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resumo - Aula 6 a 10


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Aula 6 – Tipologia Textual e Gêneros Textuais – Parte 2
Conto e crônica são textos que trazem os mesmos elementos (personagens, acontecimentos, local, tempo), mas que pertencem a gêneros textuais diferentes. Por isso, particularizam-se por alguns detalhes.
Ex.: 
Conto : “A cartomante” – No conto de Machado de Assis, podemos contextualizar a situação apresentada, pois o autor apresenta elementos que possibilitam que o leitor constitua a cena: os personagens (como se posicionam, os objetivos de cada um, os gestos e etc.), o local e o tempo.
Conto : “O vulto na janela” - Reconhecemos o conteúdo como um conto, uma narrativa, porque localizamos personagens, fatos, local e tempo. Esses elementos nos remetem a um contexto tal que podemos refazer mentalmente o cenário da história e construirmos o entendimento ou não do que estamos lendo. O entendimento não será bom se não pudermos refazer mentalmente essa história, Outro aspecto, até curioso, é o fato de podermos contar esta história em qualquer época. O tempo de ocorrência já estará inscrito na narrativa, não é preciso se recorrer a um tempo real. Você deve estar se perguntando se não se pode construir contos com fatos reais. Sim, claro que isso é possível! Porém o conto, como tem a função fundamental de contar uma história que poderá ser situada num tempo específico, vai criar uma realidade. Por isso é possível o leitor poder contar a história em qualquer época, porque ela tem contexto próprio.
Crônica: “Almoço de domingo” - O texto “Almoço de Domingo”, por ser uma crônica, conta fatos do cotidiano, fatos reais: necessita que o tempo, as personagens e o local sejam esclarecidos, porque não traz um contexto pronto. Logo, precisa do contexto da situação, exatamente por lidar com fatos do cotidiano. As crônicas também apresentam outro aspecto, como o de analisar, comentar, argumentar, criticar determinadas situações. Assim, um grande propósito do texto da crônica é aproveitar o fato para fazer comentários e até apresentar aspectos divertidos da situação.
Crônica: “A outra noite” - Podemos observar que, na crônica de Rubem Braga, não há um contexto que possa esclarecer o leitor sobre a situação retratada. Assim, o autor apresenta os personagens e os fatos de maneira que sejam facilmente identificados. Os elementos do texto são apresentados de forma clara, a fim de que o leitor não tenha dificuldades em contextualizar a situação apresentada. texto apresenta uma situação cotidiana. A narrativa é informal e a linguagem utilizada é coloquial.
Como vimos, os gêneros textuais surgem em decorrência da necessidade que o homem tem de se comunicar de acordo com as circunstâncias em que se encontra. Assim, ele não pode levar apenas em consideração a modalidade linguística, deve adequar o seu texto ao receptor, ao conteúdo de sua mensagem, ao objetivo que pretende alcançar e mesmo ao veículo que servirá de canal de comunicação.
Se o meio é a música, ao elaborar a mensagem, o autor empregará recursos como ritmo, rima, refrão, entre outros, para transmitir suas ideias ou sentimentos.
Conto Pode ser recontado com o passar do tempo, não é preciso recorrer a um tempo real. Pode lidar com valores sociais, então podemos tecer opinião. Fatos da imaginação ou reais.
Crônica Lida com o tempo e com o contexto diferente da forma que o conto lida. Apresenta conteúdo humorístico. Pode fazer juízo de valor também. A crônica lida com fatos reais, somente.
Artigo Científico Estrutura; Resumo do trabalho; Introdução; Desenvolvimento; Conclusão; Bibliografia; Com clareza, concisão, impessoalidade.
Petição Pedido (olhar slides)
Paráfrase Escrever com outras palavras (as próprias) as principais ideias de outro autor, de outro texto; Características acadêmicas. Ex.: De acordo com fulano, ...
Resumo Extrai as principais ideias de um texto, é fiel ao conteúdo original e também ao ordenamento do assunto, não se emite opinião no texto do resumo. O resumo é elaborado com as próprias ideias de quem o está organizando. Só faz quem entendeu o texto. Sem emitir opinião, valores.
Resenha – É uma espécie de resumo em que são emitidos julgamentos, comentários (resenha crítica); Deve emitir opinião.
Paródia Uma forma cômica de se remeter a um outro texto;
AULA 7
1) Definir os diversos tipos de parágrafo e suas devidas aplicações;
2) Aprender a fazer paráfrase;
3) Usar as técnicas de resumo em textos.
Você sabe o que é parágrafo?
Parágrafos são as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica. Essas unidades são chamadas de tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o complementam. A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e acompanhe como foram desenvolvidas em seus diferentes estágios.
Veja os tipos mais comuns de tópicos frasais que auxiliam na hora de iniciar um parágrafo:
Declaração inicial 
O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação.
Definição
Trata-se de um bom recurso didático. Define-se algo quando se delimita o seu significado dentro de um campo semântico.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos dissertativos/informativos.
Exemplo: O jornal é um meio de comunicação periódico constituído por notícias, reportagens, crônicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público.
Divisão 
O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu desenvolvimento.
Serve para vários tipos de texto.
Exemplo: As informações tomam dois caminhos para atingir o receptor: o jornal impresso e a televisão.
Interrogação 
O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, mediante uma pergunta.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos.
Exemplo: O crescente uso da internet provocará o fim do jornal impresso?
Alusão/Citação
O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. 
Serve para vários tipos de texto.
Exemplo: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, tomar leite tem como resultado morte certa.
Coesão sequencial e a relação com o sentido
O parágrafo não se limita ao tópico, não é mesmo? 
E o texto que se segue ao tópico no espaço do parágrafo chama-se desenvolvimento. Que, de fato, é o desenvolvimento da ideia introduzida no tópico.
A seguir, apresentamos alguns deles para que você se inspire na elaboração de seus textos e para que fique mais atento, sendo capaz de produzir inferências, deduções, quando estiver lendo e produzindo sentidos com suas leituras.
Explanação da declaração inicial: O autor esclarece a afirmação ou negação que fez no tópico.
Enumeração de detalhes: Trata-se de um tipo de desenvolvimento muito específico, pois é bastante comum em parágrafos descritivos. Nesse sentido, há uma preocupação em apresentar detalhes da afirmação que foi feita, de maneira mais genérica, no tópico.
Comparação: Há quem faça distinção entre ANALOGIA e CONTRASTE, distinguindo as formas de comparação. Assim, a analogia seria uma comparação entre semelhantes, enquanto o contraste se configuraria pela aproximação de termos acentuando suas diferenças. Para facilitar, trataremos apenas de Analogia.
Causa e consequência: Esse desenvolvimento apresenta uma relação de causas para a declaração feita no tópico ou dela decorrentes. Em outros casos, pode apresentar as consequências ou até mesmo as causas e consequências juntas.
Como fazer uma paráfrase?
Como vimos, para produzir uma paráfrase é preciso seguir as ideias do texto original, reproduzindo-as de outra maneira, de formaresumida ou mesmo ampliando o texto. Vamos ver agora algumas dicas que o ajudarão na hora de elaborar uma paráfrase:
Definir o objetivo: Primeiramente, você deve definir o objetivo da paráfrase. Por que você precisa reescrever o texto? Para adequá-lo a novos leitores ou meio de comunicação? Para modernizá-lo? Para utilizá-lo em um trabalho acadêmico? Essa análise vai ajudá-lo a decidir qual será a linguagem utilizada na paráfrase. 
Fazer uma leitura cuidadosa: Você deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta, destacando e fazendo anotações, e, a partir daí, decidir se vai apenas reafirmar a ideia apresentada com suas palavras ou se será necessário esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes.
Não distorcer a mensagem: Embora você vá redigir a paráfrase com suas palavras e estilo próprio, deve seguir passos do texto original sem omitir informações que permitam aos seus leitores uma interpretação fiel do texto estudado. Tomando sempre muito cuidado para não distorcer a mensagem.
Unir ideias afins: Embora você vá redigir a paráfrase com suas palavras e estilo próprio, deve seguir passos do texto original sem omitir informações que permitam aos seus leitores uma interpretação fiel do texto estudado. Tomando sempre muito cuidado para não distorcer a mensagem.
Substituir as palavras rebuscadas: Consulte o dicionário e substitua as palavras menos usadas, ou muito rebuscadas, por palavras que sejam de conhecimento do público geral, tentando, obviamente, se preocupar com a precisão vocabular.
Reler o seu texto final: Redija o texto buscando a síntese das ideias e a clareza. Preocupe-se com a pontuação, a coesão e coerência. Não faça comentários ou dê sua opinião. Depois, releia a paráfrase para encontrar possíveis erros e corrija-os.
Resumo
Resumo, diferente da paráfrase que estudamos agora, é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. Significa reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três elementos:
Cada uma das partes essenciais do texto;
A progressão em que elas acontecem;
A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes.
Quem resume deve exprimir somente o que é essencial no texto, por isso, assim como a paráfrase, não podemos fazer comentários ou julgamentos.
Muitas pessoas julgam que resumir é produzir frases ou partes do texto original, construindo uma espécie de “colagem”. Porém, isso não é um resumo. 
Resumir é apresentar, com suas próprias palavras, apenas os pontos que julgamos relevantes no texto, sendo obrigatoriamente menor do que o original.
Lembrando que um resumo deriva da capacidade de leitura daquele que vai realizá-lo. A compreensão de um texto depende da competência do receptor. 
Essa competência envolve recursos culturais, experiência anterior e conhecimento prévio armazenado na memória.
Como elaborar um resumo?
A elaboração de um resumo exige mais habilidade de leitura do que de escrita. 
Para fazer um resumo é essencial compreender o contexto geral do texto. Interpretá-lo.
E aqui vai uma dica importante: 
Não é possível ir resumindo à medida que se vai fazendo a primeira leitura, pois assim não sabemos se o que está sendo lido naquele momento realmente compõe a parte mais relevante do todo.
É necessário fazer uma leitura prévia de todo o texto e destacar as partes que julgamos mais importantes para depois iniciar o resumo.
Aspectos metodológicos:
Devemos seguir as ideias principais do autor, na ordem em que aparecem no texto (a primeira frase explica o assunto do texto);
Devemos ser capazes de, desprezando ideias particulares, registrar informações de ordem geral (este conceito aproxima-se do de tematização);
Indica-se a categoria do tratamento (Do que se trata? De estudo de caso, de análise da situação?); 
O resumo deve apresentar o objetivo, o método e as técnicas de abordagem, os assuntos, os resultados e as conclusões do trabalho.
Estilo e extensão:
Quanto ao estilo, deve ser composto por frases concisas, evitando-se enumerar tópicos;
É comum o uso da 3º pessoa do singular, com verbos na voz ativa (“O autor afirma que...”);
Devemos excluir a maior parte dos detalhes, exemplos, fatos secundários, realizando a supressão de adjetivos e advérbios;
Devemos reescrevê-lo usando as nossas palavras, isto é, não se deve utilizar trechos do texto original;
Não há limite de páginas, desde que seja menor do que o texto-base, mas existem algumas recomendações.
Resumo indicativo ou fichamento
O resumo indicativo ou fichamento caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo. 
Refere-se às partes mais importantes do texto. Pode ser usado, por exemplo, para adiantar o assunto de um anexo de e-mail. 
Indica as principais ideias em torno das quais o texto foi elaborado.
Normalmente é utilizado em propagandas, catálogos de editoras, livrarias e distribuidoras ou ainda em breves exposições de determinadas obras.
Segundo a ABNT, há outros dois tipos de resumo:
Resumo informativo/indicativo
O resumo informativo/indicativo combina os dois tipos anteriores que acabamos de ver (Resumo indicativo ou fichamento e Resumo informativo).
Este tipo também pode dispensar a leitura do texto original quanto às conclusões, mas não quanto aos demais aspectos tratados.
Resumo crítico
O resumo crítico, também denominado recensão ou resenha, é redigido por especialistas e compreende análise e interpretação de um texto. Trata-se de uma espécie de julgamento.
É uma das atividades que pode ser solicitada como exercício no meio acadêmico.
Moderação é o lema do resumo
Podemos concluir que resumo é uma apresentação concisa dos elementos mais importantes de um texto sem perder a sua essência.
Portanto, trata-se um procedimento de reduzir um texto sem alterar seu conteúdo.
Constitui-se, assim, uma forma prática de estudo que participa ativamente da aprendizagem, uma vez que favorece a retenção de informações básicas.
Com certeza essa técnica fará parte de sua vida profissional e acadêmica com muita frequência.
Características de um resumo:
Brevidade, pois só deve apresentar as ideias principais;
Respeito pela sequência de ideias do texto;
Clareza, já que os fatos apresentados devem ser objetivos;
Rigor, pois as ideias principais devem ser reproduzidas sem erros.
Vídeo aula:
	
Tópico frasal – O bom parágrafo que tem introdução e desenvolvimento em síntese;
AULA 8
Raciocínio Argumentativo:
Indutivo – Muitas vezes, para formularmos um ponto de vista, uma opinião, precisamos analisar diversas situações que nos levam a uma conclusão (tese). Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio indutivo. A Indução é o princípio lógico segundo o qual se deve partir das partes para o todo. Ou seja, ao fazer uma pesquisa, deve-se ir coletando casos particulares e, depois de certo número de casos, pode-se generalizar, afirmando que sempre que a situação se repetir o resultado será o mesmo.
Dedutivo – Por outro lado, também podemos ter uma ideia geral, uma visão geral sob um determinado tema, que será comprovada a partir da verificação de alguns casos particulares. Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio dedutivo. A dedução é o princípio lógico segundo o qual devemos partir do geral para o particular. Assim, devemos primeiro criar uma lei geral e depois observar casos particulares e verificar se essa lei não se contradiz. Para os adeptos da dedução, o cientista não precisa de mil provas indutivas. Basta uma única prova dedutiva para que a lei possa ser considerada válida.
Um argumento é um conjunto de afirmações encadeadas de tal forma que se pretende que uma delas, a que chamamos a conclusão (ou tese), seja apoiada por outras afirmações (os argumentos propriamente ditos).
A diferença mais importante entre um argumento e um raciocínio é que em um argumento pretendemos persuadir alguém de que a conclusão é verdadeira,ao passo que em um raciocínio queremos apenas saber se uma determinada conclusão pode ser justificada ou não por um determinado conjunto de afirmações.
Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós. No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta. Para tal, muitas vezes precisamos usar a lógica indutiva e/ou dedutiva para formularmos nossos argumentos, bem como usar outras estratégias.
A contra-argumentação
A contra-argumentação nada mais é que uma nova argumentação em que se procura desmontar um raciocínio anteriormente apresentado. Uma forma bastante eficaz de se contra-argumentar é utilizar o senso comum (aquilo que as pessoas usam no seu cotidiano; o que é natural e fácil de entender, o que elas pensam que sejam verdades, geralmente porque ouviram de alguém, que também ouviu de alguém).
Assim como o senso comum, muitas vezes criamos afirmações/generalizações sem qualquer fundamento. Em outras palavras, fazemos uma dedução sem comprovação, como é o caso das lendas urbanas e dos mitos que circulam pela internet.
VIDEO AULA 8 
AULA 9
Quando estamos diante de um texto para fazer uma leitura, geralmente imaginamos que todas as informações estarão disponíveis no próprio texto, não é mesmo ? Bem, nem sempre acontece dessa maneira. Claro que algumas vezes encontramos textos que possuem quase todas as informações presentes, e quando o leitor segue essas informações, ele consegue entender a mensagem. Porém, algumas vezes, encontramos textos em que as mensagens não estão tão evidentes, e que se tornam mais difíceis de ler, não é verdade? Esta aula irá tratar exatamente disso: os sentidos que circulam nas entrelinhas de um texto.
Um pingo de teoria...
Alguns textos necessitam mais de nossos conhecimentos, porque as palavras não se bastam sozinhas. Então, para entendermos a mensagem, necessitamos combinar às palavras mais informações, e essas informações vêm de nosso conhecimento de mundo.
Vamos começar a explorar outras possibilidades de produção de sentido falando de dois processos essenciais na linguagem: Metáfora e Metonímia, responsáveis por uma grande quantidade de efeitos de sentido na língua.
Conceituando metáfora...
José Carlos de Azeredo, em sua Gramática (2008, p. 484) assim conceitua: “Metáfora é um princípio onipresente da linguagem, pois é um meio de nomear um conceito de um dado domínio de conhecimento pelo emprego de uma palavra usual em outro domínio. Essa versatilidade faz da metáfora um recurso de economia lexical, mas com um potencial expressivo muitas vezes surpreendente”.
Conceituando metonímia...
José Carlos de Azeredo, em sua Gramática (2008, p. 485) assim conceitua: “Metonímia consiste na transferência de um termo para o âmbito de um significado que não é o seu, processado por uma relação cuja lógica se dá, não na semelhança, mas na contiguidade das ideias”.
Na metonímia, a relação entre os elementos que os termos designam não depende exclusivamente do indivíduo, mas da ligação objetiva que esses elementos mantêm na realidade. 
	
	Na metáfora a substituição de um termo por outro se dá por um processo interno, intuitivo, estritamente dependente do sujeito que realiza a substituição. Na metonímia, o processo é externo, pois a relação entre aquilo que os termos significam é verificável na realidade externa ao sujeito que estabelece tal relação.
	
	A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. 
 
SENTIDO
Quando nos comunicamos, através da língua, produzimos mensagens que possam ser entendidas por quem nos ouve, certo?  Se não fosse assim, a comunicação não seria efetivada, pois nossos pares não entenderiam nosso discurso. E temos de concordar que todos nós queremos ser entendidos, ou melhor, queremos que nossas mensagens tenham SENTIDO.
Daí a importância de percebermos o que, na verdade, buscamos quando fazemos parte de uma conversa ou quando lemos informações em livros, cartazes etc:  procuramos entender o SENTIDO. Em outras palavras, desejamos saber o que o Fulano está dizendo com os enunciados que está produzindo ou o que está escrito no livro, no cartaz, no anúncio, e assim por diante.  Já percebeu que até mesmo quando estamos diante de um quadro, de uma charge, diante de algo que não contenha palavras precisamos entender a mensagem através das figuras? É importante perceber que necessitamos de uma sequência de figuras, gestos, sinais ou palavras que sejam coerentes, que comuniquem uma mensagem.
Vídeo
Metáfora e metonímia
Aula 10
Polissemia, Duplo sentido e ambiguidade
Polissemia - as palavras de uma língua podem possuir mais de um sentido em diferentes contextos de uso.
Homonímia é outro fenômeno: temos palavras que possuem “raízes” distintas, mas que são idênticas na maneira de escrever e de falar. Nesses casos, forma-se um homônimo: dois vocábulos que possuem a mesma configuração fonológica e ortográfica.
Uma das ferramentas discursivas para se explorar o caráter polissêmico das palavras é o duplo sentido. Por esse princípio, podemos definir duplo sentido como a propriedade que têm certas palavras e expressões da língua de serem interpretadas de duas maneiras diferentes em diferentes contextos de utilização da língua.
O duplo sentido é um esforço intencional de se explorar dois sentidos distintos da mesma palavra ou expressão. Em outros termos, o autor do texto intencionalmente apela para a dupla possibilidade de interpretação do leitor e usa tal possibilidade como forma de enriquecer seu texto.
Assistir vídeo sobre denotação e conotação;
Da polissemia para a ambiguidade
Diferentemente do duplo sentido, a ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões apresentam, dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, ou até dele como um todo.
Embora muitas pessoas considerem duplo sentido e ambiguidade sinônimos, eles não são. A ambiguidade não é intencional, já que sua ocorrência é resultado de alguma construção linguística problemática
Vídeo aula 10
Leitura como construção de sentido - Slide