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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Educação e Saúde Unidade Acadêmica de Física e Matemática Curso de Licenciatura em Física Disciplina: Laboratório de Física Moderna Relatório – Experimento: Efeito Fotoelétrico Discente: Arlley Junior dos Santos Costa Mat.: 519110020 Cuité PB – 2022 Arlley Junior dos Santos Costa Relatório – Experimento: Efeito Fotoelétrico Primeiro relatório experimental para a disciplina Laboratório de Física Moderna do curso de licenciatura em física da Universidade Federal de Campina Grande – campus – Cuité. Cuité PB – 2022 Sumário 1. Introdução.............................................................................................................. 4 2. Objetivos................................................................................................................ 5 3. Referencial Teórico ................................................................................................ 6 4. Desenvolvimento ................................................................................................... 8 5. Considerações Finais .......................................................................................... 10 6. Referências ......................................................................................................... 11 file:///C:/Users/Arlley/Desktop/PDF/2020;e2/ESTÁGIO%20CP1/RELATORIO%20FINAL/PRONTO/Relatorio%20de%20estágio%201.docx%23_Toc85295328 file:///C:/Users/Arlley/Desktop/PDF/2020;e2/ESTÁGIO%20CP1/RELATORIO%20FINAL/PRONTO/Relatorio%20de%20estágio%201.docx%23_Toc85295329 file:///C:/Users/Arlley/Desktop/PDF/2020;e2/ESTÁGIO%20CP1/RELATORIO%20FINAL/PRONTO/Relatorio%20de%20estágio%201.docx%23_Toc85295330 file:///C:/Users/Arlley/Desktop/PDF/2020;e2/ESTÁGIO%20CP1/RELATORIO%20FINAL/PRONTO/Relatorio%20de%20estágio%201.docx%23_Toc85295331 file:///C:/Users/Arlley/Desktop/PDF/2020;e2/ESTÁGIO%20CP1/RELATORIO%20FINAL/PRONTO/Relatorio%20de%20estágio%201.docx%23_Toc85295332 file:///C:/Users/Arlley/Desktop/PDF/2020;e2/ESTÁGIO%20CP1/RELATORIO%20FINAL/PRONTO/Relatorio%20de%20estágio%201.docx%23_Toc85295333 1- INTRODUÇÃO O Efeito Fotoelétrico, concomitantemente à constante de Planck, marcou de certa forma o início da Física Quântica. Pois assim como exposto em (Sears & Zemansky 2016 – vol.4) outrora a luz fora compreendida como sendo de natureza ondulatória, através de estudos sobre interferência, difração e polarização. E a análise da emissão, absorção e espalhamento da luz eletromagnética através do efeito fotoelétrico foi a responsável por essa guinada científica. Sendo tal, que a partir deste é que a luz passou a ser concebida como uma dualidade, que ora apresenta-se como onda e ora como partícula. Neste fenômeno, um feixe de luz de comprimento de onda suficientemente pequeno incide sob uma placa de metal e elétrons são ejetados. Esperava-se então que aumentar a intensidade da luz ocasionasse um aumento da energia cinética dos elétrons emitidos, no entanto isso não ocorria e a teoria clássica assim mostrou-se insuficiente neste caso. Porquanto, Einstein recorreu às “ideias de Planck sobre quantização: a de que radiação eletromagnética de frequência v consiste de quanta de energia” (Nussenzveig 2010 - vol.4). E = hv Onde: E: Energia; h: Constante de Planck, h = 6,626𝑥10−34𝐽𝑠; v: Grau de oscilação das ondas em função de c = 3,0𝑥108𝑚/𝑠; Tratar a luz como constituída por quanta isolados de energia permitiu resolver o impasse proveniente do efeito fotoelétrico, explicando que este ocorre de tal forma que, quando um desses quanta, chamados de fóton, chega à superfície do metal, toda sua energia é transferida para um elétron. A partir daí então vieram os conceitos de potencial de corte ou frenagem, frequência de corte, comprimento de onda de corte e função trabalho. 2-OBJETIVOS 2.1 – Objetivo Geral: Compreender o efeito fotoelétrico; 2.2 – Objetivos específicos: Determinar a constante de Planck; Determinar a função trabalho do cátodo do equipamento usado; 3-REFERENCIAL TEÓRICO Na teoria de Einstein para explicar o efeito fotoelétrico, temos então que a energia cinética do elétron depois de ser ejetado é 𝑲 = 𝒉𝒗 − 𝒘𝟎 Onde 𝒘𝟎 representa o trabalho mínimo necessário para liberar o elétron do material. O valor de 𝒘𝟎 varia conforme o material e também o chamamos por função trabalho. Tabela 38.1 do Sears & Zemansky 2016 – vol.4 na página 206. Mostra a função trabalho para alguns elementos. O potencial de corte ou potencial de frenagem, representa a tensão mínima aplicada para impedir o deslocamento dos elétrons e pode ser expresso por 𝒆𝑽𝟎 = 𝒉𝒗 − 𝒘𝟎 Como 𝒘𝟎 = 𝒉𝒗𝟎 ∴ 𝒆𝑽𝟎 = 𝒉𝒗 − 𝒉𝒗𝟎 → 𝑽𝟎 = 𝒉 𝒆 (𝒗 − 𝒗𝟎) A frequência de corte representa a frequência mínima de onda de radiação eletromagnética (luz) para a qual o efeito fotoelétrico ocorre. O comprimento de onda representa o máximo comprimento de onda de radiação eletromagnética (luz) para a qual o efeito fotoelétrico ocorre. Temos então que a equação do efeito fotoelétrico é ( 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝟐)𝒎á𝒙 = 𝒆𝑽𝟎 = 𝒉𝒗 − 𝒘 E conforme Nussenzveig 2010 - vol.4, que parafraseia Einstein, temos que “Se a fórmula deduzida é correta, um gráfico do potencial de corte em função da frequência de luz incidente, deve resultar numa reta, cujo coeficiente angular deve ser independente da natureza da substância iluminada”. Isto é Figura 38.5 do Sears & Zemansky 2016 – vol.4 na página 206. Mostra o potencial de corte em função da frequência para um dado material. Assim como Figura 7.5 do Nussenzveig 2010 - vol.4 na página 253. Mostra como o coeficiente angular da reta é o mesmo para substâncias distintas, em um gráfico do potencial de corte 𝑽𝒇 em função da frequência v. Sendo diferente apenas o ponto de intersecção de cada reta com a abscissa, devido ao valor de W (função trabalho) que difere entre as substâncias. 4-DESENVOLVIMENTO Utilizamos um equipamento chamado de Planck’s Constant Apparatus, que consiste numa unidade compacta contendo uma fotocélula a vácuo fechada com um acessório para iluminar fontes de luz, uma fonte de alimentação de alta estabilidade para aplicar uma tensão de frenagem variável à célula e um nanoamperímetro para medir as fotocorrentes resultantes. A luz de cinco LEDs de espectro estreito intercambiáveis é aplicada à fotocélula a partir de uma segunda fonte de alimentação integrada de alta estabilidade através de um cabo de conexão de fibra óptica fechado que se conecta ao gabinete da fotocélula para que a iluminação ambiente seja excluída. Cada um dos cinco LEDs são identificados quanto à sua cor e respectivo comprimento de onda máximo. A energia máxima dos fótons de cada um dos cinco LEDs, por sua vez, é medida determinando a tensão de parada para a qual a fotocorrente se torna zero, isso ocorre para o comprimento de onda de pico de cada LED. Os resultados são avaliados combinando o comprimento de onda e as energias para permitir que um valor para a constante de Planck seja encontrado. A função trabalho do material catódico da fotocélula também pode ser estimada. E embora haja dois LEDs para o verde, com tonalidade e comprimento de ondas distintos, foi-se usado apenas um deles. Os dados então foram os seguintes: LED Comprimento de onda (m) Potencial de corte (v) Frequência (Hz) Azul 472𝑥10−9 0,708 6,36𝑥1014 Verde 505𝑥10−9 0,531 5,94𝑥1014 Amarelo 588𝑥10−9 0,190 5,10𝑥1014 Vermelho 611𝑥10−9 0,125 4,91𝑥1014 Dispondo os dados para montar um gráfico do potencial de corte em função da frequência, temos: A curva do gráficoé dada por 𝒎 = 𝒉 𝒆 = ∆𝑽𝟎 ∆𝒇 = (𝟎, 𝟕𝟎𝟖𝑽) − (𝟎, 𝟏𝟐𝟓𝑽) (𝟔, 𝟑𝟔𝒙𝟏𝟎𝟏𝟒𝑯𝒛) − (𝟒, 𝟗𝟏𝒙𝟏𝟎𝟏𝟒𝑯𝒛) = 𝟒, 𝟎𝟐𝒙𝟏𝟎−𝟏𝟓𝑽𝒔 E a Constante de Planck pode ser encontrada por 𝒉 = 𝒎𝒆 = (𝟒, 𝟎𝟐𝒙𝟏𝟎−𝟏𝟓𝑽𝒔)(𝟏, 𝟔𝟎𝟐𝒙𝟏𝟎−𝟏𝟗𝑪) = 𝟔, 𝟒𝟒𝒙𝟏𝟎−𝟑𝟒𝑱𝒔 Erro relativo percentual para o valor de h 𝑬% = |𝟔, 𝟒𝟒𝒙𝟏𝟎−𝟑𝟒 − 𝟔, 𝟔𝟐𝒙𝟏𝟎−𝟑𝟒| 𝟔, 𝟔𝟐𝒙𝟏𝟎−𝟑𝟒 𝟏𝟎𝟎 𝑬% = 𝟐, 𝟕 Pelas especificações do equipamento, o cátodo é de césio, cuja função trabalho é aproximadamente ∅ = 𝟐, 𝟏𝟎𝒆𝑽. Observe então, que conforme a seguinte equação ∅ = 𝒉𝒇𝒄 = 𝒉𝒄 𝝀𝒄 6.36, 0.708 5.94, 0.531 5.1, 0.19 4.91, 0.125 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0 1 2 3 4 5 6 7 P O TE N C IA L D E C O R T E ( V ) FREQUÊNCIA (10^14 HZ) Para cada LED, vem que Azul: ∅ = 𝒉𝒇𝒄 = 𝒉𝒄 𝝀𝒄 = (𝟒, 𝟏𝟑𝟔𝒙𝟏𝟎−𝟏𝟓𝒆𝑽)(𝟑, 𝟎𝟎𝒙𝟏𝟎𝟖 𝒎 𝒔⁄ ) (𝟒𝟕𝟐𝒙𝟏𝟎−𝟗𝒎) = 𝟐, 𝟔𝟐𝒆𝑽 Verde: ∅ = 𝒉𝒇𝒄 = 𝒉𝒄 𝝀𝒄 = (𝟒, 𝟏𝟑𝟔𝒙𝟏𝟎−𝟏𝟓𝒆𝑽)(𝟑, 𝟎𝟎𝒙𝟏𝟎𝟖 𝒎 𝒔⁄ ) (𝟓𝟎𝟓𝒙𝟏𝟎−𝟗𝒎) = 𝟐, 𝟒𝟓𝒆𝑽 Amarelo: ∅ = 𝒉𝒇𝒄 = 𝒉𝒄 𝝀𝒄 = (𝟒, 𝟏𝟑𝟔𝒙𝟏𝟎−𝟏𝟓𝒆𝑽)(𝟑, 𝟎𝟎𝒙𝟏𝟎𝟖 𝒎 𝒔⁄ ) (𝟓𝟖𝟖𝒙𝟏𝟎−𝟗𝒎) = 𝟐, 𝟏𝟏𝒆𝑽 Vermelho: ∅ = 𝒉𝒇𝒄 = 𝒉𝒄 𝝀𝒄 = (𝟒, 𝟏𝟑𝟔𝒙𝟏𝟎−𝟏𝟓𝒆𝑽)(𝟑, 𝟎𝟎𝒙𝟏𝟎𝟖 𝒎 𝒔⁄ ) (𝟔𝟏𝟏𝒙𝟏𝟎−𝟗𝒎) = 𝟐, 𝟎𝟑𝒆𝑽 Fazendo uma média, temos ∅ ≅ 𝟐, 𝟑𝟎𝒆𝑽 Erro relativo percentual para o valor de ∅ 𝑬% = |𝟐, 𝟑𝟎𝒆𝑽 − 𝟐, 𝟏𝟎𝒆𝑽| 𝟐, 𝟏𝟎𝒆𝑽 𝟏𝟎𝟎 𝑬% = 𝟗, 𝟓 5-CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nos dados experimentais coletados conseguimos determinar um valor para a Constante de Planck e um valor para a função trabalho do cátodo do equipamento usado. Além disso, conforme o cálculo do erro relativo, obtivemos uma margem de erro bem aceitável de 2,7% para o valor da Constante de Planck e uma margem de erro razoável de 9,5% para o valor da função trabalho do césio que constitui o cátodo do equipamento. 6-REFERÊNCIAS H. Moisés Nussenzveig, Curso de Física Básica – Ótica, Relatividade, Física Quântica, Vol. 4, Ed. Edgard Blücher, 8ª ed. 2010. ISBN: 978-85-212- 0163-2 Young, Hugh; Freedman, Roger - Física IV-Ótica e Física Moderna. 14ª Edição. Pearson, 2016. ISBN: 978-85-4301-816-4 <https://www.spectrum-scientifics.com/Planck-s-Constant-Apparatus- p/2478.htm> Último acesso em 31/03/2022 às 14:00 https://www.spectrum-scientifics.com/Planck-s-Constant-Apparatus-p/2478.htm https://www.spectrum-scientifics.com/Planck-s-Constant-Apparatus-p/2478.htm
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