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Cancer de pele

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O que é câncer de pele?
O câncer da pele é a neoplasia mais frequente nos país, com mais de 119 mil casos (incluindo melanoma e não-melanoma) previstos em 2010, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A doença é causada por células que sofreram algum tipo de mutação e se multiplicaram desordenadamente, criando um tecido doente, o tumor. Se a neoplasia for detectada no início, há grandes chances de cura, mesmo nas manifestações mais agressivas.
Dentre as causas que potencializam a formação do tumor estão idade e fenotipagem. A doença é mais comum em maiores de 40 anos e pessoas de pele clara, predisposição genética e, principalmente, exposição ao Sol.
1.0 Como o câncer de pele se manifesta?
O carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular (CEC) e melanoma maligno (MM) são as manifestações mais comuns da doença. Decorrentes da exposição solar prolongada, os CBC e CEC são mais prevalentes, e respondem por 95% dos tumores cutâneos registrados no Brasil, com 113.850 novos casos previstos em 2010, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Acometem pessoas de pele clara, geralmente nas regiões mais foto expostas do corpo. O CBC responsável por 70% dos casos diagnosticados pode ser curado facilmente e praticamente não tem risco de metástase, enquanto o CEC que responde por 25% do total de casos, embora também possa ser tratado facilmente se descoberto no início, pode se espalhar para outras partes do corpo e levar à morte.
O melanoma, tumor cutâneo mais agressivo o mortal, embora menos frequente no Brasil, responde por apenas 4% dos tumores cutâneos diagnosticados, com 5.930, casos previstos em 2010, tem origem nos melanócitos, as células portadoras da melanina, que determina a cor da pele. A neoplasia atinge principalmente os adultos de pele clara e está relacionada às exposições solares intensas e à predisposição genética.
No caso do CEC e CBC, as lesões ocorrem principalmente nas áreas mais foto expostas, como face, pescoço, dorso, antebraços e mãos. Já o melanoma maligno tem sido relacionado a exposições solares intensas, com queimaduras dolorosas e com bolhas, ocorridas durante a infância, o que exige atenção redobrada para essa faixa etária. O risco do melanoma não se restringe somente às pessoas de pele clara; ele pode acometer indivíduos morenos ou até mesmo negros, embora isso seja mais raro.
Os indícios mais comuns de um câncer da pele são:
Lesões que não cicatrizam;
Manchas e pintas que sangram coçam, doem, ou mudem de tamanho, cor ou espessura;
Verrugas ou espinhas que aumentem de volume, cocem, doam ou sangrem;
Manchas escuras (pintas) que se tornem mais pretas, bordos irregulares, elevadas, que sangrem com facilidade. (Fonte: Instituto Nacional do Câncer)
Portanto, para diminuir o risco da doença, é essencial realizar periodicamente o auto-exame da pele e ficar atento às mudanças verificadas. E, em diante de qualquer anormalidade, procurar um dermatologista.
2.0 Como prevenir.
Para prevenir o câncer da pele, a recomendação essencial é: evitar a exposição ao Sol. Veja alguns bons procedimentos de foto proteção:
Usar filtro solar regularmente, mesmo em dias frios, nublados ou chuvosos, nas áreas mais expostas ao sol, rosto, pescoço, colo, braços, mãos, sem esquecer lábios e orelhas;
Escolher um filtro com fator de proteção solar (FPS) 15 no mínimo. Pessoas mais claras necessitam de FPS maior;
Aplicar o protetor no mínimo, meia hora antes de sair ao sol, e reaplicá-lo a cada duas horas, e sempre que entrar na água, transpirar ou secar-se com toalha;
Para quem trabalhar ao Sol, usar calças e camisas compridas, chapéus e óculos escuros;
Tomar cuidado com superfícies que refletem a luz do sol, como areia, concreto e neve e água;
Cuidado redobrado em regiões de grandes altitudes, onde a radiação é mais intensa;
Não se expor ao sol entre as 10h e 16h;
Usar chapéu, óculos escuros, camisetas e guarda-sóis quando for à praia ou praticar atividades ao ar livre;
Iniciar a proteção na infância. Crianças a partir de seis meses já podem usar filtro solar.
O uso de filtro solar, infelizmente, não oferece 100% de proteção contra o câncer da pele. Qualquer pessoa pode ser acometida pela neoplasia, porém o risco é maior para quem:
Trabalha ao ar livre;
Tem pele e/ou olhos claros;
Queima-se facilmente;
Tem antecedentes da neoplasia na família.
Como cerca de 80% da radiação solar acumulada ao longo da vida é recebida até os 20 anos, é fundamental iniciar a proteção cedo, desde a primeira infância, com filtros solares adequados para cada idade.
3.0 Como tratar.
O carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC) são responsáveis por quase 96% do total de tumores cutâneos diagnosticados. A terapêutica varia conforme o tipo, localização, extensão e agressividade da doença, mas em geral os carcinomas podem ser tratados com procedimentos cirúrgicos simples, realizados com anestesia local. Quanto mais extenso foi o tumor, mais complexa será a cirurgia. Dentre os métodos cirúrgicos empregados estão:
Curetagem e eletro dissecção usado em tumores menores, o método elimina as lesões com um objeto cortante e em seguida emprega um bisturi eletrônico para “cauterizar” as células cancerosas restantes;
Criocirurgia usada para tratar tumores pequenos ou recorrentes, “congela” as lesões com o uso do nitrogênio líquido, atingindo uma temperatura de no mínimo -50° C;
Excisão empregada em carcinomas primários ou recorrentes, a excisão faz a remoção cirúrgica do tumor e de uma parte do tecido sadio ao seu redor;
Cirurgia a laser – pode ser empregada para vaporizar múltiplos CBCs ou destruir algumas células de CECs. Não destrói células cancerosas existentes em camadas mais profundas da pele;
Cirurgia Micrográfica de Mohs. O cirurgião retira o tumor e em seguida remove uma fina camada de tecido das margens laterais e profundas, que serão submetidas a um exame. O paciente aguarda enquanto estes fragmentos são processados por exame de congelação e examinados ao microscópio. Se houver alguma margem comprometida, é feita uma nova retirada de tecido das margens, até que todas elas estejam negativas. Indicada para lesões recidivantes.
Além dessas modalidades cirúrgicas, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e medicamentos tópicos (pomadas) são outras opções terapêuticas disponíveis.

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