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Direito I Aula 1

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José Carlos H Silva
Aula 1
Direito I
INSTITUIÇÕES DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles.”
Ruy Barbosa
Caros alunos 
Estamos iniciando mais um semestre do nosso Curso de Contabilidade. Nossa disciplina Instituições de Direito Público e Privado está dividida em 8 tópicos. 
O primeiro trata do Aspecto Introdutório do Direito enfatizando os ramos do direito público e do direito privado. O segundo aborda os conceitos de Estado, sua origem, formação e elementos, Estado de direito, Estado Democrático de Direito e a Sociedade. No terceiro abordaremos as acepções, os conceitos de Constituição, a supremacia da Constituição face a outras normas de direito. O quarto tópico trata das Fontes do Direito. No quinto vamos estudar as Normas Jurídicas. No sexto, A Eficácia da Lei no Tempo e no Espaço. No sétimo as Relações Jurídicas e no oitavo, Noções de Direito Civil - Parte Geral.
Estarei atento ao desenvolvimento da disciplina e disponível para qualquer esclarecimento que for necessário. Qualquer dúvida que ocorra sobre a matéria, poderá ser dirimida em sala ou ainda pelo Portal, de forma que não economizem perguntas.
O Material Didático enviado aos alunos almeja:
Otimizar o tempo de estudo do aluno
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Desejo muito sucesso no desenvolvimento dos seus estudos.
Prof. José Carlos H Silva
1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS A DISCIPLINA
A origem do direito está na própria origem da civilização. A partir do momento em que o homem passou a viver em comunidade, unindo-se uns aos outros para se defenderem dos demais predadores, podemos dizer que, é a partir desse momento que ocorre o desenvolvimento do direito. Evidentemente, que a forma do direito na sua nascente, fora de forma rudimentar, pois havendo o império da força pessoal àquele que detinha a liderança pela força era quem ditava as normas.
O direito nasce com a própria sociedade e se desenvolve delineando as normas de conduta para a existência pacífica das pessoas. O Direito é intuitivo, representa o certo. Qualquer pessoa que não tenha estudado nada de direito, intuitivamente conhece o que é o direito, pois tem perfeita noção do que é certo e do que é errado.
Sendo esse um conceito do conhecimento vulgar da expressão do direito, carecemos de alguma definição mais técnica e atualizada, como segue. Diversos autores produziram as seguintes definições:
“Direito é um complexo de normas reguladoras da conduta humana, com força coativa”.
 “Aristóteles mencionava que o homem é um animal político, destinado a viver em sociedade. Assim, havia necessidade de regras para que pudesse viver em harmonia, evitando a desordem”.
“Celso, no Direito Romano, dizia que o Direito é a arte do bom e do equitativo”.
“Miguel Reale menciona que o direito é a vinculação bilateral atributiva da conduta para a realização ordenada dos valores de convivência”.
“Direito é o conjunto de princípios, de regras e de instituições destinado a regular a vida humana em sociedade”.
O Direito representa um conjunto, pois é composto de várias partes organizadas, formando um sistema. Tem o Direito princípios próprios, como qualquer ciência, ainda que não seja exata. Exemplo são os princípios da boa-fé, da razoabilidade, da proporcionalidade etc. Possuem inúmeras regras, algumas delas compendiadas em códigos, como o Código Civil, o Código Tributário Nacional (CTN), o Código Comercial, o Código de Processo Civil (CPC), além de inúmeras Leis. 
O objetivo do Direito é regular a vida humana em sociedade, estabelecendo normas de conduta, que devem ser observadas pelas pessoas. Tem por finalidade a realização ordem social, mas também vai atingir as relações individuais das pessoas. O Direito é um meio para a realização ou obtenção de um fim, que é a Justiça. 
Com a necessidade de se impor regras de conduta aos homens, disciplinando a vida social, surgem às normas, impostas pelo Estado, disciplinando a vida social, contudo, estas normas não identificam para quem se aplicam, podendo-se dizer que são impessoais e aplicáveis a todos. Assim, também nascem as leis, nas suas mais diversas apresentações.
As leis surgem impondo regra de conduta, contudo, a par da regra de conduta imposta coercitivamente a todos, surge também a sansão para quem não cumprir a regra de conduta. Sendo assim, as pessoas passam a ter direitos, mas também deveres. Desde que se cumpra a regra do direito, não haverá necessidade de imposição de nenhuma sansão. 
Em cada Estado, surgem as Leis e demais Normas Jurídicas, formando o que chamamos o Direito Positivo�. O Direito Positivo também é chamado pelos juristas de Direito Objetivo, haja vista que é composto de todas as regras de direito impostas a todos pelo Estado.
Em contrapartida, temos o Direito Subjetivo, que é a faculdade que as pessoas têm de exigir o atendimento do seu Direito Positivo. Assim, quem achar que o seu direito foi violado, face à existência de lei que lhe garante aquele direito, pode exigir o cumprimento do mesmo e não sendo atendido de forma espontânea poderá ir ao poder judiciário que fará cumprir o direito violado.
A distinção entre Direito Objetivo e Direito Subjetivo é extremamente sutil na medida em que estes correspondem a dois aspectos inseparáveis: o Direito Objetivo nos permite fazer algo porque temos o Direito Subjetivo de fazê-lo.
O Direito pode ser dividido em dois ramos, Objetivo e Subjetivo, dependendo da forma de análise que se deseja fazer. É considerado como Direito Objetivo, o conjunto de regras jurídicas obrigatórias, em vigor no país, numa dada época. Em outras palavras, o direito objetivo são as normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os homens que vivem na sociedade que adota essas leis. O descumprimento dá origem a sanções. O Direito Subjetivo pode ser definido como a faculdade ou possibilidade que tem uma pessoa de fazer prevalecer em juízo a sua vontade, consubstanciada num interesse. Em outras palavras, é a capacidade que o homem tem de agir em defesa de seus interesses, invocando o cumprimento de normas jurídicas existentes na sociedade onde vive, todas as vezes que, de alguma forma, essas regras jurídicas venham ao encontro de seus objetivos e possam protegê-lo. Por ex.: o seu veículo, parado no semáforo, é atingido na traseira por outro. Há normas no Código Brasileiro de Trânsito (direito objetivo), aos quais você pode recorrer, através de uma ação, para fazer valer seu direito. Você está utilizando seu direito subjetivo de utilizar a regra jurídica do direito objetivo para garantir seu interesse atingido.
Direito Objetivo
Direito Objetivo através das normas, determina a conduta que membros da sociedade devem observar nas relações sociais. Mas não devemos confundir a norma propriamente dita com a lei, pois a norma é o mandado, a ordem, com eficácia organizadora, enquanto a lei é o signo, o símbolo mediante o qual se manifesta a norma. Poderíamos dizer simbolicamente que a norma é a alma, enquanto a lei o corpo.
Uma visão intermediária do Direito Objetivo lhe atribui dois objetos: um interno e outro externo. O objeto interno consiste em que o direito objetivo disciplina a organização social, isto é, os órgãos e os poderes que exercem a autoridade pública, as relações entre as várias autoridades, enfim, a formação e a ação da máquina do Estado. Já o objeto externo se caracteriza pelo fato de que o direito objetivo regula a conduta externa dos homens nas sua relações recíprocas.
A noção de Direito Objetivo não pode estar divorciada da noção de justiça, expressa no ditado "dar a cada um o que é seu". O direito objetivo, como conjunto de normas vigentes em determinado momento histórico numa determinada sociedade, deve ser necessariamente também a noção de justo nesse mesmo momento e sociedade. 
Direito SubjetivoDesigna a faculdade da pessoa  de agir dentro das regras do direito (FACULTAS AGENDI). É o poder que as pessoas têm de fazer valer seus direitos individuais.
Então, nasce da vontade individual. É a faculdade de alguém fazer ou deixar fazer alguma coisa, de acordo com a regra de ação, ou seja, de acordo com a norma. Os direitos subjetivos revelam poder e dever. Poder de cobrar e dever de pagar uma dívida. Está ligado a pessoa, exige o direito objetivo que está na lei. Por exemplo, posso exigir a licença à maternidade, sendo esse direito objetivo. Mas preciso provar esse Direito Subjetivo, ou seja, preciso provar que estou grávida. É aquele que pode ser exigido pelo seu titular,
Assim, Direito Subjetivo é a prerrogativa do indivíduo invocar a lei na defesa de seu interesse, ou ainda, os direitos subjetivos encontram proteção na norma, do Direito Objetivo. É este que os garante. Em outras palavras, é o Direito Objetivo que confere às pessoas direitos subjetivos.
Classificação dos Direitos Subjetivos
A primeira classificação sobre o Direito Subjetivo refere-se ao seu conteúdo, figurando, como divisão maior, a relativa do Direito Público e Direito Privado.
1. Direitos Subjetivos Públicos – O direito subjetivo público divide-se em direito de liberdade, de ação, de petição e direitos políticos. Em relação ao direito de liberdade, na legislação brasileira, como proteção fundamental, há os seguintes dispositivos:
a) Constituição Federal:  item II do art. 5º – “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” ( princípio denominado por norma de liberdade);
b) Código Penal: art. 146, que complementa o preceito constitucional – “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda – pena…” ( delito de constrangimento ilegal );
c) Constituição Federal: item LXVIII do art. 5º – “Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.”
O direito de ação consiste na possibilidade de se exigir do Estado, dentro das hipóteses previstas, a chamada prestação jurisdicional, isto é, que o Estado, através de seus órgãos competentes, tome conhecimento de determinado problema jurídico concreto, promovendo a aplicação do Direito.
O direito de petição refere-se à obtenção de informação administrativa sobre o assunto de interesse do requerente. A Constituição Federal, no item XXXIV, a, do art. 5º, prevê tal hipótese. Qualquer pessoa poderá requerer aos poderes públicos, com direito à resposta.
É através dos direitos políticos que os cidadãos participam do poder. Por eles os cidadãos podem exercer as funções públicas tanto no exercício da função executiva, legislativa ou judiciária. Incluem-se, nos direitos políticos, os direitos de votar e de ser votado.
2. Direitos Subjetivos Privados – Sob o aspecto econômico, os direitos subjetivos privados dividem-se em patrimoniais e não-patrimoniais. Os primeiros possuem valor de ordem material, podendo ser apreciados pecuniariamente, o que não sucede com os não-patrimoniais, de natureza apenas moral. Os patrimoniais subdividem-se em reais, obrigacionais, sucessórios e intelectuais. Os direitos reais são aqueles que têm por objeto um bem móvel ou imóvel, como o domínio, usufruto, penhor. Os obrigacionais, também chamados de crédito ou pessoais, têm por objeto uma prestação pessoal, como ocorre no mútuo, contrato de trabalho etc. Sucessórios são os direitos que surgem em decorrência do falecimento de seu titular e são transmitidos aos seus herdeiros. Finalmente, os direitos intelectuais dizem respeito aos autores e inventores, que têm o privilégio de explorar a sua obra, com exclusão de outras pessoas.
Os  direitos subjetivos de caráter não-patrimonial desdobram-se em personalíssimos e familiais. Os primeiros são os direitos da pessoa em relação à sua vida, integridade corpórea e moral, etc. São também denominados inatos, porque tutelam o ser humano a partir do seu nascimento. Já os direitos familiais decorrem do vínculo familiar, como os existentes entre os cônjuges e seus filhos.
Além das normas jurídicas que já vimos acima, encontramos no ordenamento jurídico uma grande quantidade de normas nas mais diversas Instituições, são as ditas NORMAS SOCIAIS.
INSTITUIÇÕES: são entidades que subsistem ao tempo e fazem parte tanto do Estado quanto da própria sociedade civil, daí termos as instituições de direito público e de direito privado. Podemos exemplificar com instituições como os Órgãos do Poder Judiciário, do Poder Executivo, do Poder Legislativo, os sindicatos das diversas profissões, os Conselhos das profissões tal como o Conselho Regional de Economia, Conselho Regional de Contabilidade.
Quando um aluno entra numa escola encontra uma série de recomendações sobre o seu comportamento na escola. São as normas escolares.
Nos hospitais temos as normas com relação à presença dos pais junto aos filhos em atendimento hospitalar
Nos Hotéis encontramos o regulamento do Hotel, que em geral está afixado por traz da porta do apartamento.
Nas empresas encontramos o regulamento da empresa, que regula o comportamento dos empregados no ambiente da empresa.
Até mesmo em casa encontramos normas sociais de convivência, quando os pais determinam as regras e procedimentos para a convivência no âmbito da residência: horário para chegar, forma de deixar arrumado o quarto, horário para estudar e horário para acessar a internet etc.
Ainda temos as normas que se constituem nos Contratos Sociais das empresas onde as respectivas cláusulas regulam as questões sociais, como a saída de sócio, pagamento de lucros, forma de alienação das quotas etc. Dentre as normas sociais, podemos dizer que a Moral faz parte desse campo. Moral, como substantivo é o mesmo que Ética e como adjetivo tem em primeiro lugar os dois significados correspondentes aos do substantivo Moral: 1º atinente à doutrina ética, 2º atinente à conduta e, portanto, suscetível de avaliação Moral, especialmente de avaliação Moral positiva. Assim, não só se fala de atitude Moral para indicar uma atitude moralmente valorável, mas também coisas positivamente valoráveis, ou seja, boas.
A moral tem conceitos que variam com o tempo, já que moral é proveniente dos costumes dos grupos sociais. A moral, tal como a Ética, têm conotação pessoal e de abrangência unilateral enquanto que o Direito tem conotação bilateral já que o direito dispõe da sanção. Alguns autores entendem que o campo da Moral e do Direito poderiam ser reproduzidos por intermédio de dois círculos concêntricos em que o circulo maior seria da Moral e o círculo menor do Direito, em que o Direito estaria completamente inserido na Moral e a Moral por ser mais ampla teria uma parte que não está englobada pelo direito.
Contudo, não seria de forma genérica, já que haveremos de encontrar normas que interessam apenas ao direito, não estando inserida na moral. O que se pode afirmar é que as normas morais influenciam grandemente as normas jurídicas.
RAMOS DO DIREITO
O Direito nasceu com a própria civilização. A gênese do Direito se confunde com a evolução da própria história das civilizações, haja vista que mesmo de forma rudimentar o Direito vem regulamentando as relações humanas desde o início da humanidade. Assim, podemos considerar atual o brocardo jurídico (axioma, ditado popular), citado por diversos autores: ubi homo, ibi jus (Onde está o homem está o Direito). Desta forma, podemos definir o Direito como o CONJUNTO DE REGRAS DISCIPLINADORAS QUE REGEM A VIDA EM SOCIEDADE.
Compõe-se de regras escritas, sob a forma de Constituição, Leis, etc., são divididos em Direito Internacional e Direito Nacional. É dividido em Direito Público e Privado.
O Direito Internacional Público, tratade regular as questões internacionais de ordem pública e que devem ser respeitadas em relação aos países, nesse ramo, englobam-se, os tratados internacionais, as declarações bilaterais entre países, a exemplo da Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) e as Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O Direito Internacional Privado, disciplina as relações das pessoas no espaço, visto que pode haver leis que vigentes num país, não têm a mesma aplicação em outro. Casos por exemplo de pessoas que trabalham em outro país, sendo contratado no Brasil, o filho de uma pessoa brasileira com outra de outra nacionalidade. São questões para o Direito Internacional Privado.
O Direito Público trata do Direito Constitucional, Econômico, Administrativo, Penal, Financeiro, Tributário, Processual e da Seguridade Social.
O Direito Privado trata das questões do Direito Civil e Direito Comercial (atualmente denominado Direito de Empresa).
DIREITO NATURAL - Fizemos algumas considerações no primeiro tópico desta aula sobre o direito que surge com a existência das primeiras sociedades ou comunidades. Este direito que surge naturalmente com a organização das pessoas em grupos sociais e denomina-se Direito Natural.
Observa-se que o Direito Natural decorre da própria natureza das coisas. São princípios gerais e universais que regulam os direitos e deveres dos homens tal como a própria existência das pessoas em grupos sociais. Podemos exemplificar com o direito que todos temos de viver. O direito a alimentos pelos pais, que perdura até nossos tempos, já que se não for promovido de forma espontânea pode-se ir à justiça para que o façam.
De forma diferente da existência dos animais, onde impera a lei da subsistência a partir da necessidade da própria alimentação e defesa das suas crias para a continuidade da espécie.
DIREITO POSITIVO - conforme já vimos, é a própria norma legal emanada do Estado, por intermédio das suas instituições responsáveis pela elaboração das leis. Portanto, nos interessa sobremodo o estudo do direito positivo, que é subdividido em:
■ Direito Positivo Internacional (Público e Privado)
■ Direito Positivo Nacional (Público Privado).
No Direito Trabalhista, alguns autores, como Miguel Reale, considera ser “inegável a presença do Estado, na sua função institucional, impondo limites à iniciativa individual, ao livre jogo dos interesses particulares”, assim, classificando como pertencente ao Direito Público. Já autor Sérgio Pinto Martins, classifica o Direito Trabalhista como pertencente ao Direito Privado, e aduz: “o que prepondera é a autonomia da vontade das pessoas na contratação, apesar da existência de normas de ordem pública que incidem sobre a relação de emprego”.
Bibliografia:
Vide Ementa da Disciplina
Filmes Jurídicos sugeridos:
1. O Mentiroso, com Jim Carrey
2. Uma Linda Mulher, com Julia robert e richard gere
3. O Informante, sobre Delação Premiada.
4. Erin Brockvich: Uma mulher de talento, com JULIA ROBERT
Questões
Qual é o objeto da Introdução ao Estudo do Direito e qual a sua importância?
A disciplina Introdução ao Estudo do Direito  fornece conhecimentos basilares, gerais e comuns a qualquer área do Direito. Seriam noções fundamentais para a compreensão do universo jurídico, referindo-se a diversos conceitos científicos utilizados no Direito, com objetivos pedagógicos. 
A Introdução ao Estudo do Direito propicia ao leigo uma visão global de todo o conteúdo existente na área do Direito, e tal visão certamente nunca poderia ser obtida através do estudo isolado de certas disciplinas. 
Os conceitos específicos a cada ramo do Direito não são objeto da disciplina em questão, restando clara a certeza de que apenas conceitos comuns é que serão estudados. Conceitos esses que são universalizados, institucionalizados, e, que independente do ramo a que se referir, serão os mesmos. Exemplos dessa universalização são os conceitos de lei, princípios, relação jurídica, fato ou negócio jurídico, dentre outros. 
A técnica jurídica, ou seja a prática aplicada ao Direito, em linhas genéricas, também figura como objeto da disciplina em questão. Dessa forma, torna-se evidente os principais objetos da Introdução ao Estudo do Direito, que conta com a amplitude de conceitos pertinentes à área, visão global do grande sistema existente dentro do Direito e noções genéricas da prática jurídica. 
Além das várias funções citadas para essa disciplina, a Introdução ao Estudo do Direito propicia uma adaptação do leigo ao mundo jurídico, de forma a conciliar os conhecimentos por ele já sabidos, com os outros que acaba de se deparar. Importante papel também reside na simplificação de conceitos e situações inusitadas, que poderiam trazer certas dificuldades à compreensão e formação de uma identidade e consciência jurídica. As bases de um raciocínio jurídico são construídas nesse estágio.
Qual é o papel do Direito dentro da sociedade?
O ser humano, por sua natureza, possui forças instintivas que atuam sobre ele, forças essas que influenciam na construção de seu mundo cultural. Assim, para viver em sociedade, o homem deve passar por um processo de adaptação, que deve se dar tanto na esfera interna quanto na externa. Diz-se interna quanto for relativa ao corpo, sem a interposição da vontade, como o funcionamento dos órgãos diante de diferentes situações em que deva se adaptar. Já na esfera externa a relação é do homem com o espaço exterior. O homem tem inúmeras necessidades, que são satisfeita pela natureza. O homem adapta e transforma o mundo a sua volta, e na carência de recursos, constrói, cria e transforma a natureza para satisfação de determinada necessidade. 
Essas adaptações repercutem na formação da cultura de um determinado local e influenciam a vida em sociedade. O homem, assim, irá conviver e participar da vida em sociedade e para que essa convivência seja a mais harmônica deve haver normas e regras a serem seguidas.
O Direito e o homem se influenciam mutuamente. Enquanto o Direito faz parte do processo de adaptação do homem, devendo este se adequar e obedecer as normas, o homem também influencia na criação do Direito, vez que este deve estar focado e adaptado ao meio para o qual foi produzido, obedecendo os valores que a sociedade elege como fundamentais. 
É importante dizer que o Direito Natural possui como leis fundamentais as leis advindas da natureza e do conceito da expressão justiça. Dessa forma, como o Direito Natural não se originou de uma criação humana, por ser, inclusive, anterior ao próprio homem, não pode ser classificado como processo de adaptação social. Entretanto, a criação do Direito, em uma sociedade, deve estar baseada nas principais regras do Direito Natural, pois seus princípios de respeito à vida, à liberdade, dentre vários outros, devem estar contidos em qualquer lei. 
O Direito também possui importante missão: serve como instrumento para gerar a paz e harmonia nas diversas relações sociais. Vale dizer que o Direito não deve refletir interesses individuais, mas sim interesses de toda a coletividade, que muitas vezes colidem com os interesses individuais. 
O Direito, por ser fruto da elaboração humana, sofre influencia do tempo e do local, e por isso, ele deve estar sempre aberto às mudanças que ocorrem durante as diferentes épocas. O tempo faz surgir inúmeras e constantes transformações, e devido a isso, o Direito deverá estar sempre atualizado. 
Cumpre salientar que o Direito exige a imposição de determinados comportamentos e posturas, que limitam a liberdade dos homens para uma interação harmônica. Há outras manifestações sociais que também auxiliam o Direito nessa missão, quais sejam: a religião, a moral, a ética e as regras de trato social. 
O que é nexo causal?
 
O nexo de causalidade relaciona-se com o vínculo entre a conduta ilícita e o dano, ou seja, o dano deve decorrer diretamente da conduta ilícita praticada pelo indivíduo, sendo pois conseqüênciaúnica e exclusiva dessa conduta.  O nexo causal é elemento necessário para se configurar a responsabilidade civil do agente causador do dano.
O que é o "dano", elemento do ato ilícito capaz de ensejar a responsabilidade civil?
Para ensejar a responsabilidade civil, deverá existir o dano, ou seja, o comprovado prejuízo da vítima, que enseje, dessa maneira, a reparação. Salienta-se que a responsabilidade civil, e a conseqüente indenização decorre da noção de compensação, ou seja de reconfortar a vítima diante do prejuízo por ela amargado. Acrescenta-se que o dano pode ser patrimonial, ou moral. 
Os danos patrimoniais atingem bens jurídicos que podem ser auferidos pecuniariamente, ou seja, relacionados a uma quantia em dinheiro.  Já os danos morais ofendem direitos que não estão na esfera patrimonial, que diz respeito aos direitos personalíssimos, relacionados com o direito à integridade física, psíquica e moral.  Pode-se dizer que, atualmente, a indenização decorrente da responsabilidade do agente a reparar o dano, é medida pela extensão do mesmo, ou seja, será proporcional ao prejuízo causado.  Entretanto, a indenização poderá ser menor que o dano provocado, quando o juiz verificar que houve excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano efetivamente provocado. 
O que é o vício da lesão num negócio jurídico?
A lesão, é uma novidade trazida pelo Novo Código de 2002.  A  lesão ocorre quando o negócio jurídico, embora tenha se originado de forma correta, durante o seu curso, surge uma grande desproporção entre as prestações das partes. O negócio jurídico, então, perde seu equilíbrio.  Salienta-se que a lesão apresenta dois elementos: um objetivo e outro subjetivo. O elemento objetivo será a desproporção existente entre as prestações das partes; já o elemento subjetivo diz respeito à extrema necessidade ou inexperiência da parte. 
Cumpre ressaltar que a parte que sofre a lesão não necessita comprovar que a outra parte sabia da lesão, bastando, tão somente, comprovar a necessidade e a inexperiência. Dessa forma, percebe-se que o Código de 2002 não objetiva, nesse assunto, punir a conduta do outro, mas proteger quem foi lesionado, não admitindo a quebra do Princípio da comutatividade (que preza o equilíbrio nas relações), que deverá reger os negócios jurídicos. 
É importante lembrar o negócio jurídico não será anulado se for feita uma revisão contratual que restitua o equilíbrio das prestações das partes, reduzindo o proveito ou fornecendo o suplemento suficiente para que seja o equilíbrio restituído na relação. 
O que é fraude contra credores?
A fraude contra credores ocorre quando a pessoa, que está devendo credores, efetua negócios jurídicos gratuitos (exemplo: doação), remissão de dívida (extinção da obrigação pelo perdão da dívida), ou contratos onerosos (exemplo: vende ou onera seus bens) com o intuito de prejudicar os direitos dos credores.  Vale dizer que o devedor que faz essa disposição de bens já está insolvente, ou esses atos ocasionarão a insolvência do devedor, que não poderá mais arcar com suas dívidas. 
É importante ressaltar que são considerados negócios fraudulentos, os contratos onerosos, quando estiver notória a insolvência do devedor, e ainda, quando existir motivo para que a parte, com quem foi feito o negócio, sabia dessa condição. 
Acrescenta-se que os credores que poderão reclamar a anulação desses negócios jurídico com fraude serão apenas os quirografários, ou seja, somente aqueles que não possuem qualquer garantia para o recebimento de seu crédito se não o patrimônio do devedor (diferente daqueles credores que possuem como garantia como por exemplo a hipoteca), ou aos credores que, embora possuam garantia, essa tenha se tornado insuficiente para cobrir o crédito do devedor. 
Acrescenta-se que a ação cabível para que os negócios jurídicos com fraude sejam anulados é denominada AÇÃO PAULIANA. 
Salienta-se, oportunamente, que os negócios jurídicos ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural ou industrial, ou relativos ao sustento do devedor e de sua família, são considerados negócios de boa- fé, não sendo estes passíveis de anulação.
Quais as características para que uma conduta humana seja considerada elemento constitutivo de um ato ilícito?
Pode-se dizer que a conduta humana , para ser elemento do ato ilícito, deverá ser ilícita, ou seja, contrárias aos preceitos de Direito, de forma a desrespeitar um dever jurídico. Só pratica ato ilícito aquele que possui um dever jurídico e não obedece esse dever. 
A conduta deve ser imputável ao autor do fato, ou seja, deverá ser atribuída ao agente causador do dano. Salienta-se que, diferentemente do que preconiza o princípio de Direito Penal, em que a pena não passará da pessoa do condenado, no âmbito da responsabilidade civil, poderá existir casos em que a responsabilidade será indireta, ou seja, terceiros responderão pelos atos praticados por outros em virtude de uma determinada relação jurídica.
Conforme estipula o art. 932 do CC essas situações ocorrerão caso dos pais em relação aos filhos, tutores e curadores em relação aos seus tutelados e curatelados, empregadores em relação a seus trabalhadores, e donos de hotéis, hospedarias, e escolas em relação aos hóspedes, moradores e alunos, e os que tiverem participado do produto do crime. 
Quais as características do elemento "culpa" para a configuração do ato ilícito?
A culpa a que capaz de configurar o ato ilícito deve ser entendida em sentido amplo, ou seja, envolvendo o dolo e a culpa propriamente dita.  O dolo é a intenção, ou seja, é a vontade direcionada do agente de cometer o ato, destinado a causar o dano. Já a culpa pode ser expressada em três noções: negligência, imprudência ou imperícia. 
A negligência é explicada como o descaso ou acomodação do agente, que não toma as providências necessárias ao cumprimento do dever jurídico a que está obrigada. 
Já a imprudência se verifica pelo excesso de confiança do agente, que age sem a devido cuidado a que necessitava a situação. 
Pela imperícia verifica-se a culpa decorrente da inabilidade técnica, em que o agente não é apto a prestar a função a que estava obrigado a exercer ou cumprir.
 
É importante lembrar que, a obrigação de reparar o dano pode ser adotada em virtude da culpa (responsabilidade subjetiva) ou mesmo sem que esta seja verificada (responsabilidade objetiva), em virtude das teorias da culpa.
A teoria da responsabilidade subjetiva, a que se refere o artigo 186 do CC, tem como centro de sua preocupação o ato ilícito, o sujeito causador do dano. A teoria, preconiza que o agente causador do dano seja devidamente punido. Dessa forma, para que essa punição seja correta e justa, é fundamental verificar a culpa que o agente possui no caso concreto. Assim, o elemento mais relevante dessa teoria, para a configuração do ato ilícito é a culpa, em sentido amplo.
 
Já a teoria da responsabilidade objetiva concentra seu objetivo na vítima, que deverá ser recompensada pelo prejuízo por ela sofrido em virtude da atitude de outro. Assim independente que a pessoa tenha agido com culpa (em sentido amplo), o mais importante é que haja a responsabilidade. 
Dessa forma, mais importante nessa teoria é a reparação dos danos sofridos pela vítima, que deverá existir independentemente da apuração da culpa. 
Percebe-se que o traço distintivo dessas teorias é a existência da culpa, e pode-se dizer que o Código Civil de 2002 adota a teoria da culpa subjetiva, mas lista algumas situações em que a responsabilidade será objetiva, conforme dispõe o parágrafo único do art. 927, que se refere a responsabilidade objetiva quando a lei assim determinar, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano, implicar, por sua natureza, em risco para os direitos de outrem. 
Qual é o conceito de ato ilícito?
Para se definir o significado de ato ilícito, deve-se ter em mente duas idéias principais. 
A primeira delasdetermina que pratica ato ilícito o indivíduo que, por sua ação ou omissão, que age com culpa (em seu sentido amplo, envolvendo o dolo, ou seja, a intenção de causar o dano e a culpa, quando o agente agir de forma negligente, imprudente ou com imperícia), causando prejuízos a terceiros. Para a configuração do ato ilícito, deverá existir os requisitos: conduta humana, nexo, dano, culpa.
A outra idéia é a de abuso de direito, que ocorre quando a pessoa, ao exercer um direito, exceder os limites permitidos em razão das finalidades do direito, seu fim econômico e social, boa-fé e os bons costumes. 
Dessa forma, o ato ilícito é devido àquele que agir com culpa ou em abuso de direito. Vale dizer que o CC impõe àquele que pratica ato ilícito a obrigação de reparar o dano mediante indenização, pelo instituto da responsabilidade civil, conforme depreende-se do art. 927. 
Como ocorre a coação num negócio jurídico?
A coação, outro vício de consentimento, pode-se dizer que se apresenta como a violência empregada para que alguém seja forçado a manifestar uma vontade diversa de sua vontade real. Na coação a pessoa está pressionada, injustamente, a exercer uma conduta, em virtude da violência utilizada. Vale dizer que a violência pode ser física (vis absoluta) ou moral (vis compulsiva). 
A violência física é exercida sobre o corpo da pessoa, e por sua natureza, pode-se dizer que exclui a própria manifestação de vontade. Dessa forma, quando exercida violência física, o negócio jurídico será considerado inexistente. 
Já a coação moral é aquele exercida sobre o psicológico, levando a pessoa a possuir um fundado temor de dano iminente e considerável à ela, à sua família, ou a seus bens. Vale dizer que o receio provocado deverá ser fundado, não podendo ser simples temor reverencial (relacionados ao respeito). 
Também não constituirá coação a ameaça do exercício regular de um direito. Por exemplo: não será coação se uma pessoa disser à outra, que se não pagar uma dívida devida, tomará as providencias judiciais cabíveis como a execução. 
Da mesma forma que o dolo, a coação também poderá ser exercida por terceiro, e, se a parte a quem a aproveita soubesse ou devesse ter conhecimento, responderá pelos prejuízos juntamente com o terceiro. (art. 154 do CC). 
No processo de elaboração das leis, quem são as pessoas que podem apresentar um projeto de lei?
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a norma mais importante do país, estipula o processo de elaboração das leis, que possui vários passos até que a lei esteja pronta. Essas regras estão nos artigos 59 a 69 da CRFB/88. Primeiramente é importante identificar quem poderá apresentar um projeto de lei, conforme descrito na CF/88, artigo 61: 
- Os membros da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Congresso Nacional 
- O Presidente da República 
- O Supremo Tribunal Federal 
- Os Tribunais Superiores 
- O Procurador Geral da República 
- Cidadãos 
Vale dizer que há assuntos determinados pela Constituição Feral que deveram ser obrigatoriamente de iniciativa do Presidente, como os casos relativos às Forças Armadas, serviços públicos e normas de organização do Estado, previstos no art. 61, § primeiro. 
Depois de ser proposto um projeto de lei pelas pessoas autorizadas na lei, o que acontece?
Após a propositura do projeto de lei pelas pessoas autorizadas no art. 61 da CR/88,  este será enviado para que seja avaliado pelas comissões do Senado Federal e Câmara dos Deputados, que formam as duas casas do Congresso Nacional. 
Depois de avaliado, o projeto seguirá para a discussão e votação. Vale dizer que as duas casas do Congresso Nacional se revezam, pois, se um projeto for avaliado pelo Senado Feral, a Câmara dos Deputados revisará o projeto, e, sendo avaliado pela Câmara dos Deputados, seguirá para o Senado Federal exercer o papel de revisor do projeto. 
Ressalta-se que há alguns projetos que devem obrigatoriamente passar primeiro pela Câmara dos Deputados, sendo esses de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados, conforme preceitua o artigo 64 da CR/88. 
Posteriormente, o projeto aprovado por uma casa e revisto pela outra será enviado para ser sancionado ou vetado. 
A sanção, atribuição exclusiva do Presidente da República, é a manifestação de sua concordância para com o projeto. O Presidente da República terá o prazo de 15 (quinze) dias para manifestar (artigo 66, §1º da CR/88). Pode-se dizer que se esse prazo decorrer sem que ele se manifeste, ocorrerá a sanção tácita, ou seja, considera-se que o Presidente aprovou o projeto, conforme se verifica a regra do art. 66, §3º da CR/88. 
Uma vez vetado o projeto de lei, o mesmo retornará ao Congresso Nacional, onde será apreciado em seção conjunta, no prazo de 30 (trinta). Pode o veto presidencial ser derrubado pela maioria absoluta dos deputados e senadores, que votarão em sigilo, conforme estipulado pelo artigo 66, §4º da CR/88. 
No caso do Presidente da República não vetar o projeto, ou o veto presidencial ser derrubado no Congresso Nacional, haverá a promulgação da lei, que é a declaração formal de existência da lei no mundo jurídico, sendo atribuição do presidente da República, que se não o fizer em 48 (quarenta e oito horas), torna-se função do Presidente do Senado, que também não o fazendo, passa-se à atribuição do Vice - Presidente do Senado (artigo 66, §7º da CR/88). 
Por fim, verifica-se a publicação da lei, que é a sua divulgação para a sociedade, devendo ser feita por órgão oficial. Vale dizer que os efeitos da lei iniciam-se, normalmente, 45 (quarenta e cinco) dias após a publicação, conforme o artigo primeiro da Lei de Introdução ao Código Civil. 
Em relação ao conteúdo, como devem ser organizados os atos legislativos?
Em virtude da complexidade de alguns assuntos, foi feita uma divisão dos atos legislativos.  O objetivo é reunir assuntos semelhantes, numa ordem lógica e estrutural. Dessa forma, os atos legislativos apresentam inúmeras divisões.
Os artigos representam as unidades básicas que contém os enunciados das normas. São numerados por algarismos ordinais até o número nove (Art. 1º, Art. 2º.... Art. 9º) e depois por números cardinais (Art. 10, Art. 11, Art.12). Quando o artigo apresentar quaisquer divisões, a parte que antecede a divisão se denomina caput.  
Os artigos deverão apresentar uma linguagem clara e precisa, pois deverá atingir todos os destinatários da norma. É importante também, abordar, de cada vez, apenas uma regra, de caráter mais geral, deixando as exceções e situações excepcionais serem tratadas por ocasião das suas subdivisões. 
Dessa forma os artigos poderão se dividir em parágrafos, incisos, alíneas e itens. Os parágrafos abordam regras restritas pois guardam uma sintonia direta com o caput do artigo, e descrevem uma situação excepcional, seja uma especificação, seja uma exceção. 
Vale dizer que os parágrafos se representam pelo símbolo §, sendo numerados da mesma forma que os artigos. Mas ressalta-se que quando se tratar de um único parágrafo, não se utiliza o símbolo, mas a descrição normal “parágrafo único”. 
Os incisos, alíneas e itens possuem, basicamente, a mesma função. São subdivisões do artigo que auxiliam na organização e sistematização das normas. Vale dizer que os incisos não possuem autonomia em relação ao artigo a que se referem, ficando desprovidos de sentido caso sejam analisados isoladamente. São representados por números romanos. 
Já as alíneas, que são subdivisões dos incisos, são representados por letras minúsculas, enquanto que os itens, que se prestam a dividir alíneas, se representam por números arábicos. 
Cumpre salientar que os artigos semelhantes são agrupados, formando um grande sistema dentro dos atos legislativos extensos. Ressalta-se que há formação de subseções, seções, que posteriormente reunidas formam títulos, que, por sua vez, constituem livros, que são agrupadosem partes, que vão compor, todos, conjuntamente, os códigos. 
� Direito Positivo é o conjunto de princípios e regras que regem a � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade" \o "Sociedade" �vida social� de determinado � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Povo" \o "Povo" �povo� em determinada época. Também chamado de Direito Objetivo.
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