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ÍNDICE | 1 | CÓDIGO DISCIPLINAR – PM/BMCE LEI Nº 13.407, DE 21.11.03 (DOE 02.12.03) Institui o Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, dispõe sobre o comportamento ético dos militares estaduais, estabelece os proce- dimentos para apuração da responsabilidade administrativo- disciplinar dos militares estaduais e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanci- ono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Art. 1º. Esta Lei institui o Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, Corporações Militares Estaduais organizadas com base na hierar- quia e na disciplina, dispõe sobre o comportamento ético dos milita- res estaduais e estabelece os procedimentos para apuração da responsabilidade administrativo-disciplinar dos militares estaduais. As Corporações Militares Estaduais PMCE e CBMCE são basea- das na hierarquia (ordenação progressiva da autoridade que se inicia no aluno soldado, soldado, cabo, 3º Sargento, 2 º sargento, 1º Sargento, Subtenente, aluno do CFO, 2º Tenente, Capitão, Major, Tenente-coronel, Coronel, Coronel Cmt Geral, culminando no Governador do Estado, chefe supremo das Corporações) e na disciplina (que é aceitação da ordenação hierárquica, das leis, normas, regulamentos e ordens) e estabelece a forma como serão apuradas as transgressões cometidas pelos mil itares. Art. 2º. Estão sujeitos a esta Lei os militares do Estado do serviço ativo, os da reserva remunerada, nos termos da legislação vigente. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica: I - aos militares do Estado, ocupantes de cargos públicos não militares ou eletivos; Cargo público não militar é aquele que não faz parte das atribu i- ções inerentes à função policial militar, ou seja, não se enquadra em nenhuma das atividades da Corporação, desta forma o militar poderá ficar à disposição de outros órgãos, como por exe mplo: Secretaria de educação, PGE, secretaria de meio ambiente e etc . II - aos Magistrados da Justiça Militar; Magistrado é o Juiz de Direito do Juízo Militar , denominação atual do Auditor, é um bacharel em Direito, que ingressa na carreira por concurso público de provas e títulos, para o cargo de Juiz de Direito Substituto, e tem os mesmos deveres, garantias e prerr o- gativas dos magistrados da primeira instância da Justiça comum. É ele quem dirige os trabalhos dos conselhos, sendo competente também para elaboração e prolatação das sentenças. Os juízes militares integrantes dos Conselhos de Justiça, qualquer que seja sua categoria, são militares da ativa, sorteados entre os nomes cons- tantes de relações enviadas pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros Militar a cada uma das Auditorias Judiciárias. III - aos militares reformados do Estado. Estão sujeitos as regras desta lei; os militares em serviço ativo, os da reserva remunerada, ou seja, os aposentados, exceto os reformados, que são aqueles militares dispensados definitivamen- te do serviço na ativa da Corporação. Art. 3º. Hierarquia militar estadual é a ordenação progressiva da autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a obediência, dentro da estrutura da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, culminando no Governador do Estado, Chefe Supremo das Corporações Militares do Estado. § 1º. A ordenação da autoridade se faz por postos e gradua- ções, de acordo com o escalonamento hierárquico, a antiguidade e a precedência funcional. Escalonamento hierárquico é a distribuição de maneira ordenada, obedecendo à hierarquia de determinada classe ou grupo, no caso do militares estaduais são os postos e as graduações. § 2º. Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido por ato do Governador do Estado e confirmado em Carta Patente ou Folha de Apostila. Carta Patente é um diploma confirmatório do posto, das prerrogativas e dos direitos e deveres do oficial, nos termos da lei. Sendo conferida Carta Patente para o posto de 2º Tenente e para o pos to de Major. As promoções dos oficiais são confirmadas em folhas de apostilas que são anexadas à carta patente e só produz seus efeitos qua n- do apresentada juntamente com esta. § 3º. Graduação é o grau hierárquico das praças, conferido pelo Comandante-Geral da respectiva Corporação Militar. EMECE - Art.30. Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Corporações Militares Estaduais são fixados nos esquemas e parágrafos seguintes: Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce | 2 | Art. 4º. A Antiguidade entre os militares do Estado, em igual- dade de posto ou graduação, será definida, sucessivamente, pelas seguintes condições: I - data da última promoção; II - prevalência sucessiva dos graus hierárquicos anteriores; III - classificação no curso de formação ou habilitação; IV - data de nomeação ou admissão; V - maior idade. Parágrafo único. Nos casos de promoção à primeiro-tenente, de nomeação de oficiais, ou admissão de cadetes ou alunos- soldados prevalecerá, para efeito de antiguidade, a ordem de classi- ficação obtida nos respectivos cursos ou concursos. Quando tivermos dois militares no mesmo posto ou na mesma graduação, o mais antigo é quem assume o comando. Ex: Dois sargentos o mais antigo assume o serviço como CMT da viatura. Art. 5º. A precedência funcional ocorrerá quando, em igualda- de de posto ou graduação, o oficial ou a praça: I - ocupar cargo ou função que lhe atribua superioridade funci- onal sobre os integrantes do órgão ou serviço que dirige, comanda ou chefia; II - estiver no serviço ativo, em relação aos inativos. No caso da precedência funcional, despreza-se a antiguidade, pois em virtude da função mesmo que o militar seja mais mode r- no, ele poderá passar determinações ao mais antigo. Ex: O Coronel Chico (Cmt Geral Adjunto do CBMCE) com 02 anos no Posto de Coronel pode passar determinações a outros Cor o- néis do CBMCE, mesmo que estes sejam mais antigos.CAPÍTULO II Da Deontologia Policial-Militar Seção I Disposições Preliminares Art. 6º. A deontologia militar estadual é constituída pelos valo- res e deveres éticos, traduzidos em normas de conduta, que se impõem para que o exercício da profissão do militar estadual atinja plenamente os ideais de realização do bem comum, mediante: Deontologia significa tratado do dever, significando ainda o con- junto de deveres, princípios e normas que determinados profiss i- onais adotam. Serve para nortear, indicar o que é necessário e moralmente aceito para o exercício de uma profissão. I - relativamente aos policiais militares, a preservação da or- dem pública e a garantia dos poderes constituídos; Poderes constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário. A Pol í- cia Militar deve garantir o pleno exercício dos três poderes. II - relativamente aos bombeiros militares, à proteção da pes- soa, visando sua incolumidade em situações de risco, infortúnio ou de calamidade. O CBMCE tem como atribuições básicas; Garantia da integridade física das pessoas a prevenção e o combate a incêndios e a sit u- ações de pânico, assim como ações de busca e salvamento de pessoas e bens; o desenvolvimento de atividades educativas relacionadas com a defesa civil e a prevenção de incêndio e etc. § 1º. Aplicada aos componentes das Corporações Militares, independentemente de posto ou graduação, a deontologia policial- militar reúne princípios e valores úteis e lógicos a valores espirituais superiores, destinados a elevar a profissão do militar estadual à condição de missão. Aplicada a todos os militares estaduais; oficiais e praças da Pol í- cia Militar e do Corpo de Bombeiros militar. § 2º. O militar do Estado prestará compromisso de honra, em caráter solene, afirmando a consciente aceitação dos valores e deveres militares e a firme disposição de bem cumpri-los. (art. 49. I, a), do EMECE - Quando se tratar de Praça na PMCE: “Ao ingressar na Polícia Militar do Ceará, prometo regular a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as o r- dens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar -me inteiramente ao serviço policial-militar, à polícia ostensiva, à preservação da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria vida”. Seção II Dos Valores Militares Estaduais Art. 7º. Os valores fundamentais, determinantes da moral mili- tar estadual, são os seguintes: I - o patriotismo; Patriotismo é o sentimento de orgulho, amor, e devoção à pátria, aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão, vultos históricos e riquezas naturais). II - o civismo; O termo civismo refere-se a atitudes e comportamentos que no dia-a-dia manifestam os cidadãos na defesa de certos valores e práticas assumidas como os deveres fundamentais para a vida coletiva, visando a preservar a sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos. Mais especificamente, o civismo consiste no respeito aos valores, às instituições e às práticas especificamente políticas de um país. III - a hierarquia; Hierarquia militar estadual é a ordenação progressiva da autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a obediência, dentro da estrutura da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. (Art. 3º do CD e art. 29 do EMECE) IV - a disciplina; A disciplina militar é o exato cumprimento dos deveres do militar estadual, traduzindo-se na rigorosa observância e acatamento integral das leis, regu- Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Nota sua segurança,proteção e etc.null Guilherme Santos Nota Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce Guilherme Santos Realce | 3 | lamentos, normas e ordens, por parte de todos e de cada integrante da Corporação Militar. (Art. 9º) V - o profissionalismo; Profissionalismo é procedimento característico dos bons profissionais (seriedade, competência, responsabilidade etc.) VI - a lealdade; Lealdade significa consideração aos preceitos que dizem respeito à honra, à decência e à honestidade, aquele que honra seus compromissos com retidão e responsabilidade. Os militares devem lealdade à pátria e a sobe- rania popular. VII - a constância; Constante é aquele que tem estabilidade funcional, que cumpre as ordens e determinações legais sem nenhuma ou quase nenhuma alteração, transmitindo segurança e confiança, proporcionando o desenvolvimento de tarefas com excelente desempenho. VIII - a verdade real; O militar estadual deve sempre pautar-se pela verdade real, dos fatos. IX - a honra; A honra é julgamento que determina o caráter de uma pessoa exatamente: se ou não a pessoa reflete honestidade, respeito, integridade ou justiça. O militar deve ser honrado em todos os aspectos, ou seja, virtuoso, corajoso, honesto etc. X - a dignidade humana; O "Princípio da dignidade da pessoa humana" é um valor moral e espiri- tual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. XI - a honestidade; Honestidade significa falar a verdade, não omitir, não dissimular. O militar que é honesto repudia a malandragem a esperteza de querer levar vanta- gem em tudo. A Honestidade, de maneira explícita, é a obediência incondi- cional às regras morais existentes. XII - a coragem. Coragem é um sentimento que significa ter moral forte perante o perigo, os riscos; ser bravo, intrépido. Seção III Dos Deveres Militares Estaduais Art. 8º. Os deveres éticos, emanados dos valores militares es- taduais e que conduzem a atividade profissional sob o signo da retidão moral, são os seguintes: I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado do Ceará e da respectiva Corporação Militar e zelar por sua inviolabili- dade; O militar estadual deve respeito às seguintes Bandeiras: Naci o- nal, Estadual, e da sua corporação, além do respeito ao Hino Nacional, Hino do Estado do Ceará e a Cançã o da Corporação. II - cumprir os deveres de cidadão; Todos os brasileiros, independente da condição social, cor, etnia ou reli- gião, possuem direitos e deveres. O Militar Estadual é cidadão como qualquer outro, e, portanto, tem os mesmos deveres. Ex: Resp ei- tar e cumprir a legislação (leis) do país; - Escolher, através do voto, os governantes do país (presidente da República, deputados federais e estaduais; senadores, prefe i- tos, governadores de estados e vereadores);- Respeitar os direitos dos outros cidadãos, sejam eles brasileiros ou estrangeiros; - Tratar com respeito e solidariedade todos os cidadãos, princ i- palmente os idosos, as crianças e as pessoas com deficiências físicas; - Proteger e educar, da melhor forma possível, os filhos e outras pessoas que dependem de nós; - Colaborar para a preservação do patrimônio histórico -cultural do Brasil; - Ter atitudes que ajudem na preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, etc. III - preservar a natureza e o meio ambiente; Para melhor defender e preservar o meio ambiente, ficando subordinada ao Comando de Policiamento da Capital foi criado o Batalhão Policial Militar Ambiental. IV - servir à comunidade, procurando, no exercício da suprema missão de preservar a ordem pública e de proteger a pessoa, pro- mover, sempre, o bem estar comum, dentro da estrita observância das normas jurídicas e das disposições deste Código; V - atuar com devotamento ao interesse público, colocando-o acima dos anseios particulares; Os militares estaduais, bem como a administração pública como um todo devem vincular e direcionar seus atos de modo a garantir que interesses privados não prevaleçam nem sucumbam os interesses e necessidades da sociedade como um todo. Trata-se do princípio da Supremacia do interes- se público. VI - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com respeito mútuo a superiores e a subordinados, e com preocupação para com a integridade física, moral e psíquica de todos os militares do Esta- do, inclusive dos agregados, envidando esforços para bem encami- nhar a solução dos problemas surgidos; Trata-se do respeito mútuo entre subordinados e superiores e vice-versa. Ex: O subordinado deve prestar continência ao supe- rior, que por sua vez é obrigado a responder este cumprimento. VII - ser justo na apreciação de atos e méritos dos subordi- nados; Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Nota AGREGADO: está na ativa, mas, por algum motivo não está trabalhando, Ex LTIP, cumprindo pena, em período de campanha politica. (não vai ter numero na escala hierarquica, abre a hipótese de uma uma pessoa ser promovida a mais para ocupar a vaga, já que não ocupa numero na escala hierárquica. | 4 | A justiça deve prevalecer na análise de atos e méritos dos subo r- dinados, por parte dos superiores hierárquicos. VIII - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições le- galmente definidas, a Constituição, as leis e as ordens legais das autoridades competentes, exercendo suas atividades com res- ponsabilidade, incutindo este senso em seus subordinados; A obediência hierárquica é a denominação jurídica para o vínculo de su- bordinação ao qual estão submetidos o superior hierárquico e o subordina- do em uma organização militar. Deste vínculo decorre o poder hierárquico, por parte do superior. O subordinado é obrigado a acatar todas as ordens legais dos superiores, sendo desobrigado a cumprir d e- terminações ilegais. IX - dedicar-se em tempo integral ao serviço militar estadual, buscando, com todas as energias, o êxito e o aprimoramento técni- co-profissional e moral; O militar estadual tem dedicação exclusiva ao serviço e, portanto, não poderá realizar outra atividade profissional, não relacionada com a missão militar estadual. X - estar sempre disponível e preparado para as missões que desempenhe; O militar estadual não tem uma escala de serviço definida por lei e, portanto não tem horário para sair do serviço. O inciso dispõe ainda da disponibilidade do militar para o desempenho das mais diversas missões que podem surgir, como: escalas a pé, em m o- tos, viaturas, serviços administrativos do quartel, eventos fest i- vos, culturais, esportivos e etc. XI - exercer as funções com integridade e equilíbrio, segundo os princípios que regem a administração pública, não sujeitando o cumprimento do dever a influências indevidas; Os princípios da administração pública, como: Legalidade, Impe s- soalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência e outros devem ser seguidos pelos militares estaduais no cumprimento do seu dever. Não podendo ainda o militar se sujeitar a inf luência de pessoas não autorizadas a opinar no serviço. XII - procurar manter boas relações com outras categorias pro- fissionais, conhecendo e respeitando-lhes os limites de competên- cia, mas elevando o conceito e os padrões da própria profissão, zelando por sua competência e autoridade; A Polícia militar sempre trabalha em parceria com outras categ o- rias profissionais como: DETRAN, AMC, GM, PRF, IBAMA, S E- MACE, dentre outras, desta forma, deve o militar procurar agir dentro da legalidade e respeitando a competência de cada agen- te, gerando assim uma relação de aproximação com tais agentes, estreitando os laços. XIII - ser fiel na vida militar, cumprindo os compromissos rela- cionados às suas atribuições de agente público; XIV - manter ânimo forte e fé na missão militar, mesmo diante das dificuldades, demonstrando persistência no trabalho para supe- rá-las; O militar estadual constantemente depara-se com dificuldades das mais diversas, tais como: partos dentro de viatura, primeiros socorros em acidentes, dentre outros; mesmo sem dispor de ma- terial necessário para agir em tais situações. E nem por isso o militar poderá se afligir frente a estas dificuldades. XV - zelar pelo bom nome da Instituição Militar e de seus componentes, aceitando seus valores e cumprindo seus deveres éticos e legais; Aqueles que almejam ingressar nas corporações militares estad u- ais devem saber das dificuldades que vai enfrentar ao longo de sua carreira e, portanto não pode, nem deve denegrir a imagem da Instituição por palavras ou atitudes praticadas. XVI - manter ambiente de harmonia e camaradagem na vida profissional, solidarizando-se com os colegas nas dificuldades, ajudando-os no que esteja ao seu alcance; Nada impede que um companheiro de trabalho seja auxiliado pelos companheiros em alguma situação de dificuldade que venha a passar, seja esta dificuldade do tipo que for. Porém os militares estaduais não devem ser Corporativistas e nem deixar de cumprir seu dever na presença de um companheiro de farda que pratica algum delito. XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou fun- ção que esteja sendo exercido por outro militar do Estado; O Militar estadual deve abster -se de, a qualquer custo, querer de alguma forma, o cargo ocupado por colega. XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e particular; Significa dizer que o militar estadual deve agir sempre de acordo com a ordem, a moral e os bons costumes, seja na vida pública ou na particular. XIX - conduzir-se de modo não subserviente, sem ferir os prin- cípios de hierarquia, disciplina, respeito e decoro; Subserviente é o “bajulador”, “Babão”, o militar jamais deve agir de forma servil, deve prezar sempre pelo profissionalismo. XX - abster-se do uso do posto, graduação ou cargo para ob- terfacilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros, exercer sempre a função pública com honestidade, não aceitando vantagem indevida, de qualquer espécie; Como exemplo temos as milícias, quadrilhas formadas por polic i- ais civis e militares, é um exemplo de uso indevido do posto, graduação ou cargo para encaminhar negócios particulares. XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso das desig- nações hierárquicas em: a) atividade político-partidária, salvo quando candidato a cargo eletivo; b) atividade comercial ou industrial; Notebook Nota conselho de disciplina Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce | 5 | c) pronunciamento público a respeito de assunto militar, salvo os de natureza técnica; d) exercício de cargo ou função de natureza civil; O candidato a cargo eletivo pode usar sua designação hierárqu i- ca. Ex: Capitão Wagner para Deputado Estadual e Cabo Sabino para Deputado Federal, dentre outros. XXII - prestar assistência moral e material ao lar, conduzindo-o como bom chefe de família; Ser chefe de família é esforçar-se para MULTIPLICAR momentos felizes, procurando cumprir à risca e a bom termo todos os encargos que o posto de líder lhe exige, e não ficar bebericando com os amigos gastando dinhei- ro à toa quando há insuficiência de pão à sua mesa. XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal; XXIV - exercer a profissão sem discriminações ou restrições de ordem religiosa, política, racial ou de condição social; O policial militar não deve se envolver, ou se posicionar a favor de qualquer das partes em atendimento de ocorrências. Em caso de dúvida, o agente de segurança deve encaminhar os envolvidos para a delegacia para que a autoridade policial apure o fato e tome as providências legais cabíveis. XXV - atuar com prudência nas ocorrências militares, evitando exacerbá-las; Ou seja, Evitar se exceder, ser desproporcional, ir além do n e- cessário, caso contrário, poderá responder cível, penal e admini s- trativamente pelos seus atos. XXVI - respeitar a integridade física, moral e psíquica da pes- soa do preso ou de quem seja objeto de incriminação, evitando o uso desnecessário de violência; A partir do momento que o indivíduo é preso ou detido ele fica sob custódia do Estado e deve ter sua integridade física prese r- vada, ainda que tenha acabado de cometer um crime grave e tudo que acontecer com ele será responsabilidade do Estado. XXVII - observar as normas de boa educação e de discrição nas atitudes, maneiras e na linguagem escrita ou falada; O Militar estadual deve evitar o uso indiscriminado de gírias, códigos ou de qualquer linguajar indevido, principalmente no atendimento de ocorrências e em entrevistas concedidas à im- prensa. XXVIII - não solicitar publicidade ou provocá-lo visando a pró- pria promoção pessoal; O militar deve evitar o aparecimento demas iado na imprensa escrita ou falada. A corporação já dispõe de uma assessoria de comunicação responsável em repassar todas as informações necessárias a sociedade. Geralmente, quem o faz, faz no sentido de futuramente conseguir algum cargo político. Esta ati tude é reprovável. XXIX - observar os direitos e garantias fundamentais, agindo com isenção, equidade e absoluto respeito pelo ser humano, não se prevalecendo de sua condição de autoridade pública para a prática de arbitrariedade; Os direitos e garantais fundamentais da dignidade da pessoa humana, são parâmetros de limitação dos agentes do Estado na consecução de suas atribuições, desta forma, o militar estadual, no exercício de sua função, deve atuar com estrito respeito a dignidade da pessoa humana. XXX - não usar meio ilícito na produção de trabalho intelectual ou em avaliação profissional, inclusive no âmbito do ensino; Com o advento da internet e outras tecnologias, o militar estadual poderá tentar plagiar um trabalho da internet, ou praticar qual quer irregularidade na confecção de trabalho intelectual. Tal atitude não é permitida, podendo inclusive gerar a exclusão do candidato do concurso público. XXXI - não abusar dos meios do Estado postos à sua dis- posição, nem distribuí-los a quem quer que seja, em detrimento dos fins da administração pública, coibindo, ainda, a transferência, para fins particulares, de tecnologia própria das funções militares; Alguns militares estaduais têm a sua disposição; viatura, aparelho celular, bem como outros mater iais e equipamentos do Estado para serem usados exclusivamente para o interesse público, todavia, acabam por usá-los para fins particulares, sendo esta conduta reprovada pela lei. XXXII - atuar com eficiência e probidade, zelando pela econo- mia e conservação dos bens públicos, cuja utilização lhe for con- fiada; Eficiência é a capacidade de realizar tarefas ou trabalhos de modo eficaz e com o mínimo de desperdício; produtividade. Pr o- bidade significa retidão ou integridade de caráter; honestidade e honradez. O militar estadual deve tratar o bem público com o devido zelo, empenho extraordinário na execução dos deveres. XXXIII - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente com abnegação e desprendimento pessoal; A preservação ambiental ou proteção ambiental é uma prática de proteger o ambiente natural em níveis individuais, organizacionais ou governamentais, para o benefício tanto do meio ambiente como dos seres humanos. A PMCE possui uma subunidade res- ponsável pela proteção desta riqueza: Companhia de Policiame n- to do Meio Ambiente. XXXIV - atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar a ordem pública ou prestar socorro, desde que não exista, naquele momento, força de serviço suficiente; Mesmo no período de folga o militar estadual tem obrigação de agir, desde que não exista naquele momento pessoal de serviço prestando tal apoio. XXXV - manter atualizado seu endereço residencial, em seus registros funcionais, comunicando qualquer mudança; Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce | 6 | É obrigação do militar estadual manter devidamente atualizado o seu endereço bem como seu número de telefone, pois, em certas situações precisará ser localizado, mesmo no período de férias ou de folga. XXXVI – cumprir o expediente ou serviços ordinário e extraor- dinário, para os quais, nestes últimos, esteja nominalmente escala- do, salvo impedimento de força maior. O militar estadual deve ser assíduo e pontual, não faltando ou atrasando-se para o serviço ou para o expediente, salvo imped i- mentos, de força maior, devidamente comprovados como: probl e- ma de saúde, acompanhamento de dependente em hospital, de n- tre outros. § 1º. Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado exercer atividade de segurança particular, comércio ou tomar parte da ad- ministração ou gerência de sociedadeempresária ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista, cotista ou comanditário. O acionista é um sócio capitalista que participa na gestão da sociedade na mesma medida em que detém capital da mesma, tendo por isso, direitos de voto proporcionais à quantidade de ações que possui. Cotista é aquele que participa de uma despesa ou de uma em- presa com cota(s). Comanditário é o sócio que, na sociedade em comandita, entra apenas com o dinheiro e não tem qualquer responsabilidade ad i- cional. As situações de acionista, cotista ou comanditários são permit i- das, pois não vão tomar o tempo do militar que faz o investimento e passa a acompanhá-los sem ter que participar da administração de tais bens. § 2º. Compete aos Comandantes fiscalizar os subordinados que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a remuneração do respectivo cargo, provocando a instauração de procedimento criminal e/ou administrativo necessário à comprova- ção da origem dos seus bens. Quando o militar passa a apresentar crescimento patrimonial incompatível com sua remuneração, tal fato deve ser investigado para garantir que tal militar não vem se beneficiando de sua fun- ção pública por obter vantagens ilícitas. § 3º. Aos militares do Estado da ativa são proibidas mani- festações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindica- tório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos preceitos deste Código. O militar não poderá fazer ou participar de abaixo -assinado, mo- vimentos reivindicatórios, nem tampouco de greves. § 4º. É assegurado ao militar do Estado inativo o direito de opinar sobre assunto político e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público, devendo observar os preceitos da ética militar e preservar os valores militares em suas manifestações essenciais. CAPÍTULO III Da Disciplina Militar Art. 9º. A disciplina militar é o exato cumprimento dos deveres do militar estadual, traduzindo-se na rigorosa observância e acata- mento integral das leis, regulamentos, normas e ordens, por parte de todos e de cada integrante da Corporação Militar. § 1º. São manifestações essenciais da disciplina: I - a observância rigorosa das prescrições legais e regula- mentares; II - a obediência às ordens legais dos superiores; III - o emprego de todas as energias em benefício do serviço; IV - a correção de atitudes; V - as manifestações espontâneas de acatamento dos valores e deveres éticos; VI - a colaboração espontânea na disciplina coletiva e na efi- ciência da Instituição. Os militares estaduais obedecem à hierarquia conforme os postos ou graduações dos quais são detentores. Os inferiores se obrigam a obedecer aos superiores. Essa é uma norma inquestionável da vida militar. Ao prestar o compromisso de honra o militar assume essa conduta. Negá-la é negar-se a ser militar. Desta forma, os superiores têm o poder-dever de dar ordens e os subordinados de executá-las prontamente, porém essas ordens devem ser legais, ou seja, dentro dos limites estabelecidos pela Lei. § 2º. A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser manti- dos, permanentemente, pelos militares do Estado, tanto no serviço ativo, quanto na inatividade. O militar da reserva remunerada ainda pode ser punido discipl i- narmente. § 3º. A camaradagem é indispensável à formação e ao conví- vio do militar, incumbindo aos comandantes incentivar e manter a harmonia e a solidariedade entre os seus comandados, promoven- do estímulos de aproximação e cordialidade. A camaradagem torna-se indispensável à formação e ao convívio da famí- lia policia militar, cumprindo existir as melhores relações sociais entre os policiais militares. Tem como significado a atitude tida como própria de amigo ou camarada, bem como convivência íntima e agradável, ou seja, camaradagem é o companheirismo, a amizade, solidariedade, familiarida- de, etc. § 4º. A civilidade é parte integrante da educação polici- al-militar, cabendo a superiores e subordinados atitudes de respeito e deferência mútuos. Art. 10. As ordens legais devem ser prontamente acatadas e executadas, cabendo inteira responsabilidade à autoridade que as determinar. § 1º. Quando a ordem parecer obscura, o subordinado, ao re- cebê-la, poderá solicitar que os esclarecimentos necessários sejam oferecidos de maneira formal. Notebook Realce Notebook Nota VEDAÇÕES: Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce | 7 | É garantido ao subordinado, quando acreditar que está recebendo uma determinação, ou ordem que parece ser ilegal, que a mesma seja dada de maneira formal, ou seja, por escrito. § 2º. Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento da or- dem recebida à responsabilidade pelo abuso ou excesso que come- ter, salvo se o fato é cometido sob coação irresistível ou sob estreita obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierár- quico, quando só será punível o autor da coação ou da ordem. Exorbitar significa ultrapassar os limites do justo ou razoável; exceder-se, ir além da determinação. Desta forma, o executor da ordem vai responder pelo excesso. A menos que o executor est e- ja sendo coagido de forma irresistível. CAPÍTULO IV Da Violação dos Valores, dos Deveres e da Disciplina Seção I Disposições Preliminares Art. 11. A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a discipli- na militar, constituindo infração administrativa, penal ou civil, isolada ou cumulativamente. O militar estadual, como qualquer outro servidor público, poderá ser responsabilizado nas esferas administrati va, penal e civil de forma isolada, ou cumulativamente. § 1º. O militar do Estado é responsável pelas decisões que tomar ou pelos atos que praticar, inclusive nas missões expressa- mente determinadas, bem como pela não observância ou falta de exação no cumprimento de seus deveres. Falta de exação significa falta de exatidão, de cuidado e de co m- promisso, ou seja, quando o militar deixar de cumprir a ordem no momento em que for determinada. § 2º. O superior hierárquico responderá solidariamente, na es- fera administrativo-disciplinar, incorrendo nas mesmas sanções da transgressão praticada por seu subordinado quando: I - presenciar o cometimento da transgressão deixando de atuar para fazê-la cessar imediatamente; II - concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o co- metimento da transgressão, mesmo não estando presente no local do ato. Nesses casos o superior deverá ser punido juntamente com o subordinado, pois foi omisso ou contribuiu para o acontecimento da transgressão. § 3º. A violação da disciplina militar será tão mais grave quan- to mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer. O superior deverá ser punido de forma mais severa que o subo r- dinado, quando os dois cometerem a mesma transgressão. §4º A disciplina e o comportamento do militar estadual estão sujeitos à fiscalização, disciplina e orientação pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário, naforma da lei:‖ (NR-lei 14.933/11 e Lei Complementar nº 098/11) Seção II Da Transgressão Disciplinar Art. 12. Transgressão disciplinar é a infração administrativa caracterizada pela violação dos deveres militares, cominando ao infrator as sanções previstas neste Código, sem prejuízo das res- ponsabilidades penal e civil. § 1º. As transgressões disciplinares compreendem: I - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina militar, especificadas no artigo seguinte, inclusive os crimes previstos nos Códigos Penal ou Penal Militar; II - todas as ações ou omissões não especificadas no artigo seguinte, mas que também violem os valores e deveres militares. § 2º. As transgressões disciplinares previstas nos itens I e II do parágrafo anterior, serão classificadas como graves, desde que venham a ser: I - atentatórias aos Poderes Constituídos, às instituições ou ao Estado; II - atentatórias aos direitos humanos fundamentais; III - de natureza desonrosa. Todas as transgressões graves se enquadram como: atentatórias aos Poderes Constituídos, às instituições ou ao Estado; atentat ó- rias aos direitos humanos fundamentais ou de natureza desonro- sa. § 3º. As transgressões previstas no inciso II do § 1º e não en- quadráveis em algum dos itens do § 2º, deste artigo, serão classifi- cadas pela autoridade competente como médias ou leves, conside- radas as circunstâncias do fato. § 4º. Ao militar do Estado, aluno de curso militar, aplica-se, no que concerne à disciplina, além do previsto neste Código, subsidia- riamente, o disposto nos regulamentos próprios dos estabelecimen- tos de ensino onde estiver matriculado. Aos alunos devidamente matriculados nos cursos de formação aplicam-se as regras do regulamento disciplinar das corporações militares estaduais, bem como o Regulamento da Academia (local onde os militares são formados). § 5º. A aplicação das penas disciplinares previstas neste Có- digo independe do resultado de eventual ação penal ou cível. As esferas administrativa, penal e civil são independentes e, portanto a punição ou a absolvição não estão atreladas a result a- do de outra esfera. Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce Notebook Realce | 8 | Art. 13. As transgressões disciplinares são classificadas, de acordo com sua gravidade, em graves (G), médias (M) e leves (L), conforme disposto neste artigo. § 1º São transgressões disciplinares graves: I - desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa no ato da prisão (G); II - usar de força desnecessária no atendimento de ocorrência ou no ato de efetuar prisão (G); O militar estadual deve sempre agir dentro da legalidade no uso proporcio- nal da força, não podendo infringir nenhuma lei da constituição na sua ação. É necessário também, agir com proporcionalidade, sem excessos, e também a conveniência em suas ações, seja equilibrado. III - deixar de providenciar para que seja garantida a inte- gridade física das pessoas que prender ou detiver (G); IV - agredir física, moral ou psicologicamente preso sob sua guarda ou permitir que outros o façam (G); V - permitir que o preso, sob sua guarda, conserve em seu poder instrumentos ou outros objetos proibidos, com que possa ferir a si próprio ou a outrem (G); “A partir do momento que o indiv íduo se encontra preso ou detido ele está sob custódia do Estado e tudo que acontecer com ele será responsabilidade do Estado”. VI - faltar com a verdade (G); “O militar é servidor público e deve sempre primar pela verdade”. VII - ameaçar, induzir ou instigar alguém para que não declare a verdade em procedimento administrativo, civil ou penal (G); Esta conduta também é tipificada como crime e, portanto quem ameaça pode responder administrativamente, civil e penalmente. VIII - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos (G); Esta conduta também é proibida pela Constituição Federal. IX - envolver, indevidamente, o nome de outrem para es- quivar-se de responsabilidade (G); Tentar atribuir a responsabilidade de algum ato a outrem. X - publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação irrestrita de fatos, documentos ou assuntos administrativos ou técnicos de natureza militar ou judiciária, que possam concorrer para o despres- tígio da Corporação Militar: Os fatos ocorridos na administração só devem ser levados a pú- blico quando autorizado pelos gestores públicos. XI - liberar preso ou detido ou dispensar parte de ocorrência sem competência legal para tanto (G); Só quem poderá liberar preso é autoridade judiciária competente, e, portanto o militar (praça ou oficial) jamais poderá praticar tal ato. XII - receber vantagem de pessoa interessada no caso de fur- to, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo de ocorrência ou procurá-la para solicitar vantagem (G); Estas condutas são consideradas crimes e, portanto, são puníveis também na esfera penal. XIII - receber ou permitir que seu subordinado receba, em ra- zão da função pública, qualquer objeto ou valor, mesmo quando oferecido pelo proprietário ou responsável (G); A administração Pública proíbe o militar es tadual de receber qualquer vantagem em razão da função que exerce. Se o militar receber qualquer vantagem em razão da função estará sujeito a ser punido também na esfera penal. XIV - apropriar-se de bens pertencentes ao patrimônio público ou particular (G); Caracteriza-se como crimes; Peculato, furto, apropriação indébita, dentre outros. XV - empregar subordinado ou servidor civil, ou desviar qual- quer meio material ou financeiro sob sua responsabilidade ou não, para a execução de atividades diversas daquelas para as quais foram destinadas, em proveito próprio ou de outrem (G); Ocorre por exemplo, quando o Comandante ou o superior hierá r- quico utiliza subordinado para executar serviços particulares, durante o horário do expediente. XVI - provocar desfalques ou deixar de adotar providências, na esfera de suas atribuições, para evitá-los (G); Ocorre quando o militar desvia bens da administração pública ou valor pecuniário ou não toma as providências para evita -lo. XVII - utilizar-se da condição de militar do Estado para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar ne- gócios particulares ou de terceiros (G); XVIII - dar, receber ou pedir gratificação ou presente com fi- nalidade de retardar, apressar ou obter solução favorável em qual- quer ato de serviço (G); Ao servidor público, civil ou militar é proibido valer-se do cargo para lograr qualquer proveito pessoal ou de outrem, em detrime n- to da dignidade da função pública. XIX - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem, agio- tagem ou transação pecuniária envolvendo assunto de serviço, bens da administração pública ou material cuja comercialização seja proibida (G); A agiotagem é conduta proibida, principalmente se é praticada por militar, pagar ou receber para agilizar processo de férias ou licen- ças, por exemplo. Notebook Realce Notebook Realce | 9 | XX - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, a função de segurança particular ou administrar ou manter vínculo de qualquer natureza com empresa do ramo de segurança ou vigilância (G); O militar estadual deve dedicação exclusiva à função policial militar, sendo o serviço de segurançaparticular expressamente proibido, bem como outras atividades. XXI - exercer qualquer atividade estranha à Instituição Militar com prejuízo do serviço ou com emprego de meios do Estado ou manter vínculo de qualquer natureza com organização voltada para a prática de atividade tipificada como contravenção ou crime(G); Ao militar estadual é proibido exercer outra atividade e principa l- mente se esta atividade tiver relação com crime. Ex : Milícias, Jogo do bicho, dentre outras. XXII - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, o comércio ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade empre- sária ou dela ser sócio, exceto como acionista, cotista ou comandi- tário (G); XXIII - deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a remuneração do cargo (G); XXIV - não cumprir, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem legal recebida (G); O militar deve ser disciplinado e quando deixa de praticar uma ordem legal sem motivo plausível se torna indisciplinado. XXV - dar, por escrito ou verbalmente, ordem manifestamente ilegal que possa acarretar responsabilidade ao subordinado, ainda que não chegue a ser cumprida (G); O superior somente poderá emitir determinações legais e quando emite determinações ilegais estará cometendo esta transgressão grave. XXVI - deixar de assumir a responsabilidade de seus atos ou pelos praticados por subordinados que agirem em cumprimento de sua ordem (G); Se esquivar de responsabilidade por ato praticado por si ou por subordinado em virtude de determinação sua. XXVII - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qual- quer ordem legal de autoridade competente, ou serviço, ou para que seja retardada, prejudicada ou embaraçada a sua execução (G); O militar deve ser disciplinado e quando deixa de praticar uma ordem legal ou incentiva alguém para que não cumpra tal dete r- minação, sem motivo plausível, se torna indisciplinado. XXVIII - dirigir-se, referir-se ou responder a superior de modo desrespeitoso (G); Por mais que o superior emita uma determinação ilegal ou esteja agindo de forma indevida o subordinado deve saber se dirigir a este superior para não ser acusado de agir de maneira desre spei- tosa. XXIX - recriminar ato legal de superior ou procurar desconsi- derá-lo (G); O militar deve ser disciplinado e quando passa a recriminar ato legal praticado por superior, ou seja, passa a fazer acusações; criticar amargamente, se torna indisciplinado. XXX - ofender, provocar ou desafiar superior, igual ou subor- dinado hierárquico ou qualquer pessoa, estando ou não de serviço (G); XXXI - promover ou participar de luta corporal com superior, igual, ou subordinado hierárquico (G); Ocorre quando o mi l itar entra nas “vias de fato”, sendo esta atit u- de totalmente proibida no âmbito militar, independente de quem dê causa. XXXII - ofender a moral e os bons costumes por atos, palavras ou gestos (G); Usar palavras de baixo calão ou fazer gestos obscenos, p or exemplo, na sua vida pública ou particular. XXXIII - desconsiderar ou desrespeitar, em público ou pela im- prensa, os atos ou decisões das autoridades civis ou dos órgãos dos Poderes Constituídos ou de qualquer de seus representantes (G); O militar at ivo está proibido pelo regulamento de se pronunciar publicamente de maneira desrespeitosa, sobre atos praticados por autoridades civis, militares ou de qualquer dos poderes: Ex e- cutivo, Judiciário ou Legislativo. XXXIV - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por palavras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrência militar ou em outras situações de serviço (G); Neste caso, somente quando o militar estiver de serviço ou em razão deste usar palavras de baixo calão ou utilizar -se de gestos obscenos. XXXV - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem como re- sistir a ela (G); Ocorre quando o militar estadual estiver recolhido, ou preso e sendo escoltado, em hipótese alguma poderá tentar fugir, nem tampouco resistir a tal escolta. XXXVI - tendo conhecimento de transgressão disciplinar, dei- xar de apurá-la (G); XXXVII - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na au- sência deste, a qualquer autoridade superior toda informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem pública ou grave altera- ção do serviço ou de sua marcha, logo que tenha conhecimento (G); Conduta classificada como prevaricação ou omissão praticada por quem deveria apurar a transgressão, ou seja, crime. | 10 | XXXVIII - omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou qual- quer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos (G); Conduta classificada como omissão praticada por quem deveria preencher o documento mencionado. XXXIX - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar documentos de interesse da administração pública ou de terceiros (G); XL - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento de ocorrência, quando esta, por sua natureza ou amplitude, assim o exigir (G); Condutas classificadas como crimes. XLI - passar a ausente (G); De acordo com o EMECE e a legislação Penal Militar, esta conduta pode dar início a um processo de deserção. E é caracterizado quando: Estatuto “Art. 176. É considerado ausente o militar estadual que por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas: I - deixar de comparecer a sua Organização Militar Estadual, sem comuni- car qualquer motivo de impedimento; II - ausentar-se, sem licença, da Organização Militar Estadual onde serve ou local onde deve permanecer.” XLII - abandonar serviço para o qual tenha sido designado ou recusar-se a executá-lo na forma determinada (G); O abandono de serviço também é caracterizado como crime pela Legislação Penal Militar. XLIII - faltar ao expediente ou ao serviço para o qual esteja nominalmente escalado (G); O militar estadual não pode faltar ao serviço ou ao expediente, salvo situações excepcionais devidamente comprovadas. XLIV - afastar-se, quando em atividade militar com veículo au- tomotor, aeronave, embarcação ou a pé, da área em que deveria permanecer ou não cumprir roteiro de patrulhamento predetermina- do (G); Ocorre por exemplo; quando a composição de serviço na viatura Sair de sua área de atuação previamente estabelecida sem aut o- rização de quem de direito. XLV - dormir em serviço de policiamento, vigilância ou segu- rança de pessoas ou instalações, salvo quando autorizado (G); Conduta altamente desonrosa. Imagine: Um Policial militar, fard a- do, armado, responsável pela segurança da comunidade, dormi n- do dentro da viatura ou em seu local de serviço. XLVI - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso de substância proibida, entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, ou introduzi-las em local sob administração militar (G); O militar estadual tem obrigação de evitar tal conduta de consumo de substâncias entorpecentes, e jamais deverá introduzi-las em local sob administração militar. XLVII - ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou apre- sentar-se alcoolizado para prestá-lo (G); Conduta classificada também como crime pela Legislação Penal Militar. XLVIII - portar ou possuir arma em desacordo com as normas vigentes (G); Todo militar estadual tem direito ao porte de arma, porém some n- te poderá portar arma dentro do estrito cumprimento das leis. XLIX - andar ostensivamente armado, em trajes civis, não se achandode serviço (G); Os militares estaduais jamais poderão portar arma de fogo de maneira ostensiva, ou seja, a mostra, salvo em serviço. L - disparar arma por imprudência, negligência, imperícia, ou desnecessariamente (G); O militar estadual deve ter o máximo de cuidado ao manusear sua arma de maneira a evitar disparos acidentais. Em ocorrendo di s- paro acidental o militar cometerá transgressão disciplinar se não ocorrer algo mais grave. LI - não obedecer às regras básicas de segurança ou não ter cautela na guarda de arma própria ou sob sua responsabilidade (G); O militar estadual tem a obrigação de observar todas as regras de segurança previstas no Estatuto do desarmamento, bem como deve tomar todos os cuidados para evitar que pessoa não autor i- zada tome posse de arma sob sua responsabilidade. LII - dirigir viatura ou pilotar aeronave ou embarcação policial com imperícia, negligência, imprudência ou sem habilitação legal (G); O militar jamais poderá conduzir veículo público sem estar dev i- damente habilitado para tal. LIII - retirar ou tentar retirar de local, sob administração militar, material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem do responsável ou proprietário (G); O militar não poderá retirar do quartel, qualquer material, ou a própria viatura sem permissão de autoridade competente. LIV - entrar, sair ou tentar fazê-lo, de Organização Militar, com tropa, sem prévio conhecimento da autoridade competente, salvo para fins de instrução autorizada pelo comando (G); Cometida pelo comandante de tropa que ingressa em quartel com os militares sob seu comando sem autorização de quem de dire i- to. | 11 | LV - frequentar ou fazer parte de sindicatos, associações pro- fissionais com caráter de sindicato, ou de associações cujos estatu- tos não estejam de conformidade com a lei (G); O militar estadual não poderá se sindicalizar, nem tampouco frequentar a sindicatos ou Associações não previstas em lei. LVI - divulgar, permitir ou concorrer para a divulgação indevida de fato ou documento de interesse da administração pública com classificação sigilosa (G); LVII - comparecer ou tomar parte de movimento reivindicató- rio, no qual os participantes portem qualquer tipo de armamento, ou participar de greve (G); Esta conduta poderá gerar a expulsão do militar da p raça ou a demissão do oficial se for o caso. LVIII - ferir a hierarquia ou a disciplina, de modo compromete- dor para a segurança da sociedade e do Estado (G). Conduta um tanto complexa e subjetiva. Pode ser enquadrada em várias situações, como: A greve armada, ferir a hierarquia e a disciplina e comprometer a segurança da sociedade ou do Estado. § 2º. São transgressões disciplinares médias: I - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes não de- finidas por mais tempo que o necessário para a solução do proce- dimento policial, administrativo ou penal (M); O militar estadual somente pode reter as testemunhas ou partes pelo tempo extremamente necessário. II - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em prejuízo da boa ordem civil ou militar ou do bom nome da Corporação Militar (M); Ocorre quando o militar passar a denegrir a imagem da corpor a- ção, ou seja, quando tentar manchar a reputação, através de fatos e/ou noticias que possam gerar descrédito junto à comunidade. III - provocar ou fazer-se, voluntariamente, causa ou origem de alarmes injustificados (M); Ocorre quando o militar Passa a criar fatos e espalhar notícias que possam causar temor na comunidade, por exemplo: a Polícia vai entrar em “greve”. IV - concorrer para a discórdia, desarmonia ou cultivar inimi- zade entre companheiros (M); Criar fatos e/ou espalhar notícias que possam causar desavença, inimizade e intrigas entre os companheiros. V - entender-se com o preso, de forma velada, ou deixar que alguém o faça, sem autorização de autoridade competente (M); O militar é extremamente proibido de manter qualquer tipo de relacionamento indevido, ou transação com o preso, bem como jamais poderá permitir que alguém o faça. VI - contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas possibilidades, desde que venha a expor o nome da Corporação Militar (M); Quando o militar faz algum tipo compra que sabe não ser capaz de quitar, colocando o nome, endereço e telefone da corporação denegrindo assim a imagem da corporação. VII - retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer or- dem legal recebida (M); Também conhecida como falta de exação (exatidão), quando o militar deixa de cumprir uma ordem, quando podia ter cumprido. VIII - interferir na administração de serviço ou na execução de ordem ou missão sem ter a devida competência para tal (M); Ocorre quando o militar age com intromissão, se mete onde não deve. IX - procurar desacreditar seu superior ou subordinado hie- rárquico (M); Quando o militar Fizer perder o crédito ou a reputação de superior. Desmerecer; depreciar, Não acreditar. Faz com que as pessoas dei- xem de respeitar aquele superior ou subordinado, através de comentários tendenciosos. X - deixar de prestar a superior hierárquico continência ou ou- tros sinais de honra e respeito previstos em regulamento (M); XI - deixar de corresponder a cumprimento de seu subordi- nado (M); Continência é a saudação militar e uma das maneiras de manifestar respei- to e apreço aos seus superiores, pares, subordinados e símbolos. O su- bordinado por questão de educação é obrigado a cumprimentar seu superior, que por sua vez é obrigado a responder. O cumpr i- mento militar é a continência que é semelhante ao bom dia, boa tarde, boa noite. XII - deixar de exibir, estando ou não uniformizado, documento de identidade funcional ou recusar-se a declarar seus dados de identificação quando lhe for exigido por autoridade competente (M); Em várias situações a lei obriga o militar a se apresentar através de sua identidade funcional. Ex: Para ter acesso a transporte coletivo, a locais sujeitos a fiscalização, como: casas de espet á- culo. XIII - deixar de fazer a devida comunicação disciplinar (M); O superior tem obrigação de fiscalizar o subordinado e ao ident i- ficar qualquer transgressão disciplinar deverá comunicar o fato a autoridade competente para apurá-lo. XIV - deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo se houver causa de justificação (M); O superior tem obrigação de fiscalizar o subordinado e se for autoridade competente deverá punir os transgressores da disc i- plina. | 12 | XV - não levar fato ilegal ou irregularidade que presenciar ou de que tiver ciência, e não lhe couber reprimir, ao conhecimento da autoridade para isso competente (M); O superior tem obrigação de fiscalizar o subordinado e ao identi- ficar qualquer transgressão disciplinar deverá comunicar o fato a autoridade competente para apurá-lo. Assim como o subordinado é obrigado a representar contra o superior que comete irregular i- dades. XVI - deixar de manifestar-se nos processos que lhe forem en- caminhados, exceto nos casos de suspeição ou impedimento, ou de absoluta falta de elementos, hipótese em que essas circunstâncias serão declaradas (M); XVII - deixar de encaminhar à autoridade competente, no mais curto prazo e pela via hierárquica, documento ou processo que receber, se não for de sua alçada a solução (M); Ocorre quando o militar deixa de encaminhar o documento a quem foi endereçado quando nãolhe seja competente para sol u- cionar. XVIII - trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia, em qualquer serviço, instrução ou missão (M); Desídia é a ausência de atenção ou cuidado; desleixo; negligência; falta de compromisso. XIX - retardar ou prejudicar o serviço de polícia judiciária mili- tar que deva promover ou em que esteja investido (M); Quando um militar pratica um crime militar, deverá ser confecci o- nado o competente Inquérito Policial Militar, onde o responsável por tal documento deverá adotar todas as providência de confe c- ção e remessa a Justiça Militar. XX - desrespeitar medidas gerais de ordem militar, judiciária ou administrativa, ou embaraçar sua execução (M); Ocorre quando o militar deixa de comparecer a audiências quando convocado. XXI - não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordinados ou instruendos, a dedicação imposta pelo sentimento do dever (M); Instruendo é aquele que está recebendo instrução. Ocorre quando o militar Deixar de se preocupar com sua preparação profissional ou de seus subordinados ou instruendos (alunos em curso militar). XXII - causar ou contribuir para a ocorrência de acidente de serviço ou instrução (M); Este acidente pode ser em serviço (acidente de trânsito, por exemplo) ou na instrução (acidentes com arma de fogo durante aula de tiro ou mesmo com armamento e munição não letal). XXIII - apresentar comunicação disciplinar ou representação sem fundamento ou interpor recurso disciplinar sem observar as prescrições regulamentares (M); O militar por natureza deve ser honesto e organizado, honesto para não fazer acusações sem fundamento contra superior ou subordinado e organizado para não perder os prazos ou fazer recursos sem obedecer ao ritual da lei. XXIV - dificultar ao subordinado o oferecimento de represen- tação ou o exercício do direito de petição (M); Para garantir o direito do subordinado de denunciar o superior ou de requerer algo, o superior deve dar o encaminhamento devido sem dificultar tal providência. XXV - faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou assis- tir, ou ainda, retirar-se antes de seu encerramento sem a devida autorização (M); Faltar a uma formatura ou solenidade para qual foi escalado ou sair antes do encerramento sem a autorização da autoridade competente. XXVI - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por for- ça de dispositivo ou ordem legal (M); O militar quando escalado em determinado posto de serviço não pode afastar-se do local em que lhe foi determinado, salvo autor i- zação de quem de direito. XXVII - permutar serviço sem permissão da autoridade compe- tente (M); XXVIII - simular doença para esquivar-se ao cumprimento do dever (M); Essas transgressões ocorrem quando o militar estadual trocar o serviço sem autorização de autoridade competente e fingir está doente para não trabalhar ou para não cumprir determinada o r- dem legal. XXIX - deixar de se apresentar às autoridades competentes nos casos de movimentação ou quando designado para comissão ou serviço extraordinário (M); Ocorre dentre outras situações quando escalado em um serviço de policiamento de estádio o militar deverá procurar o comanda n- te do policiamento para se apresentar a ele e tirar sua falta. XXX - não se apresentar ao seu superior imediato ao término de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo que souber que o mesmo tenha sido interrompido ou suspenso (M); Ao término de férias, licença, dispensa de serviço, luto, ou qua l- quer outro afastamento deverá se apresentar a seu comandante, bem como em caso de interrupção ou suspensão destes afasta- mentos. XXXI - dormir em serviço, salvo quando autorizado (M); Conduta parecida com inc. XLV, mas neste caso como não está sendo citado o tipo de serviço que está sendo executado, parece - nos que é serviço interno e, portanto menos grave do que dormir no meio da rua em viatura. | 13 | XXXII - introduzir bebidas alcoólicas em local sob administra- ção militar, salvo se devidamente autorizado (M); Ocorre quando o militar Introduzir a bebida é diferente de ingerir a bebida e, portanto introduzir é menos grave. XXXIII - comparecer ou tomar parte de movimento reivindica- tório, no qual os participantes não portem qualquer tipo de arma- mento, que possa concorrer para o desprestígio da corporação militar ou ferir a hierarquia e a disciplina; Caso o militar participe de movimentos reivindicatórios sem que tenham pessoas armadas à gravidade da transgressão é menor. Em caso do militar estar armado o problema será maior podendo gerar inclusive a expulsão da praça e a demissão do oficial. XXXIV - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em local sob administração militar, substância ou material inflamável ou explosivo sem permissão da autoridade competente (M); Pode trazer grandes riscos para si e para os companheiros e superiores, pode gerar acidente e por isso considerada transgres- são. XXXV - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo ou de navegação marítima, lacustre ou fluvial, salvo quando essencial ao atendimento de ocorrência emergencial (M); As viaturas possuem prerrogativas de l ivre circulação, estaciona- mento e parada, mas somente se estiverem em atendimento de urgência. XXXVI - autorizar, promover ou executar manobras perigosas com viaturas, aeronaves, embarcações ou animais, salvo quando essencial ao atendimento de ocorrência emergencial (M); Além de ser caracterizado como infração gravíssima pelo Código de trânsito brasileiro, executar manobras perigosas, arrancada ou frenagens bruscas e cavalos de pau, o militar estadual que pr o- mover ou mesmo autorizar tais condutas cometerá transgressão disciplinar média podendo ser responder penal, civil e administr a- tivamente. XXXVII - não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou inutilizar, por ação ou omissão, bens ou animais pertencentes ao patrimônio público ou particular, que estejam ou não sob sua responsabilidade (M); Caracteriza-se em danificar (quebrar), extraviar (perder) ou inut i- lizar (tornar inservível) viatura, computador, celular ou até mesmo animais que pertençam administração pública ou a outra pessoa, mas que esteja sob a responsabilidade do militar. XXXVIII - negar-se a utilizar ou a receber do Estado farda- mento, armamento, equipamento ou bens que lhe sejam destinados ou devam ficar em seu poder ou sob sua responsabilidade (M); Negar significa rejeitar, recusar, caracteriza-se quando o militar estadual recusa aceitar o material do Estado para ser utilizado no desempenho de sua função. Ex: Fardamentos, coletes, armas, algemas, dentre outros. XXXIX - deixar o responsável pela segurança da Organização Militar de cumprir as prescrições regulamentares com respeito à entrada, saída e permanência de pessoa estranha (M); XL - permitir que pessoa não autorizada adentre prédio ou lo- cal interditado (M); O militar somente deve permitir a entrada de civil no quartel depois de inteirado de sua identidade, motivo de sua presença e do conhecimento da pessoa com quem deseja entender-se, mesmo assim, devidamente acom- panhado, quando julgar essa medida necessária. XLI - deixar, ao entrar ou sair de Organização Militar onde não sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial-de-Dia ou de servi- ço e, em seguida, se oficial, de procurar o comandante ou o oficial de posto mais elevado ou seu substituto legal para expor a razão de sua presença, salvo as exceções regulamentaresprevistas (M); Sempre que o militar ingressar em unidade militar onde não sirva (trabalha) ele deverá se apresentar ao Oficial de Dia (ou ao mil i- tar responsável pela Guarda do quartel). Se o militar que entra ou sai for oficial deverá também procurar também o Comandante da unidade. XLII - adentrar, sem permissão ou ordem, aposentos desti- nados a superior ou onde este se encontre, bem como qualquer ou- tro lugar cuja entrada lhe seja vedada (M); O cabo e soldado não podem adentrar no Alojamento dos subt e- nentes e sargentos sem a devida autorização. XLIII - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da Organiza- ção Militar, desde que não seja a autoridade competente ou sem sua ordem, salvo em situações de emergência (M); O militar não pode abrir ou mesmo tentar abrir qua lquer depen- dência do quartel sem a devida autorização de quem de direito. XLIV - permanecer em dependência de outra Organização Mi- litar ou local de serviço sem consentimento ou ordem da autoridade competente (M); Aqui a conduta proibida é a de permanecer em dependência do quartel sem a devida autorização. XLV - deixar de exibir a superior hierárquico, quando por ele solicitado, objeto ou volume, ao entrar ou sair de qualquer Organi- zação Militar (M); Procedimento padrão nas unidades militares. O militar a o sair do quartel poderá ser obrigado a mostrar bolsas, pacotes ou vol u- mes. XLVI - apresentar-se, em qualquer situação, mal uniformizado, com o uniforme alterado ou diferente do previsto, contrariando o Regulamento de Uniformes da Corporação Militar ou norma a res- peito (M); XLVII - usar no uniforme insígnia, medalha, condecoração ou distintivo, não regulamentares ou de forma indevida (M); | 14 | O militar estadual deve, sempre que se apresentar para serviço, formaturas ou eventos, está com o fardamento adequad o, limpo e completo, de acordo com as prescrições regulamentares. XLVIII - comparecer, uniformizado, a manifestações ou reu- niões de caráter político-partidário, salvo por motivo de serviço (M); O militar jamais poderá participar de eventos desta natureza usando os uniformes da corporação, a menos que esteja de serv i- ço, ou em razão deste. XLIX - autorizar, promover ou participar de petições ou ma- nifestações de caráter reivindicatório, de cunho político-partidário, religioso, de crítica ou de apoio a ato de superior, para tratar de assuntos de natureza militar, ressalvados os de natureza técnica ou científica havidos em razão do exercício da função militar (M); L - frequentar lugares incompatíveis com o decoro social ou militar, salvo por motivo de serviço (M); O militar não pode participar de abaixo assinados e nem muito menos, frequentar zonas de baixo meretrício, prostíbulos, casa de jogo ou qualquer local incompatível, exceto se em serviço, ou em razão deste. LI - recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições para re- solver assunto de interesse pessoal relacionado com a corporação militar, sem observar os preceitos estabelecidos neste estatuto (M); Solicitar a políticos ou outras autoridades que interfiram na adm i- nistração da corporação militar para resolução de questões de interesse particular. LII - assumir compromisso em nome da Corporação Militar, ou representá-la em qualquer ato, sem estar devidamente autorizado (M); Participar de eventos de qualquer natureza como representante da corporação, sem a devida autorização, ou mesmo assumir qualquer compromisso em nome da instituição sem está devid a- mente autorizado. LIII - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas legais ou regulamentares, na esfera de suas atribuições (M); O militar por si só, em virtude do treinamento, qualificação e das determinações de superiores sabe quais são suas atribuições. Desta forma ao deixar de cumprir tais normas o militar é consid e- rado transgressor. LIV - faltar a ato judiciário, administrativo ou similar, salvo mo- tivo relevante a ser comunicado por escrito à autoridade a que esti- ver subordinado, e assim considerado por esta, na primeira oportu- nidade, antes ou depois do ato, do qual tenha sido previamente cientificado (M); Durante a carreira do militar, em diver sos momentos será convo- cado para audiências. Se o faltar a essas audiências, sem motivo plausível, cometerá transgressão disciplinar. LV - deixar de identificar-se quando solicitado, ou quando as circunstâncias o exigirem (M); LVI - procrastinar injustificadamente expediente que lhe seja encaminhado, bem como atrasar o prazo de conclusão de inquérito policial militar, conselho de justificação ou disciplina, processo ad- ministrativo-disciplinar, sindicância ou similar (M); Procrastinar significa adiar, deixar alguma coisa pra depois, transferir a realização de alguma coisa para outro momento, prorrogar para outro dia. LVII - manter relações de amizade ou exibir-se em público com pessoas de notórios e desabonados antecedentes criminais ou policiais, salvo por motivo relevante ou de serviço (M); Ocorre quando o militar mantem qualquer tipo de relacionamento com pessoas de desabonados antecedente criminais. LVIII - retirar, sem autorização da autoridade competente, qualquer objeto ou documento da Corporação Militar (M); O militar somente pode retirar documentos, objetos ou materiais da corporação, devidamente autorizado. § 3º. São transgressões disciplinares leves: I - deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele recebida, no mais curto prazo possível (L); Ocorre quando o militar deixa de dar o retorno (informar ao sup e- rior) da execução da determinação recebida. II - retirar-se da presença do superior hierárquico sem obedi- ência às normas regulamentares (L); Ocorre quando o militar sai da presença do superior sem pedir permissão para isto. III - deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de apresentar- se ao seu superior funcional, conforme prescrições regulamentares (L); O militar deve apresentar-se a seu superior ao chegar para o serviço. IV - deixar, nas solenidades, de apresentar-se ao superior hie- rárquico de posto ou graduação mais elevada e de saudar os de- mais, de acordo com as normas regulamentares (L); Quando na ocorrência de solenidades, formaturas, o militar dev e- rá apresentar-se a autoridade maior presente no evento e ainda, deve saudar os demais militares presentes. V - consentir, o responsável pelo posto de serviço ou a senti- nela, na formação de grupo ou permanência de pessoas junto ao seu posto (L); Por questão de segurança, o militar não poderá permitir aglome- ração de pessoas nas proximidades do posto de serviço. VI - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de au- toridade (L); | 15 | Ocorre quando o militar erguer ou baixar bandeira nacional, do estado ou bandeira do comandante da unidade, sem a devida autorização. VII - dar toques ou fazer sinais, previstos nos regulamentos, sem ordem de autoridade competente (L); Os toques de corneta ocorrem para emitir comando ou para c o- mando movimentos de ordem unida e para tal devem ser exe cuta- dos após a determinação da autoridade competente. VIII - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares im- próprios (L); Durante palestras ou discursos o militar não poderá fazer bar u- lhos que atrapalhem o evento. IX - deixar de comunicar a alteração de dados de qualificação pessoal ou mudança de endereço residencial (L); O militar poderá ter que ser localizado até em seu período
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