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Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 Espectroscopia com Rede de Difrac¸a˜o em Gases Elementares Daniel Rocha Ferreira, Victtor Hudson A. Arantes Professor(a): Dr. Lauro June Queiroz Maia Instituto de F´ısica, Universidade Federal de Goia´s Curso de F´ısica - Licenciatura Resumo O trabalho que se segue busca evidenciar comportamentos caracter´ısticos na espectros- copia de uma rede de Difrac¸a˜o em Gases elementares. Precisamente para os elementos He e Na em que foram medidos os seus espetros de emissa˜o e a analisados suas composic¸o˜es atrave´s de seus diagramas de energia. Por meio das medidas realizadas no experimento calculamos a constante da rede de difrac¸a˜o obtendo d = (1706, 48464 nm), esse resul- tado nos permitiu calcular o nu´mero de fendas por mil´ımetro obtendo N = (586 ± 14), valor esse que concorda com o valor nominal fornecido pelo fabricante (N = 600 fendas por mil´ımetro). Por fim, discorremos algumas condic¸o˜es necessa´rias para a ocorreˆncia dos fenoˆmenos de acoplamento LS conjuntamente com os entendimentos dos estados de energia de Singlete e Triplete ocorridos no desdobramento fino. 1 Objetivos O experimento realizado tem como objetivos; medir os espectros de emissa˜o dos a´tomos de He e Na, comparar estes resultados com os correspondentes diagramas de n´ıveis de energia, investigar o dubleto amarelo do so´dio e calcular a constante de uma rede de difrac¸a˜o. 2 Introduc¸a˜o Uma rede de difrac¸a˜o consiste de um grande nu´mero de linhas trac¸adas sobre um anteparo, podendo ser de vidro, pla´stico ou metal e pode funcionar tanto por transmissa˜o quanto por reflexa˜o. As direc¸o˜es da luz difratada pelas va´rias fendas desse anteparo seguem direc¸o˜es espec´ıficas dadas pela equac¸a˜o da rede mλ = d sin θ (1) Se a luz de um comprimento de onda λ atinge uma rede de constante d, ela e´ difratada e ma´ximos de intensidade sa˜o produzidos para aˆngulos de difrac¸a˜o θ satisfazendo a equac¸a˜o (1). Numa determinada ordem m cada comprimento de onda se difrata em um aˆngulo θ diferente. Por isto diz-se que uma rede dispersa a luz e pode ser usada para analisar o espectro de uma fonte de luz. 1 Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 O espectroˆmetro de rede de difrac¸a˜o pode ser utilizado com qualquer fonte de compri- mento de onda conhecido de forma que pode ser usado na ana´lise qu´ımica, na astronomia, no diagno´stico de plasmas e em muitos outros campos. Pode-se obter o espectro atoˆmico dos elementos estimulando-os atrave´s de calor ou de des- carga ele´trica, em que os ele´trons saltam para n´ıveis de energia maiores E1 e ao voltarem para o original E0, emitem a diferenc¸a de energia segundo a equac¸a˜o (2). hν = E1 − E0 (2) onde h = 6, 63× 10−34 Js e´ a constante de Planck. No caso dos a´tomos alcalinos, como o so´dio, possuem um ele´tron livre, chamado opticamente ativo, o qual faz o espectro do a´tomo de so´dio equivalente ao do hidrogeˆnio, exceto pela carga central. Temos enta˜o que o potencial resultante e´ dado por: V (r) = −e 2Z(r) 4piε0r (3) Os n´ıveis de energia tambe´m sa˜o similares aos n´ıveis do a´tomo de hidrogeˆnio e, dados pela equac¸a˜o (4). Enl = − me 4 8ε20h 2 Z2nl 1 n2 (4) Nesta aproximac¸a˜o na˜o foi considerada a interac¸a˜o spin-o´rbita do ele´tron opticamente ativo. O que ocorre de fato e´ que as linhas do espectro o´ptico do so´dio evidenciam um desdo- bramento de estrutura fina, caracterizado pelo fato de que todos os n´ıveis sa˜o duplos, exceto aqueles para os quais l = 0. Isto e´ devido a` interac¸a˜o spin-o´rbita, isto e´, devido ao acoplamento entre o momento de dipolo magne´tico do ele´tron e o campo magne´tico interno ao qual esta´ submetido por mover-se atrave´s do campo ele´trico do a´tomo (Equac¸a˜o 8). 3 Procedimento Experimental O aparato experimental utilizado neste experimento esta´ ilustrado na Figura 1. Figura 1: Aparato experimental utilizado para medida dos espectros atoˆmicos do he´lio e do so´dio. 2 Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 O procedimento experimental realizado pode ser dividido em duas partes. Na primeira parte do experimento os seguintes passos foram realizados: a laˆmpada deHe foi ligada e aguardamos cerca de 5 minutos para que a condic¸a˜o adequada de operac¸a˜o fosse atingida; a mesa que sustenta a rede de difrac¸a˜o foi nivelada; a altura da fenda foi regulada de modo a caber inteiramente na ocular; ajustamos a fenda o mais estreita poss´ıvel a fim de melhor resoluc¸a˜o; ajustamos a altura da luneta, do colimador e a orientac¸a˜o da rede de difrac¸a˜o, de maneira que ao percorrer o espectro de difrac¸a˜o do he´lio, tanto a` direita quanto a` esquerda, na˜o houve variac¸o˜es nas alturas das raias interceptadas pela cruz da ocular; alinhamos a luneta com o feixe direto (m = 0) e anotamos a posic¸a˜o angular; giramos progressivamente a luneta e anotamos as posic¸o˜es angulares das raias de primeira ordem, tanto a` direita quanto a` esquerda. Na segunda parte realizamos os seguintes passos: apo´s trocar e posicionar a laˆmpada de so´dio, alinhamos a luneta com o feixe direto (m = 0) e anotamos a posic¸a˜o angular; medimos as posic¸o˜es das raias de primeira ordem m1 mais intensas da laˆmpada de Na com o fim de calcular os comprimentos de onda correspondentes. Como anteriormente, fizemos isto girando progressivamente a luneta e anotando as posic¸o˜es angulares, tanto a` direita quanto a` esquerda; Usamos as raias de segunda ordem m2 para determinar os comprimentos de onda λ1 e λ2 e a separac¸a˜o dλ do dubleto amarelo. 4 Resultados e Discusso˜es Laˆmpada de He´lio A Tabela 1 possui os valores obtidos experimentalmente para os aˆngulos de cada raia de primeira ordem (m1) para o he´lio e seus respectivos valores me´dios. 3 Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 Raias m1 do he´lio Esquerda (θ ± 0, 0083o) Direita (θ ± 0, 0083o) (θ ± 0, 0083o) Vermelho 23, 6300o 23, 4500o 23, 5400o Amarelo 20, 5800o 20, 5170o 20, 3980o Verde 17, 7200o 17, 1330o 17, 4260o Verde-azulado 17, 7000o 17, 1000o 17, 4000o Azul-esverdeado 16, 6000o 16, 3330o 16, 4660o Azul 15, 6170o 15, 4170o 15, 5170o Tabela 1: Aˆngulos das raias de primeira ordem (m1). Utilizando os valores de sin θ e de λ representados na Tabela 1, obtemos o Gra´fico 2. 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 400 450 500 550 600 650 700 se n (θ) λ (nm) Regreção Linear Pontos Experimentais Figura 2: Gra´fico de sin θ em func¸a˜o de λ. Com a regressa˜o linear do Gra´fico 2 obtemos o coeficiente angular a = (5, 86±0, 14)×10−4, relacionado esse resultado com a equac¸a˜o (1), foi poss´ıvel obter o valor da constante de rede d = 1706, 48464 nm. Onde o nu´mero de fendas por mil´ımetro e´ dado por: N = 1 d (5) Temos portanto que N = (586± 14) fendas por mil´ımetro. O valor de N encontrado concorda com o valor nominal fornecido pelo fabricante (N = 600 fendas por mil´ımetro). E´ importante destacar que o valor de N e´ necessariamente um valor inteiro e positivo, pois indica a quantidade de fendas por unidade de comprimento presente na rede de difrac¸a˜o. Na Tabela 2 dispomos os comprimentos de onda das cores visualizadas no experimento com 4 Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 suas respectivas transic¸o˜es entre n´ıveis de energia, obtidos atrave´s do diagrama de n´ıveis de energia do a´tomo de he´lio (Figura 3). Cor λ (nm) Transic¸o˜es Vermelho 667, 8 2p −→ 3d Amarelo 587, 6 2p −→ 3d Verde 501, 6 2p −→ 5s Verde-azulado 492, 2 2p −→ 4d Azul-esverdeado 471, 3 2p −→ 4s Azul 447,1 2p −→ 4d Tabela 2: Transic¸o˜es entre os n´ıveis de energia do a´tomo de he´lio. O aparecimento das raias ocorre, pois a luz emitida pela laˆmpada de he´lio atinge a rede de difrac¸a˜o e os diversos comprimentos de onda que constituem a luz incidente sa˜o desviados segundo aˆngulos diversos assumindo assim trajeto´rias diferentes. Figura 3: Transic¸o˜es entre os n´ıveis de energia do he´lio [4]. Laˆmpada de So´dio A Tabela 3 possui os valores obtidos experimentalmente para os aˆngulos da raia de segunda ordem (m2) do dubleto amarelo. 5 Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 Raias m2 do so´dio (Dubleto Amarelo) Esquerda (θ ± 0, 0083o) Direita (θ ± 0, 0083o) Raia 1 45, 2000o 44, 7330o Raia 2 45, 3500o 44, 8500o Tabela 3: Dubleto Amarelo: aˆngulos das raias de segunda ordem (m2). Utilizando os valores dos aˆngulos mostrados Tabela 3, foi poss´ıvel obter os valores dos comprimentos de ondas λ1 e λ2 (Tabela 4), para tal fim usamos a equac¸a˜o (1), onde m = 2, N = 600 fendas por mil´ımetro e d = 1, 67× 10−6 m. Raias m2 do so´dio (Dubleto Amarelo) Esquerda (λ nm) Direita (λ nm) Raia 1 592, 49 587, 68 Raia 2 594, 03 588, 89 Tabela 4: Comprimentos de onda para dubleto amarelo (Na). Calculando a variac¸a˜o da energia ∆E por meio da equac¸a˜o (6): E = hν (6) onde ν = c λ (7) Usando a equac¸a˜o (6) e (7) para a avaliar ∆E do dubleto amarelo, obtemos para o lado direito ∆Ed = (4, 34 × 10−3 eV ) e para o lado esquerdo ∆Ee = (5, 42 × 10−3 eV ). Com relac¸a˜o ao valor da literatura ∆E = (2, 1× 10−3 eV ) [2] as diferenc¸as percentuais foram respectivamente de 110, 9% e 158, 1%. Essa diferenc¸a deve-se principalmente ao grau de sensibilidade requerida ao experimentador. O aparecimento das raias de diversas cores ocorre, pois a luz emitida pela laˆmpada do So´dio atinge a rede de difrac¸a˜o e os diversos comprimentos de onda que constituem a luz emitida sa˜o desviados segundo aˆngulos diversos assumindo assim trajeto´rias diferentes. Para que ocorra a dispersa˜o da luz, as fendas da rede de difrac¸a˜o devem ser da mesma ordem do comprimento de onda da luz incidente. A linha dos espectros o´pticos emitidos pelo so´dio evidencia um desdobramento de estrutura fina, indicando que os n´ıveis de energia sa˜o duplos, com excec¸a˜o daqueles em que m = 0. 6 Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 Figura 4: Transic¸o˜es permitidas entre os n´ıveis de energia do so´dio [3]. Isso se deve a` interac¸a˜o spin-o´rbita (Equac¸a˜o 8) que age sobre o ele´tron opticamente ativo, isto e´, devido ao acoplamento entre o momento magne´tico do ele´tron e o campo magne´tico interno ao qual esta´ submetido por se mover atrave´s do campo ele´trico do a´tomo (Figura 4). ∆E = ~2 4m2c2 [j(j + 1)− l(l + 1)− s(s+ 1)]1 r dV (r) dr (8) 4.1 Discusso˜es Adicionais O processo de emissa˜o de luz consiste razoavelmente de uma diferenc¸a de potencial apli- cada nas extremidades da laˆmpada, sendo que esta possui em sua parte interna um ga´s inerte (mercu´rio, so´dio, argoˆnio etc). Ele´trons sa˜o acelerados por esta diferenc¸a de poten- cial, estes colidem com as mole´culas do ga´s contido na laˆmpada. Por conseguinte essas mole´culas de ga´s absorvem essa energia advinda dos ele´trons passando para um estado excitado de energia, energia esta insta´vel, acarretando que o mesmo retorne para um es- tado de baixa energia, conhecido como estado fundamental do ga´s. Em seu retorno essas mole´culas liberam esse excesso de energia na modalidade de radiac¸a˜o, sendo que dentro deste espectro de energia temos comprimentos de onda no campo do vis´ıvel, obtendo assim luz. O que ocorre em um espectro cont´ınuo e´ que quando ha´ a passagem de uma luz numa dada cor por um prisma, esta e´ vista de forma praticamente impercept´ıvel do outro lado,na˜o 7 Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 havendo mudanc¸a. Diferentemente de um espectro descont´ınuo, pois sua configurac¸a˜o caracteriza-se por linhas ou raias de cores diferente, bem espac¸adas, claras e finas. No espectro da luz vis´ıvel ou no espectro de emissa˜o de uma laˆmpada de incandesceˆncia, as va´rias cores sucedem-se umas a`s outras sem qualquer ruptura, estabelecendo-se uma transic¸a˜o gradual entre as va´rias cores. Um espectro deste tipo e´ denominado espectro cont´ınuo, porque corresponde a um conjunto de radiac¸o˜es que se sucedem sem interrupc¸a˜o. Nem todos os espectros sa˜o, no entanto, cont´ınuos. Quando a emissa˜o de luz na˜o se pro- cessa em todas as frequeˆncias, abrangendo apenas algumas, isto e´, com interrupc¸o˜es entre elas, diz-se que o espectro respectivo e´ um espectro descont´ınuo. Se a gama de frequeˆncias que comporta e´ relativamente larga, seguindo-se uma zona escura, o espectro e´ designado espectro de bandas. Mas, por vezes, os espectros descont´ınuos apenas apresentam algu- mas riscas coradas, separadas por largas zonas escuras. Nesse caso, o espectro diz-se um espectro de riscas. Em a´tomos no estado fundamental em que conteˆm um conjunto de subcamadas cheias, a de maior energia sendo uma subcamada p, e um u´nico ele´tron a mais na subcamada s seguinte, sendo o ele´tron em p mais negativamente do que o contido em s. Ocorre que os ele´trons da subcamada p na˜o sa˜o excitados em nenhum dos processos de baixa energia que levam a` produc¸a˜o do espectros o´ticos. Assim, um a´tomo alcalino 11Na se constitui em esseˆncia, de um caroc¸o de ga´s nobre inerte mais um u´nico ele´tron que se move numa subcamada externa. Por isso, a ana´lise de seu espectro o´tico e´ bem simples ja´ que os estados excitados podem ser descritos unicamente atrave´s, desse ele´trons, de- nominado ELE´TRON OTICAMENTE ATIVO, sendo o caroc¸o das subcamadas internas cheias totalmente ignorado. Por sua vez, a energia total do caroc¸o na˜o muda e, conse- quentemente, a energia total do caroc¸o e´ uma constante mais a energia do ele´trons ativos. Segundo a teoria de Hartree, a energia de cada ele´trons oticamente ativo que se move independentemente e´ determinada por seus nu´meros quaˆnticos n e l. Se a´tomos de hidrogeˆnio forem excitados para seus n´ıveis de energia mais altos, por exemplo, atrave´s de coliso˜es com ele´trons energe´ticos num tubo de descarga de ga´s, espontaneamente fara˜o transic¸o˜es para o n´ıveis sucessivos de energia mais baixa. Em cada transic¸a˜o entre dois n´ıveis, sera´ emitido um fo´ton de frequeˆncia igual a` diferenc¸a de suas energia dividida pela constante de Planck.As frequeˆncias discretas emitidas por todas as transic¸o˜es que ocorrem constituem as ”linhas”do espectro. Medidas experimen- tais mostram na verdade que nem todas as poss´ıveis transic¸o˜es se da˜o. Observa-se a emissa˜o de fo´tons unicamente com frequeˆncias correspondentes a transic¸o˜es de energia cujos nu´meros quaˆnticos satisfazem a`s regras de selec¸a˜o: ∆l = ±1 e ∆j = 0,±1. Isto e´, so´ existem transic¸o˜es entre n´ıveis cujos nu´meros quaˆnticos l diferem de uma unidade e cujos nu´meros quaˆnticos j diferem de zero ou uma unidade. Essa caracter´ıstica inerente das transic¸o˜es decorrem das interac¸o˜es existente entre spin-orbita. Como o spin total do caroc¸o e´ nulo, o spin de todos os estado excitado e´ igual a 1/2. Grac¸as ao efeito spin-orbita, os estados com j = l − 1/2 teˆm uma energia ligeiramente menor que os estados com j = l + 1/2. Todos esses estados, portanto, sa˜o Dupletos exceto, naturalmente, os estados S. Este desdobramento e´ muito pequeno e na˜o e´ vis´ıvel no diagrama. Os s´ımbolos, notac¸a˜o espectrosco´pica logo acima do diagrama indicam no ı´ndice superior 2 um estado de dubleto. Assim, 2P3/2 que se leˆ ”dupleto P treˆs meios”, indica um estadono qual l = 1 e j = 3/2. Com isso, no primeiro estado excitado, o ele´tron externo e´ transferido do n´ıvel 3s para o n´ıvel 3p, que se encontra a aproximada- 8 Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 mente 2, 1 eV acima do estado fundamental. A diferenc¸a entre os estados P3/2 e P1/2 em consequeˆncia do efeito spin-orbita e´ de aproximadamente 0, 002 eV .As transic¸o˜es desses estados por sua vez, da˜o o dupleto amarelo do so´dio: 3p(2P1/2) → 3s(2S1/2) λ = 589, 6 nm (9) 3p(2P3/2) → 3s(2S1/2) λ = 589, 0 nm (10) O modelo usado para calcular os n´ıveis de energia desses elementos, o a´tomo e´ composto por dois ele´tron ideˆnticos e um caroc¸o formado pelo nu´cleo e os ele´trons restantes. O mais simples desses a´tomos e´ o He, mas todos os outros Hg e Cd se comportam de forma semelhante. Assim, quando temos uma configurac¸a˜o do tipo (1s2 2s2 2p6)3s para um z = 12 temos que os dois ele´trons externo teˆm os mesmos nu´meros quaˆnticos espaciais (n = 3, l = 0, ml = 0), e portanto o spin total e´ nulo. Quando um dos ele´trons e´ transferido para um estado de maior energia, como o estado 3p, os nu´meros quaˆnticos espaciais deixam de ser iguais e portanto os spins dos dois estados podem ser diferentes. Assim, o spins resultante S pode ser igual a 1 (spins paralelos) ou a 0 (spins antiparalelos). Um estado com S = 0 e´ conhecido como SINGLETO. Quando S = 1, existem treˆs valores poss´ıveis para o momento angular total j, que correspondem a`s treˆs orientac¸o˜es poss´ıveis do vetor S em relac¸a˜o a L: j = l + 1, j = 1 e j = l − 1 (exceto para l = 0, caso em que existe apenas um valor poss´ıvel para j, j = l). Grac¸as ao efeito spin-orbita, esses treˆs estados possuem energias ligeiramente diferentes, isto e´, existe um desdobramento fino. Por essa raza˜o, um estado com S = 1 e´ conhecido como TRIPLETO. Assim, neste configurac¸a˜o adotada existem DOIS conjuntos diferentes de n´ıveis de energia e DOIS conjuntos de linhas espectrais, um para S= 0 e outro para S = 1. 5 Conclusa˜o O equipamento de alta precisa˜o usado nesse experimento permitiu resultados razoa´veis. De modo que foi poss´ıvel calcular o valor da constante de rede d, obtendo (1, 71 × 10−6) m sendo o valor nominal igual a (1, 67×10−6) m e a quantidade de fendas por mil´ımetro obtida foi N = (586±14), valor esse que dentro da incerteza e´ satisfato´rio comparado com o valor fornecida pelo fabricante N = 600 (fendas por mil´ımetro). Investigamos ∆E do dubleto amarelo do so´dio usando a equac¸a˜o (6), encontramos para o lado direito ∆Ed = (4, 34× 10−3 eV ) e para o lado esquerdo ∆Ee = (5, 42 × 10−3 eV ), tendo assim uma diferenc¸a de respectivamente 110, 9% e 158, 1% com relac¸a˜o ao valor fornecido pela literatura, essa diferenc¸a deve-se principalmente ao grau de sensibilidade com que se deve realizar a medida. Foi poss´ıvel tambe´m uma boa visualizac¸a˜o das raias do espectro de difrac¸a˜o, apo´s verificar o comprimento de onda emitido por cada raia e comparar com o diagrama de energia dado, verificamos que existe ocorreˆncia de emissa˜o e/ou absorc¸a˜o de fo´tons distintos quando os ele´trons mudam de camadas energe´ticas. De forma que para cada variac¸a˜o de n´ıvel de energia, existem comprimentos de onda distintos, que formam as raias. 9 Laborato´rio de F´ısica Experimental V • Experimento Realizado em 22/06/2016 Refereˆncias [1] CARUSO, Francisco; OGURI, Vitor. F´ısica Moderna. Elsevier, 2006. [2] CARVALHO, Jesiel Freitas; SANTANA, Ricardo Costa. F´ısica Experimental V (Expe- rimentos de F´ısica Moderna). Goiaˆnia, 2016. (Apostila). [3] EISBERG, Robert; RESNICK, Robert. F´ısica Quaˆntica, Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1979. [4] TIPLER, Paul Allen. F´ısica moderna. Reverte´, 1994. 10 Objetivos Introdução Procedimento Experimental Resultados e Discussões Discussões Adicionais Conclusão
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