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ficha de gnosiologia

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Universidade Eduardo Mondlane
Faculdade de Filosofia
Nito Luis
Ficha de leitura de Gnoseologia
Dogmatismo vem do grego dogma, doutrina estabelecida) defendem a possibilidade e a realidade do contacto entre sujeito e objecto são pura e simplesmente pressupostas. É auto evidente que o sujeito apreende seu objecto, que a consciência cognoscente apreende aquilo que esta diante dela. O facto de que para o dogmatismo, o conhecimento não chega a ser um problema, repousa sobre uma visão errónea da essência do conhecimento. O contacto entre sujeito objecto não pode parecer questionável se não se vê que o conhecimento é essencialmente, uma relação entre sujeito e objecto. Ao contrario, acredita que os objectos de conhecimentos nos são dados como tais, e não pela função mediadora do conhecimento.
Enquanto o dogmatismo encarra a possibilidade de contacto entre sujeito objecto como autoevidente, o céptico a contesta para o cepticismo, o sujeito não seria capaz de apreender o objecto. O conhecimento como apreensão efectiva do objecto seria ele impossível. Por isso, não podemos fazer juízo algum; ao contrário, devemos nos abster de toda e qualquer formulação de juízos.
Enquanto o dogmatismo de um certo modo desconsidera o sujeito, o ceticismo não enxerga o objecto. Seu olhar está colado de modo tao unilateral ao sujeito, a função cognoscente que desconhece por completo a referencia ao objecto.
Com o dogmatismo, o ceticismo também pode estar associado, também a possibilidade do conhecimento em geral.
Tipos de ceticismo
-Ceticismo logico- também chamado de ceticismo absoluto ou radical;
-Ceticismo Metafisico- também chamado de Positivo que surge com Comte, advoga a possibilidade do conhecimento do supra sensível.
Podes se falar também de dois grandes ceticismos que são:
Ceticismo Metódico- é aquele que está relacionado com o método, consiste em por em dúvida tudo que aparece como certo e verdadeiro a consciência natural, eliminando toda a invalidade e atingindo um conhecimento absolutamente seguro. 
Ceticismo sistemático- foi fundado sobretudo na antiguidade, seu fundador é Pirro de Elis, segundo ele, não ocorre contacto entre o sujeito e o objecto. A compreensão do objecto é a verdade a consciência cognoscente. Não há conhecimento de juízos contraditórios, é exactamente tao verdadeiro quanto ao outro. 
Isso apresenta uma negação de leis lógicas do pensamento, em parcial do principio de contradição como não há juízo ou conhecimento verdadeiro Pirro recomenda a suspensão do Juízo a que chama de epokhé.
É inerente ressaltar o ceticismo da nova academia- o chamado ceticismo radical ou ceticismo medio. De Arcesilau e Carneadas, segundo eles é impossível um conhecimento no sentido estrito. Sendo assim não devo mais dizer que este ou aquela proposição é verdadeira, mais sim, que parece ser verossímil. Portanto não há certeza no sentido estrito, mas apenas verossilhança. Este ceticismo medio distingue-se do antigo exactamente por estabelecer a possibilidade de se chegar a uma opinião de verossímil. O ceticismo de verossimilhança pressupõe de uma verdade verossímil é aquilo que se aproxima as verdades.
O ceticismo mais recente, cujos principais representantes são Enesidemo e Sexto Empírico. Envereda novamente pelo caminho do ceticismo pirrónico. O ceticismo também pode ser encontrado na filosofia moderna. O que encontramos porém é um ceticismo mais específico e não aquele outro radical e absoluto. Daremos o exemplo de Montaigne- ocupa-se com o ceticismo ético, Hume ceticismo metafisico; em Descartes, que proclama os direitos da dúvida metódica, temos um ceticismo metódico e não de princípio.
O ceticismo radical ou absoluto é auto destruidor, porque ele afirma que o conhecimento é impossível. Com isso porém, ele expressa um conhecimento coo sendo de facto possível, mas ao mesmo tempo afirma que ele é impossível. O ceticismo padece assim auto contradição. 
Por um lado portanto, a impossibilidade do conhecimento será afirmada pelo cético e, por outro, será posta em dúvida.	
No debate gnosiológico o conhecimento ocorre na medida que nos admitimos a existência de condições objectivas, ao objecto do conhecimento. 
Condições objectivas- são condições que as conhecemos o objecto, e elas deixam-se conhecer. Mas elas são as únicas é preciso haver condições objectivas e subjectiva para que haja o conhecimento. 
O dogmatismo enquanto corrente filosófica que levanta o debate gnosiológico entende que na relação sujeito-objecto, o sujeito cognoscente tem condições de aceder a um conhecimento, infalível, indubitável e universal.
O dogmatismo entende que na relação sujeito-objecto o sujeito acede um conhecimento objectivo e absoluto.
O ceticismo defende a impossibilidade do sujeito aceder a um conhecimento absoluto, o sujeito não tem condição efectiva de afirmar a veracidade absoluta de uma proposição. É isso que Pirro chama de Epoké (suspensão do juízo).
Pergunta: os extremos se tocam, muitas vezes o dogmatismo se transforma no seu contrário. Ou vale dizer que o ceticismo pode se considerar dogmático. (HESSEN; 31: 2000).
O dogmatismo coloca o privilégio em relação o conhecimento, nas condições objectivas, para ter o objecto do conhecimento pleno.
No dogmatismo, o sujeito na relação com objecto, tem condições de aceder o conhecimento, e que esse conhecimento é infalível, verdadeiro e universal, enquanto, o ceticismo ao fazer uma reflexão critica ao dogmatismo, defendendo a impossibilidade do conhecimento afirma concomitantemente a possibilidade do conhecimento (infalível, universal, e indubitável), duvidando por isso todo conhecimento, já é uma forma do conhecimento, é por isso que o ceticismo chega a ser visto como uma forma do dogmatismo.
Ou
Enquanto o dogmatismo prevê na relação sujeito-objecto, o sujeito tem condições de chegar a um conhecimento verdadeiro infalível, e o ceticismo aparece defendendo a impossibilidade do sujeito aceder a este tipo de conhecimento, mas porém pela mesma constatação, o ceticismo defende a impossibilidade do conhecimento absoluto, indubitável, e universal enquanto duvidável. Entretanto pela possibilidade da dúvida enquanto cético em se tornar a faculdade de conhecimento indubitável, já é uma forma do conhecimento, é por isso que o ceticismo chega a ser visto como uma forma do dogmatismo.
Ou ainda 
O ceticismo a priore esclarece que o sujeito não pode chegar a nenhum conhecimento indubitável, infalível, universal e verdadeiro do sujeito, esclarece um conhecimento universal, mas pela via da dúvida, neste duvidar o conhecimento universal é uma forma de aceitar a possibilidade do conhecimento.
O poder do ceticismo esta na categoria de adquir o conhecimento através do dogmatismo, mas não do conhecimento como tal. Porque o ceticismo entende a dimensão que existe entre o conhecimento universal, infalível e indubitável, se é que existe, então o sujeito não tem condições de conhecer o objecto chegar a este conhecimento universal, indubitável e infalível.
Mas a partir da duvida, ou é sobre a duvida, no que tange ao conhecimento, este chega admitir a possibilidade de chegar ao conhecimento, então o ceticismo admite a verdadeira constatação a possibilidade do conhecimento, então é uma forma de conhecimento.

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