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Super Apostila Nota11 Cap. 1 LINDB Direito Civil

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Prévia do material em texto

Super Apostila Nota11 
Cap. 1 – Noções Gerais de 
Direito Civil e Lei de 
Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro. 
Prof. Fabrício Andrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Fabrício Andrade 
www.nota11.com.br 2 
 
Sumário 
1. Apresentação e objetivos da apostila ............................................... 3 
2. Noções Gerais de Direito Civil ......................................................... 4 
2.1 Aspectos introdutórios ................................................................. 4 
2.2 Constitucionalização do Direito Civil ............................................... 5 
2.3 Eficácia horizontal dos direitos fundamentais .................................. 6 
2.4 Código Civil de 2002 .................................................................... 6 
3. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro .............................. 7 
3.1 Noções introdutórias .................................................................... 7 
3.2 Vigência da lei ............................................................................ 8 
3.3 Revogação da lei ........................................................................ 10 
3.3.1 Classificação ............................................................................. 10 
3.3.2 Repristinação ............................................................................ 11 
3.3.3 Conflito de normas .................................................................... 11 
3.4 Integração da norma .................................................................. 12 
3.5 Interpretação da norma .............................................................. 15 
3.6 Ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada ..................... 16 
3.7 Princípio da territorialidade e extraterritorialidade........................... 17 
4. DICA DE OURO ............................................................................ 37 
5. Lista das questões que resolvemos. ................................................ 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Fabrício Andrade 
www.nota11.com.br 3 
 
1. Apresentação e objetivos da apostila 
 
Olá Concurseiro! 
 
Como qualquer projeto em nossas vidas, ser aprovado em um concurso 
público requer PLANEJAMENTO. 
O primeiro passo é definir o OBJETIVO, determinar qual cargo você quer 
exercer e, consequentemente, para qual concurso estudará. Parece 
desimportante, mas essa delimitação é essencial para traçar toda a 
estratégia da aprovação. 
É muito comum ver pessoas que fazem vários concursos diferentes, 
iniciando um novo ciclo de estudo a cada edital que é lançado. Isso só 
atrasa a aprovação. Essas pessoas nunca conseguem terminar o conteúdo 
todo, ficam experts apenas nos primeiros assuntos de cada matéria, e não 
focam no que realmente importa. 
Delimitado o objetivo, você deve definir o MÉTODO adequado para alcançar 
o resultado. Aqui entra o Nota11! 
Sabemos que são oferecidos cada vez mais tipos de cursos, materiais e 
métodos de estudo. Portanto, é essencial definir qual material estudar, para 
evitar perda de tempo mudando o método no meio do caminho ou ter que 
consultar inúmeras fontes. 
Pensando nisso, o Nota11 oferece um material ao mesmo tempo 
COMPLETO, CLARO, SUCINTO e PRECISO, para que você consiga estudar 
com alto rendimento. 
Além disso, o estudo tradicional da matéria (leitura do conteúdo), tem de 
vir acompanhada de uma complementação para que seja, de fato, 
absorvida. Esse “algo a mais” é conseguido colocando em prática o que 
aprendeu. 
Assim, para tornar o estudo ainda mais eficaz, você terá acesso também ao 
sistema de Fichas Interativas. Método de estudo através de perguntas e 
respostas, com um conteúdo completo e atualizado da matéria, reunindo 
numa só ferramenta: legislação, doutrina, jurisprudência e questões de 
concursos. 
Ou seja, queremos que seja mais um apoio para a proposta do Nota11 de 
lhe deixar pronto para GABARITAR a prova em um tempo até 10X mais 
rápido que os materiais e métodos tradicionais do mercado. 
 
Prof. Fabrício Andrade 
www.nota11.com.br 4 
 
Eu acompanharei você nos temas de Direito Civil, matéria que é cobrada na 
quase totalidade dos concursos públicos, especialmente a Parte Geral e a 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (antiga Lei de 
Introdução ao Código Civil). Esses assuntos são de extrema importância e 
devem ser estudados com afinco. 
A maioria das questões sobre Direito Civil exige o conhecimento da 
literalidade das normas do Código Civil e da LINDB. Por essa razão, 
muitas vezes, trarei a redação exata dos artigos para que você fique cada 
vez mais familiarizado com o texto. 
Neste material, tratarei de noções gerais sobre o Direito Civil, para que 
você se contextualize com a matéria, e da Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro, norma essencial para entender melhor qualquer matéria 
jurídica. 
 
 
2. Noções Gerais de Direito Civil 
2.1 Aspectos introdutórios 
 
O Direito Civil é considerado o grande ramo da ciência jurídica desde a 
Roma Antiga. Dentro da clássica divisão, é classificado como direito privado, 
embora tenha ocorrido a sua constitucionalização (como será visto adiante). 
O termo civil vem do latim cives, que significa cidadão; assim, essa é a 
parte do Direito que regulamenta as relações sociais entre os particulares. 
O Direito Civil disciplina a vida das pessoas, desde a concepção até depois 
da morte, passando por atos simples (como achar uma coisa perdida) até 
atos complexos (a exemplo do casamento). 
O civilista Francisco Amaral define esse ramo como: 
o conjunto de princípios e normas que disciplinam as 
relações jurídicas comuns de natureza privada. É o direito 
privado comum, geral ou ordinário. De modo analítico, é o 
direito que regula a pessoa, na sua existência e atividade, a 
família e o patrimônio.1 
 
O Direito Civil está dividido em: parte geral e parte especial. A parte 
geral trata dos elementos fundamentais da relação jurídica civil: as 
 
1 AMARAL, Francisco, Direito Civil: introdução, p. 105. 
Prof. Fabrício Andrade 
www.nota11.com.br 5 
 
pessoas naturais ou jurídicas, suas relações com os bens e os fatos 
jurídicos gerados por elas. 
Por sua vez, a parte especial tem por objeto as relações privadas em 
concreto, dividida em três setores: a circulação de riquezas, as titularidades 
e o afeto. Dentro dessa estrutura, o Direito das Obrigações cuida das 
relações de débito e de crédito, que são a base da vida econômica dos 
indivíduos. O Direito das Coisas trata do poder de afetação sobre os bens 
e valores de conteúdo econômico, permitindo ao titular usar, gozar, dispor 
livremente, de modo exclusivo, e reivindicar de quem injustamente os 
detenha. Já o Direito de Família disciplina e organiza as relações oriundas 
do casamento, da união estável, das famílias monoparentais, bem como o 
parentesco, a obrigação alimentícia, e os institutos da tutela e curatela. Por 
fim, o Direito das Sucessões tem por objeto a substituição da pessoal, 
em razão de sua morte, na titularidade de seu patrimônio, pelas pessoas 
determinadas legalmente ou indicadas em ato de última vontade. 
 
 
2.2 Constitucionalização do Direito Civil 
 
A partir da segunda metade do Século XX, especialmente em razão da 
promulgação da Constituição federalde 1988, as normas e institutos do 
Direito Civil passaram a ser repensados segundo as regras e princípios 
constitucionais. Esse fenômeno ficou conhecido como 
constitucionalização. 
O legislador constituinte, no momento em que regulou diversos institutos 
tipicamente civilistas, como a família e a propriedade, acabou 
redimensionando a norma privada. Assim, ao estabelecer como princípios 
norteadores da República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa 
humana, a solidariedade social, a igualdade substancial e outros, a 
Constituição realizou uma interpenetração do direito público no direito 
privado. 
Dessa forma, muitos desses institutos, que antes possuíam seu ponto de 
referência localizado no Código Civil, agora tem seu eixo fundamental na 
Carta Constitucional. 
Como referência a esse processo, a doutrina tem feito menção à expressão 
direito civil-constitucional para ressaltar a necessária reinterpretação 
das normas do Código Civil e das leis especiais à luz da Constituição 
Federal. 
 
Prof. Fabrício Andrade 
www.nota11.com.br 6 
 
2.3 Eficácia horizontal dos direitos fundamentais 
 
A teoria da eficácia horizontal (ou irradiante) afirma que os direitos e 
garantias fundamentais tem aplicação direta e imediata às relações 
privadas. Esse entendimento surgiu para contrapor a antiga, e já superada, 
concepção de que esses normas eram dirigidas apenas ao Estado. 
Assim, quando um juiz julgar questão que discute uma relação privada, 
poderá depara-se com um conflito entre direitos fundamentais. 
O Supremo Tribunal Federal julgou um caso interessante em que reintegrou 
um associado aos quadros da sociedade civil da qual ele tinha sido expulso, 
sem direito de se defender. Na oportunidade, o STF entendeu que houvera 
violação das garantias constitucionais do devido processo legal e do 
contraditório, aplicadas às relações privadas (RE 201.819/RJ). 
 
 
2.4 Código Civil de 2002 
 
As normas básicas do Direito Civil brasileiro é regida atualmente pelo 
Código de 2002, que entrou em vigor no dia 11 de janeiro de 2003. 
O CC/2002 estrutura-se em uma parte geral e outra especial. A parte 
geral trata das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos. Por sua vez, a 
parte especial aborda o Direito das obrigações, de empresa, das coisas, de 
família e das sucessões. 
Dentre as principais características desse Código, encontra-se a adoção do 
sistema de cláusulas gerais. Esse sistema resulta da convicção de que a 
criação de normas rígidas e pormenorizadas demais pelo legislador, leva a 
situações de grave injustiça. Assim, as cláusulas gerais têm caráter 
genérico e abstrato, cuja significação será preenchida pelo juiz, com certa 
margem de interpretação, levando-se em consideração o sistema jurídico 
como um todo. São exemplos de cláusulas gerais, dentre outros, as normas 
que tratam da boa-fé objetiva e da função social do contrato. 
O Código Civil de 2002 rege-se pelos seguintes princípios básicos: 
 Socialidade: determina que os valores coletivos devem 
prevalecer sobre os individuais. O sentido social do novo 
Código contrapõe-se com o sentido individualista do Código 
de 1916. 
Prof. Fabrício Andrade 
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 Eticidade: esse princípio determina que o valor da pessoa 
humana deve servir de fonte para todos os demais valores. 
Assim, a equidade, a boa-fé, a justa causa e demais critérios 
éticos devem orientar todo o sistema. Tem por objetivo, 
ainda, conferir ao juiz maior poder para encontrar a solução 
mais justa. 
 Operabilidade: o Código Civil atual preza a efetividade do 
direito, evitando normas complexas. Dessa forma, são 
decorrências desse princípio as características de 
simplicidade e concretude. 
 
 
3. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
Nível de concurso: Todos! 
3.1 Noções introdutórias 
 
O Decreto-lei nº 4.657/42 instituiu a Lei de Introdução ao Código Civil, com 
a função de orientar a elaboração, o modo de aplicação e a vigência da lei 
no tempo e no espaço. 
Por se tratar de uma norma sobre normas, que se aplica a todo o 
ordenamento jurídico, razão pela qual a Lei nº 12.376/10 alterou o nome 
para Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
A LINDB também as funções de estabelecer regras para preenchimento 
de lacunas nas leis e solução de eventuais conflitos normativos, 
estabelecendo parâmetros de interpretação, conforme você pode 
verificar nos seguintes artigos: 
 Art. 4º: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de 
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de 
direito” (mecanismos de integração = preenchimento de 
lacunas). 
 Art. 5º: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais 
a que ela se dirige e às exigências do bem comum” 
(parâmetros de interpretação). 
 
 
 
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3.2 Vigência da lei 
 
A vigência da lei é o lapso de tempo na qual a lei pode produzir efeitos, ou 
seja, o prazo que delimita seu período de validade. 
A vigência de uma lei se inicia com a sua publicação ou a partir de 
prazo determinado, momento em que ela passa a ter força 
vinculante. 
A vigência de uma lei se inicia com a sua publicação ou a partir de 
determinado prazo definido, momento em que ela passa a ter força 
vinculante. 
O início da vigência não se confunde com o “nascimento da lei”, que ocorre 
com a sanção do projeto. A promulgação é a declaração da existência da 
lei, apenas uma condição de validade. Com a sanção na fase constitutiva 
termina-se a “construção” do ato normativo, desta forma, a promulgação 
incide sobre um ato perfeito e acabado apenas atestando que a lei existe e 
cumpriu o todo o seu rito constitutivo. 
Caso não haja disposição em sentido contrário, uma lei começa a vigorar, 
dentro do Brasil, 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente 
publicada, e após 3 (três) meses, nos demais países (art. 1º da LINDB). 
Consequência de sua força vinculante é a regra de que ninguém pode 
negar cumprimento da lei afirmando que não a conhecia (art. 3º da 
LINDB). Essa norma é essencial para a segurança jurídico, imagine o que 
aconteceria se fosse permitido descumprir a lei por desconhecimento. As 
pessoas iriam, deliberadamente, se manter ignorantes sobre elas para não 
cumpri-las. 
 
 Vigência x vigor 
 
Dois termos que são geralmente confundidos são vigência e vigor. É 
importante saber diferenciá-los para não cair em pegadinhas de provas. 
O termo vigência está relacionado ao tempo de duração da lei, ao passo 
que o vigor está relacionado à sua força vinculante. 
Apesar de ser mais comum que uma norma que esteja vigorando também 
tenha vigência, isso nem sempre ocorre. Por exemplo, o Código Civil de 
1916 não tem mais vigência (por ter sido revogado pelo CC/02), porém 
ainda está em vigor, vez que se aplica a situações jurídicas constituídas sob 
sua égide (princípio do tempus regit actum - os atos são regidos pela lei de 
seu tempo). 
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 Promulgação 
 
Promulgação é conceituada como o ato, emitido pelo Poder Executivo, que 
atesta a existência da lei e ordena seu cumprimento. 
 
 Vacatio legis 
 
Vacatio legis é o período que compreendido entre a data da publicação e a 
entrada em vigor de uma lei, que tem por objetivo possibilitar sua ampla 
divulgação e permitir as mudanças e adaptações necessárias para o seucumprimento. Nesse lapso de tempo, embora a lei exista, não houve início 
de sua obrigatoriedade. 
A vacatio legis tem por objetivo permitir uma divulgação mais ampla das 
novas disposições legais e permitir as mudanças e adaptações necessárias 
para o seu fiel cumprimento. 
Assim determina o art. 8º da Lei Complementar n.º 95/98: “A vigência da 
lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo 
razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a 
cláusula ‘entra em vigor na data de sua publicação’ para as leis de pequena 
repercussão” (grifamos). 
Havendo nova publicação da lei destinada à correção de impropriedades do 
seu texto, o prazo da vacatio legis passará a contar da nova 
publicação (§3º do art. 1º da LINDB). 
É importante observar que o novo prazo apenas será aplicado aos 
dispositivos que tiveram seus textos republicados, os demais permanecem 
com sua vigência determinada pela primeira publicação. 
As correções no texto serão consideradas leis novas, sujeitando-se à regra 
geral da vacatio legis (art. 1º, §4º, da LINDB). 
 
 Início da obrigatoriedade dos decretos e regulamentos 
administrativos 
 
Não havendo disposição em sentido contrário no texto normativo, a 
obrigatoriedade dos decretos e regulamentos administrativos é 
determinada pela sua publicação oficial, entrando em vigor nessa 
data. 
 
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 Prazo de duração de uma lei 
 
Regra geral, toda lei tem caráter permanente, não possuindo prazo de 
duração definido, em atenção ao princípio da continuidade. Dessa forma, 
“não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue” (art. 2º da LINDB). 
 
 Prova em Juízo da existência da lei 
 
Não é necessária provar a existência da lei federal em Juízo, a qual é 
presumida com a sua publicação. 
Entretanto, “a parte que alegar direito municipal, estadual, 
estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se 
assim o juiz determinar”, conforme art. 376 do novo Código de Processo 
Civil (2015). 
 
 
3.3 Revogação da lei 
3.3.1 Classificação 
 
a) Quanto à abrangência: 
 Ab-rogação  ocorre quando há a supressão total de uma lei. 
Nesse caso, a lei “sai de circulação”. Uma forma fácil de 
memorizar é relacionar o termo “ab” com a palavra “absoluta” 
e, consequentemente, com “revogação total”. 
 Derrogação  uma norma posterior suprime parcialmente a 
norma anterior. 
 
b) Quanto ao modo de execução: 
 A revogação expressa ocorre quando a nova lei inclui 
dispositivo em seu texto revogando a lei anterior. 
 A revogação tácita se dá quando há incompatibilidade 
entre as normas ou quando a matéria é totalmente regulada 
pelo texto legal mais recente (art. 2º, §1º, da LINDB). 
 
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3.3.2 Repristinação 
 
Repristinação é um fenômeno que ocorre quando uma lei revogada 
volta a ter vigência, após a revogação da lei revogadora por um 
terceiro diploma legal. 
No Brasil, a repristinação não pode ocorrer de forma tácita, assim dispõe a 
LINDB: 
Art. 2º. § 3º Salvo disposição em sentido contrário, a lei 
revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência. 
 
Assim, por exemplo, imagine que uma Lei A tenha sido revogada pela Lei B 
que, por sua vez, foi revogada pela Lei C. Nesse caso, a Lei A só volta a 
vigorar (repristinação) caso a Lei C determine expressamente. 
Observe que, caso uma lei revogadora seja declarada inconstitucional 
pelo STF, a lei revogada terá sua eficácia restaurada. 
Nesses casos não ocorrerá a repristinação tácita, e sim o efeito 
repristinatório da decisão declaratória de inconstitucionalidade. 
Esse fenômeno ocorre porque uma norma inconstitucional é nula de pleno 
direito, ou seja, é tratada como se nunca tivesse entrado no ordenamento 
jurídico. Razão pela qual, como a lei revogadora nunca foi válida 
juridicamente, não teve a aptidão para revogar nenhuma lei. 
Dessa forma, é importante não confundir a repristinação tácita (vedada pela 
LINDB) com o efeito repristinatório, que decorre das declarações de 
inconstitucionalidade de leis que revogaram outras leis. 
 
 
3.3.3 Conflito de normas 
 
Ocorre conflito de normas (antinomia) quando dois ou mais dispositivos 
preveem soluções incompatíveis para uma mesma situação. No 
ordenamento jurídico brasileiro, diz-se que esse conflito é aparente, porque 
o próprio sistema prevê critérios para se determinar qual norma é aplicada 
ao caso. São eles: 
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 Critério hierárquico  determina que a lei 
hierarquicamente superior deva prevalecer sobre a inferior. 
Ex.: Constituição Federal e lei ordinária. 
 Critério da especialidade  afirma que a lei especial 
prevalece sobre a lei geral. Ex.: Código de Defesa do 
Consumidor e o Código Civil, quanto se tratar de relações de 
consumo. 
 Critério cronológico  é aplicável apenas quanto se tratar 
de normas de mesmo status, ensinando que deve prevalecer 
a lei posterior sobre a anterior. O critério cronológico é útil 
nos casos de leis sucessivas. 
 
Podem ocorrer ainda situações em que os próprios critérios entrem em 
conflito, gerando uma antinomia de segundo grau. Para ser resolvido, 
deve-se observar uma ordem de preferencia: 
 o critério da hierarquia deve prevalecer sobre o critério 
cronológico e o da especialidade 
 o critério da especialidade deve prevalecer sobre o 
cronológico. 
 
Importante perceber que é possível a coexistência de normas de caráter 
geral e normas especiais sobre o mesmo tema desde que não haja 
incompatibilidade entre elas. Assim prevê a LINDB: 
Art. 2º. § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições 
gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga 
nem modifica a lei anterior. 
 
 
3.4 Integração da norma 
 
O juiz é obrigado a julgar, suprindo as lacunas e superando as 
obscuridades. É o que determina o novo CPC: 
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação 
de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. 
 
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www.nota11.com.br 13 
 
Nos casos em que existem lacunas no ordenamento jurídico, o juiz deve se 
valer de ferramentas para integrá-la, corrigindo o sistema. Assim prevê o 
art. 4º da LINDB: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de 
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de 
direito”. 
Importante observar que a ordem apresentada no texto legal representa 
uma hierarquia entre os mecanismos de integração 
 
 Analogia 
 
A analogia é o método de integração que determina a aplicação a um 
caso não previsto na norma legal das disposições de uma hipótese 
semelhante prevista. Ou seja, quando houver determinada situação não 
tipificada na legislação, o juiz pode se valer da analogia para aplicar a 
solução de um caso semelhante determinada na lei. 
Para o uso da analogia, deve haver: 
 inexistência de dispositivo legal disciplinando a hipótese 
do caso concreto; 
 semelhança entre a situação concreta não tipificada e a 
hipótese da previsão legal que se aplicar; 
 identidade de fundamentos lógicos e jurídicos, no ponto 
comum. 
 
Existem duas espécies de analogia: 
a) analogia legal (legis): ocorre quando o juiz busca a 
aplicação de uma norma existente, destinada a reger 
hipótese semelhante ao previsto.Uma norma isolada é 
aplicada. 
b) analogia jurídica (juris): é utilizado um conjunto de 
normas para extrair a solução do caso não previsto. É 
considerada a autêntica analogia, por envolver todo o 
ordenamento jurídico. 
 
Não se admite a aplicação da analogia nos negócios jurídicos benéficos 
e nos casos de transação, fiança ou renúncia a direitos, pelo fato de 
serem interpretados restritivamente. 
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 Costume 
 
O costume, fonte supletiva de direito, é conceituado pela doutrina como 
a prática uniforme, constante, pública e geral de determinado ato, 
com a convicção de sua necessidade. 
Portanto, o costume baseia-se em sua continuidade, uniformidade, 
moralidade e diuturnidade. 
O costume é formado por um elemento externo ou material e um elemento 
interno ou psicológico: 
 Elemento externo: prática reiterada de um 
comportamento. 
 Elemento interno: convicção de sua obrigatoriedade. 
 
Existem as seguintes espécies de costume: 
 Secundum legem: ocorre quando está expressamente 
referido na lei. Nesse caso, passa a ter caráter de verdadeira 
lei, deixando de ser costume propriamente dito. 
 Praeter legem: é aquele que se destina a preencher 
lacunas deixadas pela lei. É o que está previsto no art. 4º da 
LINDB: “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso 
de acordo com a analogia, os costumes e os princípios 
gerais de direito”. 
 Contra legem é o que se opõe à lei. 
 
No Brasil, a lei não perde a sua eficácia pelo não uso (desuetudo), nem 
pode deixar de ser aplicada em razão de um costume (consuetudo 
abrogatoria). 
 
 Princípios gerais do direito 
 
Os princípio gerais são diretrizes gerais que apesar de não terem sido 
explicitadas pelo legislador, estão contidas de forma imanente no sistema 
jurídico. São constituídos de mandamentos que se encontram na 
consciência dos povos e são universalmente aceitas. 
 
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 Equidade 
 
É um recurso auxiliar para aplicação da lei, não se constituindo um meio 
para suprimento de lacunas. Esse instituto compreende a justiça que se 
fundamenta no bom senso, suprindo a imperfeição da lei ou amenizando 
seus rigores. Através desse mecanismo busca-se adequar o texto normativo 
à realidade do caso concreto, procurando um ponto de equilíbrio entre o 
resultado prático da aplicação da lei e os valores que a inspiram. 
São duas as espécies de equidade: a legal e a judicial. 
 Equidade legal é aquela contida no texto da norma, a qual 
prevê várias possibilidades de soluções. 
 Judicial é a que o legislador, explícita ou implicitamente, 
incumbe o magistrado de decidir por equidade, criando a 
possibilidade para ele formular a norma mais adequada ao 
caso. 
 
 
3.5 Interpretação da norma 
 
É uma atividade mental desenvolvida pelo aplicador do Direito, que tem 
como objetivo fixar o verdadeiro sentido e o alcance de uma norma jurídica. 
Pode ser classificada da seguinte forma: 
 
a) Quanto às fontes: 
 Interpretação autêntica: aquela realizada pelo próprio 
legislador. 
 Interpretação judicial: quando feita pelo juízes e tribunais. 
 Interpretação doutrinária: a realizada pelos estudiosos do 
Direito. 
 
b) Quanto aos meios: 
 Interpretação gramatical: ou literal, consiste no exame do 
texto normativo sob o ponto de vista linguístico, analisando a 
pontuação e buscado o sentido e alcance das palavras isoladas 
ou sintaticamente consideradas. 
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 Interpretação lógica ou racional: é aquela que procura 
eliminar contradições, para compreender a norma em toda sua 
extensão. 
 Interpretação sistemática: é aquela que analisa a norma 
junto com o restante do ordenamento jurídico, buscando 
contextualiza-la. Relaciona-se com a interpretação lógica. 
 Interpretação histórica: baseia-se na investigação das 
circunstâncias econômicas, políticas e sociais que nortearam a 
elaboração do texto normativo, bem como do pensamento 
dominante ao tempo de sua formação. 
 Interpretação sociológica ou teleológica: busca a 
finalidade social da norma, adaptando às exigências sociais. É 
o que prevê o art. 5º: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos 
fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”. 
 
c) Quanto ao resultado: 
 Interpretação declarativa: ocorre quando a norma extraída 
do texto legal corresponde ao pensamento do legislador. 
 Interpretação extensiva: nos casos em que o alcance ou 
espírito da lei é mais amplo do que indica o seu texto, 
abrangendo implicitamente outras situações. 
 Interpretação restritiva: quando o campo de atuação da 
norma é restringido. 
 
 
3.6 Ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada 
 
A LINDB prevê que a lei respeitará o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada (art. 6º da LINDB). 
Por tratar-se de questão de segurança jurídica, essa norma foi consagrada 
na Constituição Federal no art. 5º, XXXVI: “a lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. 
Vejamos cada um: 
 Ato jurídico perfeito  é aquele ato já consumado 
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 
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 Direito adquirido  é aquele que já se incorporou 
definitivamente ao patrimônio e à personalidade de seu 
titular, não podendo ser modificado por lei ou fato posterior 
(art. 6º, § 2º, da LINDB). 
 Coisa julgada  ocorre quando já não cabe mais recurso 
de uma decisão judicial, tornando imutáveis seus efeitos 
(art. 6º, § 3º, da LINDB). 
 
É importante diferenciar direito adquirido e expectativa de direito. 
Enquanto no direito adquirido o beneficiário já preencheu todos os 
requisitos para sua aquisição, apenas não tendo ocorrido seu exercício. Na 
expectativa de direito, a aquisição do benefício encontra-se na iminência 
de ocorrer, mas ainda não foram preenchidos todos os requisitos previstos 
na norma. 
Assim, a lei não poderá modificar a situação daquele que possui direito 
adquirido, enquanto a mera expectativa de direito não terá essa proteção. 
Segundo o Supremo Tribunal Federal, não há direito adquirido em face de 
norma da Constituição. 
 
 
3.7 Princípio da territorialidade e extraterritorialidade 
 
O princípio da territorialidade determina que, em razão da soberania 
estatal, a norma tem aplicação dentro do território delimitado pelas 
fronteiras do Estado responsável por sua edição. 
No Brasil, adota-se o princípio da territorialidade moderada, porque 
admite-se excepcionalmente a aplicação do princípio da 
extraterritorialidade, hipótese em que uma norma estrangeira será aplicada 
no país. 
 
 Estatuto pessoal e lex domicilii 
 
Com relação ao começo e ao fim da personalidade, ao nome, à capacidade 
e aos direitos de família de uma pessoa, são aplicadas a legislação do local 
do seu domicílio (lex domicilii). Essa é a regra do “estatuto pessoal. 
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Assim, determina o art. 7º da LINDB: “A lei do país em que domiciliada 
a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família”. 
Incluindo essa hipótese, a LINDB determina a aplicação da lei do local de 
residência do estrangeirono que disser respeito: 
 ao começo e ao fim da personalidade, ao nome, à 
capacidade e aos direitos de família (art. 7º); 
 aos bens móveis que o proprietário tiver consigo ou se 
destinarem ao transporte para outros lugares (art. 8º,§ 1º); 
 ao penhor dos bens que estiver em sua posse (art. 8º, § 
2º); 
 à capacidade de suceder (art. 10, § 2º); e 
 à competência da autoridade judiciária. 
 
 Casamento realizado no Brasil 
 
No caso de casamento realizado no Brasil, será aplicada a lei brasileira no 
que se refere às formalidades da celebração e aos impedimentos 
dirimentes. 
Essa é a previsão do o art. 7º, § 1º, da LINDB: “realizando-se o 
casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração”. 
 
 Casamento de estrangeiros 
 
As autoridades estrangeiras apenas poderão celebrar casamentos quando 
os nubentes tiverem a mesma nacionalidade. Assim dispõe o art. 7º, § 2º, 
da LINDB: “o casamento de estrangeiros pode celebrar-se perante as 
autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os 
nubentes”. 
 
 Regime de bens no casamento 
 
O regime de bens do casamento obedecerá o ordenamento jurídico do país 
em que os nubentes tiverem domicílio, caso seja o mesmo para ambos. 
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Caso sejam domiciliados em local diferente, serão aplicadas a norma do 
primeiro domicílio conjugal. 
Assim prevê o § 4º do art. 7º da LINDB: “O regime de bens, legal ou 
convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes 
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal”. 
 
 Divórcio realizado no estrangeiro 
 
Quando o divórcio se realizar no estrangeiro, será aplicada a seguinte 
disposição da LINDB: 
Art. 7º. § 6º. O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou 
ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido 
no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, 
salvo se houver sido antecedida de separação judicial 
por igual prazo, caso em que a homologação produzirá 
efeito imediato, obedecidas as condições 
estabelecidas para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país (...). 
 
 Sucessão por morte ou por ausência 
 
Nos casos em que ocorrer a morte ou se declarar a ausência de uma 
pessoa, a sucessão obedecerá o ordenamento jurídico da lei do país de 
domicílio do falecido ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a 
situação dos bens (art. 10 da LINDB). 
Observe ainda que, enquanto a lei do domicílio do de cujos rege as 
condições para validade do testamento, as normas do domicílio do 
herdeiro ou legatário que regulará a capacidade para suceder (art. 
10, § 2º, da LINDB. 
A sucessão de bens de um estrangeiro, que estiverem localizados no Brasil, 
será regida pelas as leis mais favoráveis aos cônjuge ou aos filhos 
brasileiros. Assim, poderá ser aplicada leis brasileiras ou a pessoal do 
falecido. 
Veja o § 1º do art. 10 da LINDB: “A sucessão de bens de estrangeiros, 
situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre 
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus”. 
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Veja como é cobrado: 
 
1. (CESPE - Auxiliar Judiciário - TJ/AC) Com base na Lei de Introdução 
às Normas Brasileiras, julgue os itens a seguir. 
53. A Lei de Introdução às Normas Brasileiras revogou a Lei de Introdução 
ao Código Civil. 
Resposta: Errado. A Lei n.º 12.376/2010 apenas alterou o nome do 
Decreto-Lei n.º 4.657/42 para "Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro". 
 
2. (TRT 9ª - Juiz do Trabalho - TRT 9ª) Considere as seguintes 
proposições: 
(...) 
V. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, 
os costumes e os princípios gerais de direito. Na aplicação da lei, o juiz 
atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
Comentários 
Resposta: A questão trás a literalidade dos artigos 4º e 5º. Vamos ver eles 
novamente: 
 Art. 4º: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso 
de acordo com a analogia, os costumes e os princípios 
gerais de direito” 
 Art. 5º: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins 
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem 
comum” 
 Portanto, correto o item. 
 
3. (MP/SP - Promotor de Justiça Substituto - MP/SP) No que tange às 
normas do Direito Brasileiro: 
I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país trinta 
dias depois de oficialmente publicada. 
(...) 
Certo ou errado? 
Resposta: Errado, são 45 dias (art. 1º da LINDB). Lembre-se que esse é o 
prazo para entrar em vigor no Brasil, nos demais países são 3 meses. 
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4. (FCC - Analista Judiciário - Execução de Mandados - TRT 
15ª) Denomina-se vacatio legis: 
a) o período de tramitação da lei no Congresso Nacional. 
b) o instituto de direito não regulamentado por lei. 
c) o período de vigência da lei temporária. 
d) o intervalo entre a data da publicação da lei e a da sua entrada em 
vigor. 
e) a situação jurídica dos fatos regulamentados por lei revogada. 
Resposta: como vimos, vacatio legis é aquele tempo entre a publicação da 
lei e sua entrada em vigor, para permitir que a sociedade se adapte as 
mudanças. A resposta é a letra D. 
 
5. (FCC - Promotor de Justiça Substituto - MP/CE) A elaboração de 
texto legal deve observar regras técnicas estabelecidas na Lei 
Complementar no 95, de 26/02/1998, entre as quais a indicação de sua 
vigência, "de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para 
que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula 'entra em 
vigor na data de sua publicação' para as leis de pequena repercussão", 
a) contudo, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, 
quando admitida, se inicia sempre 90 (noventa) dias depois de oficialmente 
publicada. 
b) por isto não mais vigoram as disposições da Lei de Introdução ao Código 
Civil, a respeito da vacatio legis. 
c) entretanto, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o 
país 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada. 
d) logo, ao Juiz caberá estabelecer o momento em que a lei entrará em 
vigor, caso não estabelecido prazo razoável de vacatio legis. 
e) por este motivo, são inconstitucionais as leis ordinárias que não 
estabelecem prazo de vacatio ou não determinem a entrada em vigor na 
data de sua publicação. 
 
Comentários 
Vamos analisar todos os itens: 
a) Tem dois erros, o primeiro é que a lei brasileira entra em vigor nos 
outros países em 3 meses e não 90 dias (fique atento). Parece o 
mesmo lapso de tempo, mas faz toda a diferença: prazos em dias são 
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contados dia a dia, podendo vencer no meio do mês, por exemplo; os 
prazos em meses são contados mês a mês, vencendo sempre no final do 
último mês do prazo. O segundo erro é dizer sempre entrará em vigor 
nesse prazo, só será 3 meses se a própria não definir outro. 
b) Errado, as disposições sobre vacatio legis da LINDB continuam em vigor. 
A LC 95/98 trata da elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 
c) Correto, conforme o art. 1º da LINDB. 
d) Errado, não cabe ao juiz fazer essa definição. Se a própria leinão fizer 
serão aplicados os prazos de 45 dias ou 3 meses definidos na LINDB. 
e) Errado, não há qualquer inconstitucionalidade em não estabelecer o 
prazo da vacatio legis. A LINDB prevê mecanismos para suprir essa 
omissão. 
 
6. (ESAF - Analista de Comércio Exterior - MDIC) A propósito do início 
da vigência da lei, todas as afirmativas abaixo são verdadeiras, exceto. 
(...) 
e) Nos estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, inicia-se três meses depois de oficialmente publicada. 
Certo ou errado? 
Resposta: O item está correto (art. 1º, § 1º, da LINDB). 
 
7. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 21ª) Com base 
na Lei de Introdução ao Código Civil, julgue os itens que se seguem: 
[88] Quando determinada lei, antes mesmo de entrar em vigor, tem seu 
texto corrigido, por meio de nova publicação oficial, considera-se que o 
prazo de vacatio legis começará a correr a partir da primeira publicação. 
Resposta: Errado, a vacatio legis da parte alterada inicia-se da nova 
publicação (art. 1º, § 3º, da LINDB). 
 
8. (FCC - Juiz de Direito - TJ/PE) No caso de publicação para corrigir 
texto de lei publicado com incorreção, 
a) deverá, necessariamente, ser estabelecido um prazo para sua nova 
entrada em vigor, além de disciplinar as relações jurídicas estabelecidas 
antes da nova publicação. 
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b) deve o conflito entre os textos ser resolvido pelo juiz por equidade, 
porque a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro não regula os 
efeitos da nova publicação de texto de lei. 
c) não haverá novo prazo de vacatio legis depois da nova publicação, se 
ocorrer antes de a lei ter entrado em vigor. 
d) tratando-se de lei já em vigor, as correções consideram-se lei nova. 
e) não se considerarão lei nova as correções, tenha ou não já entrado em 
vigor o texto incorreto. 
Resposta: 
a) Errado, não há qualquer obrigatoriedade de estabelecer prazo definido ou 
disciplinar as relações estabelecidas. 
b) Errado, vimos que a LINDB regula essas situações. Além do mais, no 
caso de lei que já estiver em vigor, seria o caso de uma lei posterior que 
revogaria a anterior. Assim, um hipotético conflito seria resolvido pelo 
critério cronológico. 
c) Errado, terá sim novo prazo contado na nova publicação. 
d) Certo, redação do §4º do art. 1ª da LINDB. 
e) Errado, contrário do item anterior. 
 
9. (FCC - Juiz Federal Substituto - TRF 5ª) A regra do artigo 1o, caput, 
da Lei de Introdução ao Código Civil, que estabelece a vacatio legis de 
quarenta e cinco dias, salvo disposição contrária, 
a) aplica-se, apenas, às leis ordinárias federais. 
b) não se aplica aos decretos. 
c) não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. 
d) aplica-se, também, nos Estados estrangeiros, quando admitida a 
obrigatoriedade da lei brasileira. 
e) foi revogada tacitamente por lei superveniente. 
Resposta: Caso os decretos e regulamentos administrativos não prevejam a 
data em que entram em vigor, eles são obrigatórios desde sua 
publicação. Portanto, não se aplica a vacatio legis do art. 1º da LINDB. 
Correto item B. 
 
10. (FCC - Analista de Direito - MP/SE) Considere as afirmativas: 
(...) 
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II. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue. 
Certo ou errado? 
Resposta: Essa é a redação do art. 2º da LINDB. As leis são, em regra, 
permanentes, vigorando até que outra lei disponha o contrário. Portanto, o 
item está correto. 
 
11. (CESPE - Analista Judiciário - Administrativa - TRE/MS) Assinale 
a opção correta de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro - Decreto-Lei n.° 4.657/1942. 
(...) 
e) Ab-rogação e derrogação designam, respectivamente, a revogação 
parcial e a revogação total de uma norma. 
Certo ou errado? 
Resposta: O item está errado, as definições foram invertidas. 
 
12. (CESPE - Juiz de Direito Substituto - TJ/RN) Consoante a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a opção correta. 
a) A lei posterior somente revoga a anterior quando expressamente o 
declare, podendo a revogação ser total (abrogação) ou parcial 
(derrogação). 
(...) 
Resposta: O item está errado, porque além de expressa, a revogação pode 
ocorrer tacitamente. 
 
13. (UFPR – Defensor Público/PR) Acerca da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro, considere as seguintes afirmativas: 
2. De acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, o efeito repristinatório 
da lei revogadora de outra lei revogadora é automático e imediato sobre a 
velha norma abolida, prescindindo de declaração expressa de lei nova que a 
restabeleça. 
3. A revogação de uma norma por outra posterior tem por espécies a ab-
rogação e a derrogação, e pode ser expressa ou tácita, sendo que, neste 
último caso, é obrigatório conter, na lei nova, a expressão “revogam-se as 
disposições em contrário”. 
Resposta: Ambos os itens estão errados: 
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(2) Lembre-se que o Brasil não adota a tese de repristinação tácita da lei. 
Assim, caso haja revogação de uma lei que revogou outra lei, essa lei não 
volta a vigorar, salvo se houver disposição expressa. Assim prevê o art. 2º. 
§ 3º: “Salvo disposição em sentido contrário, a lei revogada não se 
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
(3) A revogação tácita ocorre quando a lei revogadora for “incompatível ou 
quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior” (art. 2º, 
§1º). Não há exigência de que a lei contenha a expressão “revogam-se as 
disposições em contrário”. 
 
14. (NUCEPE - Delegado de Polícia do Piauí) No caso em que a lei X 
revogue a lei Y por serem incompatíveis e, posteriormente, a lei Z revogue 
a lei X e guarde compatibilidade com a lei Y, que volta a vigorar, se aplica o 
princípio da: 
a) Revogação. 
b) Repristinação. 
c) Revalidação temporal. 
d) Legalidade. 
e) Equidade. 
Resposta: o enunciado define o fenômeno da repristinação. Correto o item 
B. 
 
15. (FGV - Juiz de Direito - TJ/AM) O fenômeno da repristinação 
consiste: 
a) na revogação parcial de uma lei. 
b) na restauração da vigência de uma lei revogada, por ter a lei revogadora 
perdido a vigência, e somente ocorre em virtude de disposição expressa 
que a preveja. 
c) na restauração da vigência de uma lei revogada, por ter a lei revogadora 
perdido a vigência, e ocorre independentemente de disposição expressa que 
a preveja. 
d) na extinção da obrigatoriedade de lei temporária. 
e) na revogação de uma lei por outra que regule inteiramente a matéria de 
que tratava a anterior. 
Resposta: Item B. Outra questão que exige a definição de repristinação. 
 
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16. (VUNESP - Procurador do Município de São Paulo) É correto 
afirmar que: 
a) antinomia é um conflito de normas. 
b) derrogação é uma revogação total. 
c) revogação é espécie de ab-rogação. 
d) a revogação é expressa e a derrogação é tácita. 
e) ab-rogação é uma revogação parcial. 
Resposta: correta letra. A antinomia ocorre quando dois ou mais 
dispositivos preveem soluções incompatíveis para uma mesma situação. 
Vamos ver os erros das outras: 
(b) derrogação é a revogação parcial, não total. 
(c) ab-rogaçãoque é espécie de revogação, não o contrário. 
(d) derrogação é espécie de revogação, e pode ser expressa ou tácita. 
(e) ab-rogação é revogação total (ab=absoluta). 
 
17. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 17ª) Julgue os 
seguintes itens, referentes à vigência e à aplicação da lei no tempo e no 
espaço: 
102. Na aplicação da norma jurídica, a existência de uma antinomia jurídica 
real será resolvida pelos critérios normativos, ou seja, o hierárquico, o 
cronológico e o da especialidade. 
Comentários: 
Esses são os critérios utilizados para solucionar a antinomia aparente, a 
real ocorre quando não existem critérios aplicáveis. Assim, o item 
está errado. 
 
18. (CESPE - Promotor de Justiça Substituto - MP/TO) Considerando a 
importância das leis para a manutenção da ordem jurídica, assinale a opção 
correta. 
(...) 
e) Em caso de conflito de norma especial anterior e norma geral posterior, 
prevalecerá, pelo critério hierárquico, a primeira norma. 
Comentários: 
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Esse item foi considerado incorreto, porque não há hierarquia entre as duas 
normas citadas. No caso, o critério da especialidade que prevaleceu sobre o 
cronológico. 
Nesse caso, ocorreu uma antinomia de segundo grau, quando há conflito 
entre os critérios. Importante gravar a ordem de preferência: 
 
 
 
19. (FCC - Analista Judiciário - Área Administrativa - TRE/RN) A lei 
nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, 
a) modifica a lei anterior, apenas. 
b) revoga a lei anterior, apenas. 
c) não revoga nem modifica a lei anterior. 
d) derroga a lei anterior. 
e) revoga ou modifica a lei anterior. 
Resposta: As normas que não sejam incompatíveis entre si não se 
revogam: “A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais 
a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior” (art. 
2º. § 2º). Correta letra C. 
 
20. (FEPESE - Auditor Fiscal de Santa Catarina) Assinale a alternativa 
incorreta. 
a) Ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece. 
(...) 
Certo ou errado? 
Resposta: Coreto. Assim determina o art. 3º. 
 
21. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 5ª) Luís Caetano, 
Juiz de Direito de Vitória da Conquista, deixa de julgar um processo que lhe 
Critério 
cronológico
Critério da 
especialidade
Critério da 
hierarquia
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foi atribuído, alegando que as provas dos autos são boas para ambos os 
lados e que, ademais, não há lei prevendo a hipótese em julgamento. De 
acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, Luís 
Caetano agiu 
a) bem, pois embora a ausência de lei não impedisse o julgamento, por 
haver outros meios para supri-la, as provas boas para ambos os lados 
impedem a formação da convicção judicial. 
b) mal, pois ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a 
conhece, como era o caso. 
c) mal, pois na aplicação da lei o juiz atenderá às regras de sua 
interpretação e ao bom-senso jurídico. 
d) bem, pois a ausência de lei impede o julgamento, por falta de 
parâmetros para tanto. 
e) mal, pois sendo a lei omissa, deveria ter decidido o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, valorando as provas 
de acordo com os ditames legais, já que o provimento jurisdicional é 
imperativo. 
Comentários 
O juiz não pode deixar de julgar um caso alegando que a lei é omissa, 
devendo aplicar a analogia, os costumes e os princípios gerais de 
direito para corrigir o sistema (art. 4º da LINDB). 
Gabarito: letra E. 
 
22. (FADEMS - Promotor de Justiça - MP/MS) Segundo a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB, é correto afirmar: 
(...) 
d) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, 
os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito. 
(...) 
Certo ou errado? 
Esse item foi considerado incorreto. A equidade é um recurso auxiliar para 
aplicação da lei, por isso não está prevista na LINDB como uma ferramenta 
para suprimento de lacunas. 
 
23. (CETRO - Analista Administrativo - Área 3 - ANVISA) Com relação 
à analogia, aplicada quando uma norma jurídica é omissa para um dado 
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caso concreto, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, 
assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
( ) Analogia legal ou legis, doutrinariamente, é a aplicação de apenas uma 
norma próxima. 
( ) Analogia jurídica ou iuris, doutrinariamente, é a aplicação de um 
conjunto de normas próximas, extraindo elementos que possibilitem a 
analogia. 
(...) 
Resposta: Os dois item definem corretamente as espécies de analogia. 
Relembrando, a analogia legal (legis) ocorre quando o juiz busca a 
aplicação de uma norma existente, destinada a reger hipótese semelhante 
ao previsto. Já na analogia jurídica (juris), é utilizado um conjunto de 
normas para extrair a solução do caso não previsto. 
 
24. (CESPE - Analista do Seguro Social - Direito - INSS - Adaptada) 
Julgue os itens que se seguem, relativos à analogia, interpretação e 
aplicação da lei no tempo e no espaço. 
115. A analogia, que é um dos instrumentos de integração da norma 
jurídica, consiste na prática uniforme, constante, pública e geral de 
determinado ato com a convicção de sua necessidade jurídica. 
Resposta: Esse item está errado, o conceito é de costume, e não de 
analogia. 
 
25. (ESAF - Auditor Fiscal - Receita Federal) Assinale a opção falsa. 
(...) 
c) O costume praeter legem, previsto no art. 4o da Lei de Introdução ao 
Código Civil, por revestir-se de caráter supletivo, supre a lei nos casos 
omissos. 
(...) 
Certo ou errado? 
Resposta: Esse item está correto. Assim prevê o art. 4º: 
 
26. (CESPE - Técnico Judiciário - TJ/AC) No tocante à lei de introdução 
ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir. 
[52] Se a lei for omissa, o juiz poderá usar a equidade para decidir o caso 
concreto. 
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Comentários: 
Esse item está incorreto, a equidade não pode ser usada para suprir lacunas 
da lei, apenas a analogia, os costumes e os princípios gerais do Direito, 
conforme o art. 4º da LINDB. 
 
27. (CESPE - Procurador do BACEN) A interpretação segundo a qual o 
juiz procura alcançar o sentido da lei em consonância com as demais 
normas que inspiram determinado ramo de direito é denominada: 
a) histórica. 
b) lógica. 
c) sistemática. 
d) teleológica. 
e) analógica. 
Resposta: A interpretação sistemática é aquela que procura contextualizar a 
norma em consonância com as demais, busca seu sentido dentro do 
sistema. Está certo o item C. 
 
28. (ESAF - Analista de Controle Externo - TCU) Quando o aplicador 
da norma vier a reconduzi-la ao campo de aplicação que corresponde ao fim 
que pretende obter, porque foi formulada de modo amplo, ter-se-á uma: 
a) interpretação declarativa. 
b) interpretação teleológica. 
c) interpretação restritiva. 
d) interpretação sistemática. 
e) interpretação extensiva. 
Resposta: Item C. Nessa questão, o interprete percebeu que a norma 
possui um sentido mais amplo do que deveria. Assim, para restringir seu 
alcance, deverá utilizar um interpretação restritiva.29. (TRT 9ª - Juiz do Trabalho Substituto - TRT 9ª) Considere as 
seguintes proposições: 
(...) 
II. Por analogia estende-se a um caso não previsto aquilo que o legislador 
previu para um caso semelhante, em igualdade de razões, preenchendo 
uma lacuna na lei, enquanto na interpretação extensiva supõe-se que a 
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norma existe, sendo passível de aplicação ao caso concreto, desde que sua 
abrangência seja estendida além do que usualmente se faz. Quando se 
afirma a existência de uma lacuna legal e se nega a aplicação de norma por 
analogia ao caso concreto, o operador jurídico ainda pode utilizar os 
princípios gerais de direito para a solução do conflito. 
(...) 
Resposta: O enunciado conceitua corretamente a analogia. 
 
30. (IESES - Serviço de Notas e de Registros - TJ/MA) Assinale a 
alternativa correta: 
a) O processo de criação da lei passa por duas fases: da elaboração e da 
publicação. 
b) Não conhecendo a lei estrangeira, não poderá o juiz exigir de quem a 
invoca prova do texto e da vigência. 
c) São consideradas fontes formais do direito somente a lei e a analogia. 
d) A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
Conseguiu identificar a correta? 
Vamos analisar todas: 
(a) errado, a criação da lei passa por 3 fases: a introdutória, momento em 
que há a iniciativa do projeto; a constitutiva, quando ocorre a discussão, 
votação, aprovação e a sanção ou veto; e a complementar que 
compreende a promulgação e a publicação. 
(b) errado, “não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem 
a invoca prova do texto e da vigência” (art. 14 da LINDB). O juiz pode 
ainda determinar a prova do teor e da vigência do direito municipal, 
estadual e consuetudinário, conforme art. 376 do CPC (2015). 
(c) errado, são fontes formais do direito a lei, a analogia, os costumes e os 
princípios gerais do direito. 
(d) certo, é a redação do art. 6º da LINDB. 
 
31. (FCC - Analista Judiciário - Execução de Mandados - TRF 2ª) 
Considere as seguintes assertivas a respeito da Lei de Introdução às 
normas do Direito brasileiro: 
(...) 
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IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
Resposta: Esse item está correto. 
 
32. (FEPESE - Defensor Público de Santa Catarina) Sobre a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é correto afirmar: 
(...) 
e) Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém 
por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo 
pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
Resposta: Correto. O direito adquirido é aquele que já se incorporou ao 
patrimônio da pessoa, seja porque já possam exerce-los, seja porque tenha 
início já fixado ou condição pré-estabelecida inalterável. 
 
33. (FCC - Técnico Judiciário - Administrativo - TRT 20ª) De acordo 
com a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro (Decreto-Lei no 4.657, de 
04/09/1942 e modificações posteriores): 
a) o penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa em cuja 
posse se encontre a coisa apenhada. 
(...) 
d) chama-se coisa julgada a pretensão constante de ação judicial já julgada 
por sentença passível de recurso. 
(...) 
Comentários: 
O item A está correto, "o penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a 
pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada" (art. 8º, § 2º, da 
LINDB). 
O item B está errado, porque a coisa julgada ocorre quando a sentença não 
cabe mais recurso. 
 
34. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRE/BA) 
Considerando a Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) - Decreto-Lei n.º 
4.657/1942 - e a vigência das leis no tempo e no espaço, julgue os itens a 
seguir. 
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77. A noção de coisa julgada prevista na LICC refere-se à imutabilidade da 
decisão judicial somente quando ultrapassado o prazo decadencial para a 
propositura da ação rescisória. 
Comentários: 
O item está errado. A ação rescisória não é um recurso, razão pela qual 
ocorrerá coisa julgada mesmo antes do termino do prazo decadencial para 
sua propositura. 
 
35. (TRT 21ª - Juiz do Trabalho Substituto - TRT 21ª) Leia as 
assertivas seguintes e aponte a resposta correta, considerando o 
ordenamento jurídico brasileiro, com a vigência do novo Código Civil de 
2002: 
(...) 
III - equiparou o conceito de direito adquirido ao de expectativa de direito, 
no âmbito das relações contratuais personalíssimas; 
(...) 
Resposta: O item está incorreto, não há equiparação nos conceitos. 
 
36. (ESAF - Analista Jurídico - SEFAZ/CE) Aponte a opção falsa. 
a) Ter-se-á interpretação declarativa ou especificadora, apenas quando 
houver correspondência entre a expressão linguístico-legal e a voluntas 
legis, sem que haja necessidade de dar ao comando normativo um alcance 
ou sentido mais amplo ou mais restrito. 
b) A analogia juris estriba-se em um conjunto de normas para extrair 
elementos que possibilitem sua aplicabilidade ao caso concreto não 
previsto, mas similar ao previsto. 
c) É retroativa a norma que atinge os efeitos de atos jurídicos praticados 
sob o império da norma revogada. 
d) O princípio da territorialidade é, no Brasil, aplicado de modo absoluto. 
e) A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam 
período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do 
último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua 
consumação integral. 
Resposta: Item "d". A assertiva está falsa, porque no Brasil é adotado o 
princípio da territorialidade moderada, e não absoluta. 
 
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37. (FCC - Consultor Legislativo - ALE/PB) De acordo com a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é INCORRETO afirmar que a lei 
do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre 
a) a qualificação dos bens e as relações a eles concernentes. 
b) o começo e o fim da personalidade. 
c) o nome. 
d) a capacidade. 
e) os direitos de família. 
Resposta: Segundo a regra do estatuto pessoal, o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família de uma 
pessoa, são regidas pela ei do local do seu domicílio do titular. 
Essa é a previsão do art. 7º da LINDB: “A lei do país em que domiciliada 
a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família”. 
Portanto, está errado o item A. 
 
38. (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU) Analise os itens a 
seguir: 
(...) 
II. o penhor regula-se pela lei do país em que se contraiu o contrato de 
penhor. 
(...) 
Resposta: o item está errado, como vimos, "o penhor regula-se pela lei do 
domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada" 
(art. 8º, § 2º, da LINDB). 
 
39. (VUNESP - Promotor de Justiça Substituto - MP/ES) Assinale a 
alternativa correta, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro. 
a) O começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade são regidos 
pelas leis do país onde nasceu a pessoa. 
b) Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileiraquanto 
aos impedimentos dirimentes e quanto às formalidades de celebração. 
c) Para ser executada no Brasil, a sentença estrangeira deve ser 
homologada pelo Supremo Tribunal Federal. 
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d) A sucessão de bens estrangeiros situados no Brasil será regulada pela lei 
brasileira, desconsiderando-se eventual lei pessoal do de cujus. 
e) Sendo um dos nubentes brasileiro, o regime de bens obedece à lei 
brasileira. 
Comentários: 
(a) errado, a eles se aplicam a lei do domicílio da pessoa. 
(b) correto, assim determina expressamente o art. 7º, § 1º, da LINDB. 
(c) errado, a homologação é feita pelo Superior Tribunal de Justiça, 
conforme art. 105, I, i, da Constituição Federal (o art. 15 da LINDB não foi 
recepcionado pela EC nº 45/2004). 
(e) errado, o regime de bens obedecerá a lei brasileira se ambos os 
nubentes residirem no Brasil, ou, caso diferentes, se aqui for o primeiro 
domicílio do casal. Assim prevê o art. 7º, §4º: “O regime de bens, legal 
ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes 
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal”. 
 
40. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 2ª) Considere: 
(...) 
IV. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
Resposta: o item está correto, conforme art. 7º, §2º. 
 
41. (CESPE - Auxiliar Judiciário - TJ/AL) Assinale a opção correta a 
respeito da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
(...) 
b) O regime de bens convencional obedece à lei do país em que tiverem os 
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. 
(...) 
Certo ou errado: 
Resposta: O item está correto. 
 
42. (FCC - Assessor Jurídico - TJ/PI) De acordo com a Lei de 
Introdução ao Código Civil brasileiro, o divórcio realizado no estrangeiro, se 
um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil, 
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obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país, 
a) depois de um ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida 
de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá 
efeito imediato. 
b) com a prolação da sentença, momento em que seus efeitos ocorrerão de 
imediato, independentemente de anterior separação judicial. 
c) depois de um ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida 
de separação judicial por no mínimo seis meses, caso em que a 
homologação produzirá efeito imediato. 
d) depois de dois anos da data da sentença, salvo se houver sido 
antecedida de separação judicial pelo prazo de um ano, caso em que a 
homologação produzirá efeito imediato. 
e) depois de seis meses da data da sentença, salvo se houver sido 
antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a 
homologação produzirá efeito imediato. 
Resposta: correta a letra A. Assim determina o art. 7º, § 6º: “O divórcio 
realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só 
será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da 
sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por 
igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, 
obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país (...)”. 
 
43. (CESPE - Juiz Leigo - TJ/PB) No que se refere ao que dispõe a Lei de 
Introdução às normas do Direito Brasileiro, assinale a opção correta. 
(...) 
d) A sucessão por morte obedece à lei do país em que tenha falecido o de 
cujus. 
(...) 
Certo ou errado? 
Resposta: Esse item está errado, vez que será aplicada a legislação do local 
onde o falecido era domiciliado. 
 
44. (CESPE - Juiz Federal Substituto - TRF 3ª) De acordo com a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a capacidade para suceder é 
regulada pela lei 
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a) de nacionalidade do herdeiro ou legatário. 
b) de domicílio do herdeiro ou legatário. 
c) em que se encontra o herdeiro ou legatário. 
d) de nacionalidade do de cujus. 
e) do último domicílio do de cujus. 
Resposta: Segundo art. 10, § 2º: “A lei do domicílio do herdeiro ou 
legatário regula a capacidade para suceder”. Correto item B. 
 
45. (FCC - Analista Judiciário - Área Administrativa - TRF2) Maurice, 
francês, casou-se com Jeanne, espanhola. Morou algum tempo no Brasil, 
onde adquiriu bens imóveis. Dessa união nasceu um filho brasileiro, José. 
Posteriormente, Maurice faleceu na França, onde era domiciliado. Nesse 
caso, de acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, a 
sucessão dos bens que Maurice adquiriu em vida no Brasil será regulada 
pela lei 
a) brasileira, se a lei francesa não for mais favorável a José. 
b) brasileira, seja ou não mais favorável a José. 
c) francesa, seja ou não mais favorável a José. 
d) espanhola, se for mais favorável a José. 
e) espanhola, seja ou não mais favorável a José. 
Resposta: com relação à sucessão dos bens que estão no Brasil se aplica a 
lei brasileira apenas se a lei de domicílio do falecido não for mais favorável 
ao cônjuge ou filho brasileiro (art. 10, § 1º, da LINDB). 
 
 
4. DICA DE OURO 
 
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5. Lista das questões que resolvemos. 
 
 
1. (CESPE - Auxiliar Judiciário - TJ/AC) Com base na Lei de Introdução 
às Normas Brasileiras, julgue os itens a seguir. 
53. A Lei de Introdução às Normas Brasileiras revogou a Lei de Introdução 
ao Código Civil. 
 
2. (TRT 9ª - Juiz do Trabalho - TRT 9ª) Considere as seguintes 
proposições: 
V. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, 
os costumes e os princípios gerais de direito. Na aplicação da lei, o juiz 
atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
 
3. (MP/SP - Promotor de Justiça Substituto - MP/SP) No que tange às 
normas do Direito Brasileiro [Modificada – julgue o item]: 
I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país trinta 
dias depois de oficialmente publicada. 
 
4. (FCC - Analista Judiciário - Execução de Mandados - TRT 
15ª) Denomina-se vacatio legis: 
a) o período de tramitação da lei no Congresso Nacional. 
b) o instituto de direito não regulamentado por lei. 
c) o período de vigência da lei temporária. 
d) o intervalo entre a data da publicação da lei e a da sua entrada em 
vigor. 
e) a situação jurídica dos fatos regulamentados por lei revogada. 
 
5. (FCC - Promotor de Justiça Substituto - MP/CE) A elaboração de 
texto legal deve observar regras técnicas estabelecidas na Lei 
Complementar no 95, de 26/02/1998, entre as quais a indicação de sua 
vigência, "de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para 
que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula'entra em 
vigor na data de sua publicação' para as leis de pequena repercussão", 
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a) contudo, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, 
quando admitida, se inicia sempre 90 (noventa) dias depois de oficialmente 
publicada. 
b) por isto não mais vigoram as disposições da Lei de Introdução ao Código 
Civil, a respeito da vacatio legis. 
c) entretanto, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o 
país 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada. 
d) logo, ao Juiz caberá estabelecer o momento em que a lei entrará em 
vigor, caso não estabelecido prazo razoável de vacatio legis. 
e) por este motivo, são inconstitucionais as leis ordinárias que não 
estabelecem prazo de vacatio ou não determinem a entrada em vigor na 
data de sua publicação. 
 
6. (ESAF - Analista de Comércio Exterior - MDIC) A propósito do início 
da vigência da lei, todas as afirmativas abaixo são verdadeiras, exceto 
[Modificada – julgue o item]. 
e) Nos estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, inicia-se três meses depois de oficialmente publicada. 
 
7. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 21ª) Com base 
na Lei de Introdução ao Código Civil, julgue os itens que se seguem: 
[88] Quando determinada lei, antes mesmo de entrar em vigor, tem seu 
texto corrigido, por meio de nova publicação oficial, considera-se que o 
prazo de vacatio legis começará a correr a partir da primeira publicação. 
 
8. (FCC - Juiz de Direito - TJ/PE) No caso de publicação para corrigir 
texto de lei publicado com incorreção, 
a) deverá, necessariamente, ser estabelecido um prazo para sua nova 
entrada em vigor, além de disciplinar as relações jurídicas estabelecidas 
antes da nova publicação. 
b) deve o conflito entre os textos ser resolvido pelo juiz por equidade, 
porque a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro não regula os 
efeitos da nova publicação de texto de lei. 
c) não haverá novo prazo de vacatio legis depois da nova publicação, se 
ocorrer antes de a lei ter entrado em vigor. 
d) tratando-se de lei já em vigor, as correções consideram- se lei nova. 
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e) não se considerarão lei nova as correções, tenha ou não já entrado em 
vigor o texto incorreto. 
 
9. (FCC - Juiz Federal Substituto - TRF 5ª) A regra do artigo 1o, caput, 
da Lei de Introdução ao Código Civil, que estabelece a vacatio legis de 
quarenta e cinco dias, salvo disposição contrária, 
a) aplica-se, apenas, às leis ordinárias federais. 
b) não se aplica aos decretos. 
c) não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. 
d) aplica-se, também, nos Estados estrangeiros, quando admitida a 
obrigatoriedade da lei brasileira. 
e) foi revogada tacitamente por lei superveniente. 
 
10. (FCC - Analista de Direito - MP/SE) Considere as afirmativas: 
II. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue. 
 
11. (CESPE - Analista Judiciário - Administrativa - TRE/MS) Assinale 
a opção correta de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro - Decreto-Lei n.° 4.657/1942 [Modificada – julgue o item]. 
e) Ab-rogação e derrogação designam, respectivamente, a revogação 
parcial e a revogação total de uma norma. 
 
12. (CESPE - Juiz de Direito Substituto - TJ/RN) Consoante a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a opção correta 
[Modificada – julgue o item]. 
a) A lei posterior somente revoga a anterior quando expressamente o 
declare, podendo a revogação ser total (abrogação) ou parcial 
(derrogação). 
 
13. (UFPR – Defensor Público/PR) Acerca da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro, considere as seguintes afirmativas: 
2. De acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, o efeito repristinatório 
da lei revogadora de outra lei revogadora é automático e imediato sobre a 
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velha norma abolida, prescindindo de declaração expressa de lei nova que a 
restabeleça. 
3. A revogação de uma norma por outra posterior tem por espécies a ab-
rogação e a derrogação, e pode ser expressa ou tácita, sendo que, neste 
último caso, é obrigatório conter, na lei nova, a expressão “revogam-se as 
disposições em contrário”. 
 
14. (NUCEPE - Delegado de Polícia do Piauí) No caso em que a lei X 
revogue a lei Y por serem incompatíveis e, posteriormente, a lei Z revogue 
a lei X e guarde compatibilidade com a lei Y, que volta a vigorar, se aplica o 
princípio da: 
a) Revogação. 
b) Repristinação. 
c) Revalidação temporal. 
d) Legalidade. 
e) Equidade. 
 
15. (FGV - Juiz de Direito - TJ/AM) O fenômeno da repristinação 
consiste: 
a) na revogação parcial de uma lei. 
b) na restauração da vigência de uma lei revogada, por ter a lei revogadora 
perdido a vigência, e somente ocorre em virtude de disposição expressa 
que a preveja. 
c) na restauração da vigência de uma lei revogada, por ter a lei revogadora 
perdido a vigência, e ocorre independentemente de disposição expressa que 
a preveja. 
d) na extinção da obrigatoriedade de lei temporária. 
e) na revogação de uma lei por outra que regule inteiramente a matéria de 
que tratava a anterior. 
 
16. (VUNESP - Procurador do Município de São Paulo) É correto 
afirmar que: 
a) antinomia é um conflito de normas. 
b) derrogação é uma revogação total. 
c) revogação é espécie de ab-rogação. 
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d) a revogação é expressa e a derrogação é tácita. 
e) ab-rogação é uma revogação parcial. 
 
17. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 17ª) Julgue os 
seguintes itens, referentes à vigência e à aplicação da lei no tempo e no 
espaço: 
102. Na aplicação da norma jurídica, a existência de uma antinomia jurídica 
real será resolvida pelos critérios normativos, ou seja, o hierárquico, o 
cronológico e o da especialidade. 
 
18. (CESPE - Promotor de Justiça Substituto - MP/TO) Considerando a 
importância das leis para a manutenção da ordem jurídica, assinale a opção 
correta [Modificada – julgue o item]. 
e) Em caso de conflito de norma especial anterior e norma geral posterior, 
prevalecerá, pelo critério hierárquico, a primeira norma. 
 
19. (FCC - Analista Judiciário - Área Administrativa - TRE/RN) A lei 
nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, 
a) modifica a lei anterior, apenas. 
b) revoga a lei anterior, apenas. 
c) não revoga nem modifica a lei anterior. 
d) derroga a lei anterior. 
e) revoga ou modifica a lei anterior. 
 
20. (FEPESE - Auditor Fiscal de Santa Catarina) Assinale a alternativa 
incorreta [Modificada – julgue o item]. 
a) Ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece. 
 
21. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 5ª) Luís Caetano, 
Juiz de Direito de Vitória da Conquista, deixa de julgar um processo que lhe 
foi atribuído, alegando que as provas dos autos são boas para ambos os 
lados e que, ademais, não há lei prevendo a hipótese em julgamento. De 
acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, Luís 
Caetano agiu 
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