6 SOLOS EM PEDOLOGIA

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SOLOS EM PEDOLOGIA
Adaptado de Salomão e Antunes in Oliveira e Brito (2009)
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SOLOS EM PEDOLOGIA 
Os conceitos de solos que têm sido mais usados em Geologia de Engenharia provém da Geologia (produto do intemperismo físico e químico das rochas) e da Engenharia (material escavável, que perde sua resistência quando em contato com a água).
Pedologia ou Edafologia é a ciência que estuda o solo. Birkeland (1974) definiu solo como: material natural consistindo de camadas ou horizontes de compostos minerais e/ou orgânicos com variadas espessuras, diferindo do material original por propriedades morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas e por características biológicas.
A diferenciação vertical entre os horizontes que definem o perfil do solo, tem sido usado como principal critério de classificação e mapeamento do solo. Esta diferenciação também se verifica lateralmente na vertente 
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Fatores de Formação dos Solos
Sua origem e formação sofrem influência de cinco fatores:
Clima (chuva e temperatura principalmente);
Rocha (composição mineral e tipo de circulação interna da água);
Organismos; 
Relevo (define a dinâmica da água, no microclima e nos processos de erosão e sedimentação);
Tempo transcorrido sob ação dos demais fatores.
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Fatores de Formação dos Solos
O solo inicia-se com o intemperismo, representado pelos fenômenos físicos e químicos, que agindo sobre a rocha, conduzem a formação de resíduos não-consolidados comumente conhecidos como Regolitos Saprolíticos que constituem o substrato pedogenético. Este material pode permanecer no local em que se desenvolveu (residual ou autóctone) ou ser transportado para outro (alóctone).
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Perfil do solo a partir de rocha vulcânica
Horizonte A - escuro
Horizonte B - amarelo
Horizonte C –claro. 
Vestígios da rocha original
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Classes de Solos e Características Geotécnicas
Solos Minerais não hidromórficos: compreende solos desenvolvidos na zona de oxidação do terreno, em ótimas condições de drenagem, pouco afetado pelo lençol d’água subterrânea.
Solos com horizonte B latossólico; Solos com horizonte B textural; Solos com horizonte B câmbico; solos rasos.
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Solos com horizonte B latossólico
Também chamados de Latossolos apresentam sequência de horizontes A, B, C, com pouca diferenciação textural. O Horizonte C é, em geral, espesso, refletindo as características texturais. Os Latossolos tendem a ocorrer em relevos suaves, de vertentes pouco declivosas, em terrenos de rochas cristalinas, nas regiões serranas do Sul e Sudeste do Brasil. É comum a associação dos Latossolos com os Podzólicos, dispondo-se, os primeiros, nas porções menos declivosas das vertentes e, os segundos, nas porções mais declivosas. 
Algumas das características geotécnicas: Horizonte A desprezível pela reduzida espessura, em relação ao B; Horizonte B pode constituir fonte natural de materiais para aterro, alta porosidade, lençol freático profundo, situado abaixo do Horizonte B, Horizonte C geotecnicamente denominado de solo residual jovem ou solo Saprolítico, exceto quando originado por colúvios e capeamentos ou coberturas sedimentares diversas. Quando o Horizonte C é formado pela decomposição de rochas quartzo feldspáticas, forma o Saibro. Geotecnicamente tem comportamento variado em função das características mineralógicas-estruturais das rochas de origem. 
Estes solos apresentam baixa erodibilidade, entretanto, quando submetidos à concentração de água, proveniente da ocupação antrópica, podem desenvolver ravinas profundas e, quando interceptado pelo lençol freático, boçorocas.
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Solos com horizonte B textural
Também chamados Podzólicos, Terra roxa e Brunizem apresentam sequências de Horizontes A, B e C, com diferenciação nítida entre eles.
A espessura de A pode, em alguns casos, superar 1 metro.
Parte destes solos apresente forte condicionante litológico. 
Geotecnicamente o Horizonte A é espesso, em geral essencialmente arenoso, moderada a baixa permeabilidade, baixa compressibilidade, expansividade nula a moderada, fácil a moderada escavabilidade, moderada a alta erodibilidade, moderada resistência ao desmoronamento, dependendo da quantidade e disposição de fendas abertas.
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Solos com horizonte B câmbico ou incipiente
Também chamados de cambissolos apresentam Horizonte B pedologicamente pouco evoluído, marcado pela presença de minerais herdados do material original pouco intemperizados. O Horizonte C guarda as características da decomposição mineral e textural da rocha matriz. 
Geotecnicamente são variáveis em função das características mineralógicas e texturais do material de origem e dos tipos de relevos em que ocorrem. São solos pouco evoluídos e rasos. As áreas de ocorrência assemelham-se, ocorrendo associados a afloramentos de rochas, sendo bons indicadores de locais favoráveis à exploração de pedreiras.
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Solos Rasos
São pouco evoluídos e rasos. Não possuem Horizonte B.
As áreas de ocorrência estão próximas aos afloramentos de rochas.
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Horizonte A sobre horizonte C
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Solos Hidromórficos Minerais
São divididos em:
Materiais arenosos, Materiais areno-argilosos ou argilo-arenosos, Materiais argilosos
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Solos Hidromórficos Minerais
Estes solos ocupam os terrenos baixos (áreas de agradação) ou pequenos anfiteatros elevados. São desenvolvidos, em condições de excesso de umidade, em que o lençol freático está próximo à superfície do terreno, podendo aflorar nos períodos mais chuvosos. 
Ocorre o Horizonte Glei,marcado pela coloração própria do Ferro na forma reduzida (cinza esverdeada, azulada), formando mosqueado (manchas) em intensidade variada.
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Materiais Arenosos
Desenvolvidos a partir de rochas ou sedimentos arenosos. 
Ocorrem em planícies, cordões litorâneos, dunas estabilizadas, depressões arenosas quaternárias, planícies marinhas, flúvio-marinhas e flúvio lacustres.
Geotecnicamente são impróprios para instalação de fossa de infiltração.
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Materiais Areno Argilosos ou Argilo Arenosos
São provenientes de sedimentos aluvionares ou de alteração.
O Horizonte B pode apresentar forte indício de redução do ferro (hidromorfia). 
Ocorrem em superfícies aplainadas, em geral rebaixadas, em terraços aluviais, pediplanos e fundos de vales, locais favoráveis à saturação em água em boa parte do ano, tanto no semi-árido nordestino, como em regiões úmidas, nas regiões sul e sudeste e no pantanal matogrossense.
Geotecnicamente possuem lençol freático próximo à superfície, podendo, em certos locais, apresentar alto conteúdo salino. O Horizonte A é arenoso, e o B pode apresentar forte resistência à escavação devido ao ressecamento que sofre nos períodos mais secos, pelo rebaixamento natural do lençol freático. São inadequados para instalação de fossas de infiltração.
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Materiais Argilosos
São impróprios como materiais de aterro compactado;
Condições precárias de fundação, principalmente em áreas ocupadas por Glei salinos, considerados como solos moles.
Ocorrem em áreas inundáveis nos períodos chuvosos ou são afetados pelas marés (Glei Salino).
Possuem má qualidade da água subterrânea, em geral concentrada em sais.
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Outros Solos 
Áreas quartzosas: ocorrem em áreas de topografia suave – planícies, lençol freático profundo – abaixo do C, impróprios para aterros, alta permebilidade, baixa compressividade, expansividade nula e boa capacidade de suporte, fácil escavabilidade, variável suscetibilidade à erosão.
Vertisolos: fácil distinção entre os horizontes A e C, lençol freático profundo, textura argilosa nos horizontes A e C, impróprios para aterros e fundações, baixa permeabilidade. Baixa suscetibilidade à erosão, por ocorrerem em terrenos praticamente planos. 
Solos Orgânicos: são constituídos essencialmente por compostos orgânicos. Comumente ocorrem sobre camada mineral de cor cinza argilosa. Ocorrem nas várzeas mal
drenadas, sujeitas a inundações, geralmente associados aos solos hidromórficos minerais (Glei Húmico e Pouco’Húmico) 
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Solo hidromórfico orgânico