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Sistemas Econômicos: Conceitos Básicos

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PROFESSORA: REJANE FERREIRA 
 3ª aula
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU INSTITUTO CAMPINENSE DE ENSINO SUPERIOR
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ECONOMIA E DA ADMINISTRAÇÃO
SEMESTRE: 2016.1
 CARGA HORÁRIA: 40 HS/ AULA 
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 SISTEMA ECONÔMICO: OS TRÊS MODELOS BÁSICOS
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SISTEMAS ECONÔMICOS
Os sistemas econômicos podem ser classificados em:
Sistema capitalista ou economia de mercado: é regido pela livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Sistema socialista ou economia centralizada: nesse sistema as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção.
Os países organizam-se segundo esses dois sistemas.
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SISTEMAS ECONÔMICOS
Principalmente a partir de 1930, passaram a predominar os sistemas de economia mista, no qual ainda prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação do Estado, tanto na alocação e distribuição de recursos como na própria produção de bens e serviços, nas áreas de infraestrutura, energia, saneamento, telecomunicações, etc.
Em economias de mercado, a maioria dos preços dos bens, serviços e salários é determinada predominantemente pelo mecanismo de preços, que atua por meio da oferta e da demanda dos fatores de produção.
Nas economias centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país.
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“ Um sistema econômico pode ser definido como a reunião dos diversos elementos participantes da produção de bens e serviços que satisfazem as necessidades da sociedade, organizados não apenas do ponto de vista econômico, mas também social, jurídico, institucional.”
O Sistema Econômico
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Sistema de concorrência pura
Lissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo.
"deixai fazer, deixai ir, deixai passar"
Mão invisível: mecanismo de preço que promove o equilíbrio dos mercados.
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Sistema de mercado misto
O papel econômico do governo
Séc. XVIII - XIX
Predominância : Sistema de mercado, 
próximo ao da concorrência pura. 
Início do Séc. XX
O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos. 
Necessitando de maior atuação do
Setor Público na economia.
De que forma ?
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Economia Centralizada
Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. 
Meios de produção
Estado
Matéria-prima, imóveis 
capital.
Meios de sobrevivência
Indivíduos
Carros, roupas, televisores, etc.
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Sistemas Econômicos - Síntese
Propriedade Privada
Problemas econômicos fundamentais resolvidos 
pelo mercado
pelo orgão central
Mercado 
Centralizada
Maior eficiência alocativa
Maior eficiência distributiva
X
Propriedade Pública
X
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Sistema de concorrência pura
Críticas:
 Grande simplificação da realidade;
 Os preços podem variar não devido ao mercado mas,
 em função de: 
força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra);
poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado;
intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial);
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Sistema de concorrência pura
Críticas: 
o mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A produção ou consumo de determinados bens ou serviços pode produzir efeitos colaterais externalidades); além disso, existem bens públicos, disponibilizados pelo Governo.
o mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas.
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Sistema de mercado misto
Atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas:
sobre a formação de preços, (via impostos, etc.);
complemento da iniciativa privada (infraestrutura, etc.);
fornecimento de serviços públicos;
fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado) Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.);
compra de bens e serviços do setor privado.
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Sistema de concorrência pura
Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados.
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MODELO
É uma simplificação e uma abstração da realidade que, por meio de pressupostos, argumentos e conclusões, explica determinada proposição ou certo aspecto de um fenômeno mais amplo.
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FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO
FLUXOS REAIS E MONETÁRIOS
PRIMEIRO MODELO BÁSICO
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FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO
Para entender o funcionamento do sistema econômico, vamos supor uma economia de mercado sem a interferência do governo nem transações com o exterior.
Os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as empresas (unidades produtoras).
As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os fornecem as unidades de produção (empresas) no mercado de fatores de produção.
As empresas, pela combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias no mercado de bens e serviços.
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Empresas
Famílias
Mercado de 
Bens e Serviços
Mercado de 
Fatores de 
Produção
Demanda de bens
 e serviços
Sistema de concorrência pura
Oferta de bens
 e serviços
Oferta de 
serviços dos
fatores de
 produção
Demanda de 
serviços dos
fatores de
 produção.
(mão-de-obra, terra, 
capital)
FLUXO REAL DA ECONOMIA
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Famílias e empresas exercem um duplo papel. No mercado de bens e serviços, as famílias demandam bens e serviços, enquanto as empresas os oferecem.
No mercado de fatores de produção, as famílias oferecem os serviços dos fatores de produção, que são de sua propriedade, enquanto as empresas os demandam.
No entanto, o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos bens e serviços.
Desse modo, paralelamente ao fluxo real, temos o fluxo monetário da economia.
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FLUXO MONETÁRIO DA ECONOMIA
Famílias
Empresas
Pagamento dos bens e serviços
Remuneração dos fatores de produção
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FLUXO CIRCULAR DE RENDA DA ECONOMIA
Mercado de bens e Serviços
Mercado de fatores de produção
Famílias
Empresas
Oferta Bens e Serviços
Demanda de Serviços dos fatores de produção
Demanda de Bens e Serviços
Oferta de serviços dos fatores de produção.
Como produzir?
O que e quanto produzir?
Para quem produzir?
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 Unindo os fluxos real e monetário da economia, temos o chamado fluxo circular de renda.
Em cada um dos mercados, atua conjuntamente as forças da oferta e da demanda, determinando o preço. Assim, no mercado de bens e serviços, formam-se os preços dos bens e serviços, enquanto no mercado de fatores de produção são determinados os preços dos fatores de produção (salários, juros, lucro, etc.).
Este fluxo, também chamado de fluxo básico, é o que se estabelece entre famílias e empresas. O fluxo completo incorpora o setor público, adicionando-se o efeito dos impostos e dos gastos públicos ao fluxo anterior, bem como o setor externo, que inclui todas as transações com mercadorias, serviços e o movimento financeiro com o resto do mundo.
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FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
SEGUNDO MODELO BÁSICO
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FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
É um recurso utilizado pelos economistas para ilustrar o problema da escassez.
A FPP ou CPP mostra a quantidade máxima possível de bens ou serviços que determinada economia pode produzir com os recursos e a tecnologia de que dispõe e dadas as quantidades de outros bens e serviços que
também produz.
Gráfico que mostra a combinação de produtos que a economia pode potencialmente produzir, dados os fatores de produção disponíveis.
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FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
 A CLÁUSULA CETERIS PARIBUS
Na investigação econômica, uma das maiores dificuldades é realizar experimentos controlados com os agentes econômicos. Para amenizar os efeitos desses obstáculos, costumamos introduzir a condição coeteris paribus.
 “Tudo o mais constante”.
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EXEMPLO:
Suponhamos que uma empresa tenha 10 máquinas e 40 trabalhadores, e que produza apenas dois tipos de produto na sua linha de fabricação: celulares e computadores.
Suponhamos também que por um determinado período de tempo, não possa comprar máquina e nem contratar trabalhadores adicionais(recursos produtivos fixos e constantes).
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EXEMPLO:
Suponhamos também que o diretor da empresa peça que se faça o levantamento das possibilidades de produção da empresa, utilizando-se da forma mais eficiente possível, todos os fatores de produção disponíveis:
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EXEMPLO:
A produção de computadores é mais difícil de ser feita do que a produção de celulares.
A máxima produção possível de computadores são 5 unidades, enquanto a de celulares são 20 unidades.
Os pontos de possibilidade de produção expressam a quantidade máxima possível da produção de um dos bens, dada a produção do outro.
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EXEMPLO:
Um ponto dentro da curva significa uma produção abaixo das possibilidades da empresa.
Um ponto acima da curva significa que a empresa deseja produzir além de suas possibilidades.
A empresa só pode aumentar o produto de um tipo se reduzir do outro.
Neste caso percebe-se que os recursos produtivos são limitados e não podem atender à produção de todos os bens e serviços que seriam precisos para satisfazer as necessidades humanas.
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FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados.
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CUSTO DE OPORTUNIDADE
O que se deixou de ganhar pelo fato de ter optado por produzir ou fazer outra escolha.
É entendido como aquilo que precisamos entregar para obter algo.
 É a opção que se deve abandonar para poder produzir ou obter outra coisa. 
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CUSTO DE OPORTUNIDADE
Em termos mais precisos, se obtemos uma combinação determinada de bens empregando, de maneira eficaz, todos os recursos de que a sociedade dispõe e ainda assim queremos produzir algumas unidades a mais de um dos bens, isso só será feito mediante a redução na produção do outro bem.
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EXEMPLO
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CUSTO DE OPORTUNIDADE
A razão do custo de oportunidade ser crescente é de que, à medida que se deslocam fatores de produção que são adequados a produção de A, para a fabricação de B, e vice-versa, estes fatores serão cada vez menos eficientes.
Trabalhadores especializados na produção de A ao serem transferidos para a produção de B serão bem menos produtivos.
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FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
A Eficiência econômica é uma propriedade segundo à qual a sociedade aproveita seus recursos escassos da melhor maneira possível.
Quando uma economia está situada sobre sua fronteira de possibilidades de produção, diz-se que a economia é eficiente do ponto de vista produtivo.
Os pontos situados abaixo da FPP representam alocações ineficientes, pois há recursos sendo desperdiçados, ou seja, ociosos ou não utilizados.
Os pontos acima representam produções impossíveis, pois a sociedade não tem recursos suficientes para produzir tal combinação de bens.
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FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
Com o decorrer do tempo, os pontos situados acima da FPP poderão ser alcançados, se a capacidade produtiva da economia crescer. Isto é, se a FPP se deslocar para a direita.
O crescimento econômico supõe o aumento na capacidade produtiva da economia. Graficamente, pode-se representa-lo pelo deslocamento da FPP para a direita.
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CRESCIMENTO ECONÔMICO
O crescimento econômico pode ser desencadeado por qualquer um dos seguintes motivos:
Avanço técnico, com novos e melhores métodos para produzir bens e serviços;
Aumento do volume do capital, fruto de incrementos no investimento;
Aumento da força de trabalho;
Descoberta de novos recursos naturais.
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DEMANDA E OFERTA DE MERCADO
TERCEIRO MODELO BÁSICO
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DEMANDA E OFERTA
Demanda e oferta são as forças que regem as economias de mercado.
Determinam a quantidade produzida de cada bem/serviço e o preço pelo qual está sendo vendido.
Mercado é o mecanismo por meio do qual os demandantes se encontram com os ofertantes de determinados bens e serviços.
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DEMANDA E OFERTA
Os preços orientam as decisões dos produtores e consumidores no mercado.
Preços baixos estimulam o consumo e desestimulam a produção, enquanto os preços altos tendem a reduzir o consumo e estimular a produção.
Os preços funcionam como o mecanismo de equilíbrio no mercado.
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DEMANDA E OFERTA
Se em um mercado existem muitos vendedores e muitos compradores, é provável que ninguém, por si só, seja capaz de impor e manipular o preço. Neste caso, dizemos que se trata de um mercado competitivo.
Se em um mercado existem poucos vendedores e poucos compradores, a possibilidade de que estes fixem o preço como lhes convenha é grande. Neste caso, dizemos que se trata de mercados de concorrência imperfeita.
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DEMANDA
A demanda é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período de tempo. Ela será representada pelo símbolo Dx.
Demandar significa estar disposto a comprar, enquanto comprar é efetuar de fato a aquisição.
Um agente demanda algo quando o deseja e, além disso, possui os recursos necessários para ter acesso a ele.
Assim, a demanda representa um desejo, um plano. Representa o máximo a que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os preços no mercado.
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DETERMINANTES DA DEMANDA
Tradicionalmente, a função demanda é colocada como dependente das seguintes variáveis, consideradas mais relevantes e gerais, pois costumam ser observadas na maioria dos mercados de bens e serviços. 
Preço do bem x
Renda
Preço dos outros bens
Hábitos e gostos dos consumidores
Etc...
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DETERMINANTES DA DEMANDA
O preço do bem X (Px): esta é a variável mais importante para que o consumidor decida o quanto vai comprar do bem. Se o preço for considerado barato, provavelmente ele adquirirá maiores quantidades do que se for considerado caro.
 A partir do momento que a quantidade demandada cai quando aumenta o preço e aumenta quando o preço cai, dizemos que a quantidade demanda se relaciona negativamente com o preço.
LEI DA DEMANDA
 Tudo o mais mantido constante, a quantidade demandada de um bem aumenta quando o preço do bem diminui.
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PREÇOS E QUANTIDADES DEMANDAS DE UM PRODUTO QUALQUER
 (R$) PREÇO DO PRODUTO QUANTIDADES DEMANDADAS
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA DEMANDA
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DEMANDA E QUANTIDADE DEMANDADA
A demanda é relacionada a toda a curva de demanda que associa todos os possíveis preços a determinadas quantidades de um bem ou serviço no mercado.
A quantidade demandada é um ponto específico da curva de demanda.
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EXEMPLO
A demanda de mercado para um determinado bem ou serviço é obtida a partir do somatório de todas as demandas individuais(demanda dos consumidores individuais) em uma dada região e em um determinado período de tempo.
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LEI GERAL DA DEMANDA
A Lei Geral da Demanda se refere à relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade demandada: ao aumentar o preço, diminui a quantidade demandada, e o contrário ocorre quando se reduz o preço.
Por que ocorre essa relação inversa entre o preço e a quantidade
demandada de um bem ou serviço?
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DETERMINANTES DA DEMANDA
Dois motivos explicam porque a quantidade demanda por todos os consumidores diminui quando o preço do bem aumenta.
Efeito substituição: reflete uma mudança nos preços relativos e nos diz que, quando o preço de um bem ou serviço aumenta, a quantidade demandada desse bem diminui, pois seu consumo é substituído pelo de outros bens.
Efeito renda: reflete uma mudança na renda real dos consumidores. Por exemplo: quando o preço da roupa aumentou, a renda real se reduz, e o consumidor poderá comprar menos de todos os bens, inclusive do bem cujo preço subiu.
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DETERMINANTES DA DEMANDA
A renda do consumidor (Y): quanto maior for a renda maior será a possibilidade de o consumidor adquirir maiores quantidades de um bem.
Embora muitas vezes o consumidor considere atrativo o preço do bem X, ele pode não ter a renda suficiente para comprá-lo. 
Por outro lado, se a renda do consumidor aumentar num período de tempo, provavelmente ele adquirirá maiores quantidades do bem X, a um determinado nível de preço do que antes. 
Nem todos os bens são normais:
 Bem normal: um bem para o qual, tudo o mais mantido constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada.
Bem inferior: aquele cuja quantidade demandada diminui, tudo o mais mantido constante, quando a renda aumenta.
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DETERMINANTES DA DEMANDA
Preço de outros bens (Pz): dada a limitação da renda, o consumidor olha o preço de outros bens, independente de estes serem substitutos ou não.
Bens substitutos: São produtos cujo consumo pode ser substituído por outro produto semelhante. São dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante, um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro.
Bens complementares: São bens utilizados ou consumidos de maneira conjunta. Bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda por outro bem.
Bens independentes: são os que não guardam nenhuma relação entre si, de forma que a variação no preço de um deles não afeta a demanda do doutro.
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DETERMINANTES DA DEMANDA
Hábitos e gostos dos consumidores (H): esta é uma das variáveis mais importantes, porque embora o preço do bem x esteja adequado, inclusive comparado ao de bens substitutos, e o consumidor possua renda para adquiri-lo, muitas vezes pode deixar de fazê-lo por não estar habituado ou condicionado ao seu consumo.
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DEMANDA
Matematicamente, pode-se expressar a demanda do bem X através da seguinte expressão: 
 Dx= f(Px, Y, Pz, H, etc.)
A demanda do bem X é, portanto, a resultante da ação conjunta de todas essas variáveis.
Entretanto, para que se possa analisar o efeito na demanda de uma mudança no valor de uma variável considerada isoladamente, recorremos à hipótese coeteris paribus. 
 Dx=f(Px)
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DEMANDA
Esta relação é denominada de função da demanda do bem X.
A função de demanda do bem X é uma relação matemática que reflete a relação entre a quantidade demandada de um bem, seu preço e outras variáveis.
A sua representação gráfica é denominada de curva de demanda do bem X. Quando construída, considera-se a cláusula coeteris paribus.
A curva de demanda do bem x é descendente da esquerda para a direita, evidenciando a lei da procura:
 A quantidade procurada do bem x varia inversamente ao comportamento do seu preço.
 Matematicamente, podemos dizer que a demanda do bem X é uma função inversa ou decrescente do seu preço.
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DESLOCAMENTOS DA CURVA DE DEMANDA:
A curva da demanda se desloca quando muda qualquer um dos fatores que influem na demanda, exceto o preço do bem.
 Renda dos consumidores
 Preço dos bens relacionados
 Preferências dos consumidores
Toda mudança que aumenta a quantidade que os consumidores desejam adquirir, a dado preço, desloca a curva de demanda para a direita. 
Quando a mudança reduz a quantidade demandada, a dado preço, desloca a curva de demanda para a esquerda.
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VARIAÇÃO NA QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM QUALQUER
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VARIAÇÃO NA DEMANDA DE UM BEM QUALQUER
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OBSERVAÇÕES ADICIONAIS SOBRE A DEMANDA
As variações da demanda dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações nos seus elementos determinantes. Por exemplo: supondo um aumento da renda do consumidor, sendo um bem normal, ocorrerá um aumento da demanda, ou seja, aos mesmos preços anteriores, o consumidor poderá comprar mais do que comprava antes.
Variação na quantidade demandada refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem, mantendo-se as demais variáveis constantes.
Portanto, a demanda refere-se à própria curva, enquanto a quantidade demandada refere-se a pontos específicos da curva de demanda.
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OFERTA
É a quantidade de determinado bem ou serviço, por unidade de tempo, que os produtores e vendedores desejam oferecer no mercado.
A quantidade ofertada de um bem é o que os vendedores querem e podem vender, ou seja, é o que estão dispostos a colocar à disposição do mercado.
OFERTAR, é ter a intenção de vender ou estar disposto a fazê-lo. A oferta reflete, portanto, as intenções de venda dos produtores.
Similarmente à demanda, a oferta também é influenciada por diversas variáveis:
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DETERMINANTES DA OFERTA
O preço do bem x(Px)- para decidir qual será a quantidade a ser oferecida no mercado.
Preço dos insumos utilizados na produção(Pi)- alterações nestes, terão como consequência, alterações na quantidade a ser ofertada no mercado.
Tecnologia (Ti)- inovações tecnológicas que reduzam o custo de produção ou aumente a quantidade produzida com os mesmos custos, tornarão a oferta mais abundante.
Preço de outros bens(Pz)- dada a renda limitada, em algum momento, terá que fazer a escolha entre um bem alternativo ou outro.
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OFERTA
A função oferta reflete, ceteris paribus, a relação matemática entre a quantidade ofertada de um bem, seu preço, e as demais variáveis que influenciam as decisões de produção.
Ox= f(Px, Pi, T, Pz, etc.)
Assumindo a hipótese coeteres paribus, 
Ox= f(Px)
Esta função é denominada de função de oferta do bem x, e a sua representação gráfica é denominada de curva da oferta do bem X.
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PREÇOS E QUANTIDADES OFERTADAS DE UM PRODUTO QUALQUER
(R$) PREÇOS DO PRODUTO QUANTIDADES OFERTADAS
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA OFERTA
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VARIAÇÃO NA QUANTIDADE OFERTADA
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EXEMPLO:
A OFERTA de mercado é a soma de todas as ofertas individuais de determinado bem ou serviço.
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LEI DA OFERTA
A LEI DA OFERTA: expressa a relação direta existente entre o preço e a quantidade ofertada. À medida que o preço sobe, aumenta a quantidade ofertada.
Quanto maior for o preço dos bens e serviços, maior será o desejo de vendê-los.
As empresas produzem bens e serviços com o objetivo fundamental de obter lucro.
Por isso, quanto maior for o preço de um bem ou serviço, mais lucrativa será sua oferta.
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OFERTA
A curva de oferta: é a representação gráfica da relação entre o preço de um bem e a quantidade ofertada. 
Para traçá-la, supomos que permanecem constantes todas as variáveis, exceto o preço, capazes de afetar a quantidade ofertada, tais como o preço dos fatores produtivos.
 Ox= f(Px)
A oferta do bem x é uma curva ascendente para a direita, pois, quanto maiores os preços, maiores serão as quantidades que os produtores desejarão oferecer no mercado.
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DESLOCAMENTOS DA CURVA DE OFERTA:
Deslocamentos da curva de oferta: a curva de oferta de um bem se desloca quando muda qualquer um dos fatores que influenciam a oferta:
 Preço dos fatores produtivos
Tecnologia existente
 Número de empresas ofertantes
Toda alteração que eleve a quantidade que os vendedores desejam produzir, a dado preço, desloca a curva de oferta para a direita. Por sua vez, as alterações que reduzam essa quantidade, deslocam a curva de oferta para a esquerda.
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DESLOCAMENTOS DA CURVA DE OFERTA:
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OBSERVAÇÕES SOBRE A OFERTA DE UM BEM OU SERVIÇO
Variação da oferta X variação da quantidade ofertada.
Variação da oferta: deslocamento da curva em função de variações dos determinantes da oferta.
Variação da quantidade ofertada: movimento ao longo da curva, ou seja, quando se altera o preço do próprio bem, mantendo-se as demais variáveis constantes.
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OFERTA E DEMANDA
O EQUILÍBRIO DE MERCADO NA CONCORRÊNCIA PERFEITA
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EQUILÍBRIO DE MERCADO
Quando colocamos em contato consumidores e produtores, cada qual com sua respectiva intenção de consumo ou produção, isto é, com sua respectiva curva de demanda ou oferta em um mercado particular, podemos analisar como se dá a interação entre os dois tipos de agentes.
Um preço arbitrário não consegue fazer com que demanda e ofertam coincidam.
Somente no ponto de intersecção entre as curvas de oferta e demanda se dará essa coincidência, e somente um preço poderá produzi-la.
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EQUILÍBRIO DE MERCADO
Preço de equilíbrio: ou preço que esvazia o mercado, é aquele para o qual a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada. Essa é a quantidade de equilíbrio.
O equilíbrio se encontra na intersecção entre as curvas de oferta e demanda.
No equilíbrio, dado que a quantidade ofertada e a demandada se igualam, não há escassez nem excedente.
Sozinha, nem a curva de demanda nem a curva de oferta nos dirá até onde podem chegar os preços, ou qual quantidade será produzida e consumida a cada preço.
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EQUILÍBRIO DE MERCADO
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EXCESSO E ESCASSEZ
Excesso de oferta ou excedente é a situação na qual a quantidade ofertada é maior que a demandada.
Para qualquer preço superior ao preço de equilíbrio, a quantidade que os ofertantes desejam vender é muito maior do que a quantidade que os consumidores desejam comprar. Existe um excesso de oferta.
Excesso de demanda é a situação na qual a quantidade demandada é maior que a ofertada.
Para qualquer preço inferior ao preço de equilíbrio, surgirá um excesso de demanda ou escassez de produto. 
Em qualquer dessas situações, não existe compatibilidade de desejos entre ofertantes e consumidores.
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EXCESSO E ESCASSEZ DE MERCADO
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EXCESSO E ESCASSEZ DE MERCADO
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EQULÍBRIO DE MERCADO
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Sistema de concorrência pura
Excesso de oferta (escassez de demanda)
Formam-se estoques
Redução de preços
Existirá concorrência entre empresas para vender os
 bens aos escassos consumidores. 
Até o equilíbrio
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Sistema de concorrência pura
Excesso de demanda (escassez de oferta)
Formam-se filas
Tendência ao aumento de preços
Existirá concorrência entre consumidores para compra.
Até o equilíbrio
Excesso de demanda (escassez de oferta)
Formam-se filas
Tendência ao aumento de preços
Até o equilíbrio
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EQUILÍBRIO DE MERCADO
Observa-se que:
Ao P= 20 as quantidades demandadas e ofertadas se igualam.
A qualquer preço maior que o de equilíbrio, por exemplo, P= 25, a quantidade que os produtores desejam oferecer excede a quantidade que os demandantes desejam adquirir. Com a pressão do estoque encalhado, a concorrência entre os vendedores faz o preço baixar até a situação de equilíbrio.
A qualquer preço menor que o de equilíbrio, por exemplo, P=15, sendo que a quantidade que os consumidores desejam adquirir é maior que a ofertada pelos produtores, os compradores que não tenham conseguido obter a quantidade desejada do produto pressionarão o preço para cima, tentando adquirir a quantidade desejada.
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EQUILÍBRIO DE MERCADO
Supondo um mercado concorrencial, o mecanismo de preços leva automaticamente ao equilíbrio. Quando ocorre excesso de oferta, os vendedores acumularão estoques não planejados e terão que diminuir seus preços, concorrendo pelos escassos consumidores. No caso de excesso de demanda, os consumidores estarão dispostos a pagar mais pelos produtos escassos. No primeiro caso, a diminuição dos preços aumenta a quantidade demandada e reduz a quantidade ofertada, eliminando o excesso de oferta. No segundo caso, o aumento do preço diminui a quantidade demandada e eleva a quantidade ofertada, eliminando o excesso de demanda.
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MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO EM VIRTUDE DE DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA
Como vimos, existem vários fatores que podem provocar deslocamento das curvas de oferta e demanda, que evidentemente provocarão mudanças do ponto de equilíbrio.
Suponhamos, por exemplo, que o mercado do bem X esteja em equilíbrio, e o bem X seja um bem normal(não inferior). Suponhamos agora que os consumidores tiveram um aumento de renda(poder aquisitivo). Consequentemente, coeteris paribus, a demanda do bem x, a um mesmo preço será maior. Isto significa um deslocamento da curva de demanda para a direita. Assim, considerando o preço de equilíbrio inicial, teremos um excesso de demanda, que provocará gradativamente um aumento de preços. Com os preços aumentando, o excesso de demanda vai diminuindo, até acabar, no novo equilíbrio (no preço e nova quantidade de equilíbrio).
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MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO EM VIRTUDE DE DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA
Da mesma forma, um deslocamento da curva de oferta afeta a quantidade e os preços de equilíbrio.
Suponhamos, uma diminuição dos preços das matérias-primas usadas na produção do bem x. Consequentemente, a curva de oferta desse bem se desloca para a direita. Por um raciocínio análogo ao anterior, podemos perceber que o preço de equilíbrio se tornará menor, e a quantidade maior.
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TRATAMENTO MATEMÁTICO
As curvas de demanda e de oferta também podem ser expressas linearmente:
QDx= 280- 4Px Demanda
QOx= -20+ 2Px Oferta
QDx- quantidade demandada do bem X;
QOx- quantidade ofertada do bem X;
Px- preço do bem X
 280- 4Px= -20+2Px
Px= $50 preço de equilíbrio
Para calcular a quantidade de equilíbrio, basta substituir o preço de equilíbrio em qualquer uma das funções dadas.

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