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ANÁLISE ORGANIZACIONAL – aula 8 GOVERNANÇA CORPORATIVA Abordagem conceitual A governança corporativa é um conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma companhia, protegendo investidores, empregados e credores, facilitando, assim, o acesso ao capital. Existem varias definições de governança corporativa, mas todas apresentam coesão em seus conceitos, princípios, finalidades, modelos e práticas. Abaixo, algumas dessas diversas conceituações: ESTRUTURA DE PODER – CADBURY: “A governança corporativa é o sistema e a estrutura de poder que regem os mecanismos através dos quais as companhias são dirigidas e controladas.” GOVERNANÇA CORPORATIVA SISTEMA DE RELAÇÕES – IBGC: Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a sua longevidade. SISTEMA NORMATIVO – CLAENSSENS E FAN: A governança corporativa diz respeito a padrões de comportamento que conduzem à eficiência, ao crescimento e ao tratamento dado aos acionistas e a outras partes interessadas, tendo por base princípios definidos pela ética aplicada à gestão de negócios. GOVERNANÇA CORPORATIVA E EXCELÊNCIA EMPRESARIAL Definição - IBGC Empresa Lucros Retidos Fluxo de Caixa Debêntures C o m m e r c i a l P a p e r Em p ré stim o Exte rn o AÇÕES Fontes Primárias de Financiamento para Empresas GOVERNANÇA CORPORATIVA E EXCELÊNCIA EMPRESARIAL Princípios Básicos da Governança Corporativa GOVERNANÇA CORPORATIVA E EXCELÊNCIA EMPRESARIAL Sistema de Governança Corporativa � Estratégia � Talentos � Estrutura de capital � Riscos GOVERNANÇA CORPORATIVA Modelos de Governança Alguns autores, como Oliveira, Andrade e Rossetti, comentam que os vários modelos praticados de governança corporativa em diferentes países são provenientes do perfil histórico, cultural, econômico e institucional de cada país em que cada um predomina. Esses modelos podem ser agrupados em dois: • Para o primeiro, o foco são os acionistas e agentes mais estreitamente ligados às operações corporativas (shareholders), os quais estão voltados para os seus interesses e direitos. Os acionistas/cotistas podem ser: Majoritários; e Minoritários. GOVERNANÇA CORPORATIVA Os agentes mais envolvidos com as operações corporativas podem ser: - Conselhos de administração. - Conselhos consultivos. - Conselhos fiscais. - Auditorias independentes. - Comitês corporativos de gestão. - Diretoria executiva: CEO e Staff. GOVERNANÇA CORPORATIVA Nesse modelo, a governança atende aos interesses dos acionistas/gestores, que estão mais voltados para valores. Vejamos alguns desses interesses: - Desempenho estratégico no mundo dos negócios. - Aumento da riqueza dos acionistas. - Atendimento às disposições estatutárias. - Normas estabelecidas em acordos de acionistas. - Preservação de ativos intangíveis. - Remuneração e benefícios da diretoria executiva. - Otimização de retorno sobre ativos tangíveis GOVERNANÇA CORPORATIVA Para o segundo, os modelos têm objetivos mais amplos; não apenas visam ao retorno do investimento e da geração de riqueza para os acionistas, mas também assumem compromisso com outras partes interessadas (stakeholders) no tocante ao desenvolvimento das empresas, e os interesses são múltiplos. As partes ou agentes interessados no desempenho da empresa, além dos acionistas/gestores mencionados acima, são: - Público interno (empregados, fundações de assistência e seguridade). - Público externo (credores, fornecedores, clientes e consumidores, comunidade, governo (agências reguladoras), sociedade, meio ambiente, órgãos normativos do mercado de capitais). GOVERNANÇA CORPORATIVA Nesse tipo de modelo, os interesses apresentam maior amplitude, além dos interesses dos acionistas/gestores, já mencionados; podemos também apontar: - Responsabilidades corporativas em relação ao interesse nacional e social. - Balanços: social e ambiental. - Indicadores de atendimento aos dispositivos legais. A base da diferenciação clássica de governança está entre shareholders e stakeholders. A primeira é voltada para os acionistas, enquanto a segunda é de maior abrangência; além dos interesses dos acionistas, consideram-se também os interesses dos públicos interno e externo. GOVERNANÇA CORPORATIVA Diferença entre os dois tipos de governança. Existem dois tipos de governança, a escolha de um ou outro vai depender da abrangência. O modelo shareholder, é voltado para a maximização dos resultados e o valor de mercado da empresa atende mais aos interesses dos gestores do que dos acionistas. Esse modelo é mais usado nos Estados Unidos e na Inglaterra. O outro tipo do modelo, stakeholder, atenta para um tratamento mais equilibrado, apresenta os resultados com transparência para os acionistas minoritários e majoritários. GOVERNANÇA CORPORATIVA Com referência ao modelo stakeholder, de procedência japonesa e alemã. Nesse modelo, um dos tipos aponta que os interesses não são apenas os dos acionistas, mas também do público interno e externo. Esse tipo é voltado para as partes internas e externas que estão envolvidas com o negócio da empresa; no outro tipo, o público externo é mais abrangente; alem de serem divulgadas as demonstrações econômico-financeiras, são também publicados os balanços social e ambiental. GOVERNANÇA CORPORATIVA Quando você compra uma ação torna-se um dos proprietários da empresa. Se ela é do tipo ON, ou seja, ordinária nominativa, você tem direito a participar das decisões da companhia. Você pode participar da Assembleia dos Acionistas, onde, por exemplo, decide-se o destino dos lucros da empresa e elege-se a diretoria. É claro que o seu poder de voto depende da quantidade de ações que você tem. Se tiver poucas, pode tentar fazer alianças com outros acionistas para defender algum interesse específico. Um pequeno grupo pode ser poderoso se a ações estiverem muito pulverizadas, ou seja, espalhadas entre vários acionistas. A pulverização das ações é considerada um fator positivo, já que garante maior democracia nas decisões. Por isso, em mercados mais desenvolvidos, as ações ON são muito valorizadas. Nos outros, como elas só conferem poder real quando em grandes quantidades, não têm tanto valor. No Brasil, para cada ação ordinária, a empresa tem direito a emitir uma ação PN (preferencial nominativa). A maior parte delas não dá direito a voto. Quem compra esse tipo de ação está menos preocupado em participar das decisões e mais em lucrar com aquela operação. O acionista preferencial tem uma compensação por não poder participar das decisões: ele tem preferência no recebimento de dividendos (uma parte do lucro da empresa que é distribuída periodicamente aos acionistas). Em alguns casos, ele recebe mais do que o valor pago aos acionistas ordinários. Em mercados em desenvolvimento, em geral, há uma facilidade maior para comprar e vender ações preferenciais, já que elas parecem mais interessantes aos pequenos investidores. Ações ON e PN GOVERNANÇA CORPORATIVA PRÁTICAS DE GOVERNANÇA Outra contribuição à aplicabilidade das práticas de governança corporativa partiu da Bolsa de Valores de São Paulo, ao criar segmentos especiais de listagem destinados a empresas com padrões superiores de governança corporativa. Além do mercado tradicional, passaram a existir três segmentos diferenciados de governança: Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado. O Objetivo,segundo informativo da BOVESPA, foi “estimular o interesse dos investidores e a valorização das empresas listadas”. Basicamente, o segmento de Nível 1 caracteriza-se por exigir práticas adicionais de liquidez das ações e disclosure. Enquanto o Nível 2 tem por obrigação práticas adicionais relativas aos direitos dos acionistas e Conselho de Administração. O Novo Mercado, por fim, diferencia-se do Nível 2 pela exigência para emissão exclusiva de ações com direito a voto. Estes dois últimos apresentam como resultado esperado a redução das incertezas no processo de avaliação, investimento e de risco; o aumento de investidores interessados; e, consequentemente, o fortalecimento do mercado acionário. Resultados que trazem benefícios para investidores, empresa, mercado e Brasil. GOVERNANÇA CORPORATIVA GOVERNANÇA CORPORATIVA O que são Segmentos de Listagem Os segmentos especiais de listagem da BM&FBOVESPA – Bovespa Mais, Novo Mercado, Nível 2 e Nível 1 - foram criados há mais de 10 anos, no momento em que percebemos que, para desenvolver o mercado de capitais brasileiro, era preciso ter segmentos adequados aos diferentes perfis de empresas. Todos os segmentos prezam por rígidas regras de governança corporativa. Essas regras vão além das obrigações que as companhias têm perante a Lei das Sociedades por Ações (Lei das S.As.) e têm como objetivo melhorar a avaliação das companhias que decidem aderir, voluntariamente, a um desses níveis de listagem. Além disso, tais regras atraem os investidores. Ao assegurar direitos e garantias aos acionistas, bem como a divulgação de informações mais completas para controladores, gestores da companhia e participantes do mercado, o risco é reduzido. GOVERNANÇA CORPORATIVA GOVERNANÇA CORPORATIVA GOVERNANÇA CORPORATIVA GOVERNANÇA CORPORATIVA
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