador 2ª, 4ª e 6ª 7:10 às 7:25 12:15 às 12:25 13:15 às 13:25 20:45 às 20:55 Senador da República 2ª, 4ª e 6ª 07:00 às 07:05 12:00 às 12:05 13:00 às 13:05 20:30 às 20:35 Deputado Federal 3ª, 5ª e sábados �����¶��¶¶�jV������ �����¶��¶¶�jV������ �����¶��¶¶�jV�13:25 �����¶��¶¶�jV������ Deputado Estadual 2ª, 4ª e 6ª 07:05 às 07:15 12:05 às 12:15 13:05 às 13:15 20:35 às 20:45 ª ELEIÇÕES GERAIS/FEDERAIS (QUANDO SERÃO ELEITOS 2 SENADORES DA REPÚBLICA) CARGO DIA DA SEMANA HORÁRIO MANHÃ/MEIO DIA TARDE/NOITE Radio Televisão Presidente e vice-Presidente 3ª, 5ª e sábados ������jV������¶��¶¶ ������jV������¶��¶¶ ������jV������¶��¶¶ ������jV������¶��¶¶ Governador e vice- Governador 2ª, 4ª e 6ª 7:16 às 7:25 12:16 às 12:25 13:16 às 13:25 20:46 às 20:55 Senador da República 2ª, 4ª e 6ª 07:00 às 07:07 12:00 às 12:07 13:00 às 13:07 20:30 às 20:37 Deputado Federal 3ª, 5ª e sábados �����¶��¶¶�jV������ �����¶��¶¶�jV������ �����¶��¶¶�jV������ �����¶��¶¶�jV������ Deputado Estadual 2ª, 4ª e 6ª 7:07 às 7:16 12:07 às 12:16 13:07 às 13:16 20:37 às 20:46 Em síntese... Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 131 O art. 47, §2º, estabeleceu critérios de distribuição dos horários acima em função da representatividade na Câmara dos Deputados. Esse assunto era disciplinado pela LE com percentuais diversos antes da reforma eleitoral e fora declarado inconstitucional pelo STF. Falou-se no julgamento da ADI 5.105 que a Lei nº 13.165/2015 (na época projeto de lei) tinha presunção de inconstitucionalidade, contudo,para fins de prova objetiva, até manifestação definitiva dos órgãos judiciais, deve ser considerada. Portanto... Outra regra alterada pela Lei nº 13.165/2015 reporta-se à mudança de filiação partidária do Deputado Federal. Sabemos que o número de membros da Câmara dos Deputados é crucial para a distribuição dos horários. O §7º reporta-se às alterações de filiação partidária, que serão desconsideradas. Dessa forma, a regra é a filiação do candidato no momento da eleição para a fixação do número de representantes. Antes da Lei nº 13.165/2015 havia uma exceção, agora com a redação dada pela reforma eleitoral são desconsideradas QUAISQUER as mudanças de filiação partidária para fins de distribuição do tempo de rádio e de TV. ª PROPAGANDA ELEITORAL POR INSERÇÕES 2ª, 4ª e 6ª (25m pela manhã e 25m pela tarde) Senador da República Deputado Estadual Governador e vice-Governador 3ª, 5ª e SÁBADO (25m pela manhã e 25m pela tarde) Presidente e vice-Presidente Deputado Federal D IS T R IB U IÇ Ã O 90% distribuídos proporcionalmente segundo o número de representantes na Câmara dos Deputados; 10% distribuídos igualitariamente entre todos os partidos que registrarem candidatos Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 131 ª ELEIÇÕES MUNICIPAIS A fim de que os partidos políticos não escolham apenas os horários considerados nobres, dispôs a Lei das Eleições, com alteração dada pela Lei nº 13.165/2015, três blocos que serão divididos igualitariamente, em razão do número de inserções franqueado. Vejamos: O art. 54 define algumas regras do que poderá aparecer nas propagandas disponibilizadas por inserções. O partido poderá se valer, na confecção da mídia, das seguintes informações: Ö apresentação da proposta; Ö apresentação de fotos; Ö veiculação de jingles; Ö veiculação de clipes de música ou de vinhetas; e Ö apresentação de apoiadores. Em relação aos apoiadores, podem constar também outros candidatos, que poderão se manifestar por até 25% do tempo da inserção. Além disso, na elaboração das propagadas é vedado: DISTRIBUIÇÃO DA PROPAGANDA POR INSERÇÕES NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS 60% Prefeito e vice- Prefeito 40% Vereador 1º bloco Das 5 às 11 horas 2º bloco Das 11 às 18 horas 3º bloco Das 18 às 24 horas Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 131 Adicionalmente, a Lei nº 13.165/2015 acrescentou alguns §§ ao dispositivo, estabelecendo o que é permitido e o que é proibido na propaganda por inserções. Vejamos: Plano de Mídia O plano de mídia constitui uma reunião realizada juntamente com a Justiça Eleitoral que tem por finalidade estabelecer como serão veiculadas as inserções para evitar contratempos durante a propaganda eleitoral. Em razão disso, a partir de 15 de agosto, a Justiça Eleitoral convoca os partidos que irão participar do pleito para, juntamente com os representantes das emissoras, estabelecerem o plano de mídia. Propaganda Eleitoral na Internet A única regra alterada relativa à propaganda na internet é o prazo: ela somente iniciará em 16 de agosto do ano eleitoral. V E D A -S E N A E L A B O R A Ç Ã O D A S P R O P A G A N D A S P O R I N S E R Ç Õ E S A U T IL IZ A Ç Ã O D E montagem truncagem computação gráfica desenhos animados efeitos especiais NÃO PODE participação de filiados a partidos que tenham formalizado o apoio a outros candidatos PODE entrevistas com o candidato e cenas nas quais apresenta realizações de governo, falhas administrativas e deficiências verificadas, bem como atos parlamentares e debates legislativos. Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 131 Direito de Resposta Para finalizar as alterações constantes da Lei nº 13.165/2015 em propaganda eleitoral, trataremos de um aspecto acrescido ao art. 58, da LE, que trata do direito de resposta. A LE, nesse dispositivo, fixa prazos para requerer o direito de resposta à Justiça Eleitoral. Antes da reforma tínhamos apenas três prazos, agora são quatro hipóteses. Vejamos: 3.12 - Condutas vedadas aos agentes públicos O art. 73 da LE traz um rol de condutas vedadas aos agentes públicos nos pleitos eleitorais. Desse rol, temos um único dispositivo que foi alterado pela Lei nº 13.165/2015, qual seja: Veda-se, no primeiro semestre do ano eleitoral, realizar despesas com publicidade dos órgãos públicos superior à média do primeiro semestre dos últimos três anos anteriores ao ano eleitoral. Dada a importância da matéria para fins de prova, vamos relembrar todas as hipóteses descritas na legislação: ª Em síntese, devemos memorizar as HIPÓTESES DE CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS: x Utilização de bens públicos em benefício de candidato, de partido ou coligação, com exceção da convenção partidária que poderá ser realizada em imóvel público. x Utilização de materiais ou serviço público em benefício de candidatos, de partidos e coligações. DIREITO DE RESPOSTA na imprensa escrita 72 horas da publicação na programação normal no rádio e na TV 48 horas da veiculação no horário eleitoral gratuito 24 horas da divulgação na internet a qualquer tempo OU 72 horas após a retirada Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 131 x Cessão de servidores para comitês de campanha eleitoral de candidato, de partido político ou coligação, exceto se o servidor licenciar-se, estiver fora do horário de trabalho ou em férias (Resolução TSE nº 21.854/2004). Portanto, a hipóteses acima não se aplica em caso de: x Usar ou permitir o uso, em favor de candidatos ou partido, de distribuição gratuita de bens e serviços sociais. x Veda-se a nomeação, a exoneração, a remoção ou a substituição de servidores nos três meses que antecedem o pleito até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade. x Veda-se, nos três meses que antecedem o pleito, a transferência de recursos entre os entes federativos, a não ser para: ª cumprir obrigação formal pré-existente; ª obra ou serviço público em andamento e com cronograma pré-fixado; e ª atender a situações emergenciais e de calamidade pública. x Veda-se, nos três meses que antecedem o pleito, a autorização de publicidade institucional. Existem, do mesmo modo, duas exceções: NÃO IMPLICA CESSÃO IRREGULAR DE SERVIDOR servidor licenciar-se fora do horário de trabalho em férias calamidade pública estado de emergência programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior PODERÃO, EXCEPCIONALMENTE, SEREM FORNECIDOS OS SEGUINTES SERVIÇOS PÚBLICOS GRATUITOS AINDA QUE EM ANO ELEITORAL: Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 131 x Veda-se, nos três meses que antecedem as eleições, fazer pronunciamento em rede nacional, salvo definida em horário político gratuito e em casos de matérias urgentes, relevantes ecaracterística das funções de governo. x Veda-se, no primeiro semestre do ano eleitoral, realizar despesas com publicidade dos órgãos públicos superiores à média do primeiro semestre dos últimos três anos anteriores ao ano eleitoral. x Veda-se, desde as convenções para escolha dos candidatos até a posse dos eleitos, efetuar a revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo. 3.13 - Disposições Transitórias Para finalizar as alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015, vamos pinçar algumas regras constantes da parte final da Lei das Eleições. Uso das emissoras pelo TSE: ª Para divulgação de comunicados, de boletins e de inscrições ao eleitorado De acordo com o art. 93, da LE, o TSE poderá requisitar, em ano eleitoral, das emissoras de rádio e de televisão no período de um mês antes do início da propaganda eleitoral e no período de três meses antes do pleito até 10 minutos diários (contínuos ou não) para a divulgação de comunicados, de boletins e de instruções ao eleitorado. Lembre-se: PERMITE-SE A PUBLICIDADE INSTITUICONAL AINDA QUE NOS TRÊS MESES QUE ANTECEDEM O PLEITO: propaganda de produtos e de serviços que tenham concorrência no mercado grave e urgente necessidade pública Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 131 ª Para divulgação de propaganda institucional O art. 93-A, da LE, assegura até 5 minutos por dia durante o período de 01.04 a 30.07 do ano eleitoral para a realização de propaganda institucional pelo TSE, com dupla finalidade: x incentivar a participação feminina na política; e x esclarecer cidadãos sobre as regras e funcionamento do sistema eleitoral. Intimação de atos processuais O art. 94, da LE, fixa que nos TREs e perante o TSE os advogados dos candidatos, ou dos partidos e coligações, serão intimados para os feitos que não versem sobre a cassação do registro ou do diploma por meio da publicação de edital eletrônico publicado na página do respectivo Tribunal na internet, iniciando-se a contagem do prazo no dia seguinte ao da divulgação. Não responsabilização do partido por atos praticados pelo candidato Segundo o art. 96, da LE, as sanções aplicadas a candidato em razão do descumprimento de disposições da Lei das Eleições não se estendem ao respectivo partido, mesmo na hipótese de esse ter se beneficiado da conduta, salvo quando comprovada a sua participação. Reunião de ações eleitorais que versem sobre os mesmos fatos O art. 96-B, que foi acrescido à Lei das Eleições, pela Lei nº 13.165/2015 prevê a reunião de ações eleitorais propostas por partes diferentes, mas que versem sobre os mesmos fatos. A pretensão do legislador foi assegurar julgamento conjunto, o que permite o aproveitamento dos atos processuais e julgamento uniforme, sem a necessidade de suspensão de alguns dos processos para aguardar o julgamento de outros. Para definição do juiz competente aplica-se a regra de prevenção segundo a qual será competente para apreciá-las o juiz ou relator que tiver recebido a primeira. Além disso, prevê o art. 96-B: x O ajuizamento de ação eleitoral por candidato ou por partido político não impede ação do Ministério Público no mesmo sentido. x Se proposta ação sobre o mesmo fato apreciado em outra cuja decisão ainda não transitou em julgado, será ela apensada ao processo anterior na instância em que ele se encontrar, figurando a parte como litisconsorte no feito principal. período: um mês antes de iniciar a propaganda e por três meses antes do pleito. tempo: 10 minutos diários (contínuos ou não). REQUISIÇÃO ÀS EMISSORAS PARA COMUNICADOS, BOTEINS E INSTRUÇÕES Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 131 x Se proposta ação sobre o mesmo fato apreciado em outra cuja decisão já tenha transitado em julgado, não será ela conhecida pelo juiz, ressalvada a apresentação de outras ou de novas provas. Contratação de pessoal para as campanhas eleitorais Prevê a LE, no art. 100, que a contratação de pessoal para a prestação de serviços eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou com o partido contratante. Analisamos, assim, todas as alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 na Lei das Eleições. 4 - Alterações promovidas pela Lei nº 13.165/2015 na Lei dos Partidos Políticos 4.1 - Apoiamento mínimo A primeira alteração que trataremos envolve a criação e o registro de novos partidos políticos. Após a constituição da pessoa jurídica, o partido político deverá obter o apoiamento mínimo, procedimento por intermédio do qual se comprova o caráter nacional do partido. O art. 7º, §1º, da LPP, alterado pela Lei nº 13.165/2015, prevê como requisitos para demonstração do apoiamento mínimo: Após obtenção dessas assinaturas, o partido político poderá proceder ao registro perante o TSE. 4.2 - Perda do mandato por desfiliação sem justa causa Até então não tínhamos a previsão expressa na legislação de que a infidelidade partidária sem justa causa implica a perda do cargo político-eletivo. Agora, com a Lei nº 13.165/2015 temos! APENAS três situações constituem justa causa para a desfiliação. Ou seja, são três hipóteses em que o detentor do cargo político-eletivo poderá se desfiliar e, ainda assim, não perderá o cargo político-eletivo. Vejamos: 1ª HIPÓTESE: se houver alterações substanciais no programa do partido, ou no caso de não observância do programa partidário, o detentor do mandato político eletivo poderá se desfiliar sem a perda do cargo que ocupa. que seja obtido no interregno de 2 anos. 0,5% do eleitorado da Câmara dos Deputados, sem considerar votos brancos e nulos. distribuídos em 1/3 dos Estados-membros com 0,1% em cada Estado. O CARÁTER NACIONAL DO PARTIDO É COMPROVADO POR INTERMÉDIO DO APOIAMENTO MÍNIMO, QUE EXIGE Direito Eleitoral TRE-SP Analistas e Técnico Aula 18 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 131 2ª HIPÓTESE: se o partido político praticar grave discriminação política contra o detentor do cargo político eletivo, ele poderá se desfiliar sem consequência para o seu mandato. 3ª HIPÓTESE: se o detentor do cargo político eletivo decidir mudar de partido no período de 30 dias antes do prazo de seis meses de filiação quando próximo do término do mandato também não haverá perda do cargo político eletivo. Em face dessas alterações vamos, para finalizar, apontar algumas questões específicas e, por fim, trazer o esquema que você levará para a prova... ª OBSERVAÇÃO 1: a incorporação ou a fusão de partido político deixa de ser hipótese que justifica a desfiliação. ª OBSERVAÇÃO 2: a criação de partido político também deixa de ser hipótese que justifica a desfiliação. ª OBSERVAÇÃO 3: o art. 22-A, da LPP, não diferencia a questão da infidelidade em relação a ocupantes de cargos políticos decorrentes do sistema proporcional ou majoritário. Assim, os eleitos por ambos os sistemas poderão perder o cargo por desfiliação imotivada, exceto no caso do art. 22-A, § único, da LPP. E para finalizar... A perda do mandato em razão da mudança de partido se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário (Presidente, Senador, Governador e Prefeito) e também ao proporcional (Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores). DESFILIAÇÃO IMOTIVADA REGRA perda do cargo político eletivo NÃO PERDERÁ O CARGO APENAS
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