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Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(11):3110-24, nov., 2018 3110 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i11a234531p3110-3124-2018 
 
 
 
INTERCORRÊNCIAS E CUIDADOS A IDOSOS EM UNIDADES DE TERAPIA 
INTENSIVA 
COMPLICATIONS AND CARE FOR ELDERLY PEOPLE IN INTENSIVE CARE UNITS 
INTERCURRENCIAS Y CUIDADOS A ANCIANOS EN UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 
Ana Maria Ribeiro dos Santos1, Camila Aparecida Pinheiro Landim Almeida2, Saraí de Brito Cardoso3, Francica 
Cecília Viana Rocha4, Sayonara Fernanda Lopes de Meneses5, Leidiana Nunes da Silva Felix6, Guilherme 
Guarino de Moura Sá7 
RESUMO 
Objetivo: analisar as intercorrências clínicas e os cuidados prestados a idosos em Unidades de Terapia 
Intensiva. Método: trata-se de estudo bibliográfico, descritivo, tipo revisão integrativa com busca de artigos 
publicados entre os anos de 2007 a 2017, na base de dados LILACS e Bibliotecas SciELO e BVS. Utilizou-se no 
processo de análise estatística descritiva por meio de frequências e percentuais. Resultados: selecionaram-se 
19 publicações. Apresentaram-se os idosos mais suscetíveis às infecções, principalmente respiratória nas 
Unidades de Terapia Intensiva, aumento do estresse e ansiedade, acidente vascular encefálico e lesão renal 
aguda, sendo assim, tornam-se mais sujeitos a incidentes de segurança, em decorrência do tempo de 
internação mais prolongado. Observou-se lacuna na discussão dos cuidados de enfermagem aos idosos 
internados nessas unidades, haja vista que poucas publicações de enfermagem enfatizaram o tema. 
Conclusão: relacionaram-se às intercorrências do idoso em Unidade de Terapia Intensiva as complicações de 
condições crônicas, tais como infecções, estresse, ansiedade, acidente vascular encefálico e lesão renal 
aguda. Demonstrou-se, por esta revisão, que os cuidados intensivos prestados ao idoso ainda são pouco 
discutidos na literatura científica nacional. Descritores: Idoso; Unidades de Terapia Intensiva; Hospitalização; 
Cuidados Intensivos; Enfermagem; Revisão. 
ABSTRACT 
Objective: to analyze the clinical complications and the care provided to the elderly in Intensive Care Units. 
Method: this is a descriptive bibliographical study, of integrative review type, with search of articles 
published between the years 2007 to 2017 in the LILACS database and SciELO and VHL Libraries. Descriptive 
statistics was used in the analysis, by means of frequencies and percentages. Results: a total of 19 
publications were selected. The elderly were more susceptible to infections, especially respiratory infections 
in the Intensive Care Units, increased stress and anxiety, stroke and acute renal injury, thus becoming more 
subject to safety incidents as a result of the time of hospitalization. There was a gap in the discussion of 
nursing care for the elderly hospitalized in these units, since few nursing publications emphasized this issue. 
Conclusion: the complications in the elderly in the Intensive Care Unit were related to complications of 
chronic conditions, such as infections, stress, anxiety, stroke and acute renal injury. This review showed that 
the intensive care provided to the elderly is still little discussed in the national scientific literature. 
Descriptors: Elderly; Intensive Care Units; Hospitalization; Intensive Care; Nursing; Review. 
RESUMEN 
Objetivo: analizar las intercurrencias clínicas y los cuidados prestados a ancianos en Unidades de Terapia 
Intensiva. Método: se trata de estudio bibliográfico, descriptivo, tipo revisión integradora con búsqueda de 
artículos publicados entre los años de 2007 a 2017, en la base de datos LILACS y Bibliotecas SciELO y BVS. Se 
utilizó en el proceso de análisis estadístico descriptivo por medio de frecuencias y percentajes. Resultados: 
se seleccionaron 19 publicaciones. Se presentaron los ancianos más susceptibles a las infecciones, 
principalmente respiratoria en las Unidades de Terapia Intensiva, aumento do estrés y ansiedad, accidente 
vascular encefálico y lesión renal aguda, siendo así, se tornan más sujetos a incidentes de seguridad, en 
decurrencia del tiempo de internación más prolongado. Se observó una laguna en la discusión de los cuidados 
de enfermería a los ancianos internados en esas unidades, ya que pocas publicaciones de enfermería 
enfatizaron el tema. Conclusión: se relacionaron a las intercurrencias del anciano en Unidad de Terapia 
Intensiva a las complicaciones de condiciones crónicas, tales como infecciones, estrés, ansiedad, accidente 
vascular encefálico y lesión renal aguda. Se demostró por esta revisió que los cuidados intensivos prestados al 
anciano aún son poco discutidos en la literatura científica nacional. Descriptores: Anciano; Unidades de 
Terapia Intensiva; Hospitalización; Cuidados Intensivos; Enfermería; Revisión. 
1Doutora, Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Piauí/UFPI. Teresina (PI), Brasil. E-mail: 
ana.mrsantos@gmail.com ORCID ID: http://orcid.org/0000-0002-5825-5335; 2Doutora, Programa de Pós-graduação em Saúde da Família, 
Centro Universitário UNINOVAFAPI. Teresina (PI), Brasil. E-mail: camila@uninovafapi.edu.br ORCID ID: http://orcid.org/0000-0003-4843-
4572; 3Mestra, Centro Universitário UNINOVAFAPI. Teresina (PI), Brasil. E-mail: sarai.c@hotmail.com ORCID ID: http://orcid.org/0000-
0001-5803-2898; 4Mestra, Centro Universitário UNINOVAFAPI. Teresina (PI), Brasil. E-mail: fceciliavr@hotmail.com ORCID ID: 
http://orcid.org/0000-0002-0837-6032; 5Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem, Centro Universitário UNINOVAFAPI. Teresina (PI), 
Brasil. E-mail: sayonnaramaia@hotmail.com ORCID ID: http://orcid.org/0000-0003-4836-2417; 6Aluna do Curso de Graduação em 
Enfermagem, Centro Universitário UNINOVAFAPI. Teresina (PI), Brasil. E-mail: leidianansf@hotmail.com ORCID ID: http://orcid.org/0000-
0001-5912-9763; 7Mestre, aluno do Curso de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Piauí/UFPI. 
Teresina (PI), Brasil. E-mail: guilherme_mourasa@hotmail.com ORCID ID: http://orcid.org/0000-0003-3283-2656 
ARTIGO REVISÃO INTEGRATIVA 
Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(11):3110-24, nov., 2018 3111 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i11a234531p3110-3124-2018 
 
 
Trata-se o envelhecimento populacional de 
um fenômeno mundial que decorre de avanços 
técnicos e científicos, principalmente na área 
da saúde, como também de mudanças 
culturais e melhorias nas condições de vida, 
tais como a redução da taxa de fecundidade, 
queda da mortalidade infantil e geral, maior 
expectativa de vida, hábitos alimentares mais 
saudáveis e maior cuidado com a saúde. 
Observa-se no Brasil que esse processo de 
envelhecimento tem ocorrido de forma 
acelerada devido à significativa redução da 
taxa de fecundidade e ao aumento da 
longevidade. Estima-se que em 2050 o número 
de brasileiros com mais de 60 anos ampliará 
de 24 milhões para 66 milhões.¹ 
Ressalta-se que, embora o processo de 
envelhecimento não se relacione diretamente 
a doenças e incapacidades, as condições 
crônico-degenerativas têm acontecido de 
forma frequente entre os idosos e se destaca 
um número crescente de pessoas que, com a 
longevidade, têm apresentado mais problemas 
crônicos de saúde.2 
Observa-se, portanto, que tais condições 
abrangem tanto as Doenças Crônicas Não 
Transmissíveis (DCNTs) quanto as doenças que 
podem ser transmitidas e que se tornam 
crônicas, como também os distúrbiosmentais 
de longo prazo e as deficiências físicas. Torna-
se, assim, uma população vulnerável a agravos 
com pontos comuns, como a persistência e 
necessidade de cuidados permanentes, que 
exigem mudanças no estilo de vida e 
gerenciamento da saúde.³ 
Percebe-se, assim, que as DCNTs se 
apresentam como a principal carga de doença 
no país e classificam-se em quatro grupos: 
doenças cardiovasculares, câncer, doenças 
respiratórias crônicas e o diabetes. 
Constituem-se as DCNT como o problema de 
saúde de maior magnitude no Brasil e, 
segundo dados do Global Burden of Disease 
Study 2015, correspondem a cerca de 75% das 
causas de morte.4 
Compreende-se, então, que o processo de 
envelhecimento pode provocar mudanças em 
alguns indicadores em saúde e verifica-se, 
além da diminuição das taxas de mortalidade, 
o aumento da morbidade com o aparecimento 
de DCNTs, as quais em situação de 
agravamento podem levar os idosos a 
internações em Unidades de Terapia Intensiva 
(UTI). Relaciona-se, dessa forma, tais 
situações, com a maior vulnerabilidade e 
fragilidade dos idosos, uma vez que 
geralmente essas pessoas têm a capacidade 
de adaptação fisiológica diminuída.⁵ 
Entende-se, nesse sentido, que o trabalho 
do enfermeiro em uma UTI caracteriza-se por 
atividades assistenciais e gerenciais 
complexas, as quais exigem competência 
técnica e científica, cuja tomada de decisões 
e adoção de condutas seguras encontram-se 
diretamente relacionadas à vida e à morte das 
pessoas.6 
Aceita-se, dessa forma, que os 
profissionais que prestam cuidados nessas 
unidades conheçam as intercorrências clínicas 
do idoso assistido para que possam, assim, 
prestar um cuidado de enfermagem de alta 
complexidade adequado e seguro a essa 
população. 
 
• Analisar as intercorrências clínicas e os 
cuidados prestados a idosos em Unidades de 
Terapia Intensiva. 
 
Trata-se de estudo bibliográfico, 
descritivo, tipo revisão integrativa, que seguiu 
as seguintes etapas: 1) definição da hipótese 
ou questão de pesquisa; 2) delineamento dos 
critérios de inclusão e exclusão; 3) definição 
das informações a serem selecionadas da 
amostra; 4) avaliação dos estudos inclusos na 
amostra; 5) interpretação dos resultados; 6) 
apresentação dos resultados.⁷ 
Definiu-se a seguinte questão de pesquisa: 
quais as intercorrências clínicas e os cuidados 
relatados nas publicações nacionais acerca de 
idosos internados em Unidades de Terapia 
Intensiva? 
Definiram-se como critérios de inclusão 
artigos originais, na íntegra, no idioma 
português e publicados entre os anos de 2007 
a 2017. Excluíram-se teses, dissertações, 
capítulos de livro e trabalhos que não 
respondiam à questão de pesquisa. Artigos 
duplicados nas bases de dados foram 
considerados apenas uma vez. 
Realizou-se busca por pares de forma 
independente nos meses de julho, agosto e 
setembro de 2017, na base de dados da 
Literatura Latino-Americana e do Caribe em 
Ciências da Saúde (LILACS) e bibliotecas 
SciELO e BVS. Utilizaram-se os seguintes 
descritores disponíveis nos Descritores em 
Ciências da Saúde (DeCS): “Unidades de 
Terapia Intensiva”, “Hospitalização”, 
“Cuidados Intensivos” e “Idosos”, cruzados 
entre si por meio do marcador booleano AND. 
Identificaram-se, durante a busca, 282 
artigos na LILACS, 15 na SciELO e 8 na BVS, 
totalizando 305 artigos (Figura 1). Não se 
identificaram estudos duplicados. Efetuou-se 
INTRODUÇÃO 
OBJETIVO 
MÉTODO 
Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
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a seleção, considerando-se, primeiramente, 
como potencialmente elegíveis, os trabalhos 
cujos títulos e resumos trouxeram como 
participantes as pessoas com 60 anos ou mais 
e estudos que foram desenvolvidos em UTI. 
Obteve-se após essa etapa um quantitativo 
de 45 estudos que tiveram seus textos lidos na 
íntegra. Excluíram-se, destes, 26 por não 
terem respondido à questão do estudo. 
Chegou-se, dessa forma, à amostra final de 19 
artigos, conforme é apresentado na Figura 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Fluxograma da seleção dos estudos segundo o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and 
Meta-Analyses (PRISMA 2009). Teresina (PI), Brasil, 2018. 
 
Realizou-se a extração das informações 
após a seleção dos estudos. Utilizou-se um 
formulário para essa etapa, elaborado pelos 
autores do estudo, subdividido em duas 
partes: a) dados da publicação (base de 
dados, nome dos autores, local do estudo, 
periódico, ano de publicação, delineamento 
metodológico, nível de evidência, resultados e 
conclusões); b) informações sobre o estudo 
(perfil do idoso participante da pesquisa, 
intercorrências clínicas, cuidados prestados ao 
idoso e conclusões do estudo). 
Avaliou-se o nível de evidência segundo a 
classificação: nível I – metanálise de múltiplos 
estudos controlados; nível II – estudo 
individual com delineamento experimental; 
nível III - estudo com delineamento quase-
experimental, como estudo sem randomização 
com grupo único pré e pós-teste, séries 
temporais ou caso-controle; nível IV - estudo 
com delineamento não experimental, como 
pesquisa descritiva correlacional e qualitativa 
ou estudos de caso; nível V - relatório de 
casos ou dado obtido de forma sistemática, de 
qualidade verificável ou dados de avaliação de 
programas; nível VI - opinião de autoridades 
respeitáveis baseada na competência clínica 
ou opinião de comitês de especialistas, 
incluindo interpretações de informações não 
baseadas em pesquisas.8 
Aplicou-se aos estudos incluídos o 
instrumento Critical Appraisal Skills 
Programme (CASP) 
(http://library.kent.ac.uk/library/info/subjec
t/healthinfo/atapprais.shtml) para avaliação 
da sua qualidade. Esse instrumento é 
Registros identificados por meio de pesquisas 
nas bases de dados (n= 282) 
Registros após eliminar os estudos duplicados 
(n=305) 
Estudos excluídos 
(n= 260) 
Estudos selecionados 
para leitura na 
íntegra (n= 305) 
 
Estudos completos 
avaliados para 
elegibilidade (n= 45) 
Estudos 
completos 
excluídos 
(n= 26) 
ID
E
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Estudos incluídos 
em síntese 
qualitativa (n= 19) 
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Estudos incluídos 
em síntese 
quantitativa (n= 19) 
Registros identificados por meio de pesquisas 
em outras fontes de dados (n=23) 
Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
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composto por 10 itens pontuáveis (máximo 10 
pontos) e abrange: 1) objetivo do estudo; 2) 
adequação do desenho metodológico à 
questão de estudo; 3) justificativa dos 
procedimentos metodológicos; 4) critérios de 
seleção da amostra; 5) detalhamento da 
coleta de dados; 6) relação entre pesquisador 
e pesquisados; 7) considerações sobre 
aspectos éticos; 8) rigor na análise dos dados; 
9) propriedade na apresentação e discussão 
dos resultados;10) valor da pesquisa: nota de 
contribuições, limitações e necessidades de 
novas pesquisas. 
Classificaram-se os estudos em duas 
categorias de acordo com a pontuação obtida: 
A) 6 a 10 pontos – estudos de boa qualidade 
metodológica e viés reduzido; B) no mínimo 5 
pontos – estudos com qualidade metodológica 
satisfatória, mas com risco de viés 
aumentado. 
Realizou-se análise estatística descritiva 
por meio da apresentação de frequências e 
percentuais da síntese quantitativa. Analisou-
se os dados extraídos e construiu-se a síntese 
final na forma descritiva. 
 
Apresenta-se, na Figura 2, a síntese dos 
estudos incluídos na revisão e se observa que 
os estudos incluídos na amostra foram 
publicados entre os anos de 2006 a 2017. 
Encontraram-se publicações em 13 periódicos 
diferentes e destaca-se o Jornal Brasileiro de 
Pneumologia, que publicou 3 artigos (15,8%). 
Nota-se que, em relação à localização 
geográfica de realização dos estudos, 
destacou-se a região Sudeste, com 8 pesquisas 
(42,1%), seguida pelo Sul, com 5 (26,3%). 
Observa-se que na região Norte não se 
identificou nenhum trabalho sobre a temática. 
Observou-se predominância dos estudos 
quantitativos, sendo estes 18 (94,7%), tendo 
apenas 1 investigação com abordagem 
qualitativa (5,3%). Em relação ao tipo de 
estudo, 7 (36,8%) foram descritivos, 7 (36,8%) 
coortes, 3 (15,8%) longitudinais e 1 (5,3%) 
ensaio clínico randomizado. 
Constatou-se que, ao avaliar a qualidade 
dos estudos, todos as pesquisas incluídas 
obtiveram conceito A e, assim, classificaram-
se como pesquisas de boa qualidade 
metodológica e com viés reduzido. 
RESULTADOS 
Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(11):3110-24, nov., 2018 3114 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i11a234531p3110-3124-2018 
 
Base/Autor/Local/Periódico/Ano Delineamento/Amostra Resultados/Conclusões Nível de 
Evidência 
Qualidade 
do estudo 
SciELO/Feijó CAR etal./Fortaleza/ Revista 
Brasileira de Terapia Intensiva/20069 
Descritivo Retrospectivo/ 130 
pacientes 
 
As principais disfunções foram cardiovasculares e respiratórias. O declínio súbito de 
órgão/função ocorre quase sempre devido a doenças agudas, e não por causa da 
idade. 
VI A 
LILACS / Latado AL et al./ Salvador/ Arquivos 
Brasileiros de Cardiologia / 200610 
Coorte prospectiva/ 299 
pacientes 
 
Doença arterial coronariana foi a causa principal da falência cardíaca (49%). Pacientes 
com insuficiência cardíaca descompensada apresentam letalidade hospitalar elevada. 
IV A 
BVS ENF / Ciampone JT et al. / São Paulo / 
Acta Paulista de Enfermagem / 200611 
Coorte prospectiva/ 50 idosos 
 
Verificou-se que 84,0% tinham doença crônica preexistente. Observaram-se 
necessidades semelhantes de cuidados e demanda de trabalho de enfermagem em 
pacientes idosos e não idosos internados na UTI. 
IV A 
LILACS / Myata DF et al. / Maringá / Ciência, 
Cuidado e Saúde / 200712 
Retrospectivo/ 117 pacientes 
 
Foram a óbito 71,6% dos idosos com idade acima de 70 anos, principalmente por 
patologias do sistema cardiorrespiratório. O aumento da idade e o uso de 
medicamentos foram associados com um mau prognóstico. 
VI A 
SciELO / Stein FC et al. / São Paulo / Revista 
Brasileira de Terapia Intensiva / 200913 
Prospectivo/ 199 pacientes 
 
A assistência a pacientes idosos na UTI requer novos modelos prognósticos para 
corrigir erros e melhorar o desempenho do atendimento. 
VI A 
LILACS / Caldeira VMH et al. / São Paulo / 
Revista da Associação Médica Brasileira 
/201014 
 
Coorte prospectivo/359 idosos 
 
A recusa do paciente na UTI ocorre devido à presença de morbidade, idade e ao 
escore prognóstico de disfunção orgânica, apresentando taxa elevada de prioridade 
parece ser mais eficiente na triagem de pacientes que terão maiores benefícios do 
suporte de terapia intensiva. 
IV A 
LILACS / Schein LEC; Cezar JA / Rio Grande / 
Revista Brasileira de Epidemiologia / 201015 
 
Descritivo transversal/213 
idosos 
 
Dos 213 idosos hospitalizados 88% foram à consulta médica nos últimos seis meses e 
56% hospitalizados nos últimos 12 meses; metade deles chegou à UTI inconsciente, por 
problemas clínicos oriundos da enfermaria do próprio hospital; 147 foram submetidos 
à ventilação mecânica; e 45%, do grupo total evoluiu para óbito. 
VI A 
LILACS / Teixeira C et al. / Porto Alegre / 
Jornal Brasileiro de Pneumologia /201116 
Coorte prospectiva/213 idosos 
 
Os idosos acompanhados apresentaram mortalidade elevada nos primeiros dois anos. 
No entanto, preservaram a capacidade de realizar seu autocuidado mesmo com 
redução do estado funcional. 
IV A 
LILACS / Juncal VR et al. /São Paulo /Jornal 
Brasileiro de Pneumologia /201117 
Longitudinal/144 pacientes 
 
Houve associações estatisticamente significantes entre o diagnóstico de sepse e as 
variáveis: escore do APACHE II, mortalidade na UTI e hospitalar, FC, pressão arterial 
média, contagem de leucócitos, hematócrito e uso de antibiótico. Os pacientes com 
sepse tiveram piores desfechos. O hematócrito foi a única variável capaz de predizer 
o risco de morte. 
VI A 
LILACS / Veiga EP; Gomes L; Melo GF / Brasília 
/ Revista Kairós / 201318 
Descritivo transversal/40 
pacientes 
 
A intensidade dos fatores estressantes foi maior na percepção dos idosos. Diante 
disso, o profissional de saúde deve repensar suas ações para garantir a dignidade do 
ser humano, incluindo o ambiente no qual o cuidado é prestado. 
VI A 
LILACS / Guedes LPCM et al. / Brasília / 
Einstein / 201319 
Descritivo transversal/355 
idosos 
 
Dos pacientes internados no período, 23,2% foram a óbito, apresentaram PaO2 em 
média 62,9% acima do ideal, FiO2 em média 54,2% acima do que se deveria ser 
ofertado, além de uma troca gasosa 21,2% abaixo do que seria ideal. 
VI A 
Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(11):3110-24, nov., 2018 3115 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i11a234531p3110-3124-2018 
 
LILACS / Naue WS et al. / Porto Alegre / 
Jornal Brasileiro de Pneumologia / 201420 
Ensaio clínico randomizado 
cruzado/34 idosos 
 
O grupo intervenção apresentou uma maior mediana da quantidade de secreção 
aspirada, maior aumento da variação da média do volume corrente expirado e maior 
aumento da variação da média da complacência dinâmica. 
II A 
LILACS /Palomba H et al. /São Paulo / Einstein 
/ 201521 
Coorte retrospectiva/848 
pacientes 
 
Pacientes idosos apresentaram maior escore APACHE II 22 (18-28) versus 19 (15-24). 
Não se observaram diferenças na mortalidade hospitalar, embora o tempo de 
internação tenha sido maior nos idosos. A ressuscitação de idosos com sepse grave ou 
choque séptico não se associou ao aumento dessa mortalidade. 
IV A 
LILACS / Leite MT et al. / Rio Grande do Sul / 
Estudos Interdisciplinares sobre o 
Envelhecimento / 201522 
Qualitativa/seis idosos e oito 
familiares 
 
Elaborou-se duas categorias: unidade de terapia intensiva como espaço desconhecido 
e necessário para manter a vida e orientações da equipe de saúde que contribuam 
para enfrentar a internação em UTI. Discutir os aspectos relativos à hospitalização de 
idosos contribui para qualificar a assistência de enfermagem nessas unidades. 
VI A 
LILACS / Pereira BJ et al. / São Paulo / Revista 
da Sociedade Brasileira de Clínica Médica / 
201623 
Prospectivoobservacional/ 98 
idosos 
 
Observaram-se lesão renal aguda em 35 (35,7%) pacientes e 24 (68,57%) necessitaram 
de diálise. A mortalidade nos com lesão renal aguda foi 46% vs 11% dos sem lesão 
renal aguda. A lesão renal aguda apresentou alta mortalidade em idosos submetidos à 
cirurgia eletiva com risco pré-operatório elevado. 
VI A 
BVS ENF / Toffoleto MC et al. / São Paulo / 
Revista Brasileira de Enfermagem / 201624 
Coorte retrospectivo/315 
idosos 
 
Predominou o evento tipo processo clínico e procedimento (37,1%), com associação 
entre evento adverso e permanência na UTI. A identificação dos eventos e fatores 
associados subsidiam a prevenção das ocorrências devido à vulnerabilidade dessa faixa 
etária. 
IV A 
SciELO / Pedrosa IL; Freire DMC; Schneider RH 
/ João Pessoa / Revista Brasileira de Geriatria 
e Gerontologia / 201725 
Coorte prospectivo/205 idosos 
 
Por existir uma demanda crescente de internação do idoso nas UTI, a proposta de 
construção do instrumento para avaliar o risco de prognóstico desse idoso, além de 
ser inovadora, está voltada para atender à necessidade da realidade nas UTIs 
brasileiras. 
IV A 
SciELO / Barcelos RA; Tavares DMS / Minas 
Gerais / Acta Paulista de Enfermagem /201726 
Retrospectivo/109 idosos 
 
O tempo de permanência, sexo, faixa etária e reinternação associaram-se ao aumento 
de incidente sem danos e eventos adversos. 
VI A 
SciELO / Sousa AFL et al. / Nordeste / Revista 
Brasileira de Enfermagem /201727 
Transversal/ 308 idosos O desfecho clínico de idosos que adquirem infecção na Unidade de Terapia Intensiva é 
influenciado por variáveis sociodemográficos e clínicas, com maior impacto naqueles 
com idade Igual ou superior a 80 que apresentam maior taxa de óbito. 
VI A 
Figura 2. Síntese dos estudos incluídos na revisão. Teresina (PI), Brasil, 2018. 
 
Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(11):3110-24, nov., 2018 3116 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i11a234531p3110-3124-2018 
 
Apresenta-se, na Figura 3, o perfil dos 
idosos internados nas Unidades de Terapia 
Intensiva, incluídos nas publicações 
estudadas, e o tempo de internação nessas 
unidades. Eram, em sua maioria, idosos mais 
jovens, do sexo masculino, com média de 
idade variando de 60 a 75,4 anos. Observou-
se que, em relação ao tempo de internação 
na UTI, o tempo médio variou de 1 a 41 dias. 
Nota-se que, quanto às intercorrências 
clínicas e os cuidados prestados aos idosos 
internados nas UTIs, dos 19 estudos 
selecionados, 15 descrevem as intercorrências 
que acometem os idosos ao longo de sua 
estadia nesses serviços e 12 apresentaram os 
cuidados prestados a esses pacientes. 
Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(11):3110-24, nov., 2018 3117 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i11a234531p3110-3124-2018 
 
Perfil dos idosos em UTI/ 
Tempo de internação 
Intercorrência Cuidados 
Média de idade de 72,2 anos, variação entre 60 e 93 anos, do sexo feminino. 
Maior prevalência de pacientes na faixa entre 65 e 74 anos. 
Tempo de internação: 8,2 ± 7,6 dias.9 
Infecções relacionadas à deficiência imunológica e 
comorbidades. 
 
Estudo não abordou cuidados. 
 
Idosos de sexo masculino (54%) com idade média de 69 anos. 
Não apresentou o tempo de internação.10 
Embolia pulmonar em 15%, sepse em 5,7% e AVE em 4% 
dos casos. Insuficiência renal aguda em 42% dos 
pacientes. 
Estudo não abordou cuidados. 
 
Distribuição igual em relação ao sexo, ambos com 50,0%. A média de idade foi 
de 70 anos. Pacientes com idade igual ou maior que 60 anos constituíram a 
maioria (66,0%). 
Tempo de internação: média de 1 a 5 dias.11 
Não relatou intercorrências. 
 
Observação à beira do leito, medicações, higiene de 
rotina, cuidado com as vias aéreas artificiais, mudança de 
decúbito e investigações laboratoriais. 
A faixa etária de 70 a 79 anos representou 40%. A média de idade foi 74,7 anos. 
Não houve diferença significativa entre os sexos. 
Tempo de internação: 60 a 69 anos - 14,4 dias; 70 a 79 anos - 18,9 dias; ≥80 
anos - 13,1dias.12 
Complicações cardiorrespiratórias. 
 
Estudo não abordou cuidados. 
 
A média de idade foi 75,4 anos, sendo 58,8% do sexo feminino. 
Tempo de internação: média de quatro dias.13 
Não relatou intercorrências. 
 
Monitorização hiperglicemia e ventilação mecânica. 
A idade média foi de 66 anos, sendo 52,6% do sexo feminino. 
Tempo de internação: entre 4,2 e 28,8 dias.14 
Sepse e disfunções orgânicas e sistêmicas. 
 
Estudo não abordou cuidados. 
 
Idosos do sexo masculino, brancos, média de 73 anos de idade; 50% casados; 
17% não eram alfabetizados e os demais possuíam, em média, 4,6 anos de 
escolaridade. 
Tempo de internação: 8,5 dias em média.15 
Não relatou intercorrências. 
 
Reposição volêmica, ventilação mecânica, drogas 
vasoativas. 
 
Dos idosos, 66,4% eram do sexo masculino, com média de idade de 74 anos. 
Tempo de internação: 5 a 18 dias em média.16 
Infecção respiratória - 60%; Choque séptico - 31,8%; 
Suporte ventilatório - 82%; Suporte dialítico - 19,6%. 
Estudo não abordou cuidados. 
 
Dos idosos, 55,2% eram do sexo masculino, a média de idade foi de 73,1 anos. 
No grupo não séptico, 36,3% eram do sexo masculino, média de idade de 68,7 
anos. 
Tempo de internação: média de 9,3 ± 10,1 dias.17 
Infecções respiratória, urinária, sanguínea e abdominal. 
 
Antibioticoterapia/corticoideterapia, drogas vasoativas e 
ventilação mecânica. 
 
Dentre os 20 idosos participantes do estudo, a idade média foi de 67,8 anos, 
50% do sexo masculino. 
Tempo de internação: entre 48 e ≤ 145 horas de internação.18 
Aumento dos níveis de estresse. 
 
Analgesia, sedação e ansiolíticos para controlar a dor e a 
ansiedade. 
 
Dos pacientes internados, 61,5% tinham 60 anos ou mais. A média de idade foi 
de 62,83 anos, com máxima de 101 anos e mínima de 13, sendo 177 do sexo 
masculino. 
Tempo de internação: média de 11,15 dias.19 
Pulmonares, circulatórias cirúrgicas, renais, 
neurológicas, metabólicas gastrointestinais e o câncer. 
 
Estudo não abordou cuidados. 
 
Idosos do sexo masculino, com idade de 64,2 anos. Aumento do VCE após a compressão torácica associada Aspiração das secreções. 
Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
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.
Não apresentou o tempo de internação.20 à hiperinflação. 
A média de idade dos idosos foi de 80 anos, maioria do sexo masculino (56,2%). 
Tempo de internação: média de 15 dias.21 
Infecções do trato respiratório e intra-abdominal. 
 
Uso de vasopressores e ventilação mecânica. 
 
Idosos em unidade clínica após período de hospitalização na UTI. 
Não apresentou o tempo de internação.22 
Ansiedade, preocupação, angústia, desespero, dor, 
tristeza, impotência e mágoa. 
Estudo não abordou cuidados. 
 
Idosos com média de idade de 70,7 anos, 57,1% do sexo masculino e 88,8% 
estavam em pós-operatório de cirurgia eletiva. 
Tempo de internação: mais de 24 horas.23 
Lesão renal aguda, diálise, hipotensão, choque 
hipovolêmico, PCR, broncoespasmo, aspiração 
brônquica. 
Acompanhamento nefrológico, diálise. 
 
Dos idosos,60,6% eram homens com média de idade de 70,7 anos. 
Tempo de internação: média de 6,72 dias.24 
Eventos adversos (processo clínico /procedimento, 
acidentes com o paciente, infecção associada à 
atenção à saúde, administração clínica medicação 
/fluidos, gestão da organização. 
Avaliação criteriosa do paciente idoso sobre o momento 
adequado para alta e controle de EA. 
 
A média de idade foi 74,6 anos, sendo o mais jovem com 60 anos e o mais 
idoso com 96 anos de idade. 
Tempo de internação: de 1 a 126 dias, com média de 11 dias.25 
Não relatou intercorrências. 
 
Permanecer alerta em relação à monitorização cardíaca e 
controle da glicemia. 
 
Dos idosos investigados, 52,8% eram do sexo masculino, com predomínio da 
faixa etária de 60 a 69 anos (44,4%). 
Tempo de internação: mediana de quatro dias, variação de 1 a 103 dias.26 
Processo e procedimento clínicos, infecção relacionada 
à assistência. 
 
Investigação de evento adverso. 
Estudo registrou prevalência de mulheres (181/58,8%), média de idade de 71 
anos, com idade máxima de 97 anos. 
Tempo de internação: 41 dias ou mais.27 
Infecções respiratórias, do trato urinário, de corrente 
sanguínea e sítio cirúrgico. 
 
Identificar fatores de risco clínico, que podem interferir 
na diminuição de procedimentos invasivos e epidemiologia 
da infecção nas UTIs. 
Figura 3. Perfil do idoso, tempo de internação, intercorrências e cuidados. Teresina (PI), Brasil, 2018 
Santos AMR dos, Almeida CAPL, Cardoso SB et al. Intercorrências e cuidados a idosos em... 
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Mostra-se, nesta revisão, que os estudos 
selecionados se tratavam, em sua maioria, de 
pesquisas observacionais. Acredita-se que o 
destaque dado a esse delineamento decorre 
dos aspectos relativos ao fenômeno em 
estudo, constatando-se que a abordagem 
quantitativa responde mais adequadamente às 
questões que inquietam os pesquisadores que 
investigam essa área. No entanto, necessita-se 
de investimentos nos estudos de abordagem 
qualitativa, uma vez que a análise da 
subjetividade pode auxiliar na compreensão 
de questões que permeiam o cuidado crítico e 
complexo e a convivência constante com 
intercorrências. 
Concentraram-se as pesquisas desta 
revisão, sobretudo, nas regiões Sudeste e Sul. 
Nota-se que o maior quantitativo de pesquisas 
realizadas nessas regiões decorre, 
principalmente, do pioneirismo na oferta de 
cursos strictu sensu, que sustentam a 
iniciativa à pesquisa, além dessas regiões 
concentrarem os maiores e mais 
especializados serviços de terapia intensiva do 
país. Diante da relevância da prática baseada 
em evidências científicas para respaldar a 
assistência qualificada e da necessidade dos 
estudos abordarem as particularidades de 
cada região, aponta-se a necessidade de 
estudos nas demais regiões, especialmente na 
região Norte, que não teve nenhum estudo 
incluído. 
Percebeu-se, a respeito dos idosos 
participantes dos estudos, por meio da análise 
da média das idades, que eram, na sua 
maioria, idosos mais jovens (60 a 79 anos). 
Observa-se um número crescente de pacientes 
idosos graves que necessitam de cuidados 
intensivos e, dado o alto custo desses 
cuidados, faz-se necessário avaliar os fatores 
relacionados à sua evolução. Justifica-se, 
assim, a preocupação com o amparo logístico 
ao idoso em situação crítica, como também o 
gerenciamento econômico e a efetividade 
desse suporte à população idosa.9 No entanto, 
embora o envelhecimento por si seja um fator 
de risco para mortalidade em longo prazo, 
esse risco aumenta com o número de 
comorbidades, a baixa função cognitiva e a 
dificuldade para realizar atividades 
rotineiras.13 
Identificou-se, entretanto, em estudo que 
objetivou conhecer o perfil de pacientes 
idosos internados nas UTIs de um município do 
Rio Grande do Sul, que, em geral, quanto 
maior a idade, menor o tempo de 
permanência e maior a ocorrência de óbito. 
Isso em decorrência, geralmente, da 
gravidade da doença, da existência de 
comorbidades, assim como do mau estado 
geral e redução da capacidade de recuperação 
do idoso.15 
Evidenciou-se, em estudo realizado em 
João Pessoa/PB, que os idosos com idade igual 
ou superior a 80 anos possuem 1,42 mais 
chances de evoluir para óbito do que um idoso 
que se encontra em uma faixa etária menor. 
Adverte-se que a idade, isoladamente, não se 
relaciona ao pior prognóstico, mas outros 
fatores associados, como gravidade da doença 
aguda, comorbidades e estado funcional, 
podem ser responsáveis pelos piores 
prognósticos. 25 
Observou-se, a respeito do sexo, a 
predominância dos homens nas internações 
em UTI. 10,15-18-21,23-24,26 Verificou-se em estudo 
longitudinal sobre as características clínicas, 
laboratoriais e o desfecho clínico de pacientes 
sépticos e não sépticos admitidos em UTI que 
o sexo masculino foi mais associado à 
admissão por sepse nesse serviço. Destacou-se 
nessa pesquisa que as diferenças hormonais 
entre os sexos, assim como níveis mais 
elevados de mediadores anti-inflamatórios nas 
mulheres, podem ser causas das incidências 
maiores de sepse e piores desfechos no sexo 
masculino. Constatou-se, ainda, que o valor 
do hematócrito foi o único marcador 
laboratorial que se relacionou ao pior 
prognóstico em pacientes sépticos.17 
Infere-se, portanto, que essa 
predominância de internação entre os homens 
seja decorrente da resistência masculina em 
procurar atendimento médico tanto por 
questões culturais como por falta de 
condições devido ao tipo das atividades 
profissionais por eles desenvolvidas. Verifica-
se, nesse sentido, que a baixa procura por 
serviços de saúde entre homens pode 
favorecer a sua internação em UTIs em razão 
do aparecimento de complicações de doenças 
crônicas, por vezes não diagnosticadas. 
Contrapondo-se a isso, as mulheres mantêm-
se mais estáveis, em relação às suas condições 
clínicas, por procurarem mais os serviços de 
saúde.26 Percebe-se, assim, que os homens 
têm uma maior frequência de internação 
nessas unidades, uma vez que utilizam com 
menor frequência os serviços de atenção 
primária e secundária de saúde.25 
Considera-se, nesse contexto, de suma 
importância a implementação das linhas de 
ação da Política Nacional de Atenção Integral 
à Saúde do Homem por reconhecer que os 
agravos do sexo masculino constituem 
verdadeiros problemas de saúde pública e 
possibilitam, assim, que estratégias e ações 
planejadas para esse público possam reduzir 
DISCUSSÃO 
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os índices de morbimortalidade por causas 
preveníeis nessa população a fim de que seja 
possível, dessa forma, a melhoria da 
expectativa de vida com qualidade. 
Revela-se que, em relação às 
intercorrências clínicas nos idosos internados 
em UTI, os estudos destacaram as 
exacerbações das condições crônicas, como 
complicações cardiopulmonares e 
neurológicas, manifestadas por meio de 
infecções, acidente vascular encefálico, lesão 
renal aguda, hipotensão, choque, ansiedade, 
aumento do estresse e suscetibilidade a 
incidente sem danos e evento adverso.Constatou-se, em investigação 
retrospectiva realizada no Paraná, que entre 
os idosos há aumento do número de infecções 
adquiridas durante a internação na UTI, além 
do aumento de complicações relacionadas à 
estadia nesse ambiente, sugerindo que esses 
fatores podem desencadear o óbito desses 
pacientes.12 
Acerca da elevada mortalidade observada 
entre idosos na UTI, um estudo aponta para a 
associação de diferentes fatores, além da 
idade avançada, a existência de estados 
mórbidos preexistentes, a doença atual e a 
gravidade clínica, considerando-se ainda as 
admissões de pacientes fora de possibilidades 
terapêuticas nessas unidades.11 
Identificou-se, em estudo de coorte 
prospectivo desenvolvido no Rio Grande do 
Sul, que cerca de 60% dos pacientes 
internados desenvolveram infecção 
respiratória durante a internação na UTI, 
31,8% evoluíram com choque séptico, 
aproximadamente 82% necessitaram de 
suporte ventilatório e 19,6% de suporte 
dialítico.16 
Observou-se, em pesquisa transversal 
realizada no Distrito Federal, que o estresse 
percebido na UTI teve média geral mais 
elevada entre os idosos, principalmente entre 
os 20% que utilizavam psicotrópicos. 
Identificou-se, ainda, os principais fatores 
causadores de estresse dos idosos, nesses 
ambientes: a existência de máquinas 
estranhas em seu entorno, perceber pressa na 
enfermeira, assim como a equipe de 
enfermagem demonstrar estar mais atenta aos 
equipamentos que ao paciente, ser examinado 
constantemente por médicos e enfermeiros, 
uso de termos incompreensíveis pela equipe, 
ser acordado pela enfermagem e não receber 
explicações sobre o tratamento.18 Constata-
se, desse modo, a importância de profissionais 
qualificados na UTI com vistas a um cuidado 
mais humanizado. 
Verificou-se, ao analisar os parâmetros de 
troca gasosa previstos e encontrados em 
idosos ventilados mecanicamente, que dentre 
as intercorrências mais prevalentes a 
insuficiência respiratória aguda, pneumonia e 
acidente vascular encefálico foram as mais 
encontradas. Destaca-se que a alta 
prevalência de insuficiência respiratória 
requer a necessidade de maiores estudos a 
respeito da adequação das frações inspiradas 
de oxigênio, visto que a insuficiência 
respiratória aguda evolui quase sempre para a 
ventilação mecânica, consequentemente, para 
a administração de oxigênio suplementar que, 
se mal administrado, pode gerar efeitos 
tóxicos.19 
Constatou-se, em estudo que objetivou 
compreender as vivências do processo de 
hospitalização em uma UTI, na voz de idosos e 
seus familiares, que a maior angústia se refere 
à falta de informação sobre o estado de saúde 
dos idosos hospitalizados e recomenda-se o 
investimento na formação profissional para as 
áreas de geriatria e gerontologia, o que 
poderá contribuir para aumentar a qualidade 
da assistência prestada a essa população.22 
Verificou-se, em pesquisa clínica realizada 
em São Paulo, que, dos pacientes que estavam 
em pós-operatório de cirurgia eletiva, 35,7% 
desenvolveram lesão renal aguda. Concluiu-
se, assim, que essa intercorrência se associou 
à alta mortalidade nos idosos submetidos à 
cirurgia eletiva com risco pré-operatório 
elevado e doença renal crônica prévia, sendo 
importante a identificação precoce desses 
fatores de risco e da lesão renal aguda nesses 
pacientes.23 
Identificaram-se, em estudo de coorte 
retrospectivo, realizado em nove UTIs de 
especialidades em São Paulo, os fatores 
relacionados à ocorrência de eventos adversos 
em pacientes idosos internados em UTI e se 
constatou que tais intercorrências foram 
moderadas e graves, relacionadas a processo 
clínico/procedimentos que corresponderam a 
37,1%, seguidos de acidentes com o paciente 
(31,1%) e infecção associada à atenção de 
saúde (25,5%), com recomendação da 
identificação desses eventos e fatores 
associados no idoso para subsidiar a prevenção 
dessas ocorrências diante das vulnerabilidades 
dessa faixa etária.24 
Investigou-se em uma UTI de um hospital 
público do interior de Minas Gerais os fatores 
demográficos e clínicos associados aos 
incidentes de segurança (IS) entre idosos em 
terapia intensiva, e os resultados indicaram 
maior prevalência de incidente sem danos 
(ISD) de documentação que correspondeu a 
88,1% e evento adverso (EA) de 
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processo/procedimento que representou 
77,4%. Sugeriu-se, para a prática clínica, a 
busca por estratégias para redução de ISD de 
documentação e EA de 
processo/procedimento, uma vez que, dentre 
os tipos de IS, estes foram prioritários e 
podem acarretar graves consequências aos 
pacientes.26 
Observou-se, em estudo transversal, 
realizado em UTI de um hospital público de 
referência na região Nordeste do Brasil, que o 
desfecho clínico de idosos que adquiriram 
infecção nessas unidades é influenciado pelas 
variáveis sociodemográficas e clínicas, 
principalmente entre os idosos mais velhos, 
entre os quais se percebe maior taxa de 
óbito.27 
Atenta-se, entre os estudos incluídos nesta 
revisão, para as relações com o tempo de 
permanência dos idosos na UTI evidenciado 
em um estudo. Identificou-se uma variação de 
1 a 41 dias. Destaca-se que, para os pacientes 
idosos, quanto maior a permanência nessas 
unidades, maior o número de complicações 
adquiridas, o que pode desencadear o óbito 
desses pacientes, relacionado à presença de 
infecção na admissão e à contração de 
infecção na UTI. Portanto, a maior 
mortalidade em idosos nessas unidades pode 
vir a ser decorrente da presença de doenças 
graves, e não da idade.12 
Apresenta-se, assim, que, nos idosos 
internados em UTI, as alterações das variáveis 
morfológicas e fisiológicas devem ser 
consideradas, visto que repercutem nas 
diversas funções orgânicas, com destaque 
para a imunidade, o que os torna mais 
vulneráveis a infecções, podendo causar um 
prolongamento da internação, o uso de 
procedimentos invasivos e aumento de gastos 
com o tratamento, aumentando também as 
chances de óbito. 27 
Destaca-se que o tempo de permanência do 
idoso acima de seis dias na UTI se apresentou 
como um risco para desfecho desfavorável, 
considerando-se essa variável como um fator 
de risco de pior prognóstico entre idosos em 
UTI.25 
Verificou-se em um estudo prospectivo 
desenvolvido durante cinco meses na UTI geral 
de um hospital terciário que os principais 
fatores de risco associados à morte no idoso 
estão relacionados à própria idade avançada, 
à avaliação das atividades diárias, à glicemia 
elevada e à necessidade de ventilação 
mecânica invasiva na admissão nessa 
unidade.13 
Observou-se, com relação ao tempo de 
permanência na UTI, que quanto mais dias, 
maiores as chances de ocorrência de eventos 
adversos, visto que cada dia de permanência 
aumenta a chance de um paciente sofrer EA 
em 10,0%. Recomenda-se, dessa forma, que os 
idosos sejam avaliados acerca do melhor 
momento para a alta da UTI, com 
permanência nessa unidade apenas o tempo 
mínimo necessário, como prevenção para a 
ocorrência de evento adverso, a diminuição 
dos custos e impacto sobre os familiares.24 
Revela-se que, acerca dos cuidados de 
enfermagem aos idosos internados em UTI, 
apenas seis artigosdiscutiram a 
temática.13,15,22,24,26-27 Verificou-se que, ao 
comparar as necessidades de cuidados de 
enfermagem de pacientes idosos e não idosos 
em UTI segundo o Nursing Activities Score 
(NAS), 100,0% dos pacientes receberam 
cuidados à beira do leito e observação 
contínua ou ativa por quatro horas ou mais em 
algum plantão, tais como medicação e 
procedimentos de higiene de rotina, 
realização de tarefas administrativas e 
gerenciais de rotina que exigiram menos de 
duas horas (99,7%), suporte respiratório, 
suporte e cuidados aos familiares e pacientes 
por cerca de uma hora (99,4%, cada um), 
seguidos da medida quantitativa do débito 
urinário (88,8%) e cuidados com drenos 
(87,3%).11 
Observou-se, em um estudo sobre os 
fatores de risco de idosos em UTI, que a 
hiperglicemia e uso de ventilação mecânica 
representaram agravantes nesses pacientes, o 
que orienta para a monitorização contínua 
para a reversibilidade o mais rápido possível.13 
Sugere-se, em estudo transversal 
desenvolvido no Rio Grande do Sul com 213 
idosos, que as UTIs tenham esses pacientes 
como uma população com necessidades 
diferenciadas e que assim sejam tratados, 
sendo elaborados critérios de admissão a 
partir da gravidade dos casos visando reduzir a 
superlotação dessa unidade, garantindo esse 
cuidado àqueles que de fato dele necessitam. 
Orienta-se, ainda, a motivação das equipes da 
Estratégia Saúde da Família a fim de que 
possam identificar os idosos em risco de 
hospitalização e realizar monitoramento 
periódico dos seus estados de saúde, assim 
como promover a integração entre os 
diferentes níveis de atenção em saúde, com o 
objetivo de acompanhar aqueles idosos que 
receberam alta das UTI. Estimula-se, além 
disso, o cuidado em âmbito domiciliar, 
inclusive a internação domiciliar, com 
identificação das famílias que demonstram 
capacidade e interesse nesse cuidado e, por 
fim, a realização de pesquisas que 
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possibilitem conhecer melhor o idoso a fim de 
melhorar sua sobrevida.15 
Obteve-se, dentre as publicações 
selecionadas, dois artigos que trouxeram as 
questões relativas à ocorrência de eventos 
adversos em pacientes idosos internados em 
UTI, na busca de solucionar problemas 
relativos à assistência em saúde. Assim, 
percebe-se a contribuição para uma prática 
mais assertiva, com destaque para os fatores 
associados à infecção hospitalar em idosos na 
UTI que precisam ser identificados e tratados 
precocemente por influenciarem na sua 
estadia nesse ambiente e em seu desfecho 
clÍnico.24,26 
Enfatiza-se, dessa forma, que uma atenção 
pré-operatória sistematizada com 
identificação dos fatores de risco pode 
interferir diretamente na diminuição de 
procedimentos invasivos e na epidemiologia 
da infecção nas UTIs. Evidencia-se, em estudo 
brasileiro, que, no Brasil, existe uma lacuna 
de pesquisas em relação à infecção hospitalar 
envolvendo os idosos mais velhos.27 
 Verifica-se, assim, que a vulnerabilidade 
do idoso é incontestável, decorrente da 
redução da capacidade fisiológica comum 
nessa faixa etária, como também do aumento 
das doenças crônicas não transmissíveis, as 
quais podem conduzir ao agravamento do 
quadro clínico. 
Destaca-se, nesse sentido, a importância da 
participação efetiva da enfermagem no 
cuidado aos idosos, tanto na atenção básica, 
por meio de ações de promoção e de 
prevenção a saúde, quanto no atendimento 
pré-hospitalar e intrahospitalar aos idosos, 
com atenção especial à situação da doença 
preexistente e observação dos fatores que 
possam acometer o surgimento de 
intercorrências. 
Verificou-se que poucos estudos discutem 
os cuidados de enfermagem prestados a esses 
pacientes nessas unidades, o que leva à 
existência de uma lacuna nas publicações 
sobre a temática, ao constatar que alguns 
artigos descrevem as intercorrências, porém 
não discutem cuidados indicados ou 
implementados, comprometendo o processo 
de cuidar, objeto principal do trabalho de 
enfermagem. 
Ressalta-se como limitações deste estudo a 
inclusão somente da produção da literatura 
brasileira, na língua portuguesa, que pode não 
retratar a realidade de outros países. 
 
 
 
 
Percebe-se que as alterações próprias do 
envelhecimento, acrescidas do agravamento 
de condições clínicas decorrentes das doenças 
crônicas não transmissíveis, têm levado, cada 
vez mais, idosos a serem internados em UTIs, 
sendo em sua maioria idosos mais jovens, do 
sexo masculino. Tornam-se os idosos nessas 
unidades mais suscetíveis às infecções, 
principalmente a infecção respiratória, 
aumento do estresse e ansiedade, acidente 
vascular encefálico e lesão renal aguda, com 
maior vulnerabilidade a incidentes de 
segurança, em decorrência do tempo de 
internação mais prolongado nessas unidades. 
Apontam-se lacunas na produção de 
pesquisas que tragam a investigação das 
intercorrências e dos cuidados de 
enfermagem ao idoso internado em UTI, 
sobretudo em estados da região Norte do 
Brasil. Alerta-se, ainda, para a produção de 
estudos com outros delineamentos 
metodológicos que contribuam para a 
robustez da pesquisa e para a prática 
profissional. Torna-se necessário, ademais, 
que os enfermeiros, como integrantes da 
equipe multidisciplinar e por prestarem 
cuidados diretos ao paciente idoso crítico, 
invistam na discussão dos cuidados a esse 
público para que, assim, norteiem outros 
profissionais e promovam avanço na dimensão 
científica da enfermagem. 
 
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Submissão: 15/01/2018 
Aceito: 23/09/2018 
Publicado: 01/11/2018 
Correspondência 
Guilherme Guarino de Moura Sá 
Universidade Federal do Piauí, Colégio 
Técnico de Bom Jesus 
Rodovia Municipal Bom Jesus 
Bairro Planalto Horizonte 
CEP: 64900-000 − Bom Jesus (PI), Brasil

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