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AMALGAMA CLASSE I CLASSE II

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Dentística - Aula Amágama
Preparo e Restauração de Cavidades de Classe I e II em amálgama
Amálgama – tem excelentes propriedades e é bem indicado para restauração em dentes posteriores, especialmente cavidades classe I e II desde que exigências do material sejam respeitadas e que o remanescente dentário tenha características para a utilização do amálgama.
Amálgama: nome dado para toda liga metálica em que um dos componentes seja o mercúrio. O mercúrio, em condições normais de pressão e temperatura está no estado líquido, sendo capaz de amalgamar-se ou misturar-se com outros metais ou ligas metálicas sem necessidade de fusão desses outros metais. 
Triturando a liga metálica de prata, estanho, cobre e zinco com o mercúrio consegue-se uma massa plástica que é capaz de ser condensada/compactada no interior de uma cavidade com características adequadas preparadas pelo cirurgião dentista. Após se cristalizar ou endurecer, o material devolve forma e função à estrutura dentária comprometida.
Com o advento dos materiais dentários adesivos e seu aprimoramento permitiu-se a obtenção de restaurações mais conservadoras, que conservam a estrutura dentária sadia e ajudam na confecção de restaurações mais estéticas. Apesar disso, o amálgama continua sendo um material com propriedades bem satisfatórias e bem indicado para dentes posteriores.
- Propriedades satisfatórias do amálgama que permitem indicá-lo para dentes posteriores: elevada resistência à compressão, ao desgaste, alto módulo de elasticidade (funções importantes em uma área em que incidem grandes de forças mastigatórias), alto vedamento marginal (só o amálgama é capaz de depositar seus produtos bacteriostáticos na interface dente e restauração, assim consegue-se o alto vedamento marginal – interessante para pacientes com alto risco de desenvolvimento de cárie), longevidade (o estudo do comportamento clínico do material tem muitos anos), baixo custo, considerado um material que oferece menor sensibilidade à técnica (comparando-o às restaurações adesivas – é necessário uma interação muito íntima dos materiais adesivos com as paredes cavitárias/o substrato dentário para que exista uma relação entre eles e para que eles permaneçam retidos no interior dos preparos cavitários. No amálgama, isso acontece macro-mecanicamente, logo, ele não tem uma sensibilidade de técnica muito grande, não é preciso inserir incrementos porque ele não sofre contração de polimerização ).
OBS: Resina composta tem material orgânico, que serve como substrato para o metabolismo do biofilme, logo não é bem indicada para pacientes com propensão à cárie dentária.
- Diferentes ligas para amálgama disponíveis: variam pouco (menos que as resinas compostas e os cimentos ionoméricos), mas podem ser diferentes entre si em função do conteúdo de cobre (existem as ligas convencionais e as com alto teor de cobre – as com alto teor de cobre tem propriedades mais favoráveis, porque diminuem a formação da fase gama 2 ou nem formam a fase gama 2 já que o cobre que é adicionado reage com a fase gama 2 que é a menos resistente do amálgama e isso melhora as propriedades, diminui a capacidade de corrosão, melhora o comportamento marginal da restauração. Atualmente, utiliza-se mais as com alto teor de cobre). Quanto às formas das partículas, elas podem ser limalhas, esferoidais ou mistas.
-Classificação das ligas para amálgama:
Conteúdo do cobre: convencional ou com alto teor de cobre.
Forma das partículas: limalhas, esferoidais ou mistas.
Tamanho das partículas: grossa, média, fina, microfina.
As limalhas exigem uma grande quantidade de mercúrio, porque o espaço entre elas é muito grande, então o mercúrio prejudica o comportamento do amálgama. As esferoidais, apesar de precisar de menor quantidade de mercúrio, não oferecem uma resistência inicial à condensação, então ao condensar ela escoa. Quando se mistura limalhas com partículas esferoidais, a quantidade de mercúrio diminui em relação às limalhas, mas não há tanta dificuldade de condensar quando só se usa as partículas esferoidais, então as mistas apresentam vantagem em relação as outras duas.
Partículas: variam de 15 à 35 micrômetros, que vai de microfina à grossa. Mais interessantes: intermediárias, porque tanto as muito grossas quanto as muito finas exigem maior quantidade de mercúrio para trituração.
Ligas com alto teor de cobre
Eutético: capaz de diminuir a formação ou evitar a formação da fase gama 2, e forma-se nesse caso a fase ETA, que é mais resistente do que a fase gama 2 e com isso há maior resistência à corrosão, à fratura marginal e melhor integridade da superfície.
Quanto ao tamanho das partículas, quanto menor, melhores as características para se manipular e mais lisa a superfície da restauração. Mas se for muito fina ou muito grossa é necessário uma maior quantidade de mercúrio para realizar a trituração.
Sequência Operatória
Procedimentos pré-operatórios: fazer anaminese do paciente, radiografia, teste de vitalidade pulpar (exame clínico).
Profilaxia: permitir o mínimo de contaminação possível, com pedra pomes e água.
Verificação dos contatos oclusais e anestesia: o limite dente-restauração não pode ter contato com o antagonista, o contato oclusal deve ser em estrutura dentária ou no material restaurador.
A verificação é feita antes para determinar se a forma de contorno vai ficar aquém ou além dos contatos.
Acesso à cavidade (forma de contorno): determinar a área de superfície do dente que vai ser incluído no preparo cavitário, para acessar a lesão recoberta pelo esmalte.
Para amálgama utilizar ponta diamantada cilíndrica 1090/1091 para configuração das paredes cavitárias.
Deve-se englobar todo o tecido cariado da superfície a ser restaurada , com base no padrão de progressão da lesão em cicatrículas e fissuras ou em superfície lisa 
Lesão em sulcos e fissuras: progressão em forma de dois cones sobrepostos pela base na junção amelodentinária(devido à organização dos prismas de esmalte e dos túbulos dentinários) e devido a isso a lesão é mais profunda do que extensa.
Lesão em superfície lisa: progressão em forma de dois cones sobrepostos entre ápice e base na junção amelodentinária, a lesão geralmente é mais extensa do que profunda.
Remover a dentina infectada e afetada, pode deixar a afetada no fundo da lesão.
Esmalte friável deve ser removido e aquele sem suporte dentinário apoiado sobre material adesivo de base.
-Localização da margem gengival: deve ser supra-gengival preferencialmente.
Acabamento da parede gengival com o recortador de margem gengival e assim promover um ligeiro afastamento em relação ao dente vizinho.
Preservar estrutura de reforço do dente, como: pontes de cúspides, vertentes de cúspides, ponte de esmalte e cristas marginais. Se houver o mínimo 1mm de tecido hígido entre as lesões, preparo cavitário separado.
Isolamento do campo operatório: diminui o comprometimento do órgão pulpar, diminui a contaminação e etc.
Preparo cavitário: é o tratamento biomecânico da lesão de cárie e de outras lesões de tecidos duros dentários, de forma que as estruturas remanescentes possam receber uma restauração que as proteja, seja resistente e previna a reincidência de novas lesões.
->Forma de resistência: permite que tanto o dente quanto a restauração resistam aos esforços que sobre os mesmo incidem, evitando-se as fraturas.
Dependendo da extensão e largura da cavidade é indicado ou não o amálgama. Se for muito larga, indicar o material que apresente módulo de elasticidade próximo do dente, pois as cúspides vão estar fragilizadas (não indicar amálgama, pois tem alto módulo de elasticidade).
Preservando sempre dentina sadia e estruturas de reforço do dente.
Profundidade mínima de 1,5 a 2mm para amálgama ser resistente.
- Paredes circundantes: paralelas entre si (56) ou ligeiramente convergentes para oclusal (245) e sempre plana, se a cavidade for mais profunda do que ampla com paredes planas ela vai ser auto retentiva, podendo ser paralelas entre si ou ligeiramenteconvergentes.
- Paredes pulpar e gengival: planas e perpendiculares ao longo eixo do dente.
- Parede axial: plana e ligeiramente inclinada (expulsiva) no sentido gengivo-oclusal.
- Ângulos diedros do primeiro grupo de axiopulpar arredondados (graças a ponta diamantada cilíndrica) e diedros do segundo grupo retos (56) ou arredondados (245) (ponta diamantada ou cone invertida).
- Abertura vestíbulo-lingual: até ¼ da distância intercuspídea.
- Ângulo cavo-superficial: 70°, se for maior que 70° o esmalte remanescente fica frágil podendo fraturar, se for muito menor que 70° o amálgama fica fino podendo fraturar.
-Curva reversa de hollemback: após contornar a cúspide quando chegar na proximal tem que fazer uma curva reversa, impedindo que o amálgama fique fino (geralmente feito na vestibular dos dentes posteriores), pois forma 90° com a superfície do dente. 
-> Forma de retenção: torna a cavidade capaz de reter a restauração, evitando seu descolamento. Autorretenção: profundidade maior que a abertura vestíbulo-lingual em associação à paredes circundantes paralelas entre si ou paralelas ligeiramente convergentes para oclusal.
- Retenções associadas: quando há paredes paralelas, porém a cavidade não é muito profunda. Cavidades menos profundas que largas: ângulos diedros, vestíbulo-pulpar e línguo-pulpar com a broca cone-invertida 33 ½ de extremo arredondamento. Cavidades classe II: ângulo áxio-vestibular e áxio-lingual em direção a vestibular e lingual, fazendo a retenção em forma de sulco com a broca tronco cônica 699 ou esférica.
- Instrumento utilizado para o preparo cavitário patra amálgama: broca cilíndrica (56) para originar paredes paralelas entre si ou cone invertida de extremo arredondado (245) para paredes ligeiramente convergentes para oclusal.
- Para acessar lesão classe II (em proximal): extende a caixa oclusal para proximal até romper o contato.
- Parede gengival; plana e paralela com a pulpar, trabalhar na axial sem trabalhar com a gengival.
- A retenção adicional não pode passar a cavo superficial.
-Classe I composta (face ocluso/palatina): parede mesial, distal, parede gengival e axial. A parede gengival é ligeiramente inclinada, devido à região expulsiva do dente. Fazer retenções adicionais no axio-mesial e axio-distal em direção às paredes mesial e distal.
-> Forma de conveniência: tornam possível a instrumentação adequada do preparo cavitário e a inserção do material restaurador. Ex: isolamento, cunha, matriz, pontos de contato.
-> Remoção da dentina cariada remanescente: usar broca esférica sempre, a maior que couber na cavidade ou colher de dentina.
Usar material de base se ficar socavado a cavidade.
->Acabamento das paredes cavitárias:refinamento das paredes, remoção dos prismas de esmalte sem suporte e preparo adequado de ângulo cavo superficial, proporcionando a melhor relação interfacial possível entre o material restaurador e a estrutura dentária.
Instrumento: enxada para paredes de fundo ( pulpar e axial), machado para paredes circundantes e recortador de margem gengival para o acabamento da margem gengival.
Ângulo cavo superficial nítido e sem bisel em 70°.
->Limpeza da cavidade
Remoção de partículas remanescentes do preparo cavitário, possibilitando a colocação do material restaurador em uma cavidade limpa.
O amálgama não exige remoção da smear layer, já que não se adere (não se liga química ou micromecanicamente à estrutura dentária).
Proteção do Complexo dentino-pulpar: a proteção vai depender da profundidade da cavidade. Se a cavidade for profunda vai ter mais túbulos dentinários expostos .
-Para cavidades de amálgama não muito profundas: materiais que selam a embocadura dos túbulos dentinários. Usa-se verniz à base de copal (impede a pigmentação da dentina por óxidos produzidos por amálgama, impede o choque térmico que pode acontecer).
O material adesivo não é solúvel, não sobrando espaços para deposição dos óxidos do amálgama, impedindo o autovedamento marginal.
Instalação de matriz e cunha: para cavidades classe II (substituindo o espaço interproximal).
Na oclusal, a matriz deve passar aproximadamente 1,5 mm da crista marginal.
Trituração: manualmente ou no triturador.
Amálgama submisturado: aparência fosca e granulosa, superfície rugosa, restauração mecanicamente fraca.
Amálgama sobremisturado: parece pastosa, adere à porção interna da cápsula.
Inserção: inserir de encontro com as paredes cavitárias, classe II inserido nas caixas proximais em direção às retenções adicionais.
Condensação: massa (?) densa possível, começa a condensação na classe II, na caixa proximal e na classe I composta na caixa palatina, com excesso sobre o ângulo cavo superficial.
Condensadores: começa pelo menor até o maior.
Brunidor pré-escultura: movimento intenso contra as paredes para aflorar mercúrio.
Vantagens: melhorar a adaptação do amálgama, distribuir melhor as partículas, reduzir a porosidade interna da restauração, reduzir a quantidade de mercúrio presente na restauração e retarda a formação da fase gama 2, permite que se esboce a escultura desejada.
Escultura: instrumento de corte (hollemback).
Começa por vertente externa da crista marginal com a ponta do explorador .
Depois, a escultura da caixa oclusal.
A escultura não pode ser profunda .
Remoção do conjunto matriz e cunha após cristalização do amálgama em direção à lingual (primeiro cunha, segundo porta matriz, terceiro matriz).
Brunidura pós-escultura: obtenção de uma superfície mais lisa (movimentos suaves), facilitar os procedimentos de acabamento e polimento, reduzir a quantidade de mercúrio residual na superfície e margem da restauração, aumenta a dureza das margens, reduz a porosidade e a corrosão, diminui a possibilidade de infiltração marginal.
Acabamento e polimento: feito após 24h.
Instrumentos: brocas multilaminadas específicas para amálgama, geralmente em forma de pêra para vertentes de cúspides, em forma de chama para faces lisas e tira de lixa na proximal se houver excesso.
Instrumentos para polimento: (brocas?) abrasivas (granulação decrescente) ou pastas abrasivas.

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