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* * * Riscos Geológicos Adaptado de Cerri e Amaral in Oliveira e Brito (2009) * * * Riscos Geológicos Processos da dinâmica interna (terremotos, atividades vulcânicas e tsunamis) e externa (escorregamentos, inundações) em áreas ocupadas pode resultar em sérios acidentes geológicos, com risco de mortes e grandes prejuízos econômicos. O risco geológico é definido como uma situação de perigo, perda ou dano, ao homem e a suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de processo geológico, induzido ou não. * * * CONCEITOS Acidente: fato já ocorrido, onde foram registradas consequências sociais e econômicas. Evento: fato já ocorrido, onde não foram registradas consequências sociais e econômicas relacionadas diretamente a ele. Risco: possibilidade de ocorrência de um acidente. Risco atual: é o risco instalado (ou efetivo) em áreas já ocupadas. Risco potencial: é a suscetibilidade à ocorrência de processos geológicos em áreas ainda desocupadas. * * * Em termos mundiais Os terremotos são os que mais causam vítimas fatais, enquanto as enchentes e inundações são os que mais causam perdas econômicas. * * * *(graus escala Richter) Terremotos de intensidade similar causam mais mortes Em países pobres que em nações desenvolvidas. * * * No Brasil Os processos geológicos que mais causam mortes são os escorregamentos e processos correlatos (rastejos, corridas, queda de blocos, rolamento de matacões etc). * * * Ações que possibilitam a redução dos riscos geológicos Identificação dos riscos; Análise dos riscos; Medidas de prevenção de acidentes; Planejamento para situações de emergência; Informações públicas e treinamento. As Cartas de Risco Geológico envolvem a identificação e análise dos riscos. * * * CARTAS DE RISCO GEOLÓGICO São instrumentos cartográficos que apresentam a distribuição, o tipo e o grau dos riscos geológicos, visando a definição de medidas de prevenção de acidentes. Podem ser produzidas em diversas escalas, em geral 1:10.000 ou 1:5.000, ou em menores escalas para estudos de detalhe. Servem de apoio ao Poder Público * * * Identificação Dos Riscos A envolve a definição, caracterização, identificação dos condicionantes, dos agentes deflagradores e da área de influência do(s) processo(s) geológico(s) que determinam situações de risco. Nesta etapa é fundamental o trabalho de campo detalhado. * * * Drenagem da água superficial e fluvial intermitente, Agentes deflagadores da movimentação da encosta. * * * Análise dos Riscos Trata da quantificação dos riscos geológicos identificados, sendo que o risco é igual a possibilidade de ocorrência de um evento, vezes as consequências sociais e/ou econômicas potenciais. Desta forma se estabelece diferentes graus de risco para pontos, trechos ou áreas maiores. * * * Grau de Risco Alto: enchente e escorregamento * * * METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DA CARTA DE RISCO Levantamento de dados básicos do meio físico e antrópico: pesquisa bibliográfica, mapas topográficos em diversas escalas, fotografias aéreas de épocas diversas, dados da geomorfologia e os tipos de rochas e de solos, dados sobre hidrologia, relatórios de obras civis e sondagens. Contatos com todas as instituições ali atuantes (ex. associação de moradores) para obter informações sobre acidentes anteriores e feições indicativas de riscos. Os dados devem ser organizados em um banco de dados digital de modo a permitir o acesso rápido às informações. Mapeamento de campo: se inicia com o levantamento geológico-geotécnico. Representação cartográfica: Em geral mostram quatro domínios – alto risco, risco moderado, baixo risco e risco inexistente. Estes domínios devem ser coloridos e/ou numerados, para facilitar seu uso por administradores e equipes de Defesa Civil e órgãos públicos. * * * * * * Uso de Fotografias Aéreas Região serrana do Rio de Janeiro, após chuvas de janeiro de 2011 * * * Informações de Moradores Moradores dizem que uma imensa onda devastou o bairro da Posse em Teresópolis e seus belos sítios em janeiro de 2011. Praticamente todas as habitações situadas à direita da estrada da Posse (em direção ao final do bairro) foram ou inundadas ou destruídas (desabaram ou foram soterradas). * * * Teresópolis/RJ enchente em janeiro de 2011 * * * Nível da água * * * APRESENTAÇÃO DAS CARTAS DE RISCO Além do mapa, deve-se apresentar relatórios técnicos, com os arquivos digitais dos produtos finais, o banco de dados, fotos, croquis esquemáticos dos pontos de risco mais críticos e tabelas com resumos das informações mais importantes de cada situação de risco presente, ações e medidas a serem adotadas para a prevenção de acidentes. Os resultados devem ser apresentados em sessão pública de divulgação, com a participação da sociedade local afetada * * * PREVENÇÃO DE ACIDENTES GEOLÓGICOS São medidas dirigidas para evitar a ocorrência ou reduzir a magnitude do(s) processo(s) geológico(s), de forma a eliminar ou minimizar as consequências sociais e/ou econômicas decorrentes. Retirar definitivamente os moradores das áreas sujeitas a risco (muito difícil); eliminar ou reduzir os riscos já instalados (recuperação das áreas de risco com obras de engenharia), evitar a instalação de novas áreas de risco (controle da expansão e do adensamento da ocupação) e conviver com os riscos atuais (Planos Preventivos de Defesa Civil _ PPDC). * * * Remoção da População Risco de enchente por construção dentro da APP * * * Exemplo de ocupação de área de risco de enchente e deslizamento. Petrópolis - RJ * * * * * * Rio do Sul em enchente ocorrida em 1983. Fonte: Júlio * * * Obras de Engenharia Construção de taludes e hidrosemeadura * * * Drenos subhorizontais * * * Construção de GABIÃO * * * Construção de drenagem para muros de pedras. * * * Cortina atirantada no Morro do Iririú - Joinville * * * Obras de Engenharia Inúteis * * * Obras de Engenharia Inúteis * * * PLANOS PREVENTIVOS DE DEFESA CIVIL - PPDC Visam permitir a implantação de medidas anteriores à ocorrência de acidentes geológicos, reduzindo a possibilidade de serem registradas perdas de vidas humanas e criando condições de convivência com as situações de risco, em níveis relativamente seguros para a população ameaçada. * * * Inundações Dos 5.564 municípios brasileiros, 40,8% enfrentaram a situação nos cinco anos anteriores a coleta de dados feita em 2008 pelo IBGE (Atlas do Saneamento), sendo que em 30,6% deles, foram alagadas áreas nas quais isso não acostumava acontecer. Causas: obstrução de bueiros e bocas de lobo e ocupação intensa e desordenada do solo (há áreas em que as pessoas não deveriam morar). Solução: planejamento eficiente da ocupação urbana.
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