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RIMA_-_Arco_Metropolitano

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Projeto de Implantação
do do
Rio de Janeiro
Arco Metropolitano
BR-493/RJ-109
Estudo de Impacto Ambiental
Junho | 2007
 
 
 
APRESENTAÇÃO 01 
DESCRIÇÃO DO PROJETO 05 
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 21 
IMPACTOS AMBIENTAIS 41 
PROGRAMAS AMBIENTAIS 51 
 
 
2 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 1
 
objetivo deste Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA) é apresentar ao público 
interessado, em linguagem acessível e 
objetiva, um resumo dos estudos técnicos do Projeto 
de Implantação do Arco Metropolitano do Rio de 
Janeiro BR-493/RJ-109. O trecho está localizado 
entre a Rodovia Rio – Petrópolis (BR-040), no 
município de Duque de Caxias, e o acesso ao Porto 
de Itaguaí, no município de Itaguaí (BR-101). Com 
extensão aproximada de 73 km, constitui o 
segmento “C” do Arco Rodoviário da Região 
Metropolitana do Rio de Janeiro, atravessando os 
municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, 
Seropédica e Itaguaí, conforme Mapa de Localização 
a seguir. 
O Departamento de Estradas de Rodagem do 
Estado do Rio de Janeiro – DER-RJ contratou o 
Consórcio Concremat – Tecnosolo Ltda., para a 
elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental - EIA 
e do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, em 
atendimento às exigências legais. O processo de 
licenciamento está sendo acompanhado pela 
Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente 
(FEEMA). O período de construção da rodovia foi 
estimado em 2 anos, sendo 2009 o ano previsto para 
o início da operação. 
Este relatório compõe-se da descrição das 
principais características do projeto e da região onde 
será implantado; da indicação de seus prováveis 
impactos ambientais e das medidas a serem 
adotadas para minimização destes; e dos programas 
ambientais propostos que deverão ser implantados. 
 
 
O
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 1 
2 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
2 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 3
 
4 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCRIÇÃO DO PROJETO 
O projeto do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro está em estudo desde a década de 70, 
quando foi definido o traçado da rodovia RJ-109. Desde então, o projeto vem sofrendo 
modificações e aperfeiçoamentos sendo considerado como etapa essencial no desenvolvimento 
da estrutura viária do Rio de Janeiro. Em 2007, o Governo Federal, através do Programa de 
Aceleração do Crescimento (PAC), classificou a interligação entre a BR-101/NORTE e a BR-
101/SUL como obra prioritária para o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro. Em 
acordo realizado entre o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT e o 
Departamento de Estradas e Rodagem – DER, a implantação do Arco passou a ser de 
responsabilidade do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do DER. A partir deste acordo, a 
rodovia passou a ser denominada Arco Metropolitano, associando a RJ-109 à BR-493. 
A concepção do “Arco Metropolitano” tem como principal finalidade de fazer a conexão 
rodoviária entre a BR-101/NORTE e a BR-101/SUL sem que haja a necessidade de trânsito 
pelas vias urbanas da Região Metropolitana, como a Avenida Brasil. Para tal ligação serão 
utilizadas, além do trecho correspondente à RJ-109, as BR-493 (Magé - Manilha) e um trecho 
da BR-116/NORTE, compondo quatro segmentos distintos (Figura 1): 
Segmento A: Trecho da Rodovia BR-493/RJ, entre a BR-101, em Manilha (Itaboraí), e o 
entroncamento com a BR-116, em Santa Guilhermina (Magé) – Em duplicação. 
Segmento B: Trecho da Rodovia BR-101 (Rio – Santos), entre Itacuruçá e a Avenida Brasil. 
Com duplicação da pista. 
Segmento C: RJ-109, entre as rodovias BR-040 (Rio – Juiz de Fora) e a BR-101/SUL. 
Segmento D: Trecho da BR-116/NORTE, entre a BR-493/RJ em Santa Guilhermina e a BR-
040/RJ em Saracuruna (administrado pela Concessionária CRT da Rodovia Rio – Teresópolis). 
6 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Figura 1 - Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – Segmentos “A, B, C, D” 
 
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 
Como visto, o trecho corresponde ao SEGMENTO C do Arco Metropolitano, 
equivalente à Rodovia RJ-109, criada no Plano Rodoviário Estadual (PRE) para 
interligação entre a BR 040 e a BR 101. O projeto atual de implantação da Rodovia tem 
as seguintes características principais: 
• Pista dupla, com canteiro central largo. 
• Extensão de 73 km. 
• Rodovia Especial: Classe 0. 
• Velocidade Diretriz: 100 km/h. 
• Rodovia não bloqueada em pista dupla. 
• Acessos controlados e ruas laterais de atendimento às propriedades lindeiras e 
vias locais. 
• Agulhas de acesso de entrada e saída às pistas centrais em locais específicos. 
• Investimentos Previstos: R$ 650 milhões. 
Houve uma preocupação especial em considerar neste projeto, um equilíbrio entre 
o número de acessos locais e a necessidade de ter uma rodovia sem bloqueios e 
interferências locais, de modo a permitir maior fluxo no trânsito intermunicipal. Para 
tanto, foram estudados os melhores arranjos dos acessos locais, retornos nos 
canteiros centrais e distâncias seguras quanto à redução e retomada de velocidade 
para ingresso e saída, objetivando garantir um padrão de segurança compatível com a 
nova rodovia. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 7
PRINCIPAIS JUSTIFICATIVAS 
• Atende ao tráfego de longa distância oriundo das regiões SUL/SUDESTE em 
direção às regiões NORTE/NORDESTE do país. 
• Conecta as rodovias federais atravessadas, BR-040, BR-116 (Norte e Sul), BR-
465 e BR-101 (Norte e Sul). 
• Desvia o tráfego de veículos comerciais de longa distância, aliviando os 
principais corredores metropolitanos, tais como a Avenida Brasil, Ponte Rio-
Niterói, BR-101 (entre Manilha e Ponte). 
• Amplia a acessibilidade aos Portos de Itaguaí e Rio de Janeiro. 
• Viabiliza a implantação de terminais logísticos, com redução dos tempos de 
viagem e custos de transportes, bem como a distribuição destas cargas para os 
mercados consumidores. 
• Introduz novas possibilidades de expansão urbana para os municípios 
localizados próximos à rodovia. 
CONCEITUAÇÃO OPERACIONAL. 
A importância da nova ligação viária exige um tratamento operacional, de forma a 
garantir a qualidade dos serviços oferecidos. 
• Funções Operacionais Previstas: 
- Sistema de Monitoramento da Via; 
- Sistema de Atendimento a Incidentes; 
- Sistema de Fiscalização de Trânsito; 
- Sistema de Fiscalização de Tributos (ICMS). 
• Instalações Previstas: 
- Centro de Controle Operacional – CCO; 
- Base Operacional; 
- Postos Fixos de Pesagem; 
- Pátio de Cargas Perigosas; 
- Sítios de Pesagem Móvel; 
- Postos de Fiscalização de ICMS; 
- Postos da Patrulha Rodoviária. 
8 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
DESCRIÇÃO DO TRAÇADO 
O traçado inicia na interseção entre a BR-040 e o 
lado norte da BR-116 (para Magé), no Município de 
Duque de Caxias. 
 
Ingressa em área urbana/industrial (Figueira), 
localizada às margens da BR-040, atravessando o 
rio Calombé e, a oeste, o Canal do rio Pilar. 
Segue na direção oeste, atravessando e o rio 
Capivari e depois cruzando a RJ-085, nas 
proximidades do bairro de Capivari, município de 
Duque de Caxias. A partir desse ponto, 
desenvolve-se paralelamenteao oleoduto ORBEL, 
transpondo o rio Iguaçu e passando a seguir 
paralelo ao vale da Vala da Madame. 
 
A partir daí, o traçado atravessa uma área semi-
urbanizada, até interceptar a RJ-111, a sul da Vila 
de Cava. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 9
 
Em seguida, o traçado transpõe uma área de 
expansão do perímetro urbano de Santa Rita, 
prosseguindo na direção oeste, paralelo ao ramal 
de Japeri (do Trem Metropolitano da Supervia), 
cruzando as Rodovias RJ-119 e RJ-093, entre o 
centro de Japeri e Engenheiro Pedreira. Desse 
ponto em diante, atravessa o rio Guandu, 
adentrando o município de Seropédica, seguindo 
até a interseção com a BR-116 (sul). 
Cruza então a BR-465, antiga Rio–São Paulo, nas 
proximidades da Floresta Nacional Mário Xavier. 
 
 
A partir daí, o traçado se desenvolve na direção 
sudoeste, atravessando, pela parte oeste, o 
município de Seropédica e transpondo o rio 
Piranema. Atravessando a região de Chaperó, já na 
divisa com o município de Itaguaí, o traçado 
transpõe o Córrego Eufrásia e o rio Mazomba, 
seguindo para sul. 
Corre paralelo à encosta da Serra da Mazomba, em 
seu trecho final, atravessando o Canal Santo 
Antônio e o Rio Mazomba. 
10 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
A BR-493/RJ-109 será uma rodovia não bloqueada, constituída de pista central com 
acessos controlados e ruas laterais para acesso às propriedades lindeiras e às vias 
locais, garantindo, assim, uma homogeneidade de comportamento em relação aos 
demais segmentos do Arco Metropolitano (BR-116, BR-493 e BR-101/Sul). 
Foram projetadas ainda agulhas entre as pistas centrais e laterais de modo a 
restringir as interferências sobre o tráfego direto da rodovia e, ao mesmo tempo, 
permitir maior acessibilidade do tráfego local à pista central, determinando assim a 
influência que este exercerá sobre o tráfego de longa distância. 
A rodovia será composta, em grande parte, por uma faixa de domínio de 100 m de 
largura, com duas pistas em cada sentido, vias laterais, faixas de aceleração e com 
canteiro central de 36,2 m de largura que permitirá no futuro a implantação de novas 
pistas sem necessidade de realocações. A figura a seguir ilustra as seções tipo 
projetadas para o Arco Metropolitano na maior parte dos seus 73 km de extensão. 
 
Figura 2 - Seções Transversais – Perfil da Rodovia 
Interseções, Retornos e Agulhas de Transposição 
A definição das interseções, retornos e agulhas de transposição partiu de uma 
proposta já aprovada em negociações com as Prefeituras dos municípios atravessados 
pela rodovia, onde além de atender às necessidade locais do bairros atravessados, 
procurou-se resguardar as condições operacionais da rodovia, evitando o acesso 
indiscriminado às pistas principais pela movimentação local. 
Foram previstos três tipos de soluções de interseções com as vias e estradas hoje 
existentes: 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 11
• Tipo 1 – Circulação Local, Restringindo o Acesso à Nova Rodovia 
Procurou-se evitar o isolamento das comunidades existentes com a construção da 
nova rodovia. Assim, as comunidades do entorno da via que dependem dos acessos 
foram contempladas com travessias inferiores, com de 5,50 metros de altura e largura 
correspondente àquela hoje verificada e não menor que 10,00 metros. 
A figura a seguir ilustra a Interseção Tipo 1 e relaciona sua ocorrência por município. 
 
Figura 3 - Passagem Inferior sem Acesso a Nova Rodovia e sem 
Interferência nas Vias Locais 
Interseções por Município 
Duque de Caxias Av. Canal do Rio Calombé; Rua Local 
Nova Iguaçu 
Estr. do Retiro; Estr. Iguaçu Velho; Estr. São Bernardino; Rua Cel. Alberto Melo; Estr. 
Santa Perciliana; Av. Vilar Novo; Av. Vilar Grande 
Japeri 
Estr. da Saudade; Estr. Aljezur; Rua Odorico Rocha; Estr. Santo Antônio 2; Estr. Ari 
Schiavo; Av. Eduardo Souto Barbosa 
Seropédica 
Rua Local; Estr. Santa Ângela; Rua Local; Estr. do Gado; Rua Local; Rua da Conquista; 
Rua Interna da Pedreira 
Itaguaí 
Estr. do Caçador; Estr. das Palmeiras; Rua Tocantins; Estr. Dona Elizabeth; Estr. do 
Mazomba 
 
• Tipo 2 – Circulação Local, com Acesso à Nova Rodovia 
Este tipo de entroncamento permitirá toda a movimentação local nas áreas em que 
a nova rodovia interceptará os eixos existentes, procurando permitir o acesso em 
ambas as direções da nova via. 
Adotou-se uma distância mínima de 2.500 metros entre a interseção dos eixos das 
vias integrantes do cruzamento e o local dos retornos. 
A figura a seguir ilustra a Interseção Tipo 2 e relaciona sua ocorrência por município. 
12 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
 
 
Figura 4 - Tipo 2 - Passagem Inferior com Acessos à Rodovia e Retornos 
Interseções por Município 
Duque de Caxias RJ-085 / RJ-115 - Estrada de Xerém 
Nova Iguaçu Estrada de Adrianópolis; Queimados – Rio D’Ouro (não pavimentada) 
Japeri RJ-093 - Estrada dos Coqueiros 
Seropédica RJ-125 - Estrada Japeri-Miguel Pereira 
Duque de Caxias RJ-085 / RJ-115 - Estrada de Xerém 
 
• Tipo 3 – Interseção Principal 
Este tipo de interseção está associado aos cruzamentos com os eixos viários 
principais, tais como a BR-040 e a BR-116, permitindo mobilidade em todos os 
sentidos, podendo os usuários se deslocarem em qualquer rodovia que compõem a 
interseção com velocidades maiores. 
As principais interseções estudadas e projetadas são as seguintes: 
- Com a Rodovia BR-040. 
- Com a Estrada Rio D’ouro (RJ-085). 
- Com a Estrada Adrianópolis (RJ-113). 
- Com a com a BR-101 – Acesso ao Porto de Itaguaí. 
- Com a Rodovia Presidente Dutra (BR-116). 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 13
A figura a seguir ilustra a Interseção Tipo 3 e relaciona sua ocorrência por município. 
 
Figura 5 - Trevo com Todos os Movimentos 
Interseções por Município 
Duque de Caxias BR-040 - Rodovia Rio – Juiz de Fora 
Seropédica BR-465 - Antiga Rodovia Rio - São Paulo 
Itaguaí BR-101(Sul) - Rodovia Rio – Santos* 
* A interligação com a BR-101 (Sul) está sendo realizada no âmbito da duplicação daquela rodovia, sob 
administração do DNIT. 
 
ALTERNATIVAS DE LOCALIZAÇÃO 
Desde 1970 são estudadas alternativas para melhor localização da rodovia. Tais 
estudos constam nos Planos Rodoviários do DER-RJ, realizados entre 1973 até 2004. 
Para os estudos atuais de implantação da via foram consideradas algumas variantes, 
especialmente, nos trechos mais críticos como, por exemplo, na travessia da Rodovia 
Presidente Dutra, onde está localizada a Floresta Nacional Mário Xavier - FLONA. 
Neste ponto, o estudo considerou como variante mais indicada, a passagem pela 
antiga RJ-105, que atravessa atualmente a área da FLONA. Tal variante, contudo, ainda 
está sendo avaliada pelo IBAMA e pela administração da FLONA. 
14 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
ESTUDO DE TRÁFEGO 
O estudo de tráfego se apoiou em procedimentos e análises constantes de estudos 
realizados em âmbito estadual e federal, de modo a avaliar a viabilidade da implantação 
do trecho da BR-493/RJ-109. 
A estimativa do tráfego atual e futuro para os trechos do Arco Metropolitano foi 
baseada em dois componentes básicos: 
• Tráfego existente e desviado da malha rodoviária atual, obtido a partir das matrizes 
de origem / destino estruturadas para o estudo; e 
• Tráfego gerado pelo porto de Itaguaí e pela implantação ou expansão de pólos 
industriais importantes dentro da área de influência direta do Arco Metropolitano. 
Em função dos padrões de demanda de veículos, os estudos efetuados indicaram 
que a nova rodovia BR-493/RJ-109 pode ser dividida emdois segmentos homogêneos, 
conforme apresentado no quadro abaixo. 
Quadro 1 - Taxa Média Prevista para 2007 – TMD Veículos/Dia 
Trecho Automóveis Comercial TOTAL 
BR-040/Estrada do Adrianópolis 2523 14626 17149 
Estrada do Adrianópolis/BR-465 2523 14458 16981 
BR-465/BR-101 9035 7026 16061 
 
Os estudos do crescimento da demanda consideram três cenários distintos, 
associados a um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,8% a.a., 4,20% a.a. 
e 5,00% a.a., respectivamente (Quadro 2). 
Quadro 2 - Previsão de Crescimento do Tráfego - Ano 2022 (veículos/dia) 
TRECHO 3,08% a.a. 4,20 % a.a. 5,00 % a.a. 
BR-040/ BR-465 27.031 31.788 35.652 
BR-465/BR-101 25.316 29.771 33.930 
 
Possíveis aumentos no tráfego gerados pela própria implantação do Arco 
Metropolitano, devido ao desenvolvimento econômico e social das áreas lindeiras ao 
novo trecho não foram considerados neste estudo. Mas é importante ressaltar que 
existe forte tendência de incrementos associados especialmente, à implantação de 
indústrias, comércio ou mesmo de bairros habitacionais, viabilizados pela nova 
condição de acessibilidade proporcionada pela rodovia. 
 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 15
PONTOS CRÍTICOS DE CRUZAMENTOS DA RODOVIA 
Áreas de ocupação urbana 
Foram identificados alguns núcleos urbanos ao longo no traçado, verificando-se as 
principais localidades que deverão ser seccionadas para a implantação da RJ-109, que 
são: Figueira (Duque de Caxias), Fontes Limpas e Águas Limpas (Seropédica), 
Engenheiro Pedreira (Japeri), Santa Rita, Vila de Cava e Miguel Couto (Nova Iguaçu) e 
Brisa Mar (Itaguaí). 
A região onde a Rodovia será implantada é considerada como zona de expansão 
urbana, com forte pressão de ocupação e tendências de crescimento. Para tanto estão 
previstas ações de ordenamento territorial, reestruturação de acessos, realocação de 
população, indenizações e ações de paisagismo e ordenamento físico dos espaços 
atravessados. 
Cidade dos Meninos 
É relevante destacar que, entre as áreas atravessadas, localiza-se na área de 
influência da rodovia, a “Cidade dos Meninos”, uma área de 20 hectares, situada no 
km 13 da Avenida Kennedy, em de Duque de Caxias, contaminada por “pó de broca”, 
em decorrência do funcionamento de uma fábrica de inseticida. 
A área é objeto de políticas públicas específicas de descontaminação do solo e 
tratamento de saúde população residente. As políticas atualmente são realizadas em 
âmbito federal em conjunto com organismos internacionais de financiamento. Diante 
disso, é necessário um planejamento ambiental especial para a área da Cidade dos 
Meninos, quando da implantação do Arco Metropolitano. 
DEMANDAS DO EMPREENDIMENTO DURANTE A CONSTRUÇÃO 
Materiais de Construção 
As fontes de materiais destinados à construção, especialmente para a fabricação de 
concreto e para a terraplanagem, foram identificadas nas proximidades do traçado e 
serão disponibilizadas para a contratação pelas Construtoras. 
Estruturas de Apoio às Obras 
As estruturas de apoio às obras se compõem basicamente das instalações para a 
fiscalização, supervisão e controle das obras e das instalações para os canteiros de 
obras e alojamentos das empresas responsáveis pela implantação do 
empreendimento. 
16 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Movimentação de Terra e Remoção de Vegetação 
Antes do início da movimentação de terra, toda a vegetação existente será 
removida e separada de acordo com a destinação final, sendo a retirada da vegetação 
devidamente autorizada pelos órgãos competentes. Todo o material fino (como galhos, 
gravetos e folhas) resultante da remoção vegetal será armazenado para posterior 
utilização nas ações de revegetação. 
Sempre que houver iminência de chuvas, as superfícies inacabadas dos terrenos 
em trabalho de movimentação de terra serão protegidas adequadamente para evitar 
processos erosivos e de carreamento de sedimentos. 
Controle de Emissões Aéreas 
Os veículos e máquinas, que operarão durante as obras, terão os motores 
convenientemente regulados e fiscalizados, de modo a controlar a emissão de 
poluentes. 
Circulação, Sinalização e Segurança 
Para minimizar as interferências devido à circulação de veículos, algumas medidas 
deverão ser adotadas, como por exemplo, promover a prevenção de acidentes; evitar 
que o tráfego proveniente das obras interfira nas áreas urbanas, principalmente nas 
vias mais próximas às escolas e postos de saúde; prestar informações à comunidade a 
ser afetada pelo tráfego de veículos proveniente das obras; sinalizar os acessos aos 
canteiros de obras, bem como aos alojamentos; utilizar, sempre que possível, as 
estradas de serviço para máquinas lentas ou de grande porte; dentre outras. 
Canteiros e Frentes de Obras 
Os canteiros de obras e alojamentos das empresas responsáveis pela implantação 
do empreendimento deverão estar em locais previamente aprovados pela Fiscalização, 
de modo a apoiar devidamente as frentes de obra, sem interferir com o meio ambiente 
e com a população local. Deverão ser implantados preferencialmente em locais sem 
vegetação e a distâncias seguras dos cursos hídricos (mínimo de 30 metros), que serão 
mantidos em condições satisfatórias de limpeza, de forma a evitar que os resíduos 
sejam carreados pelas chuvas. 
As áreas dos canteiros deverão ser implantadas de forma conveniente, com 
plantação de gramíneas e instalação de apropriados sistemas de esgotamento e de 
drenagem de águas pluviais. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 17
Áreas de Empréstimo e Bota-Foras 
O Projeto procurou equilibrar as necessidades de cortes e de aterros, ao longo da 
rodovia, para que sejam mínimas as necessidades de áreas de empréstimo e bota-fora 
de materiais. 
Em relação a bota-foras excedentes, estes deverão ser depositados nas cavas 
esgotadas dos areais da região, a partir de entendimentos entre as construtoras e as 
mineradoras e de aprovação dos órgãos ambientais. 
Mão-de-Obra 
Para a implantação do empreendimento será priorizada a contratação de mão-de-
obra local, visando atrair ao máximo o pessoal da própria região para preencher as 
vagas oferecidas, minimizando a vinda de pessoas de municípios mais distantes, o que 
geraria demandas e pressões adicionais sobre as infra-estruturas locais de 
saneamento, saúde, transporte, alimentação e moradia. 
Para isso, deverão ser estabelecidos canais de comunicação que permitam a 
divulgação dos postos de trabalho oferecidos, o que poderá ser feito através de 
Associações de Moradores, Igrejas, e Prefeituras, dentre outras instituições. 
Serão gerados ao todo, até 2000 postos de trabalho diretos no período de obras 
distribuídos ao longo dos trechos, sendo aproximadamente 5% de profissionais de 
nível superior, 5% de profissionais de Nível Técnico, 5% Administrativos e 80% de 
formação geral. 
Fontes de Abastecimento e de Esgotamento 
As fontes de abastecimento de energia e de água serão as concessionárias de 
serviços públicos da região, a partir de negociações entre as construtoras e essas 
prestadoras de serviço, contando com a intervenção dos governos municipais e 
estadual, e dos órgãos ambientais. 
Demandas por combustíveis, lubrificantes e outros materiais poderão ser supridas 
diretamente pela Refinaria de Duque de Caxias, ou por outros fornecedores que 
operem no comércio local e na Região Metropolitana, de acordo com decisão das 
construtoras e aprovação dos órgãos ambientais. 
18 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Preparo dos Acessos, Vias de Serviço, Cruzamentos e Travessias 
Deverão ser utilizadas, preferencialmente,as vias de acesso existentes. Nos locais 
onde não houver acessos ou estes estiverem sem condições para o tráfego, serão 
abertas vias de serviço, de acordo com as normas técnicas vigentes. 
Os acessos permanentes serão mantidos em boas condições de tráfego. Os 
acessos provisórios somente serão abertos com a autorização dos proprietários ou dos 
órgãos públicos responsáveis por seu licenciamento. 
Transporte de Pessoal, Equipamentos e Materiais 
As operações de transporte de pessoal, equipamentos e materiais deverão ser 
realizadas conforme as normas vigentes e de acordo com as disposições das 
autoridades responsáveis pelo trânsito na região atravessada, devendo ser 
programadas de modo a evitar concentrações diárias. 
As ruas, rodovias federais, estaduais, municipais e vicinais ou estradas particulares 
não poderão ser obstruídas durante o transporte, que deverá ser feito de forma a não 
constituir perigo para o trânsito normal de veículos. 
Movimentação e Estocagem de Materiais 
Os materiais deverão ser mantidos em locais apropriados de armazenamento e, no 
momento de distribuição e uso, deverão ser dispostos e transportados 
adequadamente. 
Normas e Padrões de Segurança a serem Adotados 
Serão identificados e mapeados os potenciais riscos durante as obras e definidas as 
ações e equipamentos de prevenção de acidentes a serem utilizados. 
DEMANDAS DO EMPREENDIMENTO DURANTE A OPERAÇÃO 
Posto da Patrulha Rodoviária 
O Posto da Patrulha Rodoviária permitirá a acomodação dos policiais rodoviários e 
dos equipamentos necessários para as suas funções. 
Posto Fixo de Pesagem 
Os Postos Fixos de Pesagem têm como finalidade verificar a carga por eixo e a 
carga total de todos os veículos pesados que trafeguem pela rodovia, com 
procedimentos previstos em duas fases: 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 19
• Sítios de Pesagem Móvel 
Os Sítios de Pesagem Móvel complementarão os trabalhos dos Postos Fixos de 
Pesagem, com procedimentos de verificação feitos por amostragem, programados 
e restritos a determinados períodos, em função das avaliações realizadas. 
• Estacionamento de Veículos Transportando Cargas Perigosas 
O manuseio de produtos e resíduos perigosos deverá seguir as normas 
pertinentes, inclusive a NBR 14095 (ABNT de fevereiro de 2003), devendo ser 
preparado um pátio para parada de veículos transportando cargas perigosas, pois 
não é recomendável que utilizem qualquer espaço para estacionamento, com risco 
de causar sérios danos ao meio ambiente em caso de acidente. 
Centro de Controle Operacional 
A partir do Centro de Controle Operacional será realizado todo o trabalho de 
monitoramento das condições operacionais da rodovia 24 horas por dia em todos os 
dias do ano. 
 
20 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 21
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁREA DE INFLUÊNCIA 
A Área de Influência de um empreendimento é considerada como o território que pode vir 
a sofrer seus impactos diretos (Área de Influência Direta) e indiretos (Área de Influência 
Indireta). São nestas áreas que se desenvolvem os Estudos de Impacto Ambiental do 
empreendimento. 
Área de Influência Indireta – AII 
Para os Meios Físico e Biótico considerou-se como Área de Influência Indireta (AII) do 
Arco Metropolitano do Rio de Janeiro BR-493 / RJ-109, uma faixa contínua ao longo do 
traçado do empreendimento, tendo como limites duas linhas paralelas distando 
aproximadamente 5 km para cada lado (Mapa de Uso e Ocupação da AII, a seguir). 
Esta faixa abrange parte da bacia hidrográfica de contribuição para a baía de Guanabara, a 
partir da BR-040, e parte da bacia hidrográfica de contribuição para a bacia hidrográfica de 
Sepetiba, a partir do rio Guandu até o Porto de Itaguaí, que poderão sofrer impactos positivos 
ou negativos, de forma mais branda e mesmo indiretamente. 
Para o desenvolvimento dos estudos Socioeconômicos foi definida, como Área de 
Influência Indireta (AII), o conjunto dos municípios que terão seu território atravessado pelas 
pistas projetadas e/ou atingidos pelas estruturas de apoio às obras, independente de seu 
tamanho, porte ou importância. 
A esse conjunto de municípios, composto por Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, 
Seropédica e Itaguaí, somou-se ainda o município de Queimados que, embora não tenha seu 
território diretamente atingido pelo empreendimento, tem sua sede municipal próxima a este. 
 
22 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 23
Área de Influência Direta - AID 
A Área de Influência Direta (AID) considerada para o Meio Físico representa o conjunto das 
alternativas de traçado propostas, ladeadas por faixas marginais com um mínimo de 1,0 km de 
seção para cada lado. 
Foram consideradas as diversas estruturas de apoio às obras (como canteiros de obra 
principais e secundários e alojamentos) e ainda os locais de obtenção de materiais de construção 
(como pedreiras, saibreiras e areais) e de disposição dos bota-foras. Foram incluídos, ainda, os 
trajetos programados para os veículos de transporte de materiais, equipamentos e pessoal, 
envolvidos na fase de construção. 
Para o Meio Biótico, a AID incluiu, além do conjunto definido para o Meio Físico, trechos 
complementares externos às faixas de 1,0 km, delimitados por ambientes florestais, cursos 
d’água ou áreas de preservação atingidas pelo empreendimento. 
Para os estudos Sociais e Econômicos, como AID foi estabelecido o conjunto das 
comunidades diretamente afetadas, como bairros, distritos e localidades atingidas pelas obras e 
estruturas de apoio, principalmente quando identificadas as necessidades de desapropriação 
e/ou relocação. 
CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL 
A construção de estradas de rodagem é uma atividade que produz alterações 
consideráveis nas características naturais das regiões. Neste caso, o diagnóstico e o 
planejamento ambiental tornam-se as principais ferramentas para garantir a preservação dos 
recursos naturais locais existentes e executar o projeto em consonância com a legislação 
ambiental vigente. Questões como, por exemplo, a localização do empreendimento em 
relação às Áreas de Proteção Ambiental, sua conformidade com os Planos Diretores 
municipais e sua composição ambiental são analisadas, permitindo a adequação do projeto e 
a tomada de medidas que minimizam os prováveis impactos. 
Utilizando estas informações para se proceder a uma análise integrada pode-se subsidiar 
as tomadas de decisão a respeito das alternativas do projeto de construção do Arco 
Metropolitano, frente aos aspectos ambientais da região atingida e aos procedimentos 
jurídicos e administrativos a serem providenciados. 
 
24 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
MEIO FÍSICO 
Caracterização Climatológica 
Localizada ao sul do Estado do Rio de Janeiro e a oeste do município de mesmo nome, a 
área de estudo é caracterizada, em sua maior parte, por um clima típico de regiões litorâneas 
tropicais influenciadas por fatores tais como: latitude e longitude, proximidade do mar, 
topografia, tipo de cobertura vegetal e, principalmente, circulações atmosféricas. O clima da 
região onde se localiza o traçado projetado para a construção do Arco Metropolitano pode ser 
classificado como brando subtropical, com inverno seco e verão quente, nas áreas mais 
montanhosas, e tropical chuvoso, de região de floresta, nos compartimentos mais rebaixados. 
A latitude onde se situa a região hidrográfica determina, para a região, um clima resultante 
dos freqüentes choques entre as altaspressões tropicais e o sistema de altas polares. O 
clima é periodicamente afetado pelas oscilações dos fenômenos El Niño e La Niña, que 
ocorrem no oceano Pacífico. Em anos de La Niña, o clima é mais seco e frio, ao passo que 
nos anos de El Niño, há mais chuvas e temperaturas bem mais elevadas do que o normal. 
Direção e velocidade do vento 
O deslocamento do ar, função dos graus variados de aquecimento da superfície, 
apresenta diferentes direções e velocidades em dado momento, originando áreas dispersoras 
e receptoras de ventos. Na região em estudo, a partir das informações meteorológicas de 
superfície reais e recentes, o relevo e a proximidade com o oceano gera no local uma 
circulação tipo brisa marítima/terrestre. 
Quanto à velocidade do vento, segundo dados da estação meteorológica de superfície da 
Base Aérea de Santa Cruz, o percentual de calmas (ausência de ventos), é consideravelmente 
inferior ao de ventos com velocidade na faixa de 1,5 a 5,0 m/s. Os percentuais médios 
mensal e anual de calmas indicam significativo decréscimo ao longo dos últimos 19 anos. 
Temperatura do ar 
Na região da implantação da Rodovia BR-493/RJ-109 a temperatura média do ar varia de 
20 °C a 28 °C, sendo que o trimestre mais quente ocorre de dezembro a fevereiro e o mais 
frio de junho a agosto. A temperatura média máxima da região varia de 24 °C a 35 °C sendo 
que os períodos mais quentes ocorrem no trimestre de dezembro a janeiro. A temperatura 
média mínima da região varia de 15 °C a 24 °C, sendo que os períodos mais frios ocorrem no 
trimestre de junho a agosto. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 25
Umidade relativa do ar e Pressão atmosférica 
A região em estudo por estar próxima a linha da costa recebe maior contribuição de 
umidade do ar de origem marinha devido às circulações atmosféricas predominantes, trazida 
pelos ventos, logo, apresenta sempre índices elevados de umidade. A umidade do ar atinge 
valor máximo (88%) no período de maiores chuvas (dezembro-março) e valor mínimo (65%) 
entre maio e setembro. A umidade relativa anual observada é de 80%. 
 Os valores de pressão atmosférica são maiores no inverno que no verão. Localmente, os 
maiores picos de pressão são intercalados por depressões, que correspondem às situações 
de aproximações e entradas de frentes frias. 
Chuvas 
Na região do Arco Metropolitano o período chuvoso situa-se nos meses de verão, sendo 
que janeiro é o mês mais úmido, e o período seco situa-se nos meses de inverno, sendo que 
julho o mês mais seco, comportamento característico dos regimes tropicais. 
A maior concentração de chuvas é na porção sudoeste (próximo a Mangaratiba), onde o 
relevo, que avança pela linha de costa em direção ao mar, atua como barreira às penetrações 
de massas de ar úmidas provenientes do litoral, ocasionando as chuvas. As serras 
apresentam chuvas superiores as zonas de baixada. 
As variações da quantidade de chuva na região em estudo são explicadas pela sua posição 
geográfica, com grandes porções da região expostas ao oceano e sujeitas aos efeitos da 
circulação atmosférica do Atlântico; pela orientação e exposição do relevo, fatores 
fundamentais na distribuição espacial das chuvas, atuando como barreira aos sistemas de 
circulação atmosférica; e pela facilidade de penetração de frentes frias, possibilitando a 
ocorrência de chuvas. 
Travessias 
O quadro a seguir apresenta os locais das principais travessias identificando o curso 
d’água e a bacia hidrográfica a que pertence. Estas travessias são denominadas como pontos 
notáveis. 
 
26 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Quadro 3 – Travessias (Pontos Notáveis) 
BACIA CURSO D'ÁGUA 
Rio Pilar - rio Iguaçu Rio Calombé 
Rio Iguaçu Rio Pilar, Canal do Outeiro, Rio Capivari, Canal Bandeira, 
Rio Iguaçu, Canal Paiol 
Rio Capivari - rio Iguaçu Córrego, Córrego do Pião, Rio Água Preta 
Rio D'Ouro - rio Guandu Canal Quebra Coco 
Rio Guandu Rio D´Ouro, Rio Santo Antônio, Rio Guandu 
Valão dos Bois - rio da Guarda Valão da Louça 
Valão do Dendê - rio Cai Tudo - rio da 
Guarda 
Córrego Espigão 
Rio Cai Tudo - rio da Guarda Valão do Dendê, Córrego São Sebastião rio dos Teles, 
Canal de Santo Inácio 
Rio Mazomba Rio Mazomba, rio Cação 
 
Além dos pontos notáveis listados destaca-se, ainda a vala da Madame que se encontra 
muito próxima ao eixo da rodovia, podendo vir a ser afetada com a execução das obras. 
Cita-se como pontos críticos todas as travessias na bacia do rio Guandu (canal Quebra 
Coco, rio D’Ouro, rio Santo Antônio, rio Guandu e pequenos córregos), visto que, a principal 
captação da CEDAE (Sistema Guandu) para abastecimento de água do Sistema Integrado do 
Rio de Janeiro e Baixada Fluminense, encontra-se próxima ao eixo da rodovia e os rios 
atravessados contribuem para a mesma, logo, dispositivos para impedir a contaminação 
destes rios junto à rodovia fazem-se necessários. 
O traçado do Arco Metropolitano interfere com pequenos córregos, próximo as suas 
nascentes, principalmente nos trechos onde a mesma corta áreas com maior altitude, tais 
como o canal Quebra Coco (Bacia do rio Guandu), o rio dos Teles e alguns afluentes ao valão 
da Louça, ao rio Piranema, ao córrego do Espigão e ao valão do Dendê (Bacia do rio da 
Guarda). Devem ser previstas medidas de proteção destes cursos d’água. 
Qualidade das Águas 
A qualidade das águas é representada por um conjunto de características de natureza 
química, física e biológica, cujas características devem ser mantidas dentro de certos limites, 
representados por padrões. 
As nascentes de qualquer rio são especialmente protegidas e estão enquadradas na 
Classe 1, com águas destinadas ao abastecimento para consumo humano após tratamento 
simplificado; à proteção das comunidades aquáticas; à recreação de contato primário, tais 
como natação, esqui aquático e mergulho; à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas 
e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de 
película; e à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 27
Os rios da região se enquadram no padrão de águas doces Classe 2 cujas águas são 
destinadas ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; à 
proteção das comunidades aquáticas; a recreação de contato primário; à irrigação de 
hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o 
público possa vir a ter contato direto; e à aqüicultura e atividade de pesca. 
Atualmente as nascentes na bacia hidrográfica do rio Iguaçu estão enquadradas na Classe 
1, já os rios da região, no trecho de baixada e deságüe não podem ser enquadrados com 
Classe 2, com base nas análises realizadas. Em observações locais pode-se notar que nos 
locais onde os rios da região serão atravessados pela BR-493/RJ-109, a água apresenta algum 
grau de turbidez, porém com a presença de “plantas de aquário” típicas de águas não muito 
poluídas. 
As bacias hidrográficas do rio Guandu, da Guarda e Mazomba, apresentam boa qualidade 
de água nos seus altos cursos, quando a ocupação é pouco densa, entretanto, à medida que 
se aproximam de áreas urbanas, têm sua qualidade comprometida, principalmente em função 
das principais fontes de poluição, tais como os esgotos domésticos e os efluentes industriais. 
Na Baixada, os rios apresentam condições de degradação avançada. 
Pode-se afirmar que, sem dúvida, as condições sanitárias das bacias hidrográficas em 
estudo, apresentarão melhorias se todos os núcleos urbanos forem julgados de importância e 
de relevância na execução de obras civis de saneamento básico,e que, a maioria dos cursos 
d’água, mesmo no trecho de baixada, apresenta boa recuperação da qualidade de suas águas 
com a implantação de tratamento dos efluentes. 
Ruído - Pontos Notáveis 
O desconforto gerado por ruídos excessivos é hoje um mal comum às áreas 
metropolitanas de todo o planeta. Tal constatação, no entanto, deve ser utilizada como um 
desafio a ser vencido, e não um fato a ser acompanhado, principalmente quando da 
implantação de novos empreendimentos da envergadura do Arco Metropolitano do Rio de 
Janeiro. 
Soluções de redução dos níveis àqueles aceitáveis, de acordo com a legislação vigente, 
são perfeitamente viáveis do ponto de vista técnico. O custo de tais soluções, entretanto, 
vem representando o principal obstáculo a sua adoção em situações equivalentes, como nas 
principais vias arteriais urbanas da cidade do Rio de Janeiro, como a Avenida Brasil e as 
recém implantadas Linhas Vermelha e Amarela. 
 
28 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
O quadro a seguir apresenta os trechos mais críticos da BR-493/RJ-109 quanto à futura 
pressão sonora instalada, locais onde deverão ser implantadas medidas naturais ou artificiais 
para atendimento às normas legais. 
Quadro 4 - Pressão Sonora (Pontos Notáveis) 
Municípios Ocupação 
Duque de Caixas Ocupação Controlada / Rural 
Nova Iguaçu Residencial (Baixa Densidade) 
Japeri Agrícola, Urbana 
Japeri Urbana Consolidada 
Japeri Interesse Agrícola 
Japeri Interesse Agrícola 
Seropédica Expansão Urbana, Rural 
Itaguaí Rural / Residencial / Negócios 
 
Emissões Atmosféricas 
Para a caracterização da região atravessada pelo Arco Metropolitano, em termos de 
resposta da qualidade do ar à implantação e operação do empreendimento, e o 
estabelecimento de locais mais suscetíveis às emissões que serão provocadas pela rodovia, 
foram utilizadas duas subdivisões clássicas. A primeira corresponde às sub-regiões, ou sub-
bacias aéreas, adotada pela rede de monitoramento da qualidade do ar, operada pela FEEMA 
e, a segunda, refere-se à descrição das capacidades de dispersão atmosférica. Os trechos 
críticos do Arco Metropolitano, quanto à qualidade do ar atual e futura, encontram-se em 
Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Japeri. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 29
MEIO BIÓTICO 
Unidades de Conservação 
Através da sobreposição do traçado do Arco Metropolitano com o mapa das Unidades de 
Conservação da Natureza (apresentada no Mapa de Localização), foram identificadas as 
unidades próximas e/ou em seu percurso. As distâncias entre o traçado da rodovia e as 
respectivas Unidades de Conservação podem ser observadas no quadro a seguir. 
Quadro 5 - Unidades de Conservação 
Nome Tipo Administração Distância (m) 
FLONA/Mario Xavier Uso Sustentável Federal 0 
APA Rio D’ouro Uso Sustentável Municipal 0 
APA Retiro Uso Sustentável Municipal 0 
APA Guandu Uso Sustentável Estadual 0 
APA do Tinguá Uso Sustentável Municipal 10 
REBIO Tinguá Proteção Integral Federal 1.300 
APA Morro Agudo Uso Sustentável Municipal 1.800 
APA Jaceruba Uso Sustentável Municipal 2000 
APA Gericinó - Mendanha Uso Sustentável Estadual 9.500 
 
Segundo a Resolução CONAMA nº 13/90, qualquer atividade que esteja num raio de 10 
km de Unidades de Conservação só poderá se instalar mediante autorização do órgão 
responsável pela administração da unidade. A FLONA/Mario Xavier, REBIO Tinguá e a APA 
Gericinó – Mendanha estão, em alguns locais, como no trecho medido mais próximo ao 
traçado, a menos de 10 km. 
A APA do rio Guandu foi criada recentemente, através da Lei Estadual nº 3760.02, sendo 
que a estrada corta essa APA em alguns trechos. Como o Plano Diretor da APA ainda não foi 
elaborado, não são conhecidas as restrições e limitações de uso impostas a ela. Por tratar-se 
de uma APA com característica singular, pois possui um limite que acompanha o canal do rio 
Guandu e de seus principais afluentes, grande parte dos projetos dessa natureza (construção 
de estradas) executados na bacia de Sepetiba irá secionar essa unidade. 
Além dessas áreas foram identificadas ainda Unidades de Conservação municipais, dentre 
as quais se destacam as APAs do Retiro, Tinguá e Rio D’Ouro no município de Nova Iguaçu e 
que estão na área de influência direta do empreendimento. 
 
30 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Flora 
LEGENDA 
 Limites Interestaduais Mangue 
 Limites Municipais Restinga 
 Estradas Principais Mata 
 Ferrovias Decréscimo de Mata/Restinga 
 Drenagem Principal Domínio da Mata Atlântica 
 Área Urbana Brasil 
Fonte: www.sosmatatlantica.org.br 
A paisagem da área de influência da rodovia BR-493/RJ-109 é caracterizada pela presença 
de uma extensa planície que se estende a partir do litoral rumo ao interior do continente, 
subdividida nas baixadas de Sepetiba, em direção Noroeste, e da Guanabara, em direção 
Oeste. Cercando a planície litorânea, existem inúmeros morros e colinas, que estão 
localizados na região de transição entre as baixadas e as agudas escarpas e maciços da Serra 
do Mar. A grande diversidade física existente nesta unidade geográfica foi o principal fator 
responsável pela formação de ambientes que se refletem em conjuntos bióticos 
diversificados contidos na área de estudo, onde podem ser destacados pela sua importância 
ecológica os biomas de Mata Atlântica e de Manguezais. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 31
 
Ipê-tamanco ou caixeta Bromélia barba-de-velho 
 
Palmito-jussara Paineira-de-espinho 
 
Ipê-amarelo Aspecto Geral do Manguezal da Baía de Sepetiba em 
Itaguaí 
 
32 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
A cobertura vegetal ao longo do traçado da Rodovia RJ-109 constitui-se de pequenos e 
médios fragmentos florestais, que serão seccionados parcialmente ou totalmente pelo 
traçado da referida Rodovia. Os fragmentos constituem matas secundárias em diferentes 
estágios de recuperação que estão dispostas em torno de alguns núcleos urbanos e áreas 
rurais, relativamente próximos a manchas de vegetação maiores existentes na área de 
influência indireta, geralmente incluídas em Unidades de Conservação. 
Corredores Ecológicos 
A degradação das paisagens naturais tem sido um dos aspectos mais marcantes das 
alterações ambientais provocadas pelo homem. As diversas formas de apropriação dos 
recursos naturais, incluindo o uso da terra, promovem o surgimento de superfícies com as 
mais diversas estruturas (agricultura, pastos, áreas abandonadas, cidades, etc.). Como 
resultado, geralmente ocorre a fragmentação das paisagens, que é um dos processos 
espaciais potencialmente capazes de isolar de maneira significativa os ecossistemas ou 
trechos destes, acarretando-lhes profundas alterações estruturais e funcionais. Em outras 
palavras, com a fragmentação, formam-se verdadeiras ilhas de vegetação, espacialmente 
isoladas, que servem como abrigo para a fauna e a flora remanescentes de uma região e, 
muitas vezes, impedem o deslocamento da biodiversidade entre as ilhas, inviabilizando o 
fluxo genético entre as populações — processo indispensável para a perpetuação da maioria 
das espécies vegetais e animais nos fragmentos. (TAYLOR et al., 1993). 
Uma das alternativas para prover o aumento da conectividade dos remanescentes 
florestais da Mata Atlântica passa pela proposição de corredores ecológicos e zonas de uso 
restrito. Neste caso, os corredores ecológicos podem ser considerados como traçados ou 
rotas de ligação entre duas ou mais áreas, propiciando a conexão entre as várias partes 
fragmentadas, assegurando a conservação da biodiversidade em grandes extensões.De acordo com a Fundação CIDE (Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro), 
entre os municípios abrangidos pela área de influência do Arco Metropolitano, Nova Iguaçu e 
Duque de Caxias possuem a maior porcentagem de seus territórios com remanescentes da 
Mata Atlântica inseridos no Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar, ocupando, 
respectivamente, 33,7% e 26,5% de suas áreas. Posteriormente, aparece o município de 
Itaguaí, com 19,5% de seu domínio territorial recoberto por fragmentos de Mata Atlântica, 
seguido pelos municípios de Seropédica (1,6%) e Japeri (1,5%). Por último, o município de 
Queimados, com menos de 0,5% de seu território com cobertura de Mata Atlântica (CIDE, 
2001). 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 33
A figura a seguir apresenta os remanescentes de Mata Atlântica que integram o Corredor 
de Biodiversidade da Serra do Mar em cada município da Área de Influência Indireta (AII) do 
Arco Metropolitano. 
Nova Iguaçu Duque de Caxias 
Itaguaí Seropédica 
Japeri Queimados 
Fonte : www.corredores.org.br 
Figura 6 - Remanescentes de Mata Atlântica por Município da AII 
 
34 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
Fauna 
O Estado do Rio de Janeiro apresenta uma diversificada fauna de vertebrados, composta 
por pelo menos 107 espécies de peixes continentais, 166 de anfíbios, 127 de répteis, 185 de 
mamíferos e 653 de aves (ALVES et al., 2000; MAZZONI et al., 2000; ROCHA et al., 2004). 
Tamanha diversidade se explica, em parte, pela grande variedade de habitats naturais 
encontrados no Rio de Janeiro, tais como matas de baixada, encosta e altitude, brejos, rios, 
lagos e lagunas, restingas e mangues, campos e áreas cársticas. A conservação de todo esse 
patrimônio natural é uma preocupação cada vez maior, tendo em vista a intensa degradação a 
qual esse Estado tem sido submetido, principalmente nos últimos cem anos (CÂMARA & 
COIMBRA-FILHO, 2000). Em 2000 foi publicada uma lista da fauna ameaçada de extinção no 
Estado do Rio de Janeiro, e os resultados evidenciaram que 37 espécies já se encontram 
provavelmente extintas. Essas espécies estão inseridas em um total de 257, número que se 
relacionado com a reduzida área do Estado, coloca o Rio de Janeiro a frente de São Paulo 
(317), Paraná (133) e Minas Gerais (178) (BERGALLO et al., 2000). Tendo em vista que a 
principal ameaça à fauna é a destruição de habitat, qualquer empreendimento envolvendo 
impacto ambiental deve, necessariamente, envolver uma análise desse aspecto. 
O Arco Metropolitano BR-493/RJ-109 abrange uma área que vai do município de Duque de 
Caxias até Itaguaí. Em sua área de influência indireta, esse empreendimento inclui diversos 
pequenos fragmentos florestais em diferentes estágios e uma pequena porção de duas 
serras que representam grandes fragmentos florestais: Tinguá e Mazomba. Já em sua área 
de influência direta, o projeto abrange apenas pequenos fragmentos, sendo o mais 
significativo deles a Floresta Nacional Mário Xavier. As informações aqui apresentadas dizem 
respeito a essas duas áreas e tiveram como base dados disponíveis na literatura e visitas a 
campo (com realização de entrevistas) e conhecimento pessoal da região. Conforme previsto 
no Plano de Trabalho do Arco Metropolitano, apenas vertebrados são discutidos, dando-se 
ênfase nas espécies consideradas ameaçadas de extinção no Estado do Rio de Janeiro 
(Bergallo et al., 2000). 
 
Área alagada na Cidade dos Meninos em Duque de Caxias. Detalhe dos colhereiros em área alagada na Cidade dos 
Meninos, Duque de Caxias. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 35
MEIO SÓCIO ECONÔMICO 
Os estudos do Meio Socioeconômico enfocaram especialmente os municípios que 
compõem a Área de Influência Indireta do Arco Metropolitano, que são: Duque de Caxias, 
Nova Iguaçu, Japeri, Queimados, Seropédica e Itaguaí. 
A área de estudo é integrante da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) e está 
inserida no conjunto dos municípios que compõem a Baixada Fluminense. Como 
característica principal de seu processo histórico de ocupação, destaca-se a relação que, 
desde o início do processo de colonização, sempre esteve associada, seja por questões 
geopolíticas, demográficas ou mesmo econômicas e sócias, atrelado ao município do Rio de 
Janeiro. 
O Traçado do Arco Metropolitano faz um “arco” sobre a RMRJ, atravessando a periferia 
da cidade do Rio de Janeiro desde o Grande Rio (Duque de Caxias) até Itaguaí, localizado 
entre as serras do Gercinó-Mendanha, Tinguá e Araras. Integra áreas localizadas nas duas 
principais bacias contribuintes localizadas na RMRJ: a bacia da baía de Guanabara e a bacia da 
baía de Sepetiba. 
A região de inserção do Arco Metropolitano possui uma grande dinâmica de ocupação. Por 
ciclos econômicos consecutivos (cana, ouro, café e laranja) estas áreas possuíram uma 
importante vocação, ora na produção de gêneros como a cana-de-açúcar e a laranja, ora como 
importantes entrepostos no transporte de gêneros produzidos no interior do país (ouro e 
café). Após a decadência do ciclo da laranja, no início do século XX, as áreas de produção rural 
diminuíram sendo progressivamente incorporadas no processo de urbanização metropolitana, 
especialmente a partir dos anos 50. 
Estas, entre outras, figuram com as principais razões da heterogeneidade da ocupação na 
região, que mescla áreas residenciais e agropecuárias, com presença de algumas zonas 
industriais e Unidades de Conservação. A porção dos municípios transpassada pelo Arco, é 
formada em sua grande maioria, de áreas periféricas, distritos e bairros, cujas relações de 
fluxo de pessoas e mercadorias, quando existente, relacionam-se de forma mais intensa com 
os centros locais (Nova Iguaçu, Duque de Caxias) do que com o centro metropolitano (Rio de 
Janeiro). 
Encontram-se ainda na região importantes eixos de ocupação da região metropolitana, tais 
como o ramal ferroviário de Japeri e rodovias BR-040, Presidente Dutra, antiga Rio – São 
Paulo e a BR-101 (Rio-Santos). Próximo a estes eixos desenvolveram-se as principais 
ocupações ao longo do traçado estudado. Outras importantes ocupações encontram-se 
associadas às vias arteriais, ferrovias de cargas, ruas locais e estradas rurais. 
 
36 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
De maneira geral, a área do traçado está em processo acelerado de ocupação residencial, 
sendo uma das principais franjas de urbanização da RMRJ. Com esgotamento e conseqüente 
valorização das áreas ocupáveis na periferia direta da Cidade do Rio de Janeiro e dos 
municípios mais próximos da Baixada Fluminense, a periferia de municípios como Nova 
Iguaçu, Japeri, Duque de Caxias e Itaguaí, em zonas consideradas localmente como “rurais”, 
é palco de um processo de ocupação intenso e contínuo. Com novos bairros residenciais e 
zonas industriais, essa dinâmica tem alterado o mercado imobiliário local, com loteamentos, 
áreas de construção, demandas por infra-estrutura e etc. Tais transformações impõem novos 
desafios às municipalidades, entre elas a revisão recentemente realizada de seus 
zoneamentos e Planos Diretores para atender a esta dinâmica de ocupação e uso do solo. 
A análise desse processo, realizada com base em estudos da Fundação CIDE, permite 
visualizar as alterações de uso e ocupação dos municípios da AII, comparando as áreas 
cobertas pelos remanescentes da cobertura vegetal com as ocupadas pelos diversos tipos de 
uso do solo. Assim, de acordo o Mapa de Uso e Ocupação do Solo, as áreas urbanas estão 
predominantemente concentradas no município do Rio de Janeiro, passando pelo centro, 
zona norte seguindo em direção aos municípios de Duquede Caxias, Nova Iguaçu e 
Queimados. Distribuem-se ao longo da linha férrea, do ramal de Japeri, e aparecem, também, 
alguns núcleos isolados ao longo da Avenida Brasil. 
Aspectos Demográficos 
A demografia da RMRJ tem como característica principal a elevada densidade 
demográfica, com 1.899 hab/km², a segunda maior entre as metrópoles brasileiras. Tais 
condições advêm especialmente de um processo de urbanização e de migração muito 
intenso realizado a partir da metade do século XX, onde a cidade do Rio de Janeiro figurou, 
juntamente com São Paulo, como principal pólo de atração do País. 
No ano 2000, os municípios da Área de Influência Indireta somavam uma população 
residente de 1.575.810 habitantes, ocupando uma área de 1696,4 km. Este total representa 
55,9% da população total da região da Baixada Fluminense, e 13,08% da população de todo o 
Estado do Rio de Janeiro. 
O crescimento anual médio da população metropolitana foi, na década de 90, cerca de 
1%, o que indica um saldo migratório negativo no período, fenômeno já verificado na década 
anterior. No entanto, a variação no ritmo de crescimento e no poder de atração e expulsão 
populacional entre os diferentes municípios que integram a AII foi expressiva. 
Economia e Mercado de Trabalho 
Os grandes centros urbanos brasileiros têm sofrido graves problemas como violência, 
favelização e desemprego. A área em estudo e a RMRJ não se diferenciam. Estes 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 37
fenômenos estão associados às dificuldades de se imprimir um ritmo de desenvolvimento 
capaz de assegurar níveis satisfatórios de qualidade de vida para toda a população. 
A perda do dinamismo econômico da RMRJ tem sido destacada há algumas décadas. O 
fato do Rio de Janeiro ter sido a capital do país durante 150 anos e, portanto, o centro político-
administrativo, financeiro e comercial, marcou fortemente sua dinâmica econômica. Com a 
transferência da capital para a Brasília e a decadência dos setores industriais, o Rio de Janeiro 
sofreu profundo esvaziamento econômico. Enquanto São Paulo desenvolveu um parque 
industrial moderno e dinâmico, o Rio permaneceu com os setores tradicionais que foram, aos 
poucos, se tornando obsoletos. A indústria carioca se concentrou em bens não duráveis e 
voltados ao mercado interno, logo, mais vulnerável a oscilações macroeconômicas. A 
contrapartida disso foi uma progressiva importância e dependência do setor terciário e do 
setor público. 
Essa tendência marcou fortemente a relação entre o município do Rio e os municípios da 
Baixada, conhecidos como “cidades dormitórios” por serem fornecedores de mão de obra 
para a capital. Hoje observa-se uma tendência de modificação desse quadro, com o aumento 
da industrialização dos municípios da baixada e a diversificação da economia local. 
Um dos exemplos é o município de Duque de Caxias, que no início dos anos 60, já 
possuía um ativo comércio e um parque industrial que, com a instalação da Refinaria Duque 
de Caxias (REDUC), se tornaria um dos mais importantes do país. Em 1960 e 1970, a 
participação do Município na transformação industrial da Região Metropolitana do Estado 
aumentou de 4,4% para 10,8%. Nesse mesmo período, iniciava-se o processo de 
industrialização no país e nas várias unidades estaduais. 
Atualmente, a Baixada Fluminense é caracterizada pela presença de estabelecimentos 
industriais ligados aos gêneros de minerais não metálicos, metalurgia, mecânica, material 
elétrico e de comunicações, material de transporte, madeira (mobiliário, papel e papelão), 
borracha, química, farmacêutico, perfumaria, produtos de material plástico, têxtil (vestuário, 
calçado e artefato de tecidos), produtos alimentares, editora gráfica e outros. 
De acordo com a pesquisa realizada pelo observatório das Metrópoles (UFRJ,2006), 
predominam, na área em estudo e em toda a RMRJ, os trabalhadores manuais da indústria, 
do comércio e dos serviços. Destacando que as categorias com maior peso dentro desses 
grupos são os operários da construção, os prestadores de serviços especializados, os 
trabalhadores do comércio e os trabalhadores domésticos. 
Educação 
Os indicadores sociais, na área da Educação, revelam a baixa escolaridade dos moradores 
dos municípios da Área de Influência Indireta. As taxas de analfabetismo, no ano 2000, eram 
 
38 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
elevadas, sempre superiores ao total do Estado do Rio de Janeiro. A situação torna-se ainda 
mais preocupante quando se leva em conta que estas taxas se mostraram elevadas na 
população até 14 anos de idade, o que interfere diretamente na formação educacional da 
população economicamente ativa num futuro próximo. 
Saúde 
A rede ambulatorial cadastrada no SUS da Área de Influência Indireta contava, em 2000, 
com 333 unidades, dentre elas 10 hospitais gerais. Em 2005 este número aumentou para 507 
unidades, dentre elas 16 hospitais gerais e 15 hospitais especializados, ou seja, a metade dos 
hospitais do Estado do Rio de Janeiro. Estas unidades estão distribuídas de acordo com o 
porte populacional dos municípios. No entanto, a falta de equipamentos ou de pessoal 
especializado, em alguns municípios, faz com que este número de unidades ambulatoriais 
não seja suficiente para atender todas as demandas de saúde locais. 
Violência 
Alguns dos municípios da Área de Influência Indireta revelam valores ainda maiores que 
algumas metrópoles consideradas como as mais violentas. A Região Metropolitana de Recife, 
por exemplo, registrou em 1998 um índice de 80,9 homicídios por 100 mil habitantes. A taxa 
para o município de Duque de Caxias, em 1998, foi de 80,3. A trajetória dos homicídios 
(considerando o período compreendido entre 1998 e 2002) é crescente. Mesmo Seropédica e 
Japeri, com taxas de homicídio menores que as do conjunto da AII, enfrentaram, nesse 
período, aumento na relação entre homicídio e população. 
Saneamento 
Na Área de Influência Indireta, 75% dos domicílios particulares permanentes são 
abastecidos pela rede geral, 22,4% recolhem água de poço ou nascente e 2,6%, de outras 
formas. Queimados é o município que apresenta o menor percentual de domicílios 
abastecidos pela rede geral, sendo que 30,9% destes domicílios captam água de poço ou 
nascente. Em Japeri, este percentual é ainda mais elevado: 32,8%. 
Área de Influência Direta 
As áreas atravessadas, bairros e demais localidades, são apresentadas nos quadro 
seguinte, organizadas por municípios. A identificação e estratificação dos 72 km da rodovia 
em trechos ajudou a determinar unidades que melhor representassem as “fronteiras” locais, 
associando a infra-estrutura disponível e utilizada pelas populações locais, o uso e ocupação 
do solo, bem como as delimitações do espaço impostas pela composição da paisagem local e 
os aspectos ambientais. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 39
Município Trecho Localidades km (Rodovia) Tipo de ocupação 
Trevo Washington Luiz, Vila Mariza Trevo Res/Ind/Vago 
I 
Bairro Capivarí, Figueira e São Judas Tadeu 0 a 3 Res/Ind/Vago D. Caxias 
II Cidade dos Meninos, Areal, Amapá 3 a 11 Rural/Res. 
Barão de Guandú, Geneciano 11 a 15 Rural/Res. 
III 
Nova Luz, Figueira 2, Encanamento 15 a 18 Rural/Res. 
Vila de Cava 18 a 20 Urb/Res 
IV 
Santa Rita 20 a 21,5 Urb/Res 
N. Iguaçu 
V Bairro Amaral, Carlos Sampaio Mantiqueira 21,5 a 30 Rural/Res. 
Esperança, Santa Amélia, Jardim Wilian 30 a 35 Rural/Urb. 
Itaguaí VI 
Eucalipto, Santa Inês, Normandia 35 a 39,7 Rural/Urb. 
Nazareth, Santa Alice 39,7 a 47,5 Rural/Res. 
VII 
São Miguel 47,5 a 50 Urb/Res/Rural Seropédica 
VIII Santa Sofia, Parque Serrinha, Fonte Limpae 
Chaperó 
50 a 62,5 Rural/Res. 
Itaguaí IX Chaperó, Teixeira, Santa Cândida, Leandro e 
Brisa Mar 
62,5 a 72,6 Urb/Res/Rural 
 
Patrimônio Histórico e Arqueológico 
O Patrimônio Arqueológico identificado na área de influência Direta do Arco Metropolitano 
é composto por 01 sítio arqueológico e 05 edificações históricas, e na indireta é de 19 sítios 
arqueológicos e 28 edificações (dentre prédios históricos e estradas e/ou caminhos 
históricas). 
Na região de estudo, se destacam algumas áreas de especial interesse para a preservação 
do patrimônio, tais como: edificações históricas que vão do século XVII ao século XX; sítios 
arqueológicos, dentre quilombos e aldeia de nativos ceramistas; estradas e caminhos 
históricos, inclusive trechos que compõe conjunto de caminhos da Estrada Real. 
O Quilombo do Amapá situado nessa zona de alto potencial arqueológico é um sítio 
arqueológico que se posiciona muito próximo ao empreendimento podendo ser impactado 
durante as obras. O mesmo pode ocorrer com o complexo histórico da Cidade dos Meninos, 
ainda inserido nessa zona de alto potencial arqueológico, bem como um trecho da estrada das 
Escravas e da estrada do Provedor. No município de Nova Iguaçu, a Estação Ferroviária de 
Vila de Cava e um trecho da Estrada da Polícia são construções históricas localizadas na Área 
de Influência Direta do empreendimento e no município de Itaguaí, a área da Fazenda 
Serrinha, uma construção do século XVIII/XIX, também próxima à faixa de domínio. 
 
40 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 41
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS PROPOSTAS 
Os impactos ambientais decorrentes da construção do Arco Metropolitano foram 
classificados quanto à Natureza (positivo ou negativo); Magnitude (baixa, média ou alta); 
Importância; Duração (permanente ou temporário); Reversibilidade (reversível ou irreversível); 
Abrangência (local ou regional); Forma (direto ou indireto); e Temporalidade (imediato, curto 
ou médio prazo); e quanto aos locais de maiores possibilidades de ocorrência. Foram também 
formuladas as medidas mitigadoras (de natureza preventiva, corretiva ou compensatória, para 
os impactos negativos) e otimizadoras (para os impactos positivos). 
• AUMENTO DA EMISSÃO DE RUÍDOS, POEIRAS E GASES. 
Medidas Ambientais Propostas 
Seleção de equipamentos mais silenciosos; programação de operações mais ruidosas 
para o período do dia, em que o ruído ambiente é maior; maximização da distância entre as 
fontes de ruído e os receptores; construção de barreiras ou enclausuradores das fontes, 
quando indicado; respeito ao Manual Rodoviário de conservação, monitoramento, e controle 
ambientais, do DNIT; respeito à Portaria nº 3124/78, do Ministério do Trabalho, que 
estabelece limites máximos de tempo de exposição ao ruído contínuo. 
 
42 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
• ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DO AR 
Medidas Ambientais Propostas 
Durante a fase de obras: utilização de Equipamentos de Proteção Individual por todos os 
operários envolvidos nas obras; isolamento da área de terraplanagem e remoção temporária 
da população; planejamento para o transporte de materiais equipamentos, evitando-se os 
horários de pico e o período noturno na rodovia; controle do teor de umidade do solo, a partir 
de aspersões periódicas. 
Para a fase de operação: monitoramento dos níveis de efluentes das descargas dos 
motores a combustão; monitoramento da qualidade do ar; monitoramento do volume de 
tráfego deslocado de outras vias (Avenida Brasil) para o Arco Metropolitano; controle e 
manejo das velocidades médias e níveis de emissões dos veículos nas rodovias direta e 
indiretamente beneficiadas; divulgação dos resultados dos monitoramentos e controles às 
comunidades de toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 
 
• INÍCIO E/OU ACELERAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS. 
Medidas Ambientais Propostas 
Programar os serviços de terraplenagem levando em consideração os elementos 
climáticos, de modo que sejam evitados trabalhos nos meses mais chuvosos; implantar, 
rigorosamente, todos os elementos de drenagem previstos em projeto e, se possível, 
melhorá-los; executar a proteção vegetal imediatamente após a construção de cada elemento 
de terraplenagem (cortes, aterros, etc.,); corrigir imediatamente os processos erosivos 
incipientes, ao longo de taludes de cortes e aterros. 
Manter ao longo da fase de operação da rodovia um permanente sistema de 
monitoramento e conservação de todas as estruturas de drenagem e proteção vegetal ao 
longo da via, com visitas periódicas de inspeção e determinação de ações corretivas a serem 
executadas. 
• CARREAMENTO DE SÓLIDOS E ASSOREAMENTO DA REDE DE DRENAGEM 
Medidas Ambientais Propostas 
Realizar a recomposição da vegetação ciliar; quando houver retirada de vegetação em 
grandes áreas nas proximidades de cursos de drenagem, projetar e construir barragens de 
sedimentação para protegê-los. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 43
• INTERFERÊNCIAS COM A QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS 
Medidas Ambientais Propostas 
Além das medidas recomendadas para os impactos anteriores e para aqueles que tratam 
de possibilidades de acidentes durante a operação recomenda-se, ainda, que sejam 
ministrados, aos Grupamentos da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Polícia 
Rodoviária Federal, localizados ao longo do trecho, treinamento adequado para intervir em 
casos de derramamento de cargas tóxicas e/ou perigosas. 
• INTERFERÊNCIAS COM MANANCIAIS HÍDRICOS. 
Medidas Ambientais Propostas 
Treinamento dos motoristas – funcionários das obras (durante a construção) e usuários 
(durante a operação) – e sinalização dos trechos críticos, adequado à Defesa Civil, Corpo de 
Bombeiros e Polícia Rodoviária Federal, para intervir em caso de derramamento de cargas 
tóxicas e/ou perigosas; e construção de tanques de retenção de líquidos derramados por 
acidentes, especialmente em trechos próximos aos mananciais. 
• ALTERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES MINERÁRIAS. 
Medidas Ambientais Propostas 
Elaboração de planos de exploração racional de pedreiras e jazidas; monitoramento, 
controle e adequação desses planos ao longo da exploração; desenvolvimento de Planos de 
Recuperação Ambiental, para a fase de pós-exploração; e exigência dos respectivos 
Licenciamentos Ambientais aos fornecedores de material de construção. 
• DEPOSIÇÃO DE MATERIAL DE DESCARTE 
Medidas Ambientais Propostas 
Compensação entre os produtos de cortes e as demandas de aterro; seleção (de acordo 
com as especificações técnicas elaboradas) de locais adequados para a deposição dos 
materiais de descarte; deposição e reserva de solos orgânicos e restos vegetais para o 
revestimento de taludes de aterros; contratar, caso necessário, empresa especializada para, 
realizar a remoção, tratamento e disposição final de solos contaminados; monitoramento e 
readequação dos bota-foras gerados; monitoramento do avanço da contaminação por “pó de 
broca” no solo e nas águas no entorno da rodovia. 
 
44 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
• SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA 
Medidas Ambientais Propostas 
Evitar desmatamentos desnecessários em áreas externas à faixa de domínio da rodovia; 
determinar o destino final da material retirado buscando reaproveitá-lo nas áreas alvo de 
recuperação e revegetação; 
• AMPLIAÇÃO DA FRAGMENTAÇÃO DOS AMBIENTES FLORESTAIS. 
Medidas Ambientais Propostas 
Evitar desmatamentos desnecessários, em áreas externas à faixa de domínioda rodovia, 
especialmente em formações ciliares e outras área de preservação permanente; determinar, 
junto aos órgãos competentes, locais apropriados para a aplicação de medidas de 
compensação; 
• AUMENTO DA PRESSÃO SOBRE OS RECURSOS VEGETAIS 
Medidas Ambientais Propostas 
Adoção de Programa de Educação Ambiental, com módulos específicos dedicados ao 
esclarecimento dos operários envolvidos nas obras e da população circunvizinha; sinalização 
indicadora das UCs e APPs; e fiscalização e repressão de não conformidades. 
• ALTERAÇÃO NOS HABITATS E HÁBITOS DA FAUNA 
Medidas Ambientais Propostas 
Evitar a implantação de canteiros de obras próximos a ambientes florestados e 
desmatamentos desnecessários; controlar a entrada de pessoal da obra nas áreas de mata 
próximas ao empreendimento; adotar Módulos Específicos de Educação Ambiental, 
dedicados ao esclarecimento dos operários das obras e da população circunvizinha; implantar 
sinalização indicadora das UCs e APPs; e fiscalização e repressão de não conformidades. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 45
• AUMENTO DA CAÇA PREDATÓRIA. 
Medidas Ambientais Propostas 
Controlar, durante a construção, as incursões do pessoal da obra às áreas florestais nas 
proximidades do empreendimento; reprimir qualquer tipo de agressão à fauna, por parte do 
pessoal envolvido com o empreendimento, proibindo-se o uso de armas de fogo e 
armadilhas; evitar a implantação de canteiros de obras próximos a ambientes florestados; 
adotar módulos específicos de Educação Ambiental, dedicados ao esclarecimento dos 
operários das obras e da população circunvizinha; implantar sinalização indicadora das UCNs e 
APPs; e fiscalização e repressão de não conformidades. 
• ALTERAÇÃO NA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES AQUÁTICAS. 
Medidas Ambientais Propostas 
Evitar a formação de focos erosivos nas margens dos rios e em áreas adjacentes; evitar o 
comprometimento e adotar a recuperação da cobertura ciliar como compensação ambiental; 
recolher e tratar adequadamente os esgotos sanitários em sistemas fossa/filtro, instaladas a 
distância segura de cursos d’água e de poços de abastecimento; elaborar cronograma de 
obras baseado, se possível, dentre outros aspectos, no regime pluviométrico local; limitar os 
desmatamentos ao mínimo necessário às operações de construção e segurança do tráfego 
• REDUÇÃO DA ÁREA DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA 
Medidas Ambientais Propostas 
Realização de cadastro para verificação da utilização agropecuária da população atingida; 
indenizações pelas áreas desapropriadas, benfeitorias e pela produção renunciada; Programa 
de Desapropriação; e Programa de Reassentamento da População de Baixa Renda. 
• PERDA DE ÁREAS DE LAVOURA DE SUBSISTÊNCIA. 
Medidas Ambientais Propostas 
Programa de Desapropriação e Programa de Reassentamento da População de Baixa 
Renda (em local apropriado e semelhante aos de residência atual). 
 
46 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
• ALTERAÇÃO NO COTIDIANO DA POPULAÇÃO. 
Medidas Ambientais Propostas 
Realocação dos espaços de lazer para áreas próximas; Programa de Redução do 
Desconforto e Acidentes na Fase de Obras; Programa de Paisagismo; e Programa de 
Ordenamento Territorial. 
• PERDA DE ÁREAS DE LAZER E ESPAÇOS PÚBLICOS NAS COMUNIDADES 
Medidas Ambientais Propostas 
Adotar a transparência e a comunicação constante do empreendedor com a população 
local; planejar a mobilização de mão-de-obra, máquinas, materiais e equipamentos, de forma a 
minimizar as perturbações na vida da população residente; manter contato constante com as 
Prefeituras, Sociedade Civil Organizada e demais Representações das Comunidades; ações 
de recuperação de passagens que minimizem os impactos de interrupção dos acessos; 
planejar ações para preservar e/ou compensar a supressão das áreas de recreação; 
Subprograma de redução do Desconforto e Acidentes na Fase de Obras. 
• ALTERAÇÃO NO QUADRO DEMOGRÁFICO 
Medidas Ambientais Propostas 
Priorização da contratação de mão-de-obra local, de forma a reduzir a entrada de pessoas 
estranhas à região; Divulgação de que as empresas construtoras estão priorizando a 
contratação local; Programa de Redução do Desconforto e Acidentes na Fase de Obras. 
• ALTERAÇÃO NO QUADRO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE 
Medidas Ambientais Propostas 
Priorizar a contratação de mão-de-obra local; realizar exames médicos admissionais, bem 
como periódicos, durante o tempo de duração das obras; tratar adequadamente a água de 
abastecimento dos canteiros, bem como todos os efluentes oriundos dos mesmos; evitar a 
formação de ambientes propícios à proliferação de vetores – lixo, águas empoçadas e outros; 
desenvolver atividades de educação em saúde, que deverão abranger toda a mão-de-obra 
contratada; fiscalizar continuamente as condições sanitárias dos canteiros de obras; Programa 
de Redução do Desconforto e Acidentes na Fase de Obras e Programa de Segurança e Saúde 
da Mão-de-obra. 
Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 47
• AUMENTO DA OFERTA DE POSTOS DE TRABALHO 
Medidas Ambientais Propostas 
Priorizar a contratação de mão-de-obra local; Subrograma de Redução do Desconforto e 
Acidentes na Fase de Obras. 
• AUMENTO DO RISCO DE ACIDENTES RODOVIÁRIOS 
Medidas Ambientais Propostas 
Evitar que o tráfego proveniente das obras interfira nas áreas urbanas. Caso isso ocorra, 
deverão ser providenciados redutores de velocidades e sinalização adequada; planejar o 
transporte dos materiais de construção, bem como dos equipamentos, com o uso de veículos 
pesados; prestar informações às comunidades a serem afetadas pelo tráfego de veículos 
proveniente das obras e, quando necessário, contatos com as prefeituras para as 
modificações necessárias nos fluxos das vias, de modo a aumentar a segurança dos usuários; 
Programas de Redução do Desconforto e Acidentes na Fase de Obras, e Melhoria de 
Travessias Urbanas e de Ordenamento Territorial. 
• POSSIBILIDADES DE ACIDENTES COM CARGAS PERIGOSAS 
Medidas Ambientais Propostas 
Atendimento rigoroso às normas vigentes; obrigatoriedade de treinamento dos 
motoristas; instituição de Seguro Ambiental; implantação de medidas preventivas e corretivas 
nas áreas de ocorrência de acidentes; instalação de uma central de emergência para cargas 
Perigosas próximas a mananciais de abastecimento. 
• ALTERAÇÃO DOS ACESSOS VICINAIS 
Medidas Ambientais Propostas 
Planejamento das intervenções nas estradas em conjunto com os órgãos competentes; 
sinalização adequada e informações à comunidade sobre as alterações nas condições de 
tráfego nos acessos e, principalmente, noções educativas sobre o fluxo de pedestres nos 
locais onde ele for mais intenso. 
 
48 Rima Arco Rodoviário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
• FRAGMENTAÇÃO DE BAIRROS E LOCALIDADES E DAS RELAÇÕES SOCIAIS 
COMUNITÁRIAS 
Medidas Ambientais Propostas 
Implantação de acessos em todos os trechos atingidos, que diminuam a fragmentação, 
como viadutos, passarelas e vias paralelas para o deslocamento da população até esses 
acessos; melhoria do acesso da população do bairro de Nazaré até o centro de Japeri; 
implantação de soluções para a mitigação da fragmentação realizadas através de ações 
conjuntas com os órgãos públicos competentes e a população atingida; soluções de 
paisagismo, de engenharia de tráfego e de sinalização propostas nos anteprojetos; divulgação 
das novas condições de tráfego; Programas de Paisagismo, de Ordenamento Territorial, de 
Melhoria de Travessias Urbanas e de Reassentamento da População de Baixa Renda 
• INTERFERÊNCIA COM A INFRA-ESTRUTURA VIÁRIA E DE TRANSMISSÃO 
Medidas Ambientais Propostas 
Planejamento das obras segundo

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