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Apostila Química Geral Engenharia Civil 2014 pdf

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Laboratório de Química 
__________________________________________________________________________________________________________ 
1 
LABORATÓRIO 
DE QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: Engenharia Civil 
DISCIPLINA: Química Geral – Prática 
ALUNO: ______________________________________________________________ 
SÉRIE: 1ª ANO: 2014 
PROFESSORA: Ma. Juliana Andrade Peixoto. 
 
 Laboratório de Química 
__________________________________________________________________________________________________________ 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não existem sonhos impossíveis para aqueles que 
realmente acreditam que o poder realizador reside no interior 
de cada ser humano, sempre que alguém descobre esse poder, 
algo antes considerado impossível se torna realidade. 
... jamais considere seus estudos como uma obrigação, 
mas sim como uma oportunidade invejável para aprender, 
sobre a influência libertadora da beleza no domínio do espírito, 
para seu prazer pessoal e para o proveito da comunidade 
à qual pertencerá o seu trabalho futuro”. 
 
Albert Einstein 
 
 
 
 
 Laboratório de Química 
__________________________________________________________________________________________________________ 
3 
QUÍMICA 
É a ciência que estuda a natureza, a composição, as propriedades e as 
transformações da matéria (mudanças de fase, de energia, etc). 
O campo de interesse e aplicação da Química é tão extenso que se superpõe a 
outras disciplinas e, em consequência, novas áreas de estudos multidisciplinares são 
criadas. 
Desde um ponto de vista mais prático, a Química se une à engenharia para gerar 
os mais diversos tipos: um traslado de uma descoberta em laboratório a uma planta de 
processos industriais; a interpelação entre a estrutura, as propriedades e o 
processamento com as aplicações dos materiais; além de estudar as propriedades físicas 
que se relacionam com a composição e ordenamento dos átomos da matéria no estado 
sólido. 
A natureza da matéria é constituída de átomos (prótons, nêutrons, elétrons, etc.). 
Mas a natureza interna da matéria não envolve apenas os átomos, mas também o modo 
como estes estão associados com seus vizinhos para formar cristais, moléculas, 
macromoléculas. Este estudo é a finalidade da teoria atômica. 
As substâncias são conhecidas pelas suas características ou propriedades, por 
exemplo, você conhece seu carro pela cor, modelo, placa, etc. Assim, brilho, cor, 
resistência mecânica, condutividade térmica, condutividade elétrica, densidade, 
tendência a sofrer corrosão, são algumas das muitas propriedades usadas para 
reconhecer e classificar diferentes amostras de matéria. Por exemplo, caneta, sapato, etc. 
que propriedades você usaria para identificar esses objetos? 
As propriedades da matéria podem ser divididas em: 
· intensivas: independem do tamanho da amostra, por exemplo, densidade, ponto de 
fusão ponto de ebulição; 
· extensivas: dependem do tamanho da amostra como volume e massa. 
Em relação às propriedades devemos distinguir entre: 
· propriedades físicas: aquelas que podem ser especificadas sem referência a qualquer 
outra substância (densidade, cor, magnetismo, massa, volume); 
· propriedades químicas: denotam alguma interação entre substâncias químicas, por 
exemplo, o ferro exposto à água e ao ar enferruja. 
Um experimento químico envolve a utilização de uma variedade de 
equipamentos de laboratório bastante simples, porém, com finalidades específicas. O 
emprego de um dado material ou equipamento depende de objetos específicos e das 
condições em que serão realizados os experimentos. 
Esta disciplina tem por objetivo ensinar conceitos químicos, terminologia e 
métodos laboratoriais, bem como proporcionar o conhecimento de materiais e 
equipamentos básicos de um laboratório e suas aplicações específicas. 
 
 
 
 
 
 
 Laboratório de Química 
__________________________________________________________________________________________________________ 
4 
PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA 
 As pessoas, as ruas, os veículos e tudo mais que se pode ver é constituído de 
matéria. 
 Mas a matéria também pode não ser vista e apenas percebida por nossos 
sentidos, como o ar que nos rodeia e podemos perceber na pele e cabelos. 
 Enfim: 
 
 
 
 Há matéria em toda parte, mesmo no espaço sideral, e o vácuo não é a ausência 
total de matéria, mas onde há pouca matéria. 
 A matéria pode aparecer no Universo sob diversos modos, em grandes ou 
pequenas quantidades, podendo ou não ser utilizada pelos seres humanos. 
 Assim, a matéria está dividida em: 
a) Corpo: é uma porção limitada da matéria, isto é, uma quantidade limitada da 
matéria. Uma pepita de ouro, um tronco ou um pedaço de granito são exemplos de 
corpos. 
b) Objeto: é um corpo trabalhado e que tem utilidade para o ser humano. Com o ouro, 
pode se fazer uma jóia; com o tronco, um móvel; com o granito, um objeto de arte. 
Cada matéria diferente tem uma composição diferente, que é devida às 
substâncias que formam a matéria. 
 É importantíssimo descrever as características de uma matéria para se poder 
estudá-la e a classificar. 
 A matéria apresenta propriedades gerais, específicas e funcionais (que serão 
estudadas para cada tipo de substância). 
 
2.1) Propriedades gerais: são as propriedades que toda matéria possui. 
a) Massa: é a quantidade de matéria de um corpo. Ex.: 1 Kg de gesso, 250 g de queijo, 
etc. A massa pode ser medida numa balança. 
b) Indestrutibilidade: é a própria essência do estudo da Química, que só se tornou 
ciência quando Lavoisier descobriu que a matéria não pode ser criada, nem 
destruída, apenas transformada. Assim: 
 
 
 
 
 
 
 
c) Inércia: é a propriedade que a matéria tem de não modificar a situação em que se 
encontra, seja ela de repouso ou de movimento. Simplificadamente: a matéria tende 
a ficar parada se estiver parada ou a continuar em movimento se estiver em 
movimento. É a inércia que explica a tendência de um corpo ir para trás quando um 
carro começa a se locomover ou ir para frente quando o carro para. 
d) Divisibilidade: é a propriedade que a matéria tem de se reduzir em partículas 
extremamente pequenas. 
MATÉRIA É TUDO QUE TEM MASSA 
E OCUPA LUGAR NO ESPAÇO. 
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, 
tudo se transforma.” 
Antoine Lavoisier 
 Laboratório de Química 
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5 
e) Extensão: é a propriedade da matéria em ocupar lugar no espaço. Corresponde ao 
volume ocupado pelo corpo. 
f) Impenetrabilidade: dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo 
tempo. 
g) Porosidade: a matéria não é contínua e possui espaços, chamados poros, em seu 
interior. 
h) Compressibilidade: é a propriedade que um corpo tem de diminuir de tamanho 
quando submetido a uma certa pressão, passando a ocupar os espaços que existem 
em seu interior. 
i) Elasticidade: o corpo tem a propriedade de voltar a sua forma inicial quando cessa 
a compressão a que estava sendo submetido. 
 
2) Propriedades funcionais: são propriedades comuns a determinados grupos de 
matéria, identificados pela função que desempenham. Serão estudados mais tarde. 
Ex.: ácidos, bases, sais, óxidos, álcoois, aldeídos, cetonas. 
 
3) Propriedades específicas: são propriedades individuais de cada tipo particular de 
matéria. Podem ser: organolépticas,químicas ou físicas. 
a) Organolépticas: são propriedades capazes de impressionar os nossos sentidos, 
como a cor, que impressiona a visão, o sabor, que impressiona o paladar, o odor que 
impressiona o nosso olfato e a fase de agregação da matéria (sólido, líquido, gasoso, 
pastoso, pó), que impressiona o tato. Ex.: água pura (incolor, insípida, inodora, 
líquida em temperatura ambiente), barra de ferro (brilho metálico, sólido). 
b) Químicas: responsáveis pelos tipos de transformação que cada matéria é capaz de 
sofrer. Relacionam-se à maneira de reagir de cada substância. Algumas destas 
propriedades são os diferentes graus de oxidação dos metais, a capacidade de 
queima de certas substâncias (combustíveis), a hidrólise, etc. Ex.: oxidação do ferro, 
combustão do etanol (álcool da cana). 
c) Físicas: são certos valores encontrados experimentalmente para o comportamento 
de cada tipo de matéria quando submetidas a determinadas condições. Essas 
condições não alteram a constituição da matéria, por mais diversas que sejam. As 
principais propriedades físicas da matéria são: 
I. Pontos de fusão e solidificação: são as temperaturas nas quais a matéria passa da 
fase sólida para a fase líquida e da fase líquida para a sólida respectivamente, 
sempre em relação a uma determinada pressão atmosférica. Ex.: água 0 °C; 
oxigênio -218,7 °C; fósforo branco 44,1 °C. Ponto de fusão normal: é a temperatura 
na qual a substância passa da fase sólida para a fase líquida, sob pressão de 1atm. 
Durante a fusão propriamente dita, coexistem essas duas fases. Por isso, o ponto de 
solidificação normal de uma substância coincide com o seu ponto de fusão normal. 
II. Pontos de ebulição e condensação: são as temperaturas nas quais a matéria passa 
da fase líquida para a fase gasosa e da fase gasosa para a líquida respectivamente, 
sempre em relação a uma determinada pressão atmosférica. Ex.: água 100° C; 
oxigênio -182,8° C; fósforo branco 280° C. Ponto de ebulição normal: é a 
temperatura na qual a substância passa da fase líquida à fase gasosa, sob pressão de 
1 atm. Durante a ebulição propriamente dita, coexistem essas duas fases. Por isso, o 
ponto de condensação normal de uma substância coincide com o seu ponto de 
ebulição normal. 
 Laboratório de Química 
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6 
III. Densidade: é a relação entre a massa e o volume ocupado pela matéria. Ex.: água 
1,00 g/mL; ferro 7,87 g/mL. 
IV. Coeficiente de solubilidade: é a quantidade máxima de uma matéria capaz de 
se dissolver totalmente em uma porção padrão de outra matéria (100g, 1000g), 
numa temperatura determinada. 
 
SUBSTÂNCIA COEFICIENTE DE 
SOLUBILIDADE (10ºC) 
COEFICIENTE DE 
SOLUBILIDADE (20°C) 
Nitrato de 
prata 
20,9 g em 100 g de água 31,6 g em 100 g de água 
Sulfato de 
cério 
15 g em 100 g de água 10 g em 100 g de água 
 
V. Dureza: é a resistência que a matéria apresenta ao ser riscada por outra. Quanto 
maior a resistência ao risco mais dura é a matéria. Entre duas espécies de matéria, 
X e Y, decidimos qual é a de maior dureza pela capacidade que uma apresenta de 
riscar a outra. A espécie de maior dureza, X, risca a de menor dureza, Y. Podemos 
observar esse fato, porque sobre a matéria X, mais dura, fica um traço da matéria Y, 
de menor dureza. 
 
VI. Tenacidade: é a resistência que a matéria apresenta ao choque mecânico, isto é, 
ao impacto. Dizemos que um material é tenaz quando ele resiste a um forte 
impacto sem se quebrar. Observe que o fato de um material ser duro não garante 
que ele seja tenaz; são duas propriedades distintas. Por exemplo: o diamante, 
considerado o material mais duro que existe, ao sofrer um forte impacto quebra-se 
totalmente. 
VII. Brilho: é a capacidade que a matéria possui de refletir a luz que incide sobre ela. 
Quando a matéria não reflete luz, ou reflete muito pouco, dizemos que ela não tem 
brilho. Uma matéria que não possui brilho, não é necessariamente opaca e vice-
versa. Matéria opaca é simplesmente aquela que não se deixa atravessar pela luz. 
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7 
Assim, uma barra de ouro é brilhante e opaca, pois reflete a luz sem se deixar 
atravessar por ela. 
VIII. Condutibilidade: é a propriedade de certos tipos matéria que podem conduzir 
calor e eletricidade. Os metais são bons condutores de calor e eletricidade, 
enquanto que ar, madeira e borracha não conduzem bem calor e eletricidade e são 
chamados de isolantes. Nos ferros de passar roupa, há uma placa de um mineral 
metálico chamado mica, um ótimo condutor de calor. 
IX. Magnetismo: ímãs são substâncias com a capacidade de atrair ferro, níquel, aço e 
cobalto. 
X. Ductibilidade: é a capacidade de uma substância ser transformada em fio. Vários 
metais são dúcteis, como o ferro, a prata, o ouro e o cobre (muito utilizado em 
fiações elétricas.). 
XI. Calor específico: é a quantidade de calor necessária para elevar em 1ºC a 
temperatura de 1 g de uma substância. Quanto maior o calor específico, a 
substância pode armazenar calor por um tempo maior. 
 
SUBSTÂNCIA 
CALOR 
ESPECÍFICO 
Água 1,00 
Álcool 0,60 
Alumínio 0,21 
Ferro 0,11 
Cobre 0,09 
 
XII. Maleabilidade: maleáveis são as substâncias que podem ser transformadas em 
lâminas. Ex.: chumbo, prata, ferro, ouro e alumínio. 
 
 
Um pouco sobre algarismos significativos... 
Quando especificamos, vinte pessoas em uma sala de aula ou nos referimos a 
uma dúzia de ovos temos certeza que são números exatos, ou seja, não existe dúvida 
com relação a estas grandezas. Entretanto, se tivermos diferentes medidas de uma 
mesma grandeza, os valores podem ser diferentes e devem ser representados pelo valor 
médio. Se você tivesse que determinar a temperatura de um líquido, lendo diretamente 
em um termômetro qualquer, poderia anotar que seria, por exemplo, 25,6 ou 25,7 
o
C. 
Na tentativa de medir a temperatura com precisão até uma casa depois da 
vírgula é necessário fazer-se uma estimativa do último algarismo. Você teria a certeza 
de que a temperatura é maior do que 25
o
C, mas menor do que 26
o
C, ou seja, o último 
algarismo é duvidoso. O valor da temperatura medida com esse termômetro possui 3 
algarismos significativos, ou seja, os dois primeiros não são algarismos duvidosos, mas 
 Laboratório de Química 
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8 
o último é considerado algarismo duvidoso. Não deve ser acrescentado um quarto 
algarismo, como, por exemplo, 25,63
o
C, pois se o algarismo 6 já é duvidoso não faz 
sentido incluir-se o algarismo 3, quando utiliza-se um termômetro com estas 
especificações. 
 Com um termômetro mais preciso, uma medida com maior números de 
algarismos poderiam ser obtidos. Um outro termômetro, por exemplo, possui divisões 
de 0,1 
o
C. Assim você poderá obter o valor da temperatura com 4 algarismos 
significativos, 25,78 
o
C ou 25,79 
o
C sendo o último algarismo duvidoso. 
Na leitura do volume de água em uma proveta ou em uma bureta, você notará 
que a superfície da água não é plana e forma um menisco. Leia sempre o ponto mais 
baixo do menisco quando se tratar de água ou de solução aquosa. Imagine duas provetas 
com água com os valores das medidas sendo 20,46 mL e 14,60 mL, respectivamente. 
Observe que o algarismo zero da medida 14,60 deve ser escrito. Se você escrever 
somente 14,6 mL, você estáindicando que o valor da medida está entre 14,5 e 14,7 mL. 
Por outro lado, 14,60 significa um valor entre 14,59 e 14,61 ou entre 14,58 e 14,62, 
dependendo do desvio médio nas medidas realizadas. Note também, que escrever a 
unidade de medida é tão importante quanto anotar um número. 
O melhor valor para representar uma medida é a média aritmética dos valores 
medidos, por exemplo: 
20,46 mL 
20,42 mL 
20,45 mL 
20,48 mL 
20,48 mL 
Média: 20,46 mL 
O desvio de cada medida será: 
|20,46 - 20,46| = 0,00 
|20,42 - 20,46| = 0,04 
|20,45 - 20,46| = 0,01 
|20,48 - 20,46| = 0,02 
|20,48 - 20,46| = 0,02 
Média dos desvios = 0,02 
Portanto, o desvio médio é de 0,02 e o valor da medida é: 20,46. 
Os valores a seguir que representam medidas de volume, possuem: 
22,48 mL - 4 algarismos significativos 
210,34 mL - 5 algarismos significativos 
1,0 L - 2 algarismos significativos 
Com relação ao algarismo zero, deve ser observado que: 
 Quando está entre dois outros dígitos é um algarismo significativo 
. 1107 - 4 algarismos significativos 
. 50.002 - 5 algarismos significativos 
 Quando se encontra no final de um número é significativo 
. 0,0200 - 3 algarismos significativos 
. 0,040120 - 5 algarismos significativos. 
 Quando precede o primeiro algarismo diferente de zero, não é significativo. 
. 0,000163 - 3 algarismos significativos - 1,63 x 10
-4
 
. 0,06801 - 4 algarismos significativos - 6,801x10
-2
 
 Laboratório de Química 
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9 
 
Operações com algarismos significativos 
Na multiplicação ou divisão mantenha o número de algarismos significativos da 
medida que tiver menor número de algarismos significativos. 
Exemplo: 25,2 cm x 3.192 cm = 80.438,4 cm
2
 = 8,04 x 10
4
 cm
2
 
Na adição ou subtração o número de dígitos à direita da vírgula, no resultado 
deve ser igual ao do número com menos dígitos dos números somados ou subtraídos. 
Exemplo: 
 
 35,271 
 11,30 
+102,1920 
 148,7630 = 148,76 
 
Arredondamento de números: 
Na soma acima, se desejássemos expressar o resultado com 4 algarismos 
significativos = 148,8. 
O número 80438,4 expresso com três algarismos significativos = 8,04 x 10
4
 O 
arredondamento é sempre feito com relação ao número superior ou inferior, em relação 
ao número 5, 50, 500... No caso de ser o algarismo 5 o último, procede-se conforme os 
exemplos: 
105,85 = 105,8 (8 é par, o algarismo 5 simplesmente cai). 
24,315 = 24,32 (1 é impar, aumenta 1 passando para 2). 
 
Diferença entre precisão e exatidão: 
Todas as medidas possuem um determinado erro, cuja medida muitas vezes é 
limitada pelo equipamento que está sendo utilizado. 
EXATIDÃO: refere-se à tão próximo uma medida que concorda com o valor 
“correto” (ou mais correto), ou seja, aceito na literatura como valor padrão. É relativa ao 
verdadeiro valor da quantidade medida. 
PRECISÃO: refere-se à tão próximo diversos valores de uma medida que estão 
entre si, ou seja, quanto menor seja o desvio médio, maior será a precisão na medida. É 
relativa à reprodutibilidade do número medido. 
O ideal seria que as medidas sejam exatas e precisas. Medidas podem ser 
precisas e não serem exatas devido a algum erro sistemático que é incrementado a cada 
medida. A média de várias determinações é geralmente considerada o melhor valor para 
uma medida do que uma única determinação. 
 
 
 
 
 Laboratório de Química 
__________________________________________________________________________________________________________ 
10 
 
INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA 
 
O laboratório é um dos principais locais de trabalho do químico. Existe certo 
risco associado ao trabalho em laboratórios de química de um modo geral, uma vez que 
os indivíduos ficam mais frequentemente expostos a situações potencialmente 
perigosas. 
Os principais acidentes em laboratórios de química se devem a ferimentos 
provocados pela quebra de peças de vidro ou por contatos com substâncias cáusticas, 
incêndios com líquidos inflamáveis. É preciso, então, planejar cuidadosamente o 
trabalho a ser realizado e proceder adequadamente no laboratório a fim de minimizar 
riscos. Também, deve-se sempre procurar conhecer as propriedades toxicológicas das 
substâncias com que se trabalha, em termos agudos e crônicos, e, caso as substâncias 
sejam desconhecidas, deve-se tomar os cuidados necessários para evitar eventuais 
intoxicações. Dentro dos limites do bom senso, ao se trabalhar no laboratório, deve-se 
considerar toda substância como potencialmente perigosa e evitar contatos diretos, seja 
por inalação, por ingestão ou por contato com a pele. 
Além da redução dos riscos de acidentes e intoxicação, é necessário ainda estar 
atento à possibilidade de contaminações por substâncias que possam interferir nos 
resultados. Uma maneira para reduzir essas contaminações é manter vestuário, bancadas 
e materiais rigorosamente limpos. 
Neste contexto, regras elementares de segurança e conduta devem ser 
observadas no trabalho de laboratório, a fim de reduzir os riscos de acidentes, tais como: 
- Cortes por manejo inadequado de vidraria; 
- Espalhamento de substâncias corrosivas ou cáusticas; 
- Incêndios; 
- Explosões; 
- Inalação de gases ou vapores nocivos; 
- Contato de produtos químicos com a pele ou mucosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Laboratório de Química 
__________________________________________________________________________________________________________ 
11 
REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA E CONDUTA NO LABORATÓRIO 
QUÍMICO 
1. Verifique o local e o funcionamento dos dispositivos de segurança no laboratório 
(extintores de incêndios, chuveiros de emergência, saída de emergência, etc.). 
2. Trabalhe com atenção, calma e prudência. 
3. Realize somente experimentos autorizados pelo professor responsável. 
4. Leia com atenção e previamente os roteiros das experiências a serem realizadas. 
5. Vista roupa e calçados adequados e use óculos de segurança. Se tiver cabelos 
compridos, mantenha-os presos. 
6. Todas as substâncias, de certo modo, podem ser nocivas ou perigosas e, portanto, 
devem ser tratadas com cautela e respeito. Evite o contato direto com as substâncias do 
laboratório. 
7. Lave as mãos após o eventual contato com as substâncias e ao sair do laboratório. 
8. Não coma, não beba e não fume dentro do laboratório. 
9. Utilize somente reagentes disponíveis na sua bancada de trabalho ou aqueles 
eventualmente fornecidos pelo instrutor. Não utilize reagentes de identidade 
desconhecida ou duvidosa. 
10. Mantenha sua bancada de trabalho organizada e limpa. 
11. Não despeje as substâncias indiscriminadamente na pia. Informe-se sobre como 
proceder à remoção ou o descarte adequado. 
12. Não jogue na pia papéis, palitos de fósforo ou outros materiais que possam provocar 
entupimento. 
13. Trabalhos que envolvem a utilização ou formação de gases, vapores ou poeiras 
nocivas devem ser realizados dentro de uma capela de exaustão. 
14. Trabalhos que envolvem substâncias inflamáveis (geralmente solventes diversos) 
exigem cuidados específicos. 
15. Tenha cuidado com o manuseio de vidraria. O vidro é frágil e fragmentos de peças 
quebradas podem causar ferimentos sérios. Tome cuidado ao aquecer material de vidro, 
pois a aparência deste é a mesma, quente ou frio. 
16. Nunca realize reações químicas nem aqueça substâncias em recipientesfechados. 
17. Tenha cuidado com a utilização de bicos de gás. Não os deixe acesos 
desnecessariamente. Perigo de incêndio! Evite o vazamento de gás, fechando a torneira 
e o registro geral ao final do trabalho. 
18. Tenha cuidado com o uso de equipamentos elétricos. Verifique a voltagem antes de 
conectá-los. Observe os mecanismos de controle, especialmente para elementos de 
aquecimento (chapas, mantas, banhos, fornos, estufas, etc). 
19. Ao aquecer um tubo de ensaio, não volte à extremidade do mesmo para si ou para 
uma pessoa próxima e nunca olhe diretamente dentro de um tubo de ensaio ou outro 
recipiente onde esteja ocorrendo uma reação, pois o conteúdo pode espirrar nos seus 
olhos. 
20. Comunique imediatamente ao professor responsável qualquer acidente ocorrido 
durante a execução dos trabalhos de laboratório. 
 
 Laboratório de Química 
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12 
ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIOS 
E PRIMEIROS SOCORROS 
 
1) QUEIMADURAS: 
 
a) Queimaduras causadas por calor seco (chamas e objetos aquecidos): 
- No caso de queimaduras leves, aplicar pomada de picrato de butesina; 
- No caso de queimaduras graves, elas devem ser cobertas com gaze esterilizada 
umedecida com solução aquosa de bicarbonato de sódio a 5%. 
- Procurar um médico imediatamente. 
 
b) Queimaduras por ácidos: 
- Lave o local imediatamente, com água em abundância, durante cerca de cinco 
minutos. A seguir, lave com solução saturada de bicarbonato de sódio e novamente 
com água. Seque, aplicando então, mertiolate. 
 
c) Queimaduras por álcalis (bases): 
- Lave, imediatamente, o local atingindo com bastante água, durante cinco minutos. 
Trate com solução de ácido acético a 1% e lave novamente com água. 
Seque a pele e aplique mertiolate. 
2) ÁCIDOS NOS OLHOS: 
- Nos laboratórios, existem lavadores de olhos acoplados aos chuveiros de 
emergência. A lavagem deve ser feita por quinze minutos, após o que se aplica 
solução de bicarbonato de sódio a 1%. 
 
3) ÁLCALIS NOS OLHOS: 
- Proceder como no item anterior, substituindo a solução de bicarbonato de sódio por 
uma de ácido bórico a 1%. 
 
4) INTOXICAÇÕES POR GASES: 
- Remova a vítima para um ambiente arejado, deixando-o descansar. 
 
5) INGESTÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS: 
- Deve-se administrar uma colher de sopa de “antídoto universal”, que é constituído 
de: duas partes de carvão ativo, uma de óxido de magnésio e uma de ácido tônico. 
Procure um médico sempre que houver um acidente! 
 
 
 
 
 
 
 Laboratório de Química 
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13 
 
 
 
NORMAS DISCENTES PARA O USO DOS LABORATÓRIOS 
 
 Na primeira aula, serão formados os grupos de alunos, os quais deverão ser FIXOS, 
isto é, deverão trabalhar juntos ao longo de todo o semestre, salvo em circunstâncias 
excepcionais. Isso facilitará o controle organizacional do laboratório. 
 É obrigatório o uso do avental em todas as aulas práticas. 
 O aluno deverá possuir o roteiro da aula. 
 O aluno é responsável pelo material que será usado nas aulas, portanto deverá ter o 
cuidado de não quebrá-lo ou estragá-lo. 
 Só devem ficar sobre a bancada o roteiro da aula, o caderno, caneta, lápis e 
borracha. 
 Cada grupo deverá apresentar o relatório da aula para efeito da pontuação referente 
às aulas práticas. 
 Só serão aceitos os relatórios dos alunos que fizeram a prática, portanto, o aluno que 
perder a aula terá nota zero no relatório referente à prática perdida. Caso o aluno 
falte, não haverá reposição da mesma. Isso acarretará a perda da pontuação referente 
a essa aula. 
 O relatório deve ser manuscrito. 
 O prazo máximo de entrega do relatório será sempre a aula seguinte ao experimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Laboratório de Química 
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REGRAS PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS 
 
Um dos objetivos das disciplinas de Química Geral é desenvolver no estudante o 
hábito de relatar por escrito, de forma circunstanciada, as experiências desenvolvidas no 
laboratório. Isso porque o bom desempenho técnico e a habilidade de elaborar relatórios 
concisos são valorizados amplamente no meio acadêmico e no âmbito profissional. 
Deve ser o mais sucinto possível e descrever as atividades experimentais realizadas, a 
base teórica dessas atividades, os resultados obtidos e sua discussão, além da citação da 
bibliografia consultada. O relatório deve ser redigido de uma forma clara, precisa e lógica. 
A clareza do texto é um requisito fundamental para a compreensão do assunto abordado. 
Assim, o relatório deve ser redigido com frases curtas e objetivas, que evitem 
interpretações dúbias e tornem a leitura menos cansativa. O tempo verbal deve ser o 
passado, na voz passiva e de forma impessoal. Ex. a massa das amostras sólidas foi 
determinada utilizando-se uma balança. 
Devem ser evitados expressões informais ou termos que não sejam estritamente 
técnicos (Não utilize em hipótese alguma adjetivo possesivo, como por exemplo, minha 
reação, meu experimento...). É bastante recomendável, efetuar uma revisão do relatório 
para retirar termos redundantes, clarificar pontos obscuros e retificar erros no original. 
É conveniente lembrar que todo profissional deve zelar pela boa qualidade da 
sua linguagem oral e escrita, sem tornar-se obrigatoriamente um literato. Este 
procedimento facilita a troca de informações e demonstra o nível intelectual atingido 
pelo indivíduo. 
 
Um relatório é composto (geralmente) pelas seguintes partes: 
 Folha de rosto; 
 Introdução; 
 Objetivos; 
 Material e Métodos (Procedimento); 
 Resultados e discussão; 
 Conclusão; 
 Anexos; 
 Referências bibliográficas. 
 
O conteúdo de cada uma destas seções será descrito brevemente a seguir: 
 
Folha de rosto: Contém os elementos essenciais à identificação do relatório e do 
estudante: 
- identificação da instituição; 
- título da experiência, nome da disciplina, turma, professor; 
- nome do(s) autor (es); 
- local (cidade); 
- ano, em algarismos arábicos. 
 
- Introdução: uma breve descrição sobre o contexto teórico abordado pela prática de 
modo a apresentá-lo ao leitor, ou seja, inteirá-lo do que será feito e o porquê da 
realização do experimento. Pode conter também uma descrição teórica sobre o objeto 
em estudo extraído de livros textos relacionado ao assunto. Entretanto, não pode ser a 
 Laboratório de Química 
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15 
cópia de um texto ou de qualquer outra referência pesquisada, mas sim uma redação que 
oriente o leitor para o problema estudado e sua importância. 
 
- Objetivos: objetivos específicos do experimento, ou seja, o que realmente se quer 
observar. 
 
- Material e Métodos (Procedimento): materiais e reagentes utilizados e a descrição 
detalhada do experimento realizado, dos métodos analíticos e técnicas empregadas. 
 
- Resultados e Discussão: apresentar os resultados, e observações feitas durante a 
experiência e discuti-los, procurando chegar a conclusões pertinentes ou dar a 
explicação científica adequada para os resultados obtidos. Esta seção é uma das mais 
importantes de um relatório. Devem ser apresentadosda forma mais clara e completa 
possível, na forma de tabelas, gráficos, equações químicas, cálculos etc. Os dados 
devem estar inseridos dentro de um texto, seguindo uma sequência lógica e de fácil 
entendimento. 
 
- Conclusão: principais conclusões obtidas, levando em consideração os objetivos 
traçados. 
Constitui numa análise crítica e resumida do trabalho todo, tendo relação estreita com os 
objetivos propostos. Neste item deve ser verificado se os objetivos específicos foram 
atingidos, podendo-se ainda fazer proposições que levem a melhores resultados. 
 
- Anexos: resolução do questionário que se encontra ao fim do procedimento 
experimental. Responder as perguntas na ordem e escrever o enunciado da questão. 
 
- Referências bibliográficas: colocar os livros, ou site, e outros que ajudaram você na 
elaboração o relatório. As referências bibliográficas devem ser apresentadas segundo as 
normas da ABNT, como exemplificado abaixo: 
 
a) Para citar livros: 
 
BACCAN, N.; DE ANDRADE, J. C. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª 
ed. São Paulo, SP: Editora Edgard Blucher; Universidade Estadual de Campinas, p. 45, 
2001. 
 
RUSSEL, J. B. Química Geral. V. 1; 2ªed. São Paulo: Makron Books, p. 8, 2004. 
 
BROWN, L. S.; HOLME, T. A. Química Geral Aplicada à Engenharia. 1ª ed. São 
Paulo: Cengage Learning, p. 85, 2010. 
 
 
b) Para citar páginas da Internet: 
WHO. Life-cycle of Leishmania. Disponível em: ˂ 
http://www.who.int/tdrold/diseases/leish/lifecycle.htm˃. Acesso em: 23 de fevereiro de 
2010. 
 
 Laboratório de Química 
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16 
DATA: ____/____/____ AULA Nº 1 
 
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 
 
Introdução 
No laboratório químico, diversos utensílios e equipamentos são feitos dos mais 
diversos materiais: vidro, metal, cerâmica, plástico e etc. Cada material tem suas 
limitações físicas e químicas e cada utensílio de laboratório possui determinada 
finalidade. O uso inadequado de materiais no laboratório, desrespeitando suas 
peculiaridades, pode resultar não somente num fracasso do experimento, gerando perda 
parcial ou total do material, como, também, em acidentes desagradáveis com danos 
pessoais. 
 
Vidraria 
O material mais utilizado em laboratórios químicos é o vidro. O vidro comum é 
basicamente um silicato sintético de cálcio e de sódio em estado não cristalino (estado 
vítreo), obtido por fusão de uma mistura de sílica (SiO2), carbonato de sódio (Na2CO3) e 
calcário (CaCO3) em proporções variáveis. Já o vidro usado no laboratório 
(borossilicato) contém alguns outros componentes (óxidos de boro e de alumínio) que 
proporcionam maior resistência química, mecânica e térmica. Um vidro de composição 
parecida é o chamado vidro Pyrex, também de uso doméstico. 
As propriedades mais apreciadas do vidro são as seguintes: 
- Transparência perfeita, o que facilita a observação através das paredes dos recipientes; 
- Boa resistência química, sendo apenas corroído por ácido fluorídrico e bases 
concentradas; 
- Resistência térmica razoável (até 300 ºC). 
O vidro tem as seguintes limitações de utilidade: 
- Fragilidade (sensível a impacto mecânico); 
- Sensibilidade a choques térmicos; 
- Deformação, amolecimento ou derretimento a temperaturas mais elevadas (acima de 
400 ºC). 
 
As atividades de laboratório exigem do aluno não apenas o conhecimento das 
peças e aparelhos utilizados, mas também o correto emprego de cada um deles. 
 
1) Balão de fundo chato. Nele são aquecidos líquidos e realizadas reações com 
liberação de gases. Para aquecê-lo, use o tripé com a proteção da tela de amianto. 
 
2) Frasco de Erlenmeyer, ou simplesmente erlenmeyer. Utilizado em titulação, 
aquecimento de líquidos, dissolução de substâncias e realização de reações. Quando 
aquecê-lo, empregue o tripé com a proteção da tela de amianto. 
 
3) Copo de Becher, ou apenas béquer. Apropriado para reações, dissolução de 
substâncias, precipitações e aquecimento de líquidos. Para levá-lo ao fogo, use tripé 
com a proteção da tela de amianto. 
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17 
 
4) Funil (a) e funil analítico (b). O funil é utilizado para filtração. Para filtrações mais 
delicadas (geralmente, em análises quantitativas), emprega-se o funil analítico, que 
tem diâmetro pequeno e haste maior. Às vezes, o analítico apresenta internamente 
estrias no cone e na haste. 
 
5) Tubo de ensaio. Empregado para reações em pequena escala, principalmente testes 
de reação. Com cuidado, pode ser aquecido diretamente na chama do bico de 
Bunsen. 
 
6) Condensador. Dispositivo para liqüefazer vapores. É utilizado na destilação. 
 
7) Bastão de vidro, baqueta ou bagueta. Haste maciça de vidro com que se agitam 
misturas, facilitando reações. 
 
8) Proveta ou cilindro graduado. Mede e transfere volumes de líquido. Não oferece 
grande precisão. Nunca deve ser aquecida. 
 
9) Pipeta graduada (a) e pipeta volumétrica (b). São utilizadas para medir com 
exatidão e transferir pequenos volumes de líquido. 
 
10) Bico de Bunsen ou simplesmente Bunsen. É a fonte de aquecimento mais 
empregada em laboratório. 
 
11) Cadinho. Geralmente é feito de porcelana. Serve para calcinação (aquecimento a 
seco e muito intenso) de substâncias. Pode ser colocado em contato direto com a 
chama do bico de Bunsen. 
 
12) Suporte universal. É empregado em varias operações, para sustentação de peças. 
 
13) Vareta de vidro. Cilindro oco, feito de vidro de baixo ponto de fusão. Interliga 
peças como balões, condensadores, erlenmeyers, etc. 
 
14) Tripé de ferro. Sustentáculo utilizado com a tela de amianto para aquecimento de 
várias peças. 
 
15) Tela de amianto. Protege peças submetidas a aquecimento. O amianto distribui 
uniformemente o calor. 
 
16) Anel, ou argola. Preso à haste do suporte universal, sustenta o funil na filtração. 
 
17) Pinça simples. Espécie de braçadeira para prender certas peças ao suporte universal. 
 
18) Garra de condensador. Espécie de braçadeira que prende o condensador (ou outras 
peças, como balões, erlenmeyers etc.) à haste do suporte universal. 
 
19) Estante de tubos de ensaio. Serve para alojar tubos de ensaio. 
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18 
 
20) Pinça de madeira. Utilizada para segurar tubos de ensaio em aquecimento, 
evitando queimaduras nos dedos. 
 
21) Cápsula de porcelana. Recipiente para evaporar líquidos. 
 
22) Vidro de relógio. Peça côncava para evaporação em análises de líquidos. Para 
aquecê-lo, use tripé com a tela de amianto. 
 
23) Bureta. Serve para medir volumes, principalmente em análises. 
 
24) Triângulo de porcelana. Suporte para cadinhos de porcelana colocados em contato 
direto com a chama do bico de Bunsen. 
 
25) Almofariz e pistilo. Empregados para triturar e pulverizar sólidos. 
 
26) Frasco de Kitassato. Compõe a aparelhagem das filtrações a vácuo. Sua saída 
lateral se conecta a uma trompa de vácuo. 
 
27) Funil de Büchner. Adapta-se ao frasco de Kitassato nas filtrações a vácuo. 
 
28) Funil de decantação. Utilizado na separação de misturas de líquidos imiscíveis. 
 
29) Dessecador. Nele se guardam substâncias sólidas para secagem. Sua atmosfera 
interna deve conter baixo teor de umidade. 
 
30) Pinçade Mohr (a) e pinça de Hofmann (b). Servem para reduzir ou obstruir a 
passagem de gases ou líquidos em tubos flexíveis. 
 
31) Pinça metálica. Com ela se manipulam objetos aquecidos. 
 
32) Pisseta. Frasco para lavagem de materiais e recipientes por meio de jatos de água, 
álcool e outros solventes. 
 
33) Furadores de rolhas. Jogo de furadores utilizado para produzir orifícios de 
diferentes diâmetros em rolhas de cortiça ou de borracha. 
 
34) Espalhador de chama. Adaptado ao bico de Bunsen produz chama larga apropriada 
para dobrar varetas de vidro. 
 
35) Bomba de vácuo. Equipamento que faz sucção nas filtrações a vácuo. Antigamente 
usava-se uma trompa de vácuo, como na fig. 35, que era adaptada a uma torneira. 
 
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DATA: ____/____/____ AULA Nº 2 
 
MEDIÇÃO DE MASSA - USO DE BALANÇAS 
Introdução 
Massa é uma quantidade limitada de matéria. 
A massa é medida em g (grama) e seus múltiplos: 
Tonelada 
(t) 
 
 Quilograma 
(Kg) 
 
 Grama 
(g) 
 
 Miligrama 
(mg) 
Ex.: 
2,5 Kg 
 
1000x 2500g 
350mg
 
1000 0,35g 
 
Usam-se diversos tipos de balanças para se medir a massa de um corpo: 
a) Balança de braço 
b) Balança de plataforma 
c) Balança semianalítica 
d) Balança analítica 
 
Balança de braço 
Permitem que massas de valores desconhecidos sejam comparadas com massas 
padrões de corpos conhecidos como pesos. É também chamada de balança granatária. 
 
x1000 
1000 
x1000 
x1000 1000 
1000 
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Balança de plataforma 
A medição da massa é feita deslocando-se massas conhecidas ao longo do braço 
da balança até que se obtenha um equilíbrio entre as massas. 
 
Balança semianalítica 
 
 
 
Balança analítica 
É uma balança eletrônica extremamente sensível e precisa que mede pequenas 
massas (geralmente inferiores a 200g) e largamente utilizada em laboratórios. 
Objetivo 
 Nesta prática, almeja-se um primeiro contato com balanças e a “pesagem” de 
materiais, fato rotineiro em laboratórios químicos. 
 
 Laboratório de Química 
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24 
Procedimento 
1) Medir a massa de uma rolha de borracha na: 
Obs: anotar todas as casas decimais. 
 
a) balança de plataforma; _________________ (0,1g) 
b) balança semianalítica; __________________ (0,01g) 
c) balança analítica; ______________________ (0,001g) 
 
2) Medir a massa de 0,5g de areia na: 
 
d) balança semianalítica; _________________ (0,01g) 
e) balança analítica ______________________ (0,001g) 
 
3) Verificar o limite de erro de cada balança, que corresponde a sua menor divisão, 
calculando as variações da massa dentro destes limites e os erros cometidos em 
cada tipo de “pesagem”. 
Ex.: Se um objeto tem 0,370g conforme medição numa balança cuja menor divisão 
é de 0,001g, a massa desse objeto é um valor entre 0,369g e 0,371g. O erro inerente 
a esta medição é de 0,27%. 
)(001,0
%100370,0
erroxg
X
g


 
 
 
Questões 
 
1) Diferencie massa e peso. 
 
2) Pesquisar o funcionamento e os cuidados que se deve ter na utilização de balanças 
eletrônicas, bem como os possíveis erros de pesagem que podem ocorrer. 
 
3) Estabeleça qual é o número de algarismos significativos para cada um dos seguintes 
valores numéricos: 
a) 0,0100 b) 2500 c) 0,007 d)75400 
 
4) Faça o arredondamento dos seguintes números para que contenham quatro 
algarismos significativos: 
a) 3,00828 b) 38655 c) 0,0030452 d) 470280 
 
 
 
 
 
 Laboratório de Química 
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MEDICÃO DE VOLUME e RECIPIENTES VOLUMÉTRICOS 
 
Introdução 
Podemos definir volume como o espaço ocupado por um corpo ou a capacidade 
que ele tem de comportar alguma substância. Da mesma forma que trabalhamos com o 
metro linear (comprimento) e com o metro quadrado (comprimento x largura), 
associamos o metro cúbico a três dimensões: altura x comprimento x largura. 
Unidades de volume: 
 1 L = 1 dm
3
 
1 mL = 1 cm
3
 
1 m
3
 = 1000 L 
 1 L = 1.000 cm
3
 = 1.000 mL 
Ex.: 
400mL
 
1000 0,4L 
3m
3
 
 
1000x 3000L 
 
Recipientes volumétricos (identificação e caracterização) e 
técnicas de usos dos recipientes 
 
Proveta 
Recipiente de vidro ou de plástico para medidas aproximadas. As provetas 
possuem volume total variável, como 5, 10, 25, 50, 100, 250, 500, 1.000 e 2.000 mL. 
Deve ser usada na posição vertical e, para aferição, eleve o menisco até a altura 
dos olhos. Para esvaziar o líquido, entorne-a vagarosamente (pode-se usar um bastão de 
vidro para um escoamento melhor, evitando respingos), mantendo-a inclinada até o 
completo escoamento. 
Leia sempre pela parte inferior do menisco mantendo o instrumento de medida no seu horizonte. 
 
 Laboratório de Química 
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26 
Pipeta 
As pipetas são aparelhos para medidas mais precisas. Existem dois tipos de 
pipeta: as não graduadas (volumétricas) e as graduadas. A volumétrica (figura a) tem 
apenas um traço de aferição na parte superior para indicar sua capacidade. Já a graduada 
(figura b) possui uma escala, que nos permite obter variadas medidas de volume. 
A pipetagem de uma solução deve ser executada de modo metódico e cuidadoso. 
Os passos principais são: 
1. Segure a pipeta pela extremidade superior (use o polegar, o indicador e o dedo 
médio). Mergulhe a extremidade inferior da pipeta no líquido a ser retirado, 
tomando o cuidado de não deixá-la bater contra o fundo do recipiente. 
2. Passagem de líquido para um béquer com o uso da pipeta. 
3. Faça sucção com o pipetador na parte superior, até notar que o líquido subiu um 
pouco acima do traço de aferição. Puxe devagar, para que o líquido não chegue à 
boca do pipetador. 
4. Eleve a pipeta até que o traço de aferição fique na altura de seus olhos. 
5. Com a outra mão, segure o recipiente do qual está sendo retirado o líquido. 
Posicione o recipiente de modo que a ponta da pipeta, encoste na parede interna. 
6. Ao conseguir aferição, torne a fechar o orifício com o dedo indicador. 
7. Enxugue a superfície exterior da pipeta com papel poroso.8. Leve a pipeta até o recipiente de destino, encoste a ponta na parede interna e deixe o 
líquido escorrer. 
9. Após a vazão total do líquido, toque a parede interna do recipiente com a 
extremidade inferior da pipeta para escoar a última gota. Nunca sopre esse tipo de 
pipeta para esgotar o restinho de líquido que sempre sobrará dentro dela. 
10. Nas pipetas de escoamento total (aquelas cuja graduação vai até a ponta), sopre até 
esgotar-se o último mililitro. Somente esse tipo de pipeta deve ser soprado para que 
todo o líquido escoe. 
 
 
 Laboratório de Química 
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27 
Pipetador de Borracha 
No passado, a operação de pipetagem envolvia o enchimento da pipeta por 
sucção com a boca. Esse procedimento, entretanto, não é mais recomendado porque é 
perigoso e anti-higiênico, podendo causar (como causou no passado) acidentes graves, 
como intoxicações ou queimaduras por soluções ácidas ou básicas. 
Existem diversas formas de se evitar o uso da boca durante a 
operação de pipetagem. Todavia, a mais prática e versátil é a 
utilização de um pipetador de borracha (vide figura ao lado), que 
nada mais é que um bulbo de borracha no qual se pode fazer vácuo. 
Esse aparelho tem três válvulas para passagem de ar: A, S e E. A 
válvula A, ao ser pressionada, abre-se, permitindo retirar o ar do 
bulbo, isto é, fazer vácuo; uma vez evacuado o bulbo, ao se 
pressionar a válvula S, consegue-se succionar para dentro da pipeta o 
volume desejado de liquido. Finalmente, esse volume de líquido 
pode ser transferido, isto é, a pipeta pode ser esvaziada, 
pressionando-se a válvula E. 
 
Para sua segurança e proteção, SEMPRE utilize um pipetador 
de borracha para realizar qualquer pipetagem de qualquer tipo 
de líquido. 
 
Bureta 
Destina-se especificamente a titulações. É um tubo cilíndrico, graduado em mL 
ou 0,01 mL, com uma torneira controladora de vazão na extremidade inferior. 
Quando graduadas em 0,01 mL, chamam-se "microburetas" e são utilizadas para 
medir volumes com maior precisão. Há também as buretas automáticas, com 
dispositivos que conduzem o líquido automaticamente para dentro delas; 
evita-se, assim, a contaminação do líquido pelo gás carbônico (CO2) do ar. 
1. Monte a bureta no suporte universal. 
2. Feche a torneira de controle do escoamento. 
3. Com o auxílio do funil, carregue a bureta com a solução a ser utilizada. 
4. Coloque um béquer ou um erlenmeyer sob a torneira. 
5. Segure a torneira com a mão esquerda; depois, usando os dedos polegar e 
médio dessa mão, inicie o escoamento. 
6. Retire o ar contido entre a torneira e a extremidade inferior da bureta. 
7. Encha a bureta e acerte o menisco com o traço de aferição (zero), que fica 
Na parte superior. 
8. Se necessário lubrifique a torneira da bureta com vaselina, observando que 
o orifício de drenagem não fique obstruído. 
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28 
 
Balão volumétrico 
Recipiente de vidro, com o colo longo e fundo chato. Um traço de aferição no 
gargalo indica sua capacidade volumétrica. Há balões de 50, 100, 250, 500, 1.000 e 
2.000 mL. São utilizados para o preparo de soluções. Ex.: preparar 500 mL de solução 
de dicromato de potássio 4g/L. 
 Balão volumétrico de 500 mL. 
Ao trabalhar com o balão volumétrico, mantenha-o sempre na vertical. Para 
despejar um líquido dentro dele, use um funil. Essa operação se dá por 
etapas, aos poucos, homogeneizando (agitando o balão) com frequência a 
mistura que está sendo preparada. 
Para aferição, coloque o balão sobre a bancada e faça a leitura, 
sempre tomando como referência a parte inferior do menisco. Após isso, 
tampe e faça total homogeneização com movimentos giratórios lentos. 
 
Erros mais comuns 
Leitura da graduação volumétrica obtida pela parte superior do menisco. 
 Medição de volume de soluções quentes. 
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29 
 Uso de instrumento inadequado para medir volumes. 
 Uso de instrumento molhado ou sujo. 
 Formação de bolhas nos recipientes. 
 Controle indevido da velocidade de escoamento. 
 
Objetivos 
Em laboratório, o aluno terá sempre de fazer uso de vários tipos de medida, 
sendo de grande importância a de volume. Torna-se necessário, portanto, que ele 
conheça corretamente as diversas unidades de volume e a correspondência entre essas 
unidades. Ele deve ser capaz de identificar e caracterizar os recipientes volumétricos. É 
necessário que esteja ciente dos erros que porventura possam ocorrer, procurando assim 
evitá-los. A eficiência da manipulação dos recipientes volumétricos, bem como de 
qualquer aparelho ou peça de laboratório, também depende, fundamentalmente, dos 
procedimentos de limpeza. 
 
Material 
 Bureta 25 mL 
 Proveta 50 mL 
 Pipeta graduada 2, 5, 10 mL 
 Pipeta volumétrica 5, 10, 15 mL 
 Balão 50 mL 
 5 Béqueres de 50 mL 
 Pisseta 
 Conta-gota 
 
Procedimento 
1) Utilizando água destilada façam medidas de 2, 3, 5, 10 e 15 mL nos seguintes 
aparelhos: 
 bureta; 
 proveta; 
 pipeta graduada; 
 pipeta volumétrica. 
 
2) Utilizando água destilada complete o balão volumétrico acertando-o o menisco. 
OBS: Para o acerto do menisco utilize o conta-gotas. 
 
QUESTÕES 
 
1. Desenhe uma pipeta graduada e uma pipeta volumétrica. 
 
2. Cite os erros mais comuns na leitura de volume. 
 
3. Uma solução está dentro de um recipiente a 80ºC. Como você procederia para medir 
o volume? 
 
4. Descreva a operação de lavagem de uma pipeta.

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