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REVEGETAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS Cobertura vegetal + diversidade florística Determinam o grau de estabilidade ou pertubação dos ecossistemas Sucessão Natural Decorrente da ação antrópica Os principais processos reguladores dos ingressos vegetativos em áreas degradadas são as fontes de propágulos, os agentes de dispersão, as condições microclimáticas e o substrato (WHITMORE, 1983; KAGEYAMA e CASTRO, 1989). Propágulos são estruturas constituídas basicamente por células meristemáticas (tecido de células indiferenciadas) que se desprendem de uma planta adulta para dar origem a uma nova planta, geneticamente idêntica à planta de origem (clones). SUCESSÃO ECOLÓGICA Definição: Alterações graduais, ordenadas e progressivas no ecossistema resultante da ação contínua dos fatores ambientais sobre os organismos e da reação destes últimos sobre o ambiente. SUCESSÃO ECOLÓGICA Chamamos de sucessão ecológica a substituição sequencial de espécies em uma comunidade; compreende todas as etapas desde a colonização das espécies pioneiras até o clímax (equilíbrio). Todo processo de sucessão começa com algumas espécies que se instalam no local (pioneiras). Lentamente, elas começam a alterar o meio ambiente preparando assim o local para que novas espécies se estabeleçam. SUCESSÃO ECOLÓGICA A criação de qualquer novo habitat SUCESSÃO ECOLÓGICA Esses primeiros colonizadores (invasores), chamados de espécies pioneiras são seguidos por outros que são um pouco mais lentos em tirar “vantagens” do novo habitat. SUCESSÃO ECOLÓGICA Desta forma, o caráter da comunidade muda com o tempo. Este padrão direcional, contínuo, não-sazonal de colonizações e desaparecimento de populações de espécies em uma dada área é chamado de sucessão ecológica. SUCESSÃO ECOLÓGICA Este caráter contínuo e regular de substituição de espécies é resultado das próprias modificações causadas no habitat pelas próprias espécies sucessoras. Por exemplo, as plantas sombreiam a superfície da terra, contribuem com detritos para o solo e alteram o seu teor de umidade. SUCESSÃO ECOLÓGICA Essas mudanças frequentemente inibem a continuação do sucesso das próprias espécies causadoras e tornam o ambiente mais adequado para outras espécies, que então excluem aquelas responsáveis pelas mudanças. SUCESSÃO ECOLÓGICA Fonte: http://www.ib.usp.br/ecologia/sucessao_ecologica_print.htm CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS SUCESSIONAIS: Quanto à natureza do substrato na origem do processo: Sucessão primária: em substratos não previamente ocupados por organismos. Ex.: afloramentos rochosos, exposição de camadas profundas de solo, depósitos de areia, lava vulcânica recém solidificada) CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS SUCESSIONAIS: Sucessão secundária: em substratos que já foram anteriormente ocupados por uma comunidade e, consequentemente, contêm matéria orgânica viva ou morta (detritos, propágulos). Ex: clareiras, áreas desmatadas, fundos expostos de corpos de água. CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS SUCESSIONAIS: Portanto, as sucessões ecológicas são evolutivamente denominadas: primárias quando ocorrem em lugares nunca antes habitados (uma rocha nua), e secundárias quando ocorrem em um lugar anteriormente habitado (um campo de cultivo abandonado). Numa tendência que tende ao clímax ecológico. SUCESSÃO ECOLÓGICA Clímax: comunidade que expressa o máximo de desenvolvimento possível do ecossistema sob as condições do local em que a sucessão ocorreu. Durante o processo de colonização, as comunidades pioneiras promovem transformações que possibilitam uma ordenada inserção ou mesmo a substituição de espécies que irão povoar um meio anteriormente inabitável, tornando-o propício e gradativamente mais dinâmico. SÍNTESE As sucessões ecológicas são denominadas: primárias quando ocorrem em lugares nunca antes habitados (uma rocha nua), e secundárias quando ocorrem em um lugar anteriormente habitado (um campo de cultivo abandonado). Uma tendência que tende ao clímax ecológico. SÍNTESE Secundária Primária EXEMPLOS Sucessão numa rocha nua Os organismos pioneiros são representados pelos liquens. Através de ácidos orgânicos produzidos por eles, a superfície da rocha vai sendo decomposta. A morte destes organismos, associada à decomposição da rocha, permite o aparecimento de outros vegetais como os musgos. Estes, por sua vez, permitem através de sua ação o aparecimento de espécies maiores, como as bromélias e gramíneas... EXEMPLOS EXEMPLOS Sucessões ecológicas secundárias Um trecho da floresta é destruído (homem ou fogo) - CLAREIRA - O terreno descoberto recebe sol direto e fica superaquecido, superiluminado e seco; - Em tais condições, as sementes das árvores silvestres não vingam, já que exigem sombra e umidade; EXEMPLOS - CONTINUAÇÃO - Mas as gramíneas (capim) só germinam em solo descampado; - A terra coberta pelo capim e pelas ervas retém mais umidade; - Algumas sementes que antes não podiam germinar agora o fazem, dando ervas maiores, arbustos e árvores que toleram a iluminação direta; EXEMPLOS - CONTINUAÇÃO - Após alguns anos, a sombra começa a prejudicar o capim e as ervas, e o ambiente fica propício para a germinação de sementes de outras árvores menos tolerantes a luz. - O capim e as ervas pioneiras vão desaparecendo, enquanto as árvores acabam por dominar os arbustos. - Cada comunidade que se instala no terreno prepara o ambiente para a comunidade seguinte, que a suplantará. ESPÉCIE PIONEIRA - EMBAÚBA FLORESTA PRIMÁRIA É também conhecida como floresta clímax ou mata virgem, é a floresta intocada ou aquela em que a ação humana não provocou significativas alterações das suas características originais de estrutura e de espécies. FLORESTA SECUNDÁRIA São aquelas resultantes de um processo natural de regeneração da vegetação, em áreas onde no passado houve corte raso da floresta primária. Nesses casos, quase sempre as terras foram temporariamente usadas para agricultura ou pastagem e a floresta ressurge espontaneamente após o abandono destas atividades. FLORESTA SECUNDÁRIA A grande maioria dos remanescentes de Mata Atlântica ainda existentes nas pequenas e médias propriedades agrícolas é composta de florestas secundárias em diferentes estágios de desenvolvimento. RECUPERAÇÃO AMBIENTAL Num trabalho de reflorestamento? Quais espécies devem ser plantadas primeiro? Segundo RODRIGUES e GANDOLFI (1998) o levantamento da vegetação regional é fase de extrema importância em programas de recuperação de áreas degradadas, pois a partir das informações sobre os tipos de vegetação florestal características da região, as suas espécies definidoras, a sua estrutura fitossociológica e a classificação sucessional dessas espécies é que se pode definir as estratégias de recuperação para cada situação identificada. Dentre as estratégias de recuperação de áreas degradadas, merece destaque: Àquela em que se priorizam leguminosas fixadoras de N2 atmosférico de rápido crescimento surgem como uma opção ecológica interessante para áreas fortemente impactadas, pois o recobrimento rápido do solo/substrato e os aportes de carbono e nitrogênio ao solo são priorizados (FRANCO et al., 1992; FRANCO e FARIA, 1997; REIS, 2006). Modelos agrícolasMonocultivos: Unidade agrícola com a produção de um único produto. Cultivos associados: Combinam distintas espécies de produto em um mesmo terreno. Ex Café com leguminosas. Rotacional: Alternar através do tempo e sobre o mesmo terreno diferentes tipos de cultivos. Ex Plantar mandioca, feijão e soja em intervalos diferentes. • Intercalados: Dois ou mais cultivos de semeadura simultânea no mesmo terreno seguindo um ordenamento de alternância dentro de cada fileira de cultivo ou entre fileiras. Ex. Cultivo em corredores onde a semeadura é feita num cultivo anual ou frutas intercaladas com franjas de leguminosas. • Policultivos: Desenvolve uma ampla gama de cultivos diferentes. Ex. Sistemas Agroflorestais indígenas onde na mesma área agrícola se cultiva mais de dez espécies diferentes. Sistemas agroflorestais (SAFs) Definição: são formas de uso e manejo dos recursos naturais, nos quais as espécies lenhosas (árvores, arbustos e palmeiras) são utilizadas em associações com cultivos agrícolas ou com animais, no mesmo espaço territorial, de maneira simultânea ou em uma seqüência temporal. Funções principais dos sistemas agroflorestais: 1. Ciclo de nutrientes nos sistemas agroflorestais 2. Disponibilidade de nutrientes por árvores fixadoras de nitrogênio 3. Controle da erosão 4. Estratificação dos sistemas 5. Regulagem do micro clima 6. Manejo da biodiversidade 7. Estabilidade ecológica 8. Manejo integrado de problemas fitosanitários (ver efeitos positivos e negativos das combinações de plantas). 9. Manejo das pragas e doenças 10. Complementaridade na produção (Compara monocultivos com policultivos) Problema Alternativa do Sistema Agroflorestal Falta de lenha Cercas vivas, parcelas de arvores em pastos, arvores lenhosas em hortas familiares e como sombra de café, cacau e outros cultivos, Erosão Corredores de arvores em curvas de nível, e arvores apropriadas ao longo das nascentes de água Solos degradados Interplantar arvores ou arbustos que fixem nitrogênio e tenham raízes profundas associação de cultivos de arvores, uso de leguminosas no solo. Ventos fortes Cortinas com barraventos Falta de alimentação e sombra aos animais Arvores ou arbustos forrageiros em cercas vivas Alimentação humana(Quantidade e Diversidade) Hortas,frutas e criação de animais Delimitação da terra Cercas vivas Estabilização da agricultura migratória e redução dos riscos socioeconômicos no sistema produtivo Diversidade na produção com arvores, cultivos de animais,madeiras,plantas medicinais e hortas Competência excessiva por água, luz e nutrientes entre árvores e cultivos associados Modificar os sistemas já existentes com podas drásticas, eliminação de certas arvores.Modificação dos componentes do nível inferior. CLASSIFICAÇÃO DOS SAFs • SISTEMAS SILVIAGRÍCOLAS Correspondem a sistemas de manejo do solo para o cultivo simultâneo de culturas agrícolas e espécies florestais, com função de produzir bens (produtos) e serviços (quebra- ventos, cercas-vivas, sombreamento dos cultivos, conservação do solo, etc...). • SISTEMAS SILVIPASTORIS É a associação de pastagens, animais e árvores. • SISTEMAS AGROSILVIPASTORIS Caracterizados pela associação de espécies arbóreas ou arbustos e cultivos agrícolas e animais. SISTEMAS AGROFLORESTAIS COMO ALTERNATIVA A RAD Essa prática visa amortecer o impacto erosivo das chuvas, atenuar as variações de temperatura na camada superficial do solo, conservar a umidade no mesmo e aumentar a estabilidade das unidades estruturais do solo (os agregados). Desta forma, aumenta-se a resistência das forças de coesão e adesão, que mantém as partículas primárias do solo (areia, silte e argila) unidas, contra as forças de natureza externa, como o impacto, abrasão ou atrito e as oriundas do escape do ar interno dos agregados. COMO IMPLANTAR UM SISTEMA AGROFLORESTAL (SAF) é necessário avaliar: 1- o contexto social, econômico e ambiental em que se situa a área a ser recuperada; 2- Condições climáticas da região e microclimáticas de uma paisagem; 3- observação de microambientes: topografia, umidade, tipos de solos, outros; 4- determinação de espécies; 5- grau de alteração antrópica. Questões reflexivas e de pesquisa: 1- Com que freqüência os sistemas de monoculturas intensivas não constituem uma alternativa adequada para o uso da terra nos trópicos. Explique porque. 2- Qual é a influência e as funções mais importantes das árvores nos sistemas agroflorestais? 3- Descreva a influencia das arvores sobre: uso da luz, água e nutrientes. 4- Relacione o uso dos SAFs ao processo de recuperação de matas ciliares. 5- O que é uma ILP? Como ela pode ser implantada?
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