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SEFAZ PE XEST administrativo daniel Aula 14 Agentes Públicos

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Aula 14
Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE
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AULA 14:Agentes Públicos. 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 14 2 
2. FUNÇÕES, CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS 2 
2.1 CRIAÇÃO DE CARGOS 6 
2.2 ACESSIBILIDADE A BRASILEIROS E ESTRANGEIROS 8 
2.3 EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO 9 
2.4 POSSE E EXERCÍCIO. 16 
2.5 ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE 22 
2.6 OUTRAS FORMAS DE PROVIMENTO 25 
A. PROMOÇÃO 25 
B. REINTEGRAÇÃO 32 
C. APROVEITAMENTO 33 
D. REVERSÃO 34 
E. TRANSFERÊNCIA (OU READAPTAÇÃO) 35 
F. SUBSTITUIÇÃO 36 
G. RECONDUÇÃO 37 
2.7 VACÂNCIA 37 
2.8 REMOÇÃO 38 
3. RESUMO DA AULA 39 
5. QUESTÕES 46 
6. REFERÊNCIAS 48 
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1. Introdução à aula 14 
 
Nesta aula 14 de Direito Administrativo para SEFAZ/PE 
DERUGDUHPRV� XP� SRQWR� PXLWR� LPSRUWDQWH� GD� PDWpULD�� ³(Estatuto dos 
Servidores Públicos do Estado de Pernambuco - Lei Estadual no 
6.123/1968 e alterações);13. Servidores públicos: Provimento em cargo 
público; ? ?� 
Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a 
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
2. Funções, cargos e empregos públicos 
 
Qual seria a distinção entre cargo, emprego e função pública? 
1. CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas 
a um servidor, criando com este um vínculo estatutário. 
Acessível a todos os brasileiros, criado por lei, 
comdenominação própria e vencimento pago pelos cofres 
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em 
comissão. Aquele que ocupa o cargo público é chamado de 
funcionário público. 
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A investidura em um cargo público ocorre com a posse. Na Lei 
Estadual nº 6.123/1968, consta a seguinte disciplina dos 
cargos públicos (art. 2º): 
Art. 2º Para os efeitos deste Estatuto: 
I - funcionário público é a pessoa investida em cargo público; 
II - cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades cometidas a um funcionário, com as 
características de criação por lei, denominação própria, número 
certo e pagamento pelos cofres do Estado; 
III - classe é o conjunto de cargos iguais quanto à natureza, 
grau de responsabilidade e complexidade de atribuições; 
IV - série de classes é o conjunto de classes semelhantes, 
quanto à natureza, grau de complexidade e responsabilidade das 
atribuições, constituindo a linha natural de promoção do 
funcionário; 
V - grupo ocupacional é o conjunto de séries de classes e 
classes únicas, de atividades profissionais, correlatas ou afins 
quanto à natureza dos respectivos trabalhos ou ao ramo de 
conhecimento aplicado em seu desempenho; 
VI - serviço é a justaposição de grupos ocupacionais, tendo 
em vista a identidade, a similitude ou a conexão das respectivas 
atividades profissionais; 
VII - especificação de classe é o conjunto de atribuições, 
responsabilidades e demais características pertinentes a cada 
classe, compreendendo ainda, além de outros, os seguintes 
elementos: denominação, código, exemplos típicos de tarefas, 
qualificações exigidas, forma de recrutamento e linha de 
promoção; 
VIII - reclassificação é a transformação de cargo efetivo em 
outro, ou a justaposição de cargo em outra classe, ou série de 
classes, tendo em vista a conveniência do serviço. 
 
2. EMPREGO PÚBLICO: também é uma unidade de atribuições, 
distinguindo-se do cargo pelo tipo de vínculo que liga o 
servidor ao Estado. O ocupante de emprego público tem um 
vínculo contratual. 
3. FUNÇÃO PÚBLICA: é o conjunto de atribuições às quais não 
corresponde um cargo ou emprego (conceito residual). 
Abrange 2 tipos de situação: função exercida por servidores 
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contratados temporariamente, para a qual não se exige, 
necessariamente, concurso público, e função de natureza 
permanente, correspondentes a chefia, direção, 
assessoramento (função de confiança, de livre provimento e 
exoneração). 
ATENÇÃO PARA AS OBSERVAÇÕES: 
OBS1) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, 
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuaismínimos previstos em lei, destinam-se 
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
OBS2) No art. 37, II, da Constituição Federal, o constituinte só 
exigiu concurso público para a investidura em cargo ou 
emprego. Nos casos de função, essa exigência não existe. 
OBS3) O provimento originário em cargo público ocorre por meio 
da nomeação. 
 Confira os seguintes dispositivos constitucionais: 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE OBSERVAR que os tribunais brasileiros já 
sedimentaram o entendimento de que não existe direito adquirido à 
manutenção do regime jurídico do servidor público; o regime 
37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
(...) 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem 
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
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jurídico pode ser alterado unilateralmentepelo poder público, com a 
simples alteração da lei de regência. 
 
 
1. (CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Administrativo)A investidura 
no cargo público ocorre com a nomeação, sendo de trinta dias 
o prazo para o nomeado tomar posse. 
Alunos, atenção aos detalhes! A investidura ocorre com a posse e não 
com a nomeação. O prazo está correto, é de 30 dias (também para a 
Lei Estadual nº 6.123/19685). 
Gabarito: Errado 
2. (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito)São requisitos para a 
investidura em cargo público, entre outros, a idade mínima de 
dezoito anos e a aptidão física e mental, podendo as 
atribuições do cargo justificar a exigência de outros requisitos 
estabelecidos em lei. 
Errado! O art.23 da lei em estudo nos ensina quais são os 
requisitos mínimos.: 
Art. 23. Só poderá tomar posse em cargo público quem satisfizer os seguintes 
requisitos: 
I - ser brasileiro; 
II - estar no gozo dos direitos políticos; 
III - estar quite com as obrigações militares, 
IV - estar quite com as obrigações eleitorais; 
V - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica; 
VI - ter atendido às prescrições de lei especial para o exercício de 
determinados cargos; 
Questão de 
concurso 
 
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VII - ser declarado apto em exame psicotécnico procedido por entidade 
especializada, quando exigido em lei ou regulamento. 
Gabarito: Errado. 
 
3. (CESPE - 2013 - TC-DF - Procurador)A promoção constitui 
investidura derivada, enquanto a nomeação traduz investidura 
originária do servidor público. 
Meus caros, essa foi fácil. A única forme de provimento originário é a 
nomeação, qualquer outra é derivada. Simples assim. 
 
Gabarito: Certo. 
 
2.1 Criação de cargos 
 E como se dá a criação, transformação e extinção de cargos, 
empregos e funções públicas? 
No âmbito federal, isso ocorre por meio de lei, da competência do 
Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente da 
República, quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos 
na administração federal direta e autárquica. 
 De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os 
Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-
membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a 
Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la. 
 No caso específico de cargo ou função pública que estejam 
vagos, a extinção pode ser feita mediante decreto do próprio Chefe 
do Executivo (não precisa edição de lei pelo Legislativo). 
ATENÇÃO!!! A extinção de função ou cargo público preenchido 
somente poderá ser efetivada mediante lei; caso o cargo esteja 
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vago, a competência para sua extinção é privativa do Chefe do 
Poder Executivo, mediante decreto autônomo. 
 
 
4. (CESPE - 2013 - STF - Técnico Judiciário - Área Administrativa) 
Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas 
a um servidor. 
Como vimos, cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser 
cometidas a um servidor, criando com este um vínculo estatutário. 
Acessível a todos os brasileiros, criado por lei, com denominação 
própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em 
caráter efetivo ou em comissão. Aquele que ocupa o cargo público é 
chamado de funcionário público. 
Gabarito: certo. 
 
5. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) 
Apesar do princípio da legalidade, que norteia toda a 
administração pública, o presidente da República pode dispor, 
por meio de decreto, sobre a organização e o funcionamento 
da administração federal se isso não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. 
Compete privativamente ao Presidente da República, a organização 
e funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos,segundo o artigo 84 da Constituição Federal. Item certo. 
 
Questão de 
concurso 
 
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6. (CESPE - TJ TRE RJ/Administrativa/2012) Cargos públicos são 
núcleos de encargos de trabalho permanentes a serem 
preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los sob 
relação trabalhista. 
Caros alunos, esse é o conceito dado por Celso Antônio Bandeira 
Mello para emprego público ³HPSUHJRV� S~EOLFRV� VmR� Q~FOHRV� GH�
encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes 
contratados para desempenhá-ORV��VRE�UHODomR�WUDEDOKLVWD�´. 
Gabarito: Errado. 
 
2.2 Acessibilidade a brasileiros e estrangeiros 
 De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei. 
 Os referidos requisitos estabelecidos em lei devem, 
obrigatoriamente, mostrar-se necessários ao adequado desempenho da 
função pública correspondente. Além disso, é vedado o 
estabelecimento de exigências ou condições pelos editais de concursos 
públicos que não possuam amparo legal. 
OBS: a EC nº 45/2004 estabeleceu duas hipóteses novas de 
requisitos constitucionais especificamente para o acesso aos 
cargos de juiz e de membro do Ministério Público, tanto 
estaduais quanto federais. A referida emenda passou a exigir do 
bacharel em direito, em ambos os casos, no mínimo 3 anos de 
atividade jurídica, além da aprovação em concurso público de 
provas e títulos. 
 No caso dos brasileiros, natos ou naturalizados, basta o 
atendimento aos requisitos da lei para que se tenha a possibilidade de 
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acesso aos cargos, empregos e funções públicas. Já para os 
estrangeiros, é necessária a edição de lei que estabeleça as condições 
de ingresso. 
É importante observar que a Lei Estadual nº 6.123/1968, coloca 
em seu art. 20, I, a nacionalidade brasileira como requisito básicopara inscrição em concurso. 
Olho aberto nos próximos itens desta aula, quando serão 
abordados os requisitos para a inscrição em concurso público, para a 
nomeação e para a posse. 
Muito importante lembrar que existem cargos privativos de 
brasileiro nato, a saber: Presidente e Vice-Presidente da República, 
Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, 
Ministro do STF, carreira diplomática, oficial das forças armadas e 
Ministro de Estado da Defesa (art.12, §3º, CF). 
 
2.3 Exigência de concurso público 
 A investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
 Esse dispositivo é aplicável à administração direta e indireta, 
inclusive para o preenchimento de empregos nas empresas 
públicas e sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de 
direito privado integrantes da administração indireta. 
 Ao falar em concurso público, a Constituição Federal está exigindo 
procedimento aberto a todos os interessados, ficando vedados os 
chamados concursos internos, só abertos a quem já pertence ao quadro 
de pessoal da Administração Pública. Além disso, deve-se propiciar igual 
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oportunidade de acesso a cargos e empregos públicos a todos os que 
atendam aos requisitos estabelecidos de forma geral e abstrata em lei. 
 CUIDADO COM AS EXCEÇÕES, MEUS CAROS!!! 
Para os cargos em comissão e para a contratação por tempo 
determinado (contratos temporários) para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público, dispensa-se o concurso 
público. Também a nomeação dos membros dos Tribunais não 
necessita ser precedida de concurso público. 
 Importante perceber que o concurso público deverá ser de 
provas ou de provas e títulos, ficando, assim, proibida a realização 
de contratações para cargos ou empregos efetivos com base em análise 
exclusiva de títulos ou currículos ou quaisquer outros procedimentos 
que não incluam a realização de provas. 
 Segundo a Súmula nº 686 do STF, só por lei se pode sujeitar a 
exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. 
 Na Lei n. 6.123/68, sendo exigido exame psicotécnico, só poderá 
submeter-se às provas do concurso o candidato que houver sido julgado 
apto naquele exame, para o exercício do cargo. 
 No caso de constatar a ocorrência de irregularidade na realização 
de um concurso em quaisquer de suas fases, a administração deve se 
valer de seu poder de autotutela e invalidar o concurso público. Nesse 
caso, a hipótese é de anulação, quando se constata alguma ilegalidade 
insanável em alguma etapa do certame. 
 Nos termos do art. 37, II, da Constituição, o prazo de validade 
do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por 
igual período. A prorrogação fica a critério da Administração, 
inexistindo, para os candidatos aprovados, direito subjetivo a essa 
prorrogação. No âmbito de Pernambuco, ³O edital de concurso 
disciplinará os requisitos para a inscrição, processo de realização, o 
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prazo de validade, os critérios de classificação, os recursos e a 
homologação.´�(art. 17 da Lei Estadual nº 6.123/1968). 
 Esse prazo é contado da homologação do concurso, que é o ato 
administrativo mediante o qual a autoridade competente certifica que o 
procedimento do concurso foi válida e regularmente concluído. 
Professor, como está a jurisprudência sobre a questão do 
DIREITO SUBJETIVO A NOMEAÇÃO DO APROVADO NO 
CONCURSO PÚBLICO? 
A orientação atual do STF é que a aprovação em concurso 
público dentro do número de vagas fixado no edital cria para o 
candidato direito adquirido à nomeação e não mera expectativa 
de direito, obedecida, evidentemente, a ordem de classificação. 
Entretanto, a administração tem direito de efetuar 
parceladamente as nomeações, dentro do prazo de validade do 
concurso. 
Isso é o que foi decidido no RE 598099, em repercussão geral 
(aplicável erga omnes), pelo Supremo Tribunal Federal. Vale a leitura 
do seguinte trecho do julgado: 
 
³'HQWUR� GR� prazo de validade do concurso, a Administração poderá 
escolher o momento no qual se realizará a nomeação, mas não poderá 
dispor sobre a própria nomeação, a qual, de acordo com o edital, passa 
a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um 
dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do 
concurso com número específico de vagas, o ato da Administração que 
declara os candidatos aprovados no certame cria um dever de 
nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito à 
nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número 
GH�YDJDV�������´ 
 
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Até aqui o estudo é bem tranqüilo. 
Contudo, CUIDADO COM A QUESTÃO DAS VAGAS SURGIDAS NO 
PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO, pois houve alteração 
jurisprudencial. 
Inicialmente, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (1ª 
Seção, MS 18881, de 28.11, 2012, divulgado no Informativo 
511)entendeu que o candidato aprovado fora das vagas previstas 
originariamente no edital, mas classificado até o limite das vagas 
surgidas durante o prazo de validade do concurso, possuia direito 
líquido e certo à nomeação se o edital dispuser que serão providas, 
além das vagas oferecidas, as outras que vierem a existir durante sua 
validade. 
Mas já em 2013, a 2ª Turma do mesmo Superior Tribunal de 
Justiça (a 1ª e a 2ª Turma do STJ compõem a sua 1ª Seção) entendeu 
TXH� ³Dinda que sejam criados novos cargos durante a validade do 
concurso, a Administração Pública não poderá ser compelida a nomear 
candidato aprovado fora do número de vagas oferecidas no edital de 
abertura do certame na hipótese em que inexista dotação orçamentária 
HVSHFtILFD´��506�������-RO, de 4/4/2013, Informativo nº 0522). 
Por fim, a 1ª Seção do STJ novamente se manifestou sobre o 
tema no final de 2013 e afirmou que ³R�FDQGLGDWR�DSURYado fora das 
vagas previstas no edital não tem direito subjetivo à nomeação, 
ainda que surjam novas vagas durante o prazo de validade do 
certame, seja em decorrência de vacância nos quadros 
funcionais seja em razão da criação de novas vagas por lei´� 
NessH�FDVR��VHJXQGR�R�HQWHQGLPHQWR�PDLV�DWXDO�GR�67-��³FRPSHWH�à Administração, no exercício do seu poder discricionário (juízo de 
conveniência e oportunidade), definir as condições do preenchimento 
GRV� VHXV� FDUJRV� YDJRV´� �MS 17.886-DF, de 11/9/2013, informativo 
531). 
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Assim, se o seu examinador afirmar que o candidato aprovado 
fora das vagas não tem direito subjetivo à nomeação, mesmo que 
surjam novas vagas durante o prazo de validade do concurso, você 
deve marcar correto! 
E se um candidato passou em 1º lugar, mas a Administração 
convocou o 3º da lista? 
Ai, meu amigo, não é caso de ser aprovado dentro ou fora das 
vagas. É caso de preterição. Nesse caso, o 1º lugar tem direito 
adquirido à nomeação se a administração nomear antes dele outro 
candidato que haja obtido colocação inferior no certame. 
O art. 37, §2º, da Constituição Federal, estabelece que a não 
observância da exigência de concurso público, respeitado seu prazo de 
validade, implicará na nulidade do ato e na punição da autoridade 
responsável. 
 ATENÇÃO!!!! 
Em virtude da exigência constitucional de aprovação em concurso 
público específico para cada cargo, o servidor público desviado de 
suas funções não pode ser reenquadrado, mas tem direito ao 
recebimento, como indenização, da diferença remuneratória entre os 
vencimentos do cargo efetivo e os daquele exercido de fato. 
 Também não se admite a transposição de cargos públicos, ou 
seja, a mudança das funções de um servidor de determinada carreira 
para as funções de outra carreira, seja mediante ato administrativo seja 
mediante lei, sob pena de se violar a regra do concurso público. 
 Quanto aos portadores de deficiências, o art. 37, VIII, da 
Constituição Federal, dispõe que a lei reservará percentual dos cargos e 
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá 
os critérios de sua admissão. 
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 Para a Súmula nº 377 do STF, o portador de visão monocular tem 
direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos 
deficientes. 
Não podemos fechar este tópico sem a leitura dos seguintes 
dispositivos da Lei Estadual nº 6.123/1968: 
 
Art. 13. A nomeação para os cargos de provimento efetivo exige 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e 
títulos. 
§ 1º A nomeação obedecerá a ordem de classificação dos 
candidatos habilitados em concurso. 
§ 2º Em igualdade de classificação em concurso dar-se-á 
preferência para nomeação, sucessivamente, ao funcionário que 
já pertença ao Quadro Permanente e ao servidor contratado do 
Estado sob o regime da legislação trabalhista. 
§ 3º É proibida a nomeação em caráter interino. 
§ 4º Mediante seleção e concurso adequados, poderão ser 
admitidos funcionários de capacidade física reduzida, para cargos 
especificados em lei e regulamento. 
 
Art. 17. O edital de concurso disciplinará os requisitos para a 
inscrição, processo de realização, o prazo de validade, os critérios 
de classificação, os recursos e a homologação. 
 
Art. 19. A classificação dos concorrentes será feita mediante a 
atribuição de pontos às provas e aos títulos, de acordo com os 
critérios estabelecidos no edital do concurso. 
 
Outros dispositivos interessantes da Lei Estadual nº 6.123/1968 
também relacionados a concursos públicos são os arts. 18 e 20. Esses 
dispositivos determinam como regra geral, que não há limite de idade 
para se inscrever em cargo público. Contudo, várias condições devem 
ser provadas pelo candidato no momento da inscrição, são elas: 
x ser brasileiro; 
x estar em gozo dos direitos políticos; 
x estar quite com as obrigações militares e eleitorais; 
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x ter boa conduta; 
x haver completado a idade mínima fixada por lei em razão da 
natureza do cargo; 
x contar, no máximo, quarenta anos de idade, ressalvadas as 
exceções legais. 
Embora a regra geral seja a não limitação de idade para inscrição 
em concurso, a Lei n. 6.123/68 afirma que as leis específicas de cada 
carreira podem dispor uma idade mínima para a inscrição no concurso. 
A mesma Lei n. 6.123/68 acabou por excepcionar também a regra geral 
ao afirmar que a idade máxima para a inscrição em um concurso 
público é de 40 anos de idade. 
Por fim, MUITA ATENÇÃO! A Lei n. 6.123/68 fixa em cinqüenta 
(50) anos a idade máxima para nomeação em concurso público 
destinado ao ingresso no serviço estadual e sua autarquias, mantidos os 
limites de idade fixados em lei específica para os cargos devidamente 
indicados. Essa não é a idade máxima para se inscrever no concurso, 
mas para ser nomeado! 
 
 
 
7. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial)Tanto a 
investidura em cargo como em emprego público exige 
aprovação prévia em concurso público, mas a nomeação para 
cargos em comissão e funções de confiança, assim como a 
contratação para serviços temporários, prescinde dessa 
exigência. 
Meu caro, se você ficou com dúvida nessa questão, acredito que 
seja quanto ao português, especificamente a palavra ³prescinde´, que 
significa dispensar, não precisar. Pois falamos em aula quanto à 
Questões de 
concurso 
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obrigatoriedade do concurso, a investidura em cargo ou emprego 
público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou 
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração. Para os cargos em comissão e para a contratação por 
tempo determinado (contratos temporários) para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público, dispensa-se 
o concurso público. 
Gabarito: Certo. 
 
8. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Os 
candidatos inscritos em concurso público não têm direito 
adquirido à realização do certame. 
Assim como a lei de licitações prevê que a empresa habilitada e 
que apresentou a melhor proposta não tem direito a contratação, o 
candidatonão tem direito a realização do certame, uma vez que a 
Administração pode anular ou revogar o procedimento do concurso se 
verificar qualquer problema ou se constatar que os cargos não 
necessitam ser preenchidos naquele momento. 
Gabarito: Certo 
 
2.4 Posse e exercício. 
 
Após a sua aprovação, a Administração vai publicar o ato de sua 
nomeação no Diário Oficial. 
A partir dessa publicação, você terá 30 dias para assinar o 
³WHUPR�GH�SRVVH´ (art. 28 da Lei n. 6.123/68). Com a assinatura desse 
termo você aceita expressamente o cargo. A posse é o ato pelo qual o 
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nomeado para um cargo público manifesta, pessoal e expressamente, a 
sua vontade de aceitar a nomeação einicia o exercício das respectivas 
funções. 
Cuidado para não perder o prazo! Na Lei n. 6.123/68, os 30 dias 
começam a contar da nomeação, podendo ser prorrogado, por justa 
causa, por até 180 dias. A não observância desse prazo importa em 
renúncia ao direito de nomeação. Não deixe passar esse prazo! 
Veja os dispositivos: 
 
Art. 28. A posse verificar-se-á no prazo de 30 dias, a contar da data de 
publicidade do ato de provimento no órgão oficial. 
Parágrafo único. A requerimento do interessado o prazo poderá ser 
prorrogado, por justa causa, até 180 (cento e oitenta) dias. 
Art. 29. O decurso do prazo para a posse, sem que esta se realize, importa 
em não aceitação do provimento e em renúncia ao direito de nomeação 
decorrente do concurso, salvo motivo de força maior devidamente 
comprovado. 
 
Agora que você já sabe o conceito de posse e os prazos aplicáveis 
(30 + 180 dias) vamos falar um pouco das formalidades da posse. 
Em primeiro lugar, vale destacar os requisitos para a posse 
(lembre-se que já vimos os requisitos para a inscrição e a idade mínima 
para a nomeação. 
Os requisitos para a posse são: 
x ser brasileiro; (mesmo da inscrição) 
x estar no gozo dos direitos políticos; (mesmo da inscrição) 
x estar quite com as obrigações militares, (mesmo da 
inscrição) 
x estar quite com as obrigações eleitorais; (mesmo da 
inscrição) 
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x gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica; 
(requisito novo) 
x ter atendido às prescrições de lei especial para o exercício 
de determinados cargos; (requisito novo) 
x ser declarado apto em exame psicotécnico procedido por 
entidade especializada, quando exigido em lei ou 
regulamento. (requisito novo) 
 
Vale destacar que nem para todos os cargos esses requisitos 
serão exigidos integralmente. Serão dispensados os seguintes requisitos 
para a posse: 
Para os cargos de provimento efetivo, dispensa-se a prova da 
nacionalidade brasileira. 
Para os cargos de provimento em comissão, se o nomeado já for 
VHUYLGRU� S~EOLFR�� p� QHFHVViULR� SURYDU�� QR� DWR� GD� SRVVH�� DSHQDV� ³WHU�
atendido às prescrições de lei especial para o exercício de determinados 
FDUJRV´� 
Para provimento de servidor público em cargo de órgão colegiado, 
além desse requisito ele deve provar também estar quite com as 
obrigações eleitorais. 
Se o nomeado para o cargo em comissão ou para cargo em órgão 
colegiado não for servidor púbico, ele tem que comprovar ser brasileiro, 
estar quite com suas obrigações militares e eleitorais e ter atendido as 
prescrições da lei para o exercício do cargo. Assim, não é necessário 
apresentar comprovante de que está em gozo de boa saúde (inspeção 
médica) ou fazer psicotécnico. 
E quais são as autoridades competentes para dar posse em 
Pernambuco, professor? 
Nos termos do art. 24 da Lei n. 6.123/68, são competentes para 
dar posse: 
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x a autoridade de hierarquia imediatamente superior no cargo 
de provimento em comissão; 
x os órgãos colegiados, aos respectivos membros; 
x o Diretor do Departamento de Administração de Pessoal da 
Secretaria de Administração, ao nomeado para o exercício 
de cargo de provimento efetivo. 
 
É a autoridade que dá a posse quem verifica se foram satisfeitas 
as condições legais para a investidura. 
No ato de posse, o seUYLGRU�DVVLQD�R�³WHUPR�GH�SRVVH´�MXQWR�FRP�
essa autoridade. Nesse termo, constará o compromisso de fiel 
cumprimento dos deveres e atribuições. Também deve constar do 
³WHUPR� GH� SRVVH´� os bens e valores que constituem o patrimônio do 
servidor e declaração expressa de que não exerce função pública de 
acumulação proibida. 
Por fim, quanto a posse, vale mencionar que ela pode ser feita por 
procuração, quando o nomeado estiver ausente do Estado e, em casos 
especiais, a juízo da autoridade competente. Mas, você não vai querer 
perder a foto da sua assinatura no termo de posse para colocar no 
Instagram, não é? 
E o exercício, professor, que bicho é esse? 
Nada mais é do que o desempenho das atribuições do cargo. É 
colocar a mão na massa, arregaçar as mangas e trabalhar para o 
Estado! 
No Estado de Pernambuco (Lei n. 6.123/68), o servidor deve 
entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da 
posse. Esse prazo pode ser prorrogado por + 30 dias, mediante 
requerimento do servidor e após aprovação do Secretário de Estado da 
Secretaria em que for lotado o funcionário. 
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Se o servidor vai entrar em exercício porque foi reintegrado (você 
vai ver abaixo o que é isso), ele tem 30 dias (+ 30) a contar da 
publicação do ato que determinou a sua reintegração ao serviço público. 
E se eu não entrar em exercício nesse prazo, professor, o que vai 
acontecer comigo? 
Você vai ter feito a maior K H DA da sua vida! Você vai perder o 
seu cargo! A não ser que você consiga provar que perdeu esse prazo 
por motivo de força maior. 
Todas as datas importantes relacionadas ao exercício são 
registradas nos assentos funcionais do servidor (início, interrupção, 
reinício...). 
A promoção de um servidor de uma classe para outra não 
interrompe o exercício. Por outro lado, se o funcionário for preso 
preventivamente, pronunciado por crime comum ou denunciadopor 
crime funcional, ou ainda, condenado por crime inafiançável em 
processo no qual não haja pronúncia será afastado do exercício, até 
decisão final passada em julgado. 
E quem dá o exercício, o mesmo que dá a posse? 
Não, meu amigo, quem vai te dar posse é uma autoridade. Quem 
vai lhe dar exercício é o responsável pelo serviço onde você vai ser 
lotado (ou o superior hierárquico imediato ou um colega mais 
experiente). 
Há um instituto interessante na Lei n. 6.123/68 que é a garantia. 
Que é isso, professor? 
Segundo a lei, há cargos (não me pergunte quais! Nem sei se 
ainda existem cargos assim após a Constituição) que demandam a 
prestação de uma garantia para que o servidor possa entrar em 
exercício nele. 
Leia a disciplina desse estranho instituto na Lei n. 6.123/68: 
 
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Art. 30. O nomeado para cargo cujo desempenho exija prestação de garantia 
não poderá entrar em exercício sem a prévia satisfação dessa exigência. 
§ 1º Não se exigirá fiança quando o total anual do dinheiro, bens ou valores 
do Estado, sob a responsabilidade do funcionário, não exceder trinta vezes o 
maior salário mínimo mensal. 
§ 2º A fiança poderá ser prestada: 
I - em dinheiro; 
II - em títulos da Dívida Pública; 
III - em apólices de seguro de fidelidade funcional emitidas por instituição 
oficial ou empresa legalmente habilitada. 
§ 3º Não se admitirá o levantamento da fiança antes da tomada de contas do 
funcionário. 
Art. 31. O responsável por alcance ou desvio de material não ficará isento da 
ação administrativa ou criminal que couber, ainda que o valor da garantia 
seja superior ao prejuízo verificado. 
Art. 32. Serão periodicamente discriminadas, por decreto, as classes sujeitas 
à prestação de garantia e determinadas as importâncias para cada caso, 
revistos e atualizados os valores existentes. 
 
Em resumo, temos as seguintes etapas: 
 
Concurso público 
 
Nomeação 
 
Posse em 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 180 dias 
 
Exercício: 30 dias 
 
Estágio probatório de 3 anos 
 
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2.5 Estágio Probatório e estabilidade 
 
Você já foi aprovado no concurso, foi nomeado, tomou posse, 
entrou em exercício e está trabalhando. Mas, você ainda vai precisar 
vencer uma avaliação: o estágio probatório. 
O estágio probatório é o período em que o servidor, nomeado em 
caráter efetivo, ficará em observação e durante o qual será verificada a 
aptidão dele para o cargo. A Administração vai observar se você está de 
acordo com os seguintes requisitos: idoneidade moral, assiduidade e 
pontualidade, disciplina e eficiência. 
A verificação desses requisitos será efetuada em processo 
administrativo. Se nesse processo for apurada a inaptidão dele para o 
cargo, ele será exonerado. 
Contudo, muita calma nessa hora, o servidor em estágio 
probatório tem direito a ampla defesa e contraditório nesse processo, 
pessoalmente ou por meio de advogado. O servidor pode juntar 
documentos e apresentar defesa escrita em 10 dais. 
Transcorridos os 3 anos sem exoneração, o simples transcurso 
desse tempo já enseja em declaração automática da estabilidade do 
servidor no serviço público. É isso o que diz o art. 43, § 3º, da Lei n. 
6.123/68. 
Agora, os dispositivos mais interessantes relativos ao estágio 
probatório da lei pernambucana são o § 4º do mesmo artigo e o art. 44. 
Leia-os COM ATENÇÃO: 
 
§ 4º Fica dispensado do estágio probatório de que trata o presente artigo, o 
funcionário nomeado por concurso, desde que conte, à época, dois (2) anos 
de efetivo exercício como contratado no Estado, em funções idênticas àquelas 
para as quais prestou concurso. 
Art. 44. O funcionário estável fica dispensado de novo estágio probatório, 
quando nomeado para outro cargo. 
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O dispositivo do § 4º deve ter interpretação restritiva e só vale 
quando ambos os cargos, o anterior e o atual, tiverem atribuições 
idênticas e forem do mesmo órgão. Isso ocorre quando o cargo anterior 
foi extinto, mas foi sucedido por outro. Veja o entendimento do Tribunal 
de Justiça de Pernambuco sobre o tema: 
 
EMENTA - CONSTITUCIONAL, ADMINSTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL - 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR CONTRA ATO DO 
SECRETÁRIO DE ADMINSTRAÇÃO E REFORMA DO ESTADO E SUA GERÊNCIA 
DE CONTROLE DA MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO 
DA JUSTIÇA GRATUITA DEFERIMENTO. CONCURSO PÚBLICO. ESTABILIDADE. 
SERVIDOR ESTÁVEL AO SER INVESTIDO EM OUTRO CARGO NÃO FICA 
DISPENSADO DE CUMPRIR O ESTÁGIO PROBATÓRIO NESTE NOVO 
CARGO. A DESNECESSIDADE DE NOVO ESTÁGIO PROBATÓRIO 
PRECEITUADA PELO ART. 44 DA LEI 6123/68 APLICA-SE APENAS 
PARA CARGO COM IDÊNTICAS ATRIBUIÇÕES E MESMOS REQUISITOS 
DE INVESTIDURA. DENEGADA A SEGURANÇA POR UNANIMIDADE DE 
VOTOS. 
CLASSE: Mandado de Segurança 
RELATOR: Josué Antônio Fonseca de Sena 
ORGAO JULGADOR: 1º Grupo de Câmaras Cíveis 
DATA JULGAMENTO:17/08/2011 
DATA PUBLICACAO:29/08/2011 
 
Em outro julgado, o TJPE afirmou que estabilidade e estágio 
probatório não se confundem. Estabilidade diz respeito à situação do 
servidor no serviço público. Já o estágio probatório é a aptidão para 
aquele cargo específico. Assim, via de regra, não se pode dispensar o 
estágio probatório daquele servidor que já era estável no serviço 
público, mas em razão do exercício de outro cargo público. 
Vale a pena ler a ementa: 
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2. O entendimento jurisprudencial consolidado é o de que a estabilidade diz 
respeito ao serviço público e não guarda relação com o cargo, assim o 
servidor estável, ao ser investido em novo cargo, não fica dispensado 
de cumprir com o novo estágio probatório, assim são possíveis 
situações em que o servidor público mesmo estável no serviço públiconão logre êxito no estágio probatório relativo a outro cargo público 
que ocupa. 3. Ressalta-se que na hipótese dos autos, não se trata de 
sucessão de cargos públicos, a situação ora posta é de acumulação de cargos 
públicos, e, por isso mesmo, imperiosa a necessidade de submissão ao 
estágio probatório para que a recorrente seja avaliada se reúne condições 
para o exercício cumulado com o segundo cargo de professora, mesmo se 
tratando de cargos com a mesma atribuição. 4. Com o advento da Lei 
Municipal nº 178/2002, que instituiu o Plano de cargos, carreiras e 
remuneração do Grupo Ocupacional do Magistério de Jaboatão dos 
Guararapes, o artigo que conferia o direito de dispensa do segundo estágio 
probatório foi revogado. 5. Diante da impossibilidade de dispensa do estágio 
probatório, não cabe a progressão funcional requerida pela apelante, é que a 
Lei Municipal nº 178/2002 estabelece que não haverá progressão funcional 
enquanto o servidor estiver em estágio probatório. 6. Precedentes do STJ. 7. 
Apelo improvido à unanimidade. 
CLASSE: Apelação 
RELATOR: Ricardo de Oliveira Paes Barreto 
ORGAO JULGADOR: 2ª Câmara de Direito Público 
DATA JULGAMENTO:03/07/2014 
DATA PUBLICACAO:10/07/2014 
 
 
ATENÇÃO MÁXIMA: A Lei Estadual nº 6.123/1968 dispõe em 
seu art. 94 que o titular de cargo de provimento efetivo adquire 
estabilidade depois de dois anos de efetivo exercício. 
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Contudo, esse dispositivo não faz mais sentido diante da redação 
do art. 41 da Constituição, com redação dada pela EC 19/98, no sentido 
de que o servidor público adquire a estabilidade com 3 anos! 
Leia a norma constitucional para não errar na prova: 
 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores 
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso 
público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma 
de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
 
Perceba que um processo administrativo pode demitir um 
servidor, mas nesse processo deve ser assegurada a ampla defesa. No 
Estado de Pernambuco esse processo chama-se inquérito 
administrativo. 
Assim, se a sua prova perguntar, segundo a Lei n. 6.123/68, o 
prazo para adquirir a estabilidade é de 2 anos de efetivo exercício, você 
vai falar que sim. Mas se a prova perguntar se o prazo da estabilidade é 
de 3 anos, sem mencionar se é de acordo com a lei, você vai marcar 
correto, pois a redação da Constituição prevalece. 
 
2.6 Outras formas de provimento 
 
a. Promoção 
 
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A Lei n. 6.123/68 prevê as seguintes formas de provimento de 
cargo público: 
x Nomeação 
x Promoção 
x Reintegração 
x Aproveitamento 
x Reversão 
x Transferência 
Já falamos da nomeação, que é forma originária de provimento, 
agora vamos entrar na promoção. 
Você será promovido no serviço público do Estado de Pernambuco 
quando você for elevado, em caráter efetivo, à classe imediatamente 
superior à que pertence na respectiva série. 
Lembre-se que, pela definição do art. 2º da Lei n. 6.123/68, 
³classe´ é o conjunto de cargos iguais quanto à natureza, grau de 
responsabilidade e complexidade de atribuições H�³série de classes´��SRU�
sua vez, é o conjunto de classes semelhantes, quanto à natureza, grau 
de complexidade e responsabilidade das atribuições, constituindo a 
linha natural de promoção do funcionário. 
Uma primeira regra da promoção para você ficar triste: o servidor 
em estágio probatório não pode ser promovido. O mesmo ocorre com o 
servidor que está em disponibilidade. 
Outra notícia ruim: não ocorrerá a promoção se houver um 
funcionário em disponibilidade, aguardando o surgimento de uma vaga 
para voltar a trabalhar. 
Mais uma notícia ruim: você não pode ser promovido por duas 
vezes em menos de 365 dias de exercício naquela classe. 
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E como se dará a promoção, meus caros? 
Pelos famosos critérios de merecimento e antiguidade na classe. 
Um servidor promove por merecimento e outro por antiguidade, 
alternadamente. O critério de promoção utilizado deve constar do ato 
de promoção e dos assentamentos funcionais. 
As datas para antiguidade são apuradas a cada 3 meses. As 
promoções serão realizadas no trimestre posterior àquele em que 
ocorrer a vaga. Se a Administração dormir no ponto e não apurar quem 
deve ser promovido nesse período, os efeitos do ato de promoção 
retroagirão ao último dia do trimestre em que deveria ter sido realizada, 
ou seja, quando o servidor for promovido, ele vai receber os 
retroativos. Se houve o atraso da Administração e o servidor que ia ser 
promovido por antiguidade acabou morrendo ou se aposentando, ele 
será considerado promovido. 
A promoção tem o bom lado de promover uma cascata de 
benefícios à classe. Isso porque, cada servidor que sobe deixa vago um 
espaço para que o servidor que estava abaixo dele também suba na 
classe. 
Outro benefício do regime de promoção de Pernambuco é que, se 
houve erro da Administração na promoção (ela promoveu José quando 
deveria ter promovido João), José não precisará devolver o dinheiro, 
mas o ato será declarado nulo e João será indenizado da diferença de 
vencimentos a que tiver direito. 
E esse prejuízo, vai ser incorporado pela Administração, 
professor? 
Não! Se o erro decorreu de ato praticado por dolo ou culpa de um 
servidor, esse servidor responderá perante a Fazenda pela quantia 
recebida a mais pelo funcionário irregularmente promovido. 
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Agora vamos falar um pouco de como se apura a pontuação da 
promoção por merecimento. 
Em primeiro lugar vale destacar que só concorre na promoção o 
funcionário da classe imediatamente inferior. O servidor não pode pular 
2 classes numa só promoção. Além disso, a pontuação do merecimento 
é apurada pelo que o servidor fez naquela classe específica (não olha 
todo o seu histórico!). 
Na promoção por merecimento entra o fator político. Isso porque, 
deverão constar da lista de promoção 3 vezes mais servidores que o 
número de vagas abertas para promoção, para que o Chefe do Poder 
Executivo escolha quem ele promoverá. 
A pontuação do merecimento é dada em pontos positivos e 
negativos, levando-se em conta a natureza do cargo, segundo o 
preenchimento respectivamente, das condições essenciais (qualidade 
e quantidade de trabalho, a auto suficiência, a iniciativa, o tirocínio, a 
colaboração, a ética profissional, o conhecimento do trabalho, o 
aperfeiçoamento funcional e a compreensão dos deveres) e condições 
complementares (aspectos negativos do merecimento funcional e se 
constituem da falta de assiduidade, da impontualidade horária e da 
indisciplina). 
Interessante observar o seguinte dispositivo: 
 
Art. 59. Não poderá ser promovido por merecimento: 
I - o funcionário em exercício de mandato eletivo federal, estadual ou 
municipal; 
II - O funcionário que, para tratar de interesse particular, esteja licenciado na 
época da promoção ou tenha estado nos dois semestres anteriores; 
III - a funcionária que esteja na época da promoção, ou tenha estado nos 
dois semestres anteriores, licenciada para acompanhar o marido, funcionário 
civil ou militar, mandado servir em outro ponto do território nacional ou 
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estrangeiro; 
IV - o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois 
semestres anteriores, posto à disposição de qualquer entidade, salvo para 
exercer cargo de Chefia na administração direta ou indireta do Estado; 
V - o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois 
semestres anteriores afastado do exercício do cargo, para participação em 
congresso ou curso de especialização, salvo os relacionados com as 
atribuições do cargo que ocupa, comprovada a freqüência ou aproveitamento; 
VI - o funcionário que esteja na época da promoção, ou do cargo para a 
realização de pesquisa científica ou conferência tenha sido nos dois semestres 
anteriores, afastado do exercício do cargo para a realização de pesquisa 
científica ou conferência cultural, salvo as relacionadas com as atribuições do 
cargo que ocupa, mediante a apresentação dos resultados dos respectivos 
trabalhos; 
VII - o funcionário que não obtiver, como grau de merecimento, pelo menos a 
metade do máximo atribuível; 
VIII - o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois 
semestres anteriores, afastado do cargo para exercer, como contratado, 
função técnica ou especializada, nos termos do art. 177 deste Estatuto. 
 
Com relação aos critérios da promoção por antigüidade, vale 
destacar que, da mesma forma, ela será atribuída ao funcionário que 
tiver maior tempo de efetivo exercício na classe. 
No caso de fusão de classe, o funcionário contará na nova classe a 
antigüidade já adquirida à data da fusão. 
Oportuno observar, na sistemática da Lei n. 6.123/68, o que 
ocorre na apuração da antiguidade se houver fusão de várias classes 
em uma só: 
 
§ 4º No caso de elevação de nível ou padrão de uma série de classes com a 
fusão de classes sucessivas a antigüidade do funcionário, na classe resultante 
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da fusão, será contada do seguinte modo: 
I - o funcionário da classe inicial contará a antigüidade que tiver nessa classe, 
à data da fusão; 
II - o funcionário de classe superior à inicial contará a soma das seguintes 
parcelas: 
a) a antigüidade na classe a que tenha pertencido; 
b) a antigüidade que tenha tido nas classes inferiores, da série de classes, 
nas datas em que houver sido promovido. 
 
E se houver empate na antiguidade, professor, o que ocorre? 
Nesse caso, terá preferência, sucessivamente: 
x O funcionário de maior tempo de serviço público prestado 
ao Estado e respectivas autarquias. 
x O que houver exercido substituição não remunerada 
prevista na presente Lei. 
x O de maior tempo de serviço público. 
x O de maior prole. 
x O mais idoso. 
E a minha colocação ou nota final no concurso, nunca será levada 
em conta para promoção? 
Será sim! Por isso estude muito!!! Na promoção da classe inicial 
para a imediatamente superior, o primeiro desempate será feito pela 
classificação, expressa na nota final obtida no respectivo concurso. 
Um último detalhe sobre a antiguidade é a forma de sua 
contagem, que se dará da seguinte forma: 
(I) nos casos de nomeação, reversão ou aproveitamento: a partir 
da data em que o funcionário entrar no exercício do cargo; 
(II) no caso de promoção: a partir de sua vigência; 
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(III) - no caso de transferência: considerando-se o período de 
exercício que o funcionário possuía na classe, ao ser transferido. 
Por fim, para você ter ciência de toda a sistemática da promoção, 
leia os seguintes dispositivos da Lei n. 6.123/68, que trazem alguns 
detalhes importantes: 
 
Art. 63. A prova de haver o funcionário prestado serviços eleitorais, na 
qualidade de mesário ou membro de junta Apuradora será considerada para 
efeito de desempate nos casos de promoção depois de observados os 
critérios fixados neste capítulo. Persistindo o empate, terá preferência o 
funcionário que tenha servido maior número de vezes. 
Art. 64. Não se contará tempo de serviço concorrente ou simultaneamente 
prestado, em dois ou mais cargos ou funções. (cargos acumulados não 
beneficiam em nada na promoção) 
Art. 65. Enquanto durar o mandato federal, estadual ou municipal, o 
funcionário só poderá ser promovido por antigüidade salvo o disposto no § 2º 
do Art. 173, da Constituição de Pernambuco. 
Art. 54. O funcionário suspenso poderá ser promovido mas os efeitos da 
promoção ficarão condicionados: 
I - no caso de suspensão disciplinar, à declaração da improcedência da 
penalidade aplicada na esferaadministrativa; 
II - no caso de suspensão preventiva, ao resultado do correspondente 
processo administrativo. 
§ 1º Nas hipóteses deste artigo, o funcionário só perceberá o vencimento 
correspondente à nova classe, quando resultar sem efeito a penalidade, ou 
quando no processo a que se vinculou a suspensão preventiva não for 
imposta pena mais grave que a de repreensão. 
§ 2º Nos casos previstos no parágrafo anterior, o funcionário perceberá o 
vencimento correspondente à nova classe, a partir da vigência de sua 
promoção. 
§ 3º Mantida a penalidade de suspensão ou resultando, do processo a que se 
vinculou a suspensão preventiva, pena mais grave que a de repreensão, a 
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promoção será tornada sem efeito a partir de sua vigência. 
 
b. Reintegração 
 
A reintegração é o retorno do servidor demitido ou exonerado ao 
cargo anteriormente ocupado ou ao cargo resultante de sua 
transformação (se o cargo que ele ocupava antes foi transformado em 
outro) ou, ainda, ao cargo equivalente ao que ele ocupava se este foi 
extinto, com ressarcimento dos prejuízos. Se essa demissão ou 
exoneração foi anulada em processo administrativo ou judicial, o 
servidor volta ao cargo por meio da reintegração. 
Para decorar, grave essa imagem: 
 
Fonte: maxresdefault.jpg 
E se o cargo já tiver sido preenchido por outro servidor quando o 
sujeito foi reintegrado, professor? 
Saiba que o reintegrado tem total privilégio para voltar ao cargo, 
meu amigo. A anulação gera efeitos extunc, ou seja, retroagem para 
que a situação retorne ao estado em que se encontrava. Assim, 
encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado 
em outro cargo ou posto em disponibilidade. 
Se o servidor for reintegrado em um cargo em comissão, o atual 
ocupante será exonerado. 
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Se o cargo que ele ocupava foi extinto, o servidor reintegrado 
deve ser colocado em cargo equivalente, atendidos especialmente a 
habilitação profissional do funcionário e o vencimento do cargo. 
Se não for possível colocá-lo em nenhum cargo com as 
características do cargo que foi extinto, ele ficará em disponibilidade, 
com os vencimentos que teria, se fosse reintegrado. 
Por fim, vale observar que o servidor reintegrado será submetido 
à inspeção médica e, verificada a incapacidade para o serviço público, 
será aposentado. 
 
c. Aproveitamento 
 
Aproveitamento é o retorno a atividade, em cargo igual ou 
equivalente, do servidor que se encontrava em disponibilidade. Vale 
destacar que ocorre a disponibilidade quando o cargo que o servidor 
ocupa é extinto ou é declarado desnecessário. Assim, o servidor perde a 
sua função no serviço público em razão de um novo arranjo na 
estrutura do órgão. Como ele não pode ser demitido, ele deve ser 
aproveitado pela Administração em outro posto. 
Esse aproveitamento deve ser feito em cargo de atribuições e 
vencimento compatíveis com o cargo anteriormente ocupado por ele. Se 
o cargo tiver uma remuneração inferior, o servidor terá direito à 
diferença. 
Disponibilidade não é punição. Não foi o servidor que gerou a 
extinção ou a desnecessidade do cargo. Assim, o provento da 
disponibilidade será igual ao vencimento do cargo, acrescido das 
vantagens permanentes. 
Aqui uma imagem interessante: 
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Fonte: indicae.blogspot.com 
ACOORRDDAA SERVIDOR! VOCÊ ESTAVA EM DISPONIBILIDADE, 
AGORA FOI APROVEITADO!! VAI TRABALHAR!!!! 
Por fim, alguns dispositivos da Lei Estadual nº 6.123/1968: 
 
Art. 69. Aproveitamento é o retorno à atividade do funcionário em 
disponibilidade, em cargo igual ou equivalente, pela sua natureza e 
vencimento, ao anteriormente ocupado. 
Art. 70. O aproveitamento far-se-á obrigatoriamente na primeira 
oportunidade que se oferecer. 
Art. 71. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a 
disponibilidade do funcionário que, aproveitado não tomar posse no 
prazo legal, salvo no caso de invalidez, em que o funcionário será 
aposentado. 
Parágrafo único. A cassação da disponibilidade na hipótese deste 
artigo, será precedida de inquérito administrativo. 
Art. 72. Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá 
preferência o de maior tempo de disponibilidade e no caso de 
empate o de maior tempo de serviço público. 
 
 
d. Reversão 
 
É retorno a atividade do aposentado quando insubsistentes os 
motivos da aposentadoria (se, por exemplo, ele se aposentou por 
invalidez e uma junta médica constatar que ele pode trabalhar) ou por 
interesse e requisição da Administração, se o servidor concordar. 
Veja a imagem: 
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fonte: marcioantoniassi.wordpress.com 
 
Esses servidores não poderiam ter sido aposentados por invalidez! 
Eles devem ser revertidos! 
Se ocorrer por interesse da Administração, por motivo de 
necessidades e conveniências de natureza financeira, o servidor vai 
receber, além dos proventos, adicional de remuneração no valor de 
cinqüenta por cento dos proventos integrais referentes a retribuição 
normal do cargo em que se aposentou, acrescida do adicional por 
tempo de serviço. 
Na reversão o servidor volta para o mesmo cargo, ou se extinto, 
em cargo equivalente, respeitada a habilitação profissional e 
considerada a existência de vaga. Importante observar que o servidor 
revertido não pode ser designado para cargo em comissão! 
Se determinada a reversão e o servidor não tomar posse no prazo 
legal, a sua aposentadoria será cassada, mediante a abertura de 
processo administrativo. 
 
e. Transferência (ou readaptação) 
 
Transferência: ocorre quando o servidor deve ir para cargo mais 
compatível com a modificação na sua capacidade física ou intelectual. 
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A transferência deve ser precedida de avaliação de desempenho 
funcional, treinamento ou prova de capacidade intelectual, satisfeito o 
requisito de habilitação profissional. 
Em nenhuma hipótese a readaptação poderá se processar para 
cargo intermediário ou final de série. 
Para decorar, grave essa imagem: 
 
fonte: www.trabalhosescolares.net 
 
Se esse servidor era digitador e perdeu os movimento dos dedos, 
ele deve ser readaptado para outro cargo que não exija trabalho de 
digitação. 
 
f. Substituição 
 
Ocorre quando o seu chefe tira férias, por exemplo, e deixa o 
cargo sem ninguém. Ocorre, ainda, quando o seu chefe está impedido 
de atuar em determinado processo. Assim, há substituição em caso de 
impedimento legal ou afastamento eventual do titular de cargo, em 
comissão, de direção ou chefia e do servidor designado para exercer 
função gratificada. 
Fundamental a leitura do art. 80 da Lei n. 6.123/68 para entender 
como se dá a substituição na prática: 
 
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Art. 80. Nas substituições serão obedecidas as seguintes normas: 
I - no caso de cargo em comissão de direção ou chefia, a autoridade 
competente designará substituto para "responder pelo expediente" da 
repartição, sem que tal designação resulte qualquer vantagem 
financeira para o substituto. 
II - no caso de função gratificada, o substituto perceberá o vencimento 
do seu cargo, cumulativamente com a gratificação respectiva, quando a 
substituição for por período superior a trinta dias. 
 
 
g. Recondução 
 
Por fim, vale falar da recondução, que não tem capítulo próprio na 
Lei n. 6.123/68, mas é mencionada no art. 68. 
Recondução é o retorno do estável ao cargo anteriormente 
ocupado e decorre de reintegração do anterior ocupante do cargo. 
 
2.7 Vacância 
 
A vacância do cargo público efetivo no âmbito do Estado de 
Pernambuco decorrerá de: 
 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
IV - transferência; 
V - aposentadoria; 
VI - falecimento; 
VII - posse em outro cargo, ressalvadas as exceções legais. 
 
A única dessas hipóteses que se configura como uma punição é a 
demissão. 
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Ocorre a exoneração quando o servidor pede (ele achou coisa 
melhor na vida pra fazer!) ou quando o superior pede (de ofício) para 
aquele que ocupa tão somente um cargo em comissão sair (lembre-se 
que os cargos em comissão são de livre provimento e exoneração). 
Há ainda a exoneração quando o servidor é reprovado no estágio 
probatório. Veja que aqui não é demissão! Muita atenção! 
Ocorre, ainda, a exoneração quando o servidor nomeado não 
tomar posse no prazo legal ou quando ele toma posse em outro cargo 
inacumulável. 
 
2.8 Remoção 
 
Nesse instituto o servidor permanece com o seu cargo, porém é 
deslocado para praticar os atos de sua função com ou sem mudança de 
sede. 
A remoção far-se-á, segundo a Lei Estadual nº 6.123/1968: 
I - de um para outro órgão da administração; 
II - de uma para outra localidade. 
A remoção poderá ser de ofício ou a pedido ou por permuta. 
Por fim, interessante a leitura dos seguintes dispositivos: 
Art. 41. A remoção pode ser a pedido ou de ofício, atendida sempre a 
conveniência do serviço. 
§ 1º Quando o pedido de remoção tiver por fundamento motivo de 
saúde, deverá este ser comprovado pela Junta Médica Estadual. 
§ 2º Do pedido de remoção do funcionário formulado por órgão 
administrativo, deverá constar expressamente se o funcionário é 
desnecessário ou inadaptado ao serviço. 
§ 3º Quando qualquer órgão da administração solicitar a remoção de 
um seu funcionário, este somente será desligado do serviço após a 
nova lotação. 
Art. 42. Observado o disposto nos artigos 40 e 41, a remoção por 
permuta será processada a pedido escrito dos interessados. 
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3. Resumo da aula 
 
A criação, transformação e extinção de cargos, empregos e 
funções públicas são da competência do Congresso Nacional, por meio 
de lei. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente da República, 
quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na 
administração federal direta e autárquica. 
 De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os 
Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-
membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a 
Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la. 
A investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
Segundo a Súmula nº 686 do STF, só por lei se pode sujeitar a 
exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. 
 Na Lei n. 6.123/68, sendo exigido exame psicotécnico, só 
poderá submeter-se às provas do concurso o candidato que houver sido 
julgado apto naquele exame, para o exercício do cargo. 
 Nos termos do art. 37, II, da Constituição, o prazo de validade do 
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual 
período. A prorrogação fica a critério da Administração, inexistindo, 
para os candidatos aprovados, direito subjetivo a essa prorrogação. No 
âmbito de Pernambuco, ³O edital de concurso disciplinará os requisitos 
para a inscrição, processo de realização, o prazo de validade, os 
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critérios de classificação, os recursos e a homologação.´�(art. 17 da Lei 
Estadual nº 6.123/1968). 
A orientação atual do STF é que a aprovação em concurso 
público dentro do número de vagas fixado no edital cria

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