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UNP – UNIVERSIDADE POTIGUAR MARIA DO CARMO DANTAS GOMES FICHAMENTO DE CONTEÚDO MOSSORÓ 2016.2 Maria do Carmo Dantas Gomes FICHAMENTO DE CONTEÚDO Elementos de Teoria Geral do Estado Dallari, Dalmo de Abreu Orientador: Everckley Teoria Geral do Estado Mossoró 2016.2 Elementos de Teoria Geral do Estado Maria do Carmo Dantas Gomes Resumo: Este estudo apresenta o gênero textual de Fichamento de conteúdo como uma forma eficiente de análise da obra Elementos de Teoria Geral do Estado do autor, Dallari, Dalmo de Abreu, inicialmente, abordarei meu entendimento sobre os temas propostos pelo autor, e farei uma analise de sua abordagem. PALAVRAS-CHAVE: TGE, Teoria, Dallari, Teoria Geral do Estado Titulo: Elementos de Teoria Geral do Estado Capitulo I Da Sociedade Origem da Sociedade, A Sociedade e seus elementos característicos, Finalidade Social, Ordem social e ordem jurídica, O poder social, As Sociedades políticas. Referência Bibliográfica: Dallari, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, 25ª edição, 2006. ORIGEM DA SOCIEDADE – Origem Natural da Sociedade, O Contratualismo. (PP.09- 19) ________________________________________________________________________ O autor começa a sua abordagem de forma clara e objetiva, mostrando os evidentes benefícios que a vida em sociedade traz ao homem, no entanto também afirma que essa vivencia em sociedade e suas limitações podem afetar a liberdade humana. (pág.9) Cita Aristóteles em sua conclusão de que a mais clara afirmação já feita sobre o homem é a de que “O homem é naturalmente um animal político” e Santo Tomás de Aquino quando enquadra três hipóteses sobre a vida em sociedade e a exceção à vida solitária. Excellentia Naturae – quando o indivíduo vive em comunhão com a própria divindade. Corruptio Naturae – quando o individuo possui alguma anomalia mental. Mala Fortuna – quando o indivíduo passa a viver em isolamento devido ao infortúnio de naufrágio ou por ocasião de vir a perde-se em uma floresta. O autor descreve a linha de raciocínio de alguns grandes teóricos sobre a origem da sociedade como RANELLETTI, que descreve que independente da época em que se observe o homem, o mesmo sempre será encontrado em estado de convivência, mesmo dentro de uma origem selvagem. Ainda de acordo com a linha de raciocínio de Ranelletti, a sociedade é determinada pela necessidade natural do homem para fins de sua existência. (pág. 10, 11) No ponto de vista do CONTRATUALISMO há uma diversidade em suas teorias, por exemplo, a sociedade nada mais é do que um acordo de vontades celebrado entre os homens que passam a unirem-se a seus semelhantes objetivando a conquista bens comuns. O autor ressalta a obra “A REPUBLICA” de Platão e faz menção aos utópicos da época que, sem revelar preocupação com a origem da sociedade da época procuravam descrevem uma organização de sociedade ideal, sem nenhum malou deficiências vistas em outras sociedades, tendo como ponto de ligação aos contratualistas a submissão da vida social às razões e vontades do todo. (pág. 12) Demonstrando que o Contratualismo é claramente proposto na obra O LEVIATà de Thomas Hobbes, o autor diz que, para Hobbes, quando o homem vive em estado de natureza o mesmo é primitivo e causador de desordem, não tendo, portanto, suas ações reprimidas. Sendo o estado de natureza uma ameaça quando em igualdade cada homem viveria temeroso de que outro pudesse tomar seus bens ou prejudicá-lo de alguma forma, fazendo que o mesmo agredisse antes de ser agredido. Hobbes formula duas leis fundamentais da natureza: - Cada homem deve esforçar-se pela paz. - Cada um deve consentir e concordar com a defesa de si mesmos quando necessário para a observância da paz. (pág. 13) A observância dessas leis depende de um poder que mantenha o homem dentro dos limites desta sociedade, esse poder é O Estado, onde o autor o descreve como um grande homem robusto e artificial, construído pelo próprio homem natural para manutenção de sua defesa. “Mesmo um mau governo é melhor que o estado de natureza” Conceituando Estado o autor descreve como se fosse uma pessoa que, com a autoridade emprega a força e os meios que julgar convenientes em prol da defesa e paz comum. O Estado é soberano e os que estão a sua volta subordinados. (pág.14) Para HOBBES, caso o homem vivesse em uma sociedade sem que o Estado o subjugasse em prol do benefício comum, o mesmo em sentido de igualdade procuraria defender-se atacando antes que outrem o causasse algum dano, para MONTESQUIEU, homem se sentiria inferior aos demais, e nesse caso não procuraria atacar sendo a paz a lei natural, pois a idéia de supremacia é complexa de mais para que o homem pensasse nela primeiramente. (pág. 15) De acordo ainda com a observação de Montesquieu, existem leis que impulsionam o homem a viver em sociedade, são elas, o desejo pela paz, a necessidade de alimentos, a atração pelo sexo oposto, o desejo de viver em sociedade. Em O Contrato Social, obra mais divulgada de RUSSEAU, em contra partida a declaração de Montesquieu onde diz que “sem um governo nenhuma sociedade poderia subsistir” Russeau afirma que o povo é soberano, tanto no reconhecimento da igualdade dos objetivos da sociedade bem como, na existência de interesses coletivos e individuais distintos. (pág. 16) Nesse ponto de vista O Estado é um mero executor de decisões. O autor desenha a linha de raciocínio no que diz respeito ao povo como soberano em duas vontades, a VONTADE GERAL que tende constantemente a utilidade publica, e a VONTADE DE TODOS que é uma soma das vontades particulares, de forma privada. (pág. 19) A SOCIEDADE E SEUS ELEMENTOS CARACTERISTICOS (PP.20-21) _______________________________________________________________________ Por mais que os indivíduos se reúnam em grupos, em função de um objetivo comum, isso não os configura como sociedade, há três características especificam para que possa determinar uma sociedade, são elas, finalidade ou valor social, manifestações ordenadas e poder social. ________________________________________________________________________ FINALIDADE SOCIAL - O Determinismo, As teorias Finalistas e o Bem Comum. (PP. 22-24) Dentro da finalidade social o autor destaca duas linhas de raciocínio de alguns autores, são elas o DETERMINISMO e o FINALISMO. DETERMINISMO: o homem está sujeito ao princípio da casualidade tendo como finalidade a conseqüência de seus atos pré-determinada e que o mesmo não poderá interromper. FINALISMO: a finalidade é o bem comum, livremente escolhida pelo homem, mesmo que algo valioso para um seja irrelevante para outro. Esse ponto de vista trata, de que o bem comum é um conjunto e condições que permitam a cada homem e a cada grupo social a consecução de seus fins particulares. ORDEM SOCIAL E ORDEM JURÍDICA – Direito, Moral e Convencionalismos Sociais. A Realidade Social. (PP. 25-33) _______________________________________________________________________ Para assegurar a harmonia dos membros da sociedade é necessário que haja manifestações ordenadas, atendendo a três requisitos: reiteração, ordem e adequação. REITERAÇÃO: refere-se à renovação, pois a todo o momento surgem novos fatores que influenciam na própria noção de bem comum, seguindo a exigência da ordem. ORDEM: os movimentos devem ser produzidos de acordo com as leis ordenadamente. (pág. 26) Devido à exigência dessa ordem, o homem como ser social, passoua ter uma crença exagerada tanto nas ciências quanto nas técnicas, DURKHEIM teve uma contribuição decisiva para o surgimento da sociologia ao afirmar que os fatos sociais devem ser tratados como coisas. Ele procurou mostrar as diferenças entre os fatores psicológicos que ocorrem dentro do indivíduo e os fatores sociais que ocorrem fora do indivíduo, dando origem assim a nítida diferenciação das ordens da natureza (mundo físico), submetida ao princípio da casualidade, com a ordem humana (mundo ético) submetida ao princípio da responsabilidade. (pág. 27) - CASUALIDADE: a AÇÃO do aquecimento de um metal gera a CONSEQUÊNCIA da dilatação do mesmo. - IMPUTAÇÃO ou (responsabilidade): a AÇÃO da prática de um roubo gera a CONSEQUÊNCIA da aplicação da lei na prisão de quem o praticou, porém havendo a interferência de um fator humano ou natural a CONSEQUÊNCIA não seja aplicada. (pág. 28) O autor também descreve do ponto de vista da MAYNEZ dentro de ORDEM, a unilateralidade da moral, a bilateralidade do direito e os convencionalismos sociais: UNILATERALIDADE DA MORAL: de acordo com a moral, mesmo que alguém contrarie um princípio aceito por todos, não se pode compelir ao feitor agir de forma contrária a sua escolha. BILATERALIDADE DO DIREITO: caso a norma seja jurídica, pode-se a própria vítima da ofensa á norma quanto um terceiro reagir e obrigar o ofensor a sofrer a punição ou cumprir a norma violada. Pois a norma jurídica sempre se baseia nos direitos e deveres. CONVENCIONALISMOS SOCIAIS: são as normas relacionadas aos preceitos de decoro, etiqueta e moda, não se aplicando nem a moral, nem às normas jurídicas, não se importando com os bons ou maus propósitos do sujeito. ADEQUAÇÃO: cada indivíduo deve ter em conta as exigências e possibilidades da realidade social, orientando-se entre si para promoção do bem comum. O aumento das quantidades de acordo com o autor, não significa desenvolvimento podendo vir a se tornar um problema de cunho social caso os recursos sociais não sejam utilizados adequadamente. (pág. 33) O PODER SOCIAL – Características do Poder Social, Teorias Anarquistas, Teorias do Poder Necessário. (PP. 34-45) ________________________________________________________________________ O poder é considerado o mais importante para qualquer estudo do funcionamento da sociedade, sendo um fenômeno social para existir é necessário uma ou mais vontades, as que exigem e as que são submetidas às exigências, podendo considerar como dois aspectos: como relação, ou como processo. Aos autores e teorias que negam a necessidade de poder denominamos ANARQUISTAS. Descreverei abaixo algumas manifestações anarquistas: CÍNICOS: viver de acordo com a natureza sem a obrigação de obter bens. ESTÓICOS: exaltavam as virtudes morais, porém também valorizavam a vida em conformidade com a natureza. EPICURISMO: prazer individual e recusa das imposições sociais. CRISTIANISMO: igualdade essencial entre os homens, condenação de todos os que buscam poder terreno, aspiração a uma fraternidade universal. No entanto São Paulo, em Romanos 13, 1-7 condena as tendências anarquistas primitivas do cristianismo e ressalta a obediência ás leis terrenas. A base de todas essas manifestações anárquicas é a crença na bondade do homem. (pág. 37) O autor ainda cita outros teóricos como: BAKUNIN – que apóia a destruição do Estado e das instituições burguesas, baseando-se no princípio da solidariedade, contratos livres e associações voluntárias. KROPOTKIN – que acredita na possibilidade de chegar ao anarquismo de forma pacífica. Independente dos autores estudiosos sobre o Poder, todos concordam que o mesmo sempre existiu, mesmo quando todos os bens eram divididos em comuns, muitos por achar melhores lugares para produzir alimento, não queriam mais que sua sobrevivência dependesse de outros, começaram a armazenar um pouco dos que lhes era ofertado por meio do trabalho de todo, acumulando certa quantidade de bens, e quando a escassez chegava àqueles que nada tinham se sujeitavam aos que haviam acumulado em prol de sua sobrevivência sujeitando-se as suas vontades. (pág. 42) É a partir do fim da idade média que o povo passa a ser considerado como fonte de direitos e de poder. (pág. 43) Para definirmos poder vamos separar em suas devidas áreas: poder tradicional, poder carismático e poder racional. PODER TRADICIONAL: o poder das monarquias. PODER CARISMÁTICO: exercido pelos líderes autênticos, que lutam pelo povo muitas vezes contra o direito vigente. PODER RACIONAL: exercido pelas autoridades investidas pela lei. PODER LEGÍTIMO: é o poder consentido. (pág. 45) _______________________________________________________________________ AS SOCIEDADES POLÍTICAS - Diferenciação das Sociedades quanto aos fins, Sociedade de fins políticos. (PP.46-50) _______________________________________________________________________ O autor ainda descreve três categorias de grupos sociais, são eles: sociedades como família, sociedades voluntárias e sociedades involuntárias. Aos grupos que lutam pelos mesmos objetivos, porém, não tem caracterização para serem denominados de sociedade chamamos de associações, família, tribos e clãs. A sociedade mais importante de todas é a sociedade política, a ela damos o nome de Estado. � � ���������� � ��� ����� ������� �
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