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SEFAZ PE XEST auditoria rodrigo Aula 00

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Aula 00
Auditoria Fiscal p/ SEFAZ/PE
Professor: Rodrigo Fontenelle
Curso de Auditoria para ICMS-PE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Rodrigo Fontenelle 
 www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 60 
 
 
AULA 00: Auditoria: conceitos, objetivos e normas. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação 01 
1. Contextualização 04 
2. Introdução 06 
3. Conceito de Auditoria 07 
4. Normas de Auditoria Independente 10 
5. NBC TA ± Estrutura Conceitual 16 
6. Requisitos do Auditor 21 
7. Rotação dos Responsáveis Técnicos 47 
Lista das questões comentadas durante a aula 50 
Referências bibliográficas 60 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos 
termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos 
autorais e dá outras providências. 
 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores 
que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos 
honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 
 
Olá, Pessoal! 
 
Meu nome é Rodrigo Fontenelle, sou Analista de Finanças e Controle da 
Controladoria-Geral da União (CGU), lotado em Brasília/DF e atualmente 
exerço o cargo de Coordenador-Geral de Auditoria da Área Fazendária. 
Sou professor de Auditoria Privada, Governamental e Técnicas de 
Controle em cursos presenciais preparatórios para concursos públicos em 
SP, MG e DF, além de cursos online. Sou economista, formado pela 
UFMG, com pós-graduação em Finanças pelo IBMEC e mestre em 
Contabilidade, pela UnB. No final de 2011 lancei o livro Auditoria - Mais 
de 200 questões comentadas e em Julho/2013 o livro Auditoria Privada e 
Governamental ± Teoria objetiva e mais de 250 questões comentadas, 
ambos pela Editora Elsevier e este último em co-autoria com o parceiro e 
amigo, Prof. Claudenir Brito. Além da CGU, fui aprovado em outros 
concursos no país, entre eles Consultor Legislativo da Assembleia de 
Minas Gerais, EPPGG do Estado do Espírito Santo e 1º lugar no concurso 
da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais. Sou membro efetivo 
do Instituto de Auditores Internos do Brasil ± IIA Brasil ±, filial do The 
Institute of Internal Auditors, e em dezembro/13 fui aprovado na prova 
internacional para Certificação Profissional em Auditoria 
Governamental ± CGAP. 
 
00000000000
Curso de Auditoria para ICMS-PE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 00 
 
 
Prof. Rodrigo Fontenelle 
 www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 60 
 
Após essa breve apresentação, vamos falar um pouco de como será 
desenvolvido este Curso de Auditoria para o ICMS-PE/2014, cujo 
edital saiu hoje (02/07/14). 
 
O curso abordará todos os pontos de Auditoria Fiscal cobrados no edital 
da FCC. Acredito muito na fixação de conhecimento a partir de exercícios, 
por isso comentarei, no mínimo, 300 questões acerca dos temas 
abordados, nas 08 aulas que preparei para vocês. A última aula será 
ministrada pelo professor de Legislação Tributária do Estratégia. 
 
Claro que o foco será a FCC, mas alguns assuntos não são muito 
explorados por essa banca. Nessas situações sempre complementarei as 
aulas com exercícios das principais bancas do país. A extensão média de 
cada encontro será de 55 páginas. 
 
Considerando as mudanças ocorridas nas normas de auditoria, destacarei, 
em cada questão que tenha sido elaborada a partir da legislação 
revogada, as diferenças em relação às normas atuais, destacando os 
principais pontos que vocês deverão ficar atentos a partir da 
implementação da nova legislação. 
 
Como sempre falo antes das aulas, meu objetivo aqui não é ensinar 
auditoria, mas fazer com que vocês aprendam a resolver questões de 
auditoria. Pra quem ainda não tem uma familiaridade muito grande com a 
disciplina, verão que as questões se repetem ao longo dos anos. Dessa 
forma, focando nos principais temas que sempre estão presentes nas 
provas, conseguirão, de forma objetiva, interpretar e resolver as 
questões. 
 
Assim, procurarei focar nos temas mais cobrados nas provas. Por isso, 
não se assustem se determinados tópicos de cada aula tiverem apenas 
três ou quatro questões, e outros apresentarem quinze, vinte. Isso será 
proposital e baseado na análise acerca da probabilidade de cobrança de 
cada tema, a partir de provas anteriores. 
 
Cronograma 
 
O curso será dividido didaticamente em 09 aulas, da seguinte forma: 
 
AULA CONTEÚDO 
DATA DA 
PUBLICAÇÃO 
DA AULA 
Aula 00 Auditoria: conceitos, objetivos, Estruturação. Publicada 
00000000000
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Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 00 
 
 
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Aula 01 
Distinção entre auditoria interna, auditoria 
independente e perícia contábil. Supervisão e 
controle de qualidade. 
06/07 
Aula 02 Planejamento da auditoria. 16/07 
Aula 03 
Relevância na auditoria. Riscos da auditoria. 
Estudo e avaliação do sistema contábil e de 
controles internos. 
26/07 
Aula 04 
Procedimentos de auditoria. Testes de observância. 
Testes substantivos. Evidência em auditoria. 
Normas de execução dos trabalhos de auditoria. 
06/08 
Aula 05 
Amostragem: tamanho, tipos e avaliação dos 
resultados. Papéis de trabalho e documentação de 
auditoria. 
16/08 
Aula 06 
Continuidade normal dos negócios da entidade. 
Estimativas contábeis. Transações com partes 
relacionadas. Transações e eventos subsequentes. 
Contingências. Fraude e erro. 
26/08 
Aula 07 Relatórios de Auditoria Independente. 06/09 
Aula 08 
Noções de Nota Fiscal Eletrônica (AJUSTE 
SINIEF 07/05 - CONFAZ e alterações.). Noções 
do Sistema de Escrituração Fiscal - SEF de 
Pernambuco. (Lei Estadual nº 12.333/03 e 
alterações). 
A ser definida 
pelo Prof. XXX 
 
Qualquer dúvida em relação à dinâmica do curso ou comentário, estou à 
disposição por meio do endereço de email: 
rodrigofontenelle@estrategiaconcursos.com.br. Em relação às dúvidas 
sobre a matéria, responderei a todas que forem postadas no fórum do 
Estratégia. 
 
Curtam minha página no Facebook e continuem acompanhando notícias 
sobre cursos, concursos, dicas de auditoria, além da participação em 
diversos sorteios! 
 
WWW.FACEBOOK.COM/PROFRODRIGOFONTENELLE 
 
Feitos os devidos esclarecimentos, vamos à matéria. Sejam bem-
vindos! 
 
 
 
Auditoria Privada e 
Governamental - Teoria Objetiva 
e mais de 250 exercícios 
comentados
www.editoraelsevier.com.br
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Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 00 
 
 
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1. Contextualização 
 
Antes de apresentarmos alguns conceitos de Auditoria, vamos imaginar a 
seguinte situação: 
 
- Você possui um livro (nós sabemos hoje em dia você tem uns 500, mas 
vamos fazer de conta que é só um). 
 
Saber onde esse seu único livro está é relativamente fácil: vai estar na 
estante, na pasta, no carro, aberto na sua frente às duas da manhã. Não 
se exigem grandes esforços para se controlar apenas um livro. 
 
Agora, se você tem 10 livros, você pode ter um pouco mais de 
dificuldade, pois não vão estar sempre com você. Alguém pode pegar 
HPSUHVWDGR�H�³VH�HVTXHFHU´�GH�GHYROYHU��8P�LUPmR�PHQRU�RX�VHXV�ILOKRV�podem rabiscá-los, rasgá-los. Isso vai te exigir uma dedicação um pouco 
maior para zelar por eles. 
 
Até aí, tudo bem. Mas vamos complicar um pouco a situação e considerar 
que você tem 10.000 livros. Bom, aí já ficou bastante difícil. Com essa 
quantidade de livros, emprestando, doando, lendo, envelhecendo nas 
prateleiras, se você não quiser passar o dia inteiro cuidando deles, vai 
querer contratar alguém para fazer isso por você, remunerando-o pelo 
serviço prestado. 
 
A ideia contida na origem do controle foi mais ou menos essa. Conforme o 
patrimônio da sociedade foi crescendo, foi ficando cada vez mais difícil ter 
certeza de que este estava sendo corretamente utilizado, exigindo 
controles cada vez mais complexos. 
 
Ou seja: se meu patrimônio crescer, vou ter que contratar alguém para 
me ajudar a cuidar dele, e vou ter que controlar a forma com que esse 
contratado está gerindo meus bens. Superficialmente, é isso. 
 
Na definição de controle, podemos citar Castro (2008), que esclarece que, 
com a incorporação da palavra ³FRQWUROH´ aos diversos idiomas, esta 
obteve sentido amplo, podendo significar, dentre outros: vigilância 
(fiscalização contínua), verificação (exame) e registro (identificação). 
(QWUHWDQWR��R�DXWRU�DILUPD�TXH�R�YRFiEXOR�³FRQWUROH´�VHPSUH�HVWHYH�OLJDGR�
às finanças. 
 
Carvalho Filho (2010) afirma que a fiscalização e a revisão são os 
elementos básicos do controle. Citando Di Pietro, define fiscalização 
como o poder de verificação que se faz sobre a atividade dos órgãos e dos 
agentes administrativos, bem como em relação à finalidade pública que 
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deve servir de objetivo para a Administração. Sobre revisão, indica que se 
trata do poder de corrigir as condutas administrativas, pela necessidade 
de alterar alguma linha das políticas administrativas, para que melhor 
seja atendido o interesse coletivo. 
 
Para Hely Lopes Meirelles, controle, em tema de administração pública, é 
³D�IDFXOGDGH�GH�YLJLOkQFLD��RULHQWDomR�H�FRUUHomR�TXH�XP�3RGHU��yUJmR�RX�
DXWRULGDGH�H[HUFH�VREUH�D�FRQGXWD�IXQFLRQDO�GH�RXWUR´� 
 
Trazendo esses conceitos para nosso exemplo de controle dos 10.000 
livros que você tem, podemos dizer que o controle seria a faculdade de 
vigilância do patrimônio (os livros), orientação (a correta forma de zelar 
pelos livros) e correção (ajustar os erros identificados) que o proprietário 
(você) exerce sobre a conduta funcional de outro (o contratado para zelar 
pelos livros, na sua ausência). 
 
Resumindo, podemos dizer que, para adequar os resultados reais aos 
planejados, comparando-os com padrões previamente estabelecidos, 
procuramos medir e avaliar o desempenho, corrigindo-o no que for 
necessário. E isso é controle. 
 
Para complementar a definição, vamos nos remeter à Constituição de 
1988, que faz referência, em seu Art. 70, à fiscalização dos recursos 
públicos federais: 
 
³$� fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial da União e das entidades da administração direta e 
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, 
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida 
pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno de cada Poder�´ (Grifamos). 
 
Vale lembrar que o que difere o Controle Externo do Interno é que o 
primeiro é realizado por órgãos de controle que não fazem parte da 
estrutura do ente fiscalizado, enquanto no segundo, o órgão de controle é 
integrante do Poder que está sendo fiscalizado. 
 
 
O que difere o Controle Externo do Interno é que o primeiro é 
realizado por órgãos de controle que não fazem parte da estrutura do 
ente fiscalizado, enquanto no segundo, o órgão de controle é 
integrante do Poder que está sendo fiscalizado. 
 
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Na prática, o Controle Externo no Brasil, em todas as esferas de 
governo, é atribuição do Poder Legislativo, que conta com o apoio dos 
Tribunais de Contas, enquanto o Controle Interno é exercido por 
órgãos inseridos nos Três Poderes, com essa atribuição. 
 
A base do Controle Externo no país é a CF/88, que o vincula ao Poder 
Legislativo. O Art. 75 da CF/88 estabelece que as normas estabelecidas 
para o Controle Externo aplicam-se à organização, composição e 
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, 
bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. 
 
Os Tribunais de Contas são órgãos técnicos que auxiliam o Poder 
Legislativo, mas não são subordinados a ele. São órgãos constitucionais 
autônomos. 
 
Da mesma forma, não há subordinação entre os Tribunais de Contas, a 
competência de cada um é definida pela origem dos recursos. 
 
9 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO: recursos federais; 
9 TRIBUNAIS DE CONTAS DO ESTADO: recursos estaduais; 
9 TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL: recursos do DF; 
9 TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS: recursos municipais 
nos Estados BA, CE, GO, PA. São órgãos estaduais; 
9 TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO: recursos municipais das 
capitais RJ e SP. São órgãos municipais. 
 
Agora que já temos uma noção do que seja controle, vamos falar sobre o 
conceito de auditoria. 
 
 
2. Introdução 
 
Até o ano de 2009, estudar Auditoria para concursos era, em geral, 
estudar a NBC T-11 (Resolução 820/97, Normas de Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis) e suas derivadas, como, por 
exemplo, a NBC T-11.3, NBC T-11.4, NBC T-11.6, dentre outras. Não 
havia concurseiro, de Norte a Sul do país, que não conhecesse essas 
normas. 
 
Ocorre que já havia algum tempo que essas normas estavam para serem 
alteradas, em virtude da necessidade de adaptação de nossa 
Contabilidade aos padrões internacionais definidos pela IFAC ± 
International Federation of Accounting (Federação Internacional de 
Contadores). Mas a quem interessava essa adaptação? 
 
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Para responder a essa pergunta, vamos imaginar o seguinte: você é um 
mega investidor estrangeiro, e, ao procurar uma empresa brasileira para 
investir seus valiosos recursos, ficava sabendo que as demonstrações 
FRQWiEHLV� GHVVD� HPSUHVD� EUDVLOHLUD� KDYLDP� VLGR� HODERUDGDV� ³de acordo 
com as práticas contábeis adotadas no Brasil´� 
 
Bom, investidores (assim como concurseiros) não tem tempo a perder e, 
ao invés de ficar tentando descobrir que práticas contábeis eram essas, 
acabavam optando por investir seu dinheiro em outro país, do qual ele 
conhecia as tais das práticas contábeis adotadas. 
 
Ou seja, uma padronização internacional seria benéfica a todas as 
empresas brasileiras, em última análise. 
 
Além disso, tanto o Conselho Federal de Contabilidade - CFC como o 
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil ± IBRACON ± são 
membros associados da IFAC e, dessa forma, entenderam como 
indispensável o processo de convergência das Normas Brasileiras de 
Contabilidade aos padrões internacionais. 
 
Em 27 de novembro de 2009, o CFC publicou a Resolução nº. 1.203/09, 
que aprovou a NBC TA 200 ± ObjetivosGerais do Auditor Independente e 
a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria ±, 
revogando NBC T-11 e companhia. Essa nova norma é considerada a 
³PmH´�GH�WRGDV�DV�RXWUDV�QRUPDV�WpFQLFDV�GH�DXGLWRULD� 
 
A partir daí, a grande dúvida que assolou os concurseiros foi a seguinte: 
estudar as novas normas, as antigas, ou as duas? 
 
Como entendemos que não cabe mais às bancas a cobrança das normas 
antigas ± embora em alguns editais ainda se faça referência à 
nomenclatura desatualizada, vamos tratar das novas normas, citando as 
antigas, sempre que necessário. Na resolução das questões, quando 
pertinente, explicaremos como era na norma vigente à época da 
elaboração da questão e como é agora, com a nova legislação. 
 
 
3. Conceito de Auditoria 
 
Escolher um conceito universal para Auditoria não é uma tarefa 
simples. A maioria dos autores escreve sobre uma das diversas 
especializações da matéria, e, no momento da definição, acaba 
privilegiando a Auditoria Interna ou a Auditoria Externa (não se preocupe 
com essa diferença, trataremos dela mais a frente). 
 
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Crepaldi (2010) afirma que se pode definir Auditoria, de forma bastante 
VLPSOHV�� FRPR� R� ³OHYDQWDPHQWR�� HVWXGR� H� DYDOLDomR� VLVWHPiWLFD� GDV�
transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações 
financeiras de uma entidDGH´� 
 
Aprofundando a definição, podemos dizer que se trata de testar a 
eficiência e a eficácia do controle patrimonial, sem nos limitarmos 
aos aspectos contábeis do conceito. Por ser uma atividade crítica, em 
sua essência, traduz-se na emissão de uma opinião sobre as 
atividades verificadas. 
 
 
Auditar é testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial, 
não se limitando aos aspectos contábeis. Por ser uma atividade crítica, 
traduz-se na emissão de uma opinião sobre as atividades 
verificadas. 
 
Franco e Marra (2011) definem auditoria da seguinte forma: 
 
³$� DXGLWRULD� FRPSUHHQGH� R� exame de documentos, livros e 
registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, 
internas e externas, relacionadas com o controle do 
patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros 
e das demonstrações FRQWiEHLV�GHOHV�GHFRUUHQWHV´���*rifamos) 
 
Quanto ao termo auditor, a doutrina se divide em citar sua origem latina 
± audire, audição, ouvinte ± e a expressão inglesa to audit ± examinar, 
certificar. Em nossas aulas presenciais, gostamos de explicar que auditar 
é ouvir o administrador ± aquele que detém a responsabilidade pela 
administração do patrimônio alheio ± para saber como é que ele está 
agindo na condução de suas atividades, e se essa conduta está 
alinhada com o que o proprietário espera dele. 
 
Em linhas gerais, vamos mais uma vez nos remeter à obra de Franco e 
Marra (2011) para definir o objeto da auditoria: 
 
³Conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio 
administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, 
documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a 
veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da 
administração, bem como sua sinceridade na defesa dos 
interesses patrimoniais´���Grifamos) 
 
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Neste ponto, vamos dividir a Auditoria em dois grandes grupos, e a 
partir daqui, centrar nosso foco no que será cobrado no nosso concurso. 
De acordo com o ambiente em que será aplicada, a Auditoria poderá ser 
Governamental ou Privada. 
 
A Auditoria Governamental ± ou Pública, do Setor Público ± é, 
conforme disposto na Instrução Normativa 01/2001, da Secretaria Federal 
de Controle Interno (da Controladoria-Geral da União - CGU), o conjunto 
de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e 
resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por 
entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre 
uma situação encontrada com um determinado critério técnico, 
operacional ou legal. Tem por objetivo primordial garantir resultados 
operacionais na gerência da coisa pública. 
 
A Auditoria Governamental engloba todas as esferas de governo ± 
federal, distrital, estadual e municipal ± e níveis de poder - Executivo, 
Legislativo e Judiciário -, e, claro, alcança as pessoas jurídicas de direito 
privado, caso se utilizem de recursos públicos. 
 
A Auditoria Privada ± ou Independente, Empresarial, das 
Demonstrações Contábeis, das Demonstrações Financeiras ± é uma 
técnica contábil, constituída por um conjunto de procedimentos 
técnicos sistematizados, para obtenção e avaliação de evidências sobre 
as informações contidas nas demonstrações contábeis de uma 
empresa. 
 
Relembrando... Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza-se 
das seguintes técnicas contábeis: 
 
- Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais); 
- Demonstrações (balanços e outras demonstrações); 
- Auditoria; e 
- Análise de balanços. 
 
Assim, podemos concluir que a Auditoria tem a natureza de técnica 
contábil utilizada pela Contabilidade para atingir seus objetivos, sendo 
a Auditoria Contábil a técnica contábil cujo objetivo é emitir uma 
opinião sobre as demonstrações contábeis (também denominadas 
financeiras). 
 
Portanto, qual o objetivo de uma Auditoria Independente? 
 
Segundo a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de 
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso 
é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre 
se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos 
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relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
 
 
4. Normas de Auditoria Independente 
 
Normas de auditoria são as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores 
da profissão contábil, em todos os países, com o objetivo de regulação e 
apresentação de diretrizes a serem seguidas por esses profissionais no 
exercício de suas funções. Elas estabelecem os conceitos básicos sobre 
as exigências em relação à pessoa do auditor, à execução de seu 
trabalho e ao parecer que deverá por ele ser emitido (Franco e Marra, 
2011). 
 
Embora, na maioria das vezes, tenham um caráter de guia profissional, 
acabam fixando limites nítidos de responsabilidades, além de orientar 
o comportamento do auditor em relação a sua capacitação e controle de 
qualidade dos trabalhos realizados. 
 
No Brasil, desde 1972 temos normas de auditoria relacionadas a esses 
objetivos, sendo que, atualmente, estão em vigor normas elaboradas pelo 
Conselho Federal de Contabilidade ± CFC ± em conjunto com o Instituto 
de Auditores Independentes do Brasil ± IBRACON ±, além da Comissão 
de Valores Mobiliários ± CVM ±, do Banco Central do Brasil ± BACEN ± e 
da Superintendência de Seguros Privados ± SUSEP. 
 
Vamos apresentar algumas características das normas do CFC, por serem 
as mais exigidas nos concursos. 
 
Até o ano de 2009, não havia dúvida sobre quais normas estudar, em 
relação à auditoria independente, pois estava em vigor a NBC T-11(Resolução 820/97, Normas de Auditoria Independente das 
Demonstrações Contábeis) e suas derivadas. 
 
Entretanto, no final daquele ano houve a convergência dessas normas 
brasileiras aos padrões internacionais de auditoria definidos pela IFAC ± 
International Federation of Accounting (Federação Internacional de 
Contadores). 
 
O IFAC é uma organização global da profissão contábil, que possui a 
missão, segundo consta em sua página na internet, de contribuir para o 
desenvolvimento, adoção e aplicação de normas internacionais de alta 
qualidade e orientação; além de contribuir para o desenvolvimento de 
organizações e profissionais de contabilidade e para a utilização de 
práticas de alta qualidade por contadores profissionais, dentre outras 
(www.ifac.org ± tradução livre). 
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As Normas Brasileiras de Contabilidade ± NBC ± editadas pelo CFC devem 
seguir os padrões internacionais e compreendem as normas 
propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os Comunicados 
Técnicos. 
 
As normas de auditoria independente são aprovadas pelo CFC por 
meio de Resoluções, e classificadas em normas profissionais (NBC 
PA) e normas técnicas (NBC TA). Enquanto as NBC PA estabelecem 
regras e procedimentos de conduta a serem observados como 
requisitos para o exercício profissional contábil, as NBC TA descrevem 
conceitos doutrinários, princípios e procedimentos a serem aplicados 
quando da realização dos trabalhos. 
 
A Resolução CFC nº 1.328/11, de 18/03/11, que dispõe sobre a 
Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, estabelece que as 
Normas Brasileiras de Contabilidade se estruturam conforme se segue: 
 
Normas Profissionais: 
 
I ± Geral ± NBC PG ± aplicadas indistintamente a todos os profissionais 
de Contabilidade; 
 
II ± do Auditor Independente ± NBC PA ± aplicadas, 
especificamente, aos contadores que atuam como auditores 
independentes; 
 
III ± do Auditor Interno ± NBC PI ± aplicadas especificamente aos 
contadores que atuam como auditores internos; 
 
IV ± do Perito ± NBC PP ± aplicadas especificamente aos contadores 
que atuam como peritos contábeis. 
 
Normas Técnicas: 
 
I ± Geral ± NBC TG ± são as Normas Brasileiras de Contabilidade 
convergentes com as normas internacionais emitidas pelo International 
Accounting Standards Board (IASB); e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalentes 
internacionais; 
 
II ± do Setor Público ± NBC TSP ± são as Normas Brasileiras de 
Contabilidade aplicadas ao Setor Público, convergentes com as Normas 
Internacionais de Contabilidade para o Setor Público, emitidas pela 
International Federation of Accountants (IFAC); e as Normas Brasileiras 
de Contabilidade aplicadas ao Setor Público editadas por necessidades 
locais, sem equivalentes internacionais; 
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III ± de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica 
± NBC TA ± são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à 
Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de 
Auditoria Independente emitidas pelo IFAC; 
 
IV ± de Revisão de Informação Contábil Histórica ± NBC TR ± são as 
Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Revisão convergentes 
com as Normas Internacionais de Revisão emitidas pela IFAC; 
 
V ± de Asseguração de Informação Não Histórica ± NBC TO ± são as 
Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Asseguração 
convergentes com as Normas Internacionais de Asseguração emitidas 
pela IFAC; 
 
VI ± de Serviço Correlato ± NBC TSC ± são as Normas Brasileiras de 
Contabilidade aplicadas aos Serviços Correlatos convergentes com as 
Normas Internacionais para Serviços Correlatos emitidas pela IFAC; 
 
VII ± de Auditoria Interna ± NBC TI ± são as Normas Brasileiras de 
Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Auditoria Interna; 
 
VIII ± de Perícia ± NBC TP ± são as Normas Brasileiras de Contabilidade 
aplicáveis aos trabalhos de Perícia; 
 
IX ± de Auditoria Governamental ± NBC TAG ± são as Normas 
Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Governamental 
convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Governamental 
emitidas pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras 
Superiores (INTOSAI). 
 
Pra tentar ilustrar melhor, apresentamos a seguir um quadro-resumo das 
normas. As principais para a nossa disciplina são as NBC TA, NBC PA, NBC 
TI e NBC PI, marcadas de vermelho nas definições anteriores. 
 
 
 Fonte: IBRACON 
 
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Mas surge a seguinte dúvida: a adoção dessas normas é obrigatória? 
Sim. De acordo com a própria Resolução CFC nº 1.328/11, a 
inobservância às NBC constitui infração disciplinar sujeita às 
penalidades previstas no Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 
12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Contador. 
 
De forma simplificada, podemos dizer que as Normas Brasileiras de 
Contabilidade são classificadas em Normas Técnicas e 
Profissionais, e compreendem: 
- Código de Ética Profissional do Contabilista; 
- Normas de Contabilidade; 
- Normas de Auditoria Independente e de Asseguração; 
- Normas de Auditoria Interna; e 
- Normas de Perícia. 
 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem: 
- Código de Ética Profissional do Contabilista; 
- Normas de Contabilidade, de Auditoria Independente e de 
Asseguração, de Auditoria Interna e de Perícia. 
 
Em 27 de novembro de 2009, o CFC publicou a Resolução nº. 1.203/09, 
que aprovou a NBC TA 200 ± Objetivos Gerais do Auditor Independente e 
a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria ±, 
revogando NBC T-���H�VXDV�GHULYDGDV��(VVD�1%&�7$�p�FKDPDGD�GH�³PmH´�
de todas as outras normas. Por isso, para aqueles que têm tempo e 
querem dar uma lida nessas normas, sugerimos começar por ela. 
 
As principais normas podem ser obtidas na íntegra no site do CFC, no 
seguinte link: <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/Default.aspx> 
 
No decorrer das aulas, conforme nos aprofundamos nos assuntos que 
geralmente aparecem nos editais da FCC, vamos tratando das normas 
relacionadas. 
 
 
As práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, 
desde que atendam à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL ± Estrutura 
Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatórios Financeiros ± 
emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância com as normas 
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contábeis internacionais, podem ser utilizadas pelo auditor, visto que 
fazem parte das práticas contábeis brasileiras. 
As práticas não necessitam estarem formalizadas, desde que atendam à 
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL do CFC. 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
1 - (FCC / TRT 6ª Região / 2012) ± A empresaJaú S.A. de capital 
aberto, por problemas administrativos e financeiros, não efetuou 
a auditoria externa de suas demonstrações financeiras nos anos 
de 2009, 2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi 
solicitada a apresentar as auditorias de todo o período, senão 
teria seu registro cancelado. A empresa precisando manter essa 
forma de capitação de recursos, contratou auditoria para emitir: 
(A) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para 
os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria 
vigentes a partir de 2010. 
(B) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a 
aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010. 
(C) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de 
auditoria vigentes para o período até 2009, e relatório de auditoria para 
os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria 
vigentes a partir de 2010. 
(D) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a 
aplicação das normas de auditoria vigentes até 2009. 
(E) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de 
auditoria vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria, para os 
anos de 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria 
vigentes a partir de 2010. 
 
Comentários: 
Questão que cobrou o entendimento de dois aspectos da aplicação 
das novas normas de auditoria: A partir de quando elas entraram em 
vigor e qual a nova denominação do produto entregue pelo auditor 
independente. Dessa forma, o candidato deveria saber que as normas 
atualmente vigentes devem ser aplicadas para exercícios iniciados em 
01/01/2010, e que, por essas normas, o produto final do auditor 
independente chama-se Relatório. 
Dessa forma, o auditor contratado deveria aplicar a legislação 
vigente em 2009 ao auditar aquele período, e emitir um Parecer de 
Auditoria. A partir de 2010, deveria utilizar as novas normas e emitir um 
Relatório de Auditoria. Mas atenção! Mesmo em 2012 há questões 
utilizando a nomenclatura Parecer para se referir ao Relatório de Auditor 
Independente. 
Resposta: C 
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2 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - As normas brasileiras que 
estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional, 
especificamente para aqueles que atuam como auditores 
independentes, são estruturadas como: 
a) NBC TI. 
b) NBC PI. 
c) NBC TA. 
d) NBC PA. 
e) NBC TP. 
 
Comentários: 
 Temos certeza que não acharam que seria possível que o tema 
fosse cobrado dessa forma, acertamos? Infelizmente, como dizia um 
professor nosso: a vida de concurseiro não é fácil... 
 Segundo a Resolução CFC nº 1.328/2011, que dispõe sobre a 
Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, as NBC PA são as 
Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos 
contadores que atuam como auditores independentes. Essa mesma 
Resolução define, ainda: 
x NBC TI são as normas técnicas aplicáveis aos trabalhos de 
Auditoria Interna; 
x NBC PI são as normas profissionais aplicadas especificamente 
aos contadores que atuam como auditores internos; 
x NBC TA são as normas técnicas aplicadas à Auditoria 
convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria 
Independente emitidas pela IFAC (Federação Internacional de 
Contadores); e 
x NBC TP são as normas técnicas aplicáveis aos trabalhos de 
Perícia. 
 As palavras-chave para identificar que a questão tratava da NBC PA 
eram: profissional e auditor independente. 
Resposta: D 
 
3 - (ESAF / CVM / 2010) - A respeito da elaboração e divulgação 
das demonstrações financeiras, com base em padrões contábeis 
internacionais, é correto afirmar: 
a) a adoção de padrões internacionais de contabilidade na elaboração e 
divulgação das demonstrações financeiras é obrigatória para as 
Companhias Abertas cujo capital social seja de propriedade de 
companhias com sede no exterior. 
b) a adoção de padrões contábeis internacionais por parte das 
Companhias Abertas é opcional para o exercício findo em 2010 e 
obrigatório a partir do exercício findo em 2011. 
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c) somente as Companhias Abertas com ações em bolsa deverão, a partir 
do exercício findo em 2010, apresentar as demonstrações financeiras 
consolidadas de acordo com os padrões contábeis internacionais. 
d) é opcional às Companhias Abertas a adoção dos padrões internacionais 
de contabilidade, desde que cumpram com as normas da legislação 
societária. 
e) a partir do exercício findo em 2010, as Companhias Abertas deverão 
apresentar suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o 
padrão contábil internacional. 
 
Comentários: 
 Primeiramente, ressalta-se que, por ser uma Prova da Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM), foi cobrado do candidato o conhecimento das 
resoluções daquela Autarquia. Dessa forma, o art. 1º da Instrução CVM 
457/2007 determina que ³DV� FRPSDQKLDV� DEHUWDV� GHYHUmR�� D� SDUWLU� GR�
exercício findo em 2010, apresentar as suas demonstrações financeiras 
consolidadas adotando o padrão contábil internacional, de acordo com os 
pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board 
± ,$6%�´ 
 Cabe observar que as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas 
à Auditoria Independente (NBC PA e NBC TA) são aplicadas para os 
exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2010. 
Resposta: E 
 
 
5. NBC TA - Estrutura Conceitual 
 
Antes de focarmos no objetivo maior da nossa matéria, faz-se necessário 
explicar alguns pontos da NBC TA ± ESTRUTURAL CONCEITUAL, que trata 
dos trabalhos de asseguração executados por auditores independentes. 
Ela proporciona orientação e referência para auditores independentes e 
para outros envolvidos em trabalhos de asseguração, como aqueles que 
contratam um auditor independente. Mas o que seria ³essa tal´ de 
Asseguração? 
 
Definição e objetivo do trabalho de asseguração 
 
³7UDEDOKR� GH� DVVHJXUDomR´� VLJQLILFD� XP� WUDEDOKR� QR� TXDO� R� DXGLWRU�
independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o 
grau de confiança dos outros usuários previstos, que não seja a parte 
responsável, acerca do resultado da avaliação ou mensuração de 
determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis. 
 
Segundo esta Estrutura Conceitual, existem dois tipos de trabalhos de 
asseguração cuja execução é permitida ao auditor independente: 
 
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a) Trabalho de Asseguração Razoável: 
O objetivo do trabalho de asseguração razoável é reduzir o risco do 
trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo, 
considerando as circunstâncias do trabalho como base para uma 
forma positiva de expressão da conclusão do auditor independente. 
Ex.: Auditoria. 
 
Não precisa nem dizer que este é o tipo de asseguração que 
interessa pra nossa matéria, certo?! 
 
b) Trabalho de Asseguração Limitada: é o de reduzir o risco de 
trabalho de asseguração a um nível que seja aceitável, 
considerando as circunstâncias do trabalho, mas emque o risco 
seja maior do que no trabalho de asseguração razoável, 
como base para uma forma negativa de expressão da conclusão do 
auditor independente. Ex.: Revisão. 
 
Cuidado! Nem todos os trabalhos executados por auditores 
independentes são trabalhos de asseguração. O exemplo clássico de um 
trabalho que o auditor independente executa, mas que não é de 
asseguração é a Consultoria. 
 
 
 
 
Relacionamento entre três partes 
 
Os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: 
 
a) O auditor independente 
Auditor 
Independente
Trabalhos de 
Asseguração
Asseguração 
Razoável 
(Auditoria)
Asseguração 
Limitada 
(Revisão)
Outros 
trabalhos
Ex.: 
Consultoria
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b) A parte responsável 
É a pessoa (ou as pessoas) que é responsável pelo objeto do 
trabalho. Ex.: O auditor é contratado para opinar sobre as 
demonstrações contábeis. Quem é responsável por sua elaboração 
é a empresa contratante (auditada). Dessa forma, a parte 
responsável é a empresa. 
 
c) Os usuários previstos 
São a pessoa, as pessoas ou o grupo de pessoas para quem o 
auditor independente submete seu relatório de asseguração. A 
parte responsável pode ser um dos usuários previstos, mas não 
pode ser o único. 
 
A parte responsável e os usuários previstos podem ser de diferentes 
entidades ou da mesma entidade. Um exemplo dessa segunda situação, 
na estrutura de administração dualista, o conselho de administração pode 
procurar asseguração acerca da informação proporcionada pela diretoria 
executiva da entidade. 
 
Objeto 
 
O objeto e a informação sobre o objeto de trabalho de asseguração 
podem tomar várias formas, como: 
 
x Desempenho ou condições financeiras (por exemplo, posição 
patrimonial e financeira histórica ou prospectiva, desempenho das 
operações e fluxos de caixa) para os quais a informação sobre o 
objeto pode ser o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e 
a divulgação nas demonstrações contábeis; 
x Desempenho ou condições não financeiras (por exemplo, 
desempenho da entidade) para os quais a informação sobre o 
objeto pode ser o principal indicador de eficiência e eficácia; 
x Características físicas (por exemplo, capacidade de instalação) 
para os quais a informação sobre o objeto pode ser um documento 
de especificações; 
x Sistemas e processos (por exemplo, o controle interno da 
entidade ou o sistema de tecnologia da informação) para os quais a 
informação sobre o objeto pode ser uma afirmação acerca da sua 
eficácia; 
x O comportamento (por exemplo, governança corporativa da 
entidade, conformidade com regulamentação, práticas de recursos 
humanos) para o qual a informação sobre o objeto pode ser uma 
declaração de conformidade ou uma declaração de eficácia. 
 
Critérios 
 
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Os critérios são os pontos de referência (benchmarks) usados para avaliar 
ou mensurar o objeto, incluindo, sempre que relevante, referências para a 
apresentação e a divulgação. 
 
Os critérios podem ser formais. Ex.: Na elaboração de demonstrações 
contábeis, os critérios podem ser as práticas contábeis adotadas no Brasil. 
 
Quando se relatar sobre controle interno, os critérios podem ser a 
estrutura conceitual estabelecida de controle interno, ou objetivos de 
controle individual especificamente planejados para o trabalho. 
 
Quando se relatar sobre conformidade, os critérios podem estar 
relacionados com lei, regulamento ou contrato. 
 
Exemplos de critérios menos formais são: código de conduta 
desenvolvido internamente (como o número de vezes que se espera que 
determinado comitê se reúna durante o ano) ou nível acordado de 
desempenho. 
 
Relatório de Asseguração 
 
Em trabalho de asseguração razoável, o auditor independente expressa 
a conclusão de forma positiva, por exemplo: 
 
³(P�QRVVD�RSLQLmR��RV�FRQWUROHV�LQWHUQRV�VmR�HILFD]HV��HP�WRGRV�RV�
DVSHFWRV�UHOHYDQWHV��GH�DFRUGR�FRP�RV�FULWpULRV�;<=´� 
 
(VWD� IRUPD� GH� H[SUHVVmR� FRQGX]� j� ³DVVHJXUDomR� UD]RiYHO´�� 7HQGR�
executado procedimentos de obtenção de evidência de natureza, época e 
extensão que foram razoáveis, dadas as características do objeto e outras 
circunstâncias relevantes do trabalho descritas no relatório de 
asseguração, o auditor independente obteve evidência apropriada e 
suficiente para reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível 
aceitavelmente baixo. Esta é a forma de conclusão que veremos no 
Relatório de Auditoria Independente. 
 
Já em trabalho de asseguração limitada, o auditor independente expressa 
a conclusão de forma negativa, por exemplo: 
 
³&RP�EDVH�HP�QRVVR�WUDEDOKR��GHVFULWR�QHVWH�UHODWyULR��QmR�WHPRV�
conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que os controles 
internos não são eficazes, em todos os aspectos relevantes, de acordo 
FRP�RV�FULWpULRV�;<=´� 
 
Esta forma de H[SUHVVmR� FRQGX]� D� XP� QtYHO� GH� ³DVVHJXUDomR� OLPLWDGD´�
que é proporcional ao nível dos procedimentos de obtenção de evidência 
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aplicados pelo auditor independente, dadas as características do objeto e 
outras circunstâncias do trabalho descritas no relatório de asseguração. 
 
 
 
 
 
 
x Asseguração é gênero, 
Auditoria é espécie. 
 
x Auditor Independente não 
faz apenas trabalhos de 
asseguração. 
 
x Em trabalhos de asseguração 
existem 3 partes: Auditor, 
Parte Responsável e 
Usuários. 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
4 - (FCC / COPERGÁS / 2011) ± De acordo com as disposições 
constantes da NBC TA Estrutura Conceitual ± Estrutura Conceitual 
para Trabalhos de Asseguração, é correto afirmar que: 
(A) os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: o auditor 
independente, a parte responsável e os usuários previstos. 
(B) o trabalho de asseguração limitada de demonstrações contábeis é 
denominado auditoria. 
(C) os trabalhos de consultoria representam uma das espécies dos 
trabalhos de asseguração. 
(D) o trabalho de asseguração razoável de demonstrações contábeis é 
denominado revisão. 
(E) a parte responsável, nos trabalhos de asseguração, é a usuária das 
informações a serem fornecidas pelo auditor em seu relatório. 
 
Comentários: 
 Para que as alternativas B e D se tornem corretas, basta substituir 
asseguração limitada por razoável na primeira e fazer o inverso na 
segunda. 
 A letra C está incorreta, pois consultoria é um trabalho realizado 
pelo auditor independente que não faz parte dos trabalhos de 
asseguração. 
 Por fim, a letra E está errada, já que a parte responsável, nos 
trabalhos de asseguração, é a própria empresa auditada, não sendo, 
necessariamente, a única usuária das informações. 
Resposta: A 
 
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 www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 605 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) ± De acordo com a estrutura 
conceitual de trabalhos de asseguração, são elementos que 
necessariamente devem estar presentes em um trabalho de 
asseguração executado por um auditor independente, exceto: 
a) Relacionamento entre duas partes 
b) Objeto apropriado 
c) Critérios adequados 
d) Evidências apropriadas e suficientes 
e) Relatório de asseguração escrito de forma apropriada 
Comentários: 
Segundo a NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL, o trabalho de 
asseguração envolve o relacionamento entre três partes, envolvendo o 
auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos. 
Resposta: A 
 
 
6. REQUISITOS DO AUDITOR 
 
Ética Profissional 
 
De acordo com o dicionário online Michaelis, ética é o conjunto de 
princípios morais que se devem observar no exercício de uma 
profissão. 
 
Ou seja, não estamos falando em conceitos técnicos, nem do 
cumprimento de leis e normas, mas de princípios morais. Dessa forma, 
determinada atitude profissional pode até cumprir todos os requisitos 
legais, mas não ser aceitável, do ponto de vista ético (moral). 
 
Para entendermos um pouco mais esse conceito, vamos voltar um pouco 
no tempo. No início dos anos 2000, foram descobertas manipulações 
contábeis em uma das empresas mais importantes dos Estados Unidos, a 
operadora de commodities de gás natural ENRON. De acordo com 
Borgerth (2007), sob a investigação da SEC (Securities and Exchange 
Comission), a empresa admitiu ter inflado seus lucros em 
aproximadamente US$ 600 milhões nos últimos quatro anos (naquela 
época). 
 
Não vamos nos aprofundar no mecanismo utilizado para a manipulação, 
mas o que importa e que ficou evidenciado que o comportamento dos 
advogados, dos analistas de mercado e dos auditores independentes 
da empresa também se caracterizaram pela falta de ética. 
 
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Para vocês terem uma ideia do estrago, na época, a indicação de 
³FRPSUD´� GH� Do}HV� GD� HPSUHVD� HUD� TXDVH� XQkQLPH�� &RP� R� HVFkQGDOR��
ocorreu o desequilíbrio do mercado, com os acionistas buscando vender 
as ações o mais rápido possível, os preços caindo, e o desespero se 
instalando. 
 
A empresa de auditoria independente ± Arthur Andersen, uma das big five 
na época ± não se recuperou mais. No Brasil, por exemplo, era a segunda 
em volume de negócios. Hoje em dia, consideramos apenas as big four 
(PWC, Deloitte, KPMG e Ernst & Young). 
 
E os escândalos não pararam na ENRON. Foram descobertas outras 
manipulações na Worldcom, Xerox, Bristol-Myers Squibb, Merck, Tyco, 
Imclone systems, Parmalat (Itália). 
 
*UDQGH� SDUWH� GDV� DOWHUDo}HV� SURPRYLGDV� SDUD� ³PDVFDUDU´� DV�
demonstrações contábeis foram realizadas dentro dos princípios legais, 
por meio de brechas na legislação. Ações em conformidade com a lei, mas 
eticamente criticáveis. 
 
Viram como a falta de ética pode prejudicar um grande número de 
empresas e investidores? 
 
Nesse ponto, cabe destacar que tanto faz o objetivo da realização de uma 
ação contrária à ética: não importa se em proveito pessoal ou da empresa 
�D� FKDPDGD� ³ERD� LQWHQomR´��� A ética deve ser seguida de forma 
inflexível, e deve permear todas as relações internas e externas. É uma 
postura essencial. 
 
Como já dissemos, nem sempre a atitude do gestor é ilegal, mas pode ser 
pouco ética, o que vai prejudicar a imagem da Companhia frente ao 
Mercado. 
 
A Resolução CFC nº 803/96 aprovou o Código de Ética Profissional do 
Contador ± CEPC ± que tem por objetivo fixar a forma pela qual se 
devem conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício 
profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe. 
 
De acordo com o referido Código, são deveres do Profissional da 
Contabilidade, e consequentemente do auditor independente, dentre 
outros: 
 
9 Exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e 
capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em 
especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras 
de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes 
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e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência 
profissionais; (ZELO, INTEGRIDADE E COMPETÊNCIA) 
9 Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício 
profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, 
ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por 
autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de 
Contabilidade; (CONFIDENCIALIDADE) 
9 Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião 
sobre qualquer caso; (EFICIÊNCIA) 
9 Renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de 
confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá 
notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para 
que os interesse dos mesmos não sejam prejudicados, evitando 
declarações públicas sobre os motivos da renúncia; 
(CREDIBILIDADE) 
9 Cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada 
estabelecidos pelo CFC; (QUALIDADE) 
Segundo o Código de Ética, o Contador na função de perito, assistente 
técnico, auditor ou árbitro, deverá: 
 
9 Recusar sua indicação quando reconheça não se achar 
capacitado em face da especialização requerida; 
9 Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria 
que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta 
independência moral e técnica na elaboração do respectivo 
laudo; 
9 Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua 
convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes 
interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, 
mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos 
propostos; 
9 Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em 
laudo submetido à sua apreciação; 
9 Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em 
condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu 
trabalho; 
9 Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar 
suficientemente informado e munido de documentos; 
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9 Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que 
concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade e NBC 
editadas pelo CFC; 
9 Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos 
sobre peças contábeis, observando as restrições das NBC 
editadas pelo CFC; 
9 Atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade 
e Conselho Federal de Contabilidade no sentido de colocar à 
disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, 
relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a 
execução do seu trabalho. 
De acordo com Attie (2010), a função da auditoria deve ser exercida em 
caráter de entendimento e o trabalho executado deve merecer toda a 
credibilidade possível, não podendo existir qualquer sombra de dúvida 
quanto à honestidade e aos padrões morais do auditor. 
 
Para o autor, a profissão de auditoria exige a obediência aos princípios 
éticos profissionais, que fundamentalmente se apoiam em 
independência,integridade, eficiência e confidencialidade. 
 
Já a NBC TA 200 informa que os princípios fundamentais de ética 
profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de 
demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional 
do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses 
princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, 
cujo cumprimento é exigido dos auditores. Esses princípios são: 
 
 
 
Integridade 
 
De acordo com Attie (2010), o auditor deve ser íntegro em todos os seus 
compromissos, que envolvam: 
 
Integridade
Competência e 
Zelo 
Profissional
Objetividade
Confidencialidade
Comportamento 
(Conduta)
Profissional
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9 A empresa auditada quanto às suas exposições e opiniões, 
exercício de seu trabalho e os serviços e honorários profissionais; 
9 O público em geral e pessoas interessadas na opinião emitida 
pelo auditor independente, transmitindo validade e certificando a 
veracidade das informações contidas nas demonstrações 
contábeis ou de exposições quando não refletidas a realidade em 
tais demonstrações; 
9 A entidade de classe a qual pertença, sendo leal quanto à 
concorrência dos serviços junto a terceiros, não concessão de 
benefícios financeiros ou aviltando honorários, colocando em 
risco os objetivos do trabalho. 
A integridade constitui o valor central da ética do auditor, obrigado a 
cumprir normas elevadas de conduta de honestidade e imparcialidade 
durante seu trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades 
auditadas. A percepção da integridade dos auditores é que faz com que a 
confiança da sociedade seja preservada. 
 
Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que os 
auditores ajustem-se tanto à forma quanto ao espírito das normas de 
auditoria e de ética. 
 
Exige também que os auditores ajustem-se aos princípios de 
objetividade (ou imparcialidade) e independência, mantenham normas 
acertadas de conduta profissional, tomem decisões de acordo com o 
Interesse Público, e apliquem um critério de honestidade absoluta na 
realização de seu trabalho. 
 
 
A integridade constitui o valor central da ética do auditor, e pode ser 
medida em função do que é correto e justo, exigindo que os auditores 
ajustem-se tanto à forma quanto ao espírito das normas de auditoria e 
de ética. A percepção da integridade dos auditores é que faz com que 
a confiança da sociedade em seu trabalho seja preservada. 
 
Eficiência 
 
Em relação à ética profissional, a eficiência é considerada como o 
atributo segundo o qual o serviço de auditoria independente precisa ser 
estabelecido conforme padrões técnicos adequados. 
 
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Conforme vimos acima, o auditor deve inteirar-se de todas as 
circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso, visando 
principalmente a manutenção da credibilidade por parte dos usuários da 
informação produzida. 
 
Seus relatórios e pareceres devem atender aos objetivos da auditoria. 
 
Independência 
 
A Resolução CFC nº 1.311/10 aprovou a NBC PA 290, que trata da 
Independência, estabelecendo condições e procedimentos para 
cumprimento dos requisitos de independência profissional nos trabalhos 
de auditoria. 
 
Segundo a referida norma, os conceitos sobre a independência 
devem ser aplicados por auditores para: 
 
 
 
 
Quando o auditor avalia que salvaguardas apropriadas não estão 
disponíveis ou não podem ser aplicadas para eliminar as ameaças ou 
reduzi-las a um nível aceitável, o auditor deve eliminar a circunstância ou 
relacionamento que cria as ameaças, declinar ou descontinuar o trabalho 
de auditoria. O auditor deve usar julgamento profissional ao aplicar estes 
conceitos sobre a independência. 
 
Em suma, Independência é a capacidade que a entidade de auditoria 
tem de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a 
emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos 
acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais 
partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho. 
 
Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças 
ou reduzi-las a um nível aceitável
Avaliar a importância das ameaças identificadas
Identificar ameaças à independência
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Um aspecto interessante quanto à independência, que é tratado na 
norma, é que não basta ser independente, sendo necessário parecer ser 
independente, já que a independência compreende: 
 
a) independência de pensamento - Postura que permite a 
apresentação de conclusão que não sofra efeitos de influências que 
comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa 
atue com integridade, objetividade e ceticismo profissional. 
 
b) aparência de independência - evitar fatos e circunstâncias 
significativos a ponto de um terceiro bem informado, tendo 
conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as 
salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a 
integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da entidade de 
auditoria ou de membro da equipe de auditoria ficaram 
comprometidos. 
 
 
Não basta ser independente, é necessário parecer ser 
independente, já que a independência exige: 
a) independência de pensamento; e 
b) aparência de independência. 
 
Das diversas situações que podem caracterizar a perda de 
independência da entidade de auditoria em relação à entidade auditada, 
chamo atenção para duas, que são mais exploradas pelas bancas: 
 
9 Vínculos empregatícios ou similares por administradores, 
executivos ou empregados da entidade auditada, mantidos anteriormente 
com a entidade de auditoria. Nesse ponto, a NBC PA 290 estabelece que 
³D�LQGHSHQGrQFLD�HP�UHODomR�DR�FOLHQWH�GH�DXGLWRULD�p�UHTXHULGD�GXUDnte o 
período de contratação e o período coberto pelas demonstrações 
contábeis. O período de contratação começa quando a equipe de auditoria 
começa a executar serviços de auditoria. O período de contratação 
termina quando o relatório de auditoria é emitido´� 
 
9 Membros da entidade de auditoria que, anteriormente, eram 
administradores, executivos ou empregados da entidade auditada. 
Nesse ponto, a NBC PA 290 estabelece que: 
 
 ³Durante o período coberto pelo relatório de auditoria, se um membro 
da equipe de auditoria desempenhou a função de conselheiro ou 
diretor do cliente de auditoria, ou foi empregado em cargo que exerce 
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influência significativa sobre a elaboração dos registros contábeis do 
cliente ou das demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá 
relatório de auditoria, a ameaça criada seria tão significativa queQHQKXPD�VDOYDJXDUGD�SRGHULD�UHGX]LU�D�DPHDoD�D�XP�QtYHO�DFHLWiYHO�´ 
 
A NBC PA 290 considera as seguintes categorias que podem gerar ameaça 
à independência: 
 
 
 
Quando são identificadas ameaças, exceto aquelas, claramente, 
insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas 
adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível 
aceitável. Essa decisão deve ser documentada. A natureza das 
salvaguardas a aplicar varia conforme as circunstâncias. 
 
Já o Código de Ética do Contabilista prescreve que, no desempenho de 
suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade renunciar à 
‡ É a ameaça de que interesse financeiro ou outro
interesse influenciará de forma não apropriada o
julgamento ou o comportamento do auditor.
Ameaça de 
interesse 
próprio
‡ É a ameaça de que o auditor não avaliará
apropriadamente os resultados de julgamento
dado ou serviço prestado anteriormente por ele
nos quais o auditor confiará para formar um
julgamento como parte da prestação do serviço
atual.
Ameaça de 
autorrevisão
‡ É a ameaça de que o auditor promoverá ou
defenderá a posição de seu cliente a ponto em que
a sua objetividade fique comprometida.
Ameaça de 
defesa de 
interesse do 
cliente
‡ É a ameaça de que, devido ao relacionamento
longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-
se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu
trabalho sem muito questionamento.
Ameaça de 
familiaridade
‡ É a ameaça de que o auditor será dissuadido de
agir objetivamente em decorrência de pressões
reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer
influência indevida sobre o auditor.
Ameaça de 
intimidação
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liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou 
imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho. 
 
A NBC PA 01, que trata do Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas 
Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes determina a necessidade 
de implementação e a manutenção de políticas e procedimentos 
de supervisão e controle interno de qualidade que forneçam 
segurança razoável do cumprimento das normas profissionais, 
regulatórias e legais, particularmente, nesse caso, quanto à necessária 
independência do auditor, exigindo uma declaração individual dos 
profissionais da entidade de auditoria da existência, ou não, das seguintes 
questões relacionadas a entidades auditadas: 
 
9 Interesses financeiros; 
9 Operações de créditos e garantias; 
9 Relacionamentos comerciais relevantes estreitos com a entidade 
auditada; 
9 Relacionamentos familiares e pessoais; e 
9 Membros da entidade de auditoria que já foram administradores, 
executivos ou empregados da entidade auditada. 
 
Assim, podemos concluir que a independência do auditor está 
intimamente ligada não apenas à ética profissional, mas também à 
qualidade das auditorias realizadas. 
 
Confidencialidade 
 
Este item sofreu uma modificação em 25 de março de 2014, quando a 
NBC PG 100 revogou a NBC P1 ± IT 02 e NBC P 1.6, normas que tratavam 
do sigilo da profissão de auditor. Essa nova norma é geral, aplicada não 
apenas a contadores que exercem a função de auditor, e seus principais 
pontos são abordados a seguir. 
 
O princípio do sigilo profissional impõe a todos os profissionais da 
contabilidade a obrigação de abster-se de: 
(a) divulgar fora da firma ou da organização empregadora 
informações sigilosas obtidas em decorrência de relacionamentos 
profissionais e comerciais, sem estar prévia e especificamente 
autorizado pelo cliente, por escrito, a menos que haja um direito 
ou dever legal ou profissional de divulgação; e 
(b) usar, para si ou para outrem, informações obtidas em 
decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais para 
obtenção de vantagem pessoal. 
 
O profissional da contabilidade deve manter sigilo das informações 
divulgadas por cliente potencial ou empregador. 
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O profissional da contabilidade deve manter sigilo das informações dentro 
da firma ou organização empregadora. 
 
O profissional da contabilidade deve tomar as providências adequadas 
para assegurar que o pessoal da sua equipe de trabalho, assim como as 
pessoas das quais são obtidas assessoria e assistência, também, 
respeitem o dever de sigilo do profissional da contabilidade. 
 
Segundo essa nova norma, a necessidade de cumprir o princípio do sigilo 
profissional permanece mesmo após o término das relações entre o 
profissional da contabilidade e seu cliente ou empregador. Quando 
o profissional da contabilidade mudar de emprego ou obtiver novo cliente, 
ele pode usar sua experiência anterior. Contudo, ele não deve usar ou 
divulgar nenhuma informação confidencial obtida ou recebida em 
decorrência de relacionamento profissional ou comercial. 
 
A seguir, são apresentadas circunstâncias nas quais os profissionais da 
contabilidade são ou podem ser solicitados a divulgar informações 
confidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada: 
(a) a divulgação é permitida por lei e autorizada pelo 
cliente ou empregador, por escrito; 
(b) a divulgação é exigida por lei; 
(c) há dever ou direito profissional de divulgação, quando 
não proibido por lei. 
 
O auditor independente, quando solicitado, por escrito e 
fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e 
Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informações obtidas 
durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-contratação dos serviços, 
a documentação, os papéis de trabalho e os relatórios. 
 
Ao decidir sobre a divulgação de informações sigilosas, os fatores 
pertinentes a serem considerados incluem: 
(a) se os interesses de terceiros, incluindo partes cujos interesses 
podem ser afetados, podem ser prejudicados se o cliente ou 
empregador consentir com a divulgação das informações pelo 
profissional da contabilidade; 
(b) se todas as informações relevantes são conhecidas e 
comprovadas, na medida praticável. Quando a situação envolver 
fatos não comprovados, informações incompletas ou conclusões não 
comprovadas, deve ser usado o julgamento profissional para avaliar 
o tipo de divulgação que deve ser feita, caso seja feita; 
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(c) o tipo de comunicação que é esperado e para quem deve ser 
dirigida; e 
(d) se as partes para quem a comunicação é dirigida são as 
pessoas apropriadas para recebê-la. 
 
Resumindo... 
 
 
Como regra, o auditor não pode divulgar as 
informações obtidas durante o seu trabalho 
na entidade auditada, a não ser que: 
x Tenha autorização expressa da entidade 
auditada. 
x Haja obrigações legais ou normativas 
que o obriguem a fazê-lo. 
 
Ceticismo Profissional 
 
O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, 
reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção 
relevante nas demonstrações contábeis. O ceticismo profissional inclui 
estar alerta, por exemplo, a: 
 
‡� HYLGrQFLDV� GH� auditoriaque contradigam outras evidências 
obtidas; 
‡� LQIRUPDo}HV� TXH� FRORTXHP� HP� G~YLGD� D� FRQILDELOLGDGH� GRV�
documentos e respostas a indagações a serem usadas como 
evidências de auditoria; 
‡�FRQGLo}HV�TXH�SRVVDP�LQGLFDU�SRVVtYHO�IUDXGH� 
‡� FLUFXQVWkQFLDV que sugiram a necessidade de procedimentos de 
auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs. 
 
A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é 
necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de: 
‡�LJQRUDU�FLUFXQVWkQFLDV�QmR�Xsuais; 
‡� JHQHUDOL]DomR� H[FHVVLYD� DR� WLUDU� FRQFOXV}HV� GDV� REVHUYDo}HV� GH�
auditoria; 
‡�XVR�LQDGHTXDGR�GH�SUHPLVVDV�DR�GHWHUPLQDU�D�QDWXUH]D��D�pSRFD�H�
a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os 
resultados destes. 
 
Julgamento Profissional 
 
O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a 
auditoria de demonstrações contábeis. O julgamento profissional é 
necessário, em particular, nas decisões sobre: 
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‡�PDWHULDOLGDGH�H�ULVFR�GH�DXGLWRULD� 
‡�D�QDWXUH]D��D�pSRFD�H�D�H[WHQVmR�Gos procedimentos de auditoria 
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de 
auditoria e a coleta de evidências de auditoria; 
‡�DYDOLDU�VH�IRL�REWLGD�HYLGrQFLD�GH�DXGLWRULD�VXILFLHQWH�H�DSURSULDGD�
e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os 
objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor; 
‡�DYDOLDomR�GDV�RSLQL}HV�GD�DGPLQLVWUDomR�QD�DSOLFDomR�GD�HVWUXWXUD�
de relatório financeiro aplicável da entidade; 
‡� H[WUDomR� GH� FRQFOXV}HV� EDVHDGDV� QDV� HYLGrQFLDV� GH� DXGLWRULD 
obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das 
estimativas feitas pela administração na elaboração das 
demonstrações contábeis. 
 
Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de 
auditoria 
 
Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um 
nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões 
razoáveis e nelas basear a sua opinião. 
 
Condução da auditoria em conformidade com NBC TAs 
 
x Normas guiam o auditor na condução dos trabalhos. 
x O auditor deve cumprir com exigências legais e regulatórias, 
além das NBC TAs. 
x Conformidade com as NBC TAs relevantes + procedimentos 
adicionais. 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
6 - (FCC/ASLEPE/2014) - De acordo com as Normas Brasileiras de 
Auditoria, entre os princípios fundamentais de ética profissional 
relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de 
demonstrações contábeis, figura a: 
(A) integridade. 
(B) publicidade. 
(C) fidedignidade. 
(D) legalidade. 
(E) oportunidade. 
 
Comentários: 
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 Forma típica de cobrança desse assunto. Dos apresentados na 
questão, apenas Integridade se refere a um dos cinco princípios 
fundamentais de ética profissional relevantes. 
Resposta: A 
 
7 - (FCC/TCE-AM/2013) - Um auditor detectou indício de 
irregularidade fora do escopo da auditoria, fato que foi 
devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção 
das providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor 
em atendimento: 
(A) ao sigilo profissional. 
(B) ao zelo profissional. 
(C) à competência técnica. 
(D) à independência profissional. 
(E) à ética profissional. 
 
Comentários: 
 Em uma situação como essa o auditor demonstrou zelo profissional. 
Embora o fato não estivesse no escopo da auditoria que ele estava 
UHDOL]DQGR�� QmR� ³GHL[RX� SDVVDU´� R� LQGtFLR� TXH� SRU� YHQWXUD� GHWHFWRX��
informando ao seu chefe para que este tomasse as providências 
necessárias (por exemplo, planejasse outra auditoria para verificação do 
fato informado). O zelo profissional é um princípio fundamental ético que 
deve ser seguido pelo auditor. 
 As outras alternativas também são requisitos que devem ser 
cumpridos pelo auditor, mas não se referem ao fato enunciado na 
questão. 
Resposta: B 
 
8 - (FCC / TRT 6ª Região / 2012) ± De acordo com as normas de 
auditoria externa, quando o auditor desenvolve seus trabalhos 
com uma postura que inclui questionamento e avaliação crítica e 
detalhada, e desempenhe os trabalhos com alerta para condições 
que possam indicar possível distorção, devido a erro ou fraude nas 
demonstrações financeiras, o auditor está aplicando: 
(A) julgamento profissional. 
(B) ceticismo profissional. 
(C) equidade profissional. 
(D) diligência profissional. 
(E) neutralidade profissional. 
 
Comentários: 
Embora as outras características sejam observadas na postura e no 
exercício da profissão do auditor independente, quando se trata de 
característica questionadora, detalhista e crítica, estamos nos referindo ao 
ceticismo profissional do auditor. 
Resposta: B 
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9 - (FCC / TRE-CE / 2012) ± Um auditor externo ao proceder a 
auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na 
fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de 
R$ 18.000.000,00 relativos à terraplanagem do terreno da fábrica. 
Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de 
serviços de terraplanagem foi realizado com empresa 
devidamente constituída juridicamente e em atividade normal. O 
pagamento do serviço contratado foi efetuado à empresa de 
terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico constante 
do extrato bancário. O auditor em procedimento complementar e 
diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os 
serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o 
serviço de terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da 
cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os 
funcionários também informaram que nunca esteve na empresa 
Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem 
contratada. 
O procedimento do auditor mostra uma postura de: 
(A) falta de ética profissional por desconfiar da administração. 
(B) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor. 
(C) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de 
auditores. 
(D) representante da Governança no processo de identificação de todas 
as fraudes. 
(E) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria. 
 
Comentários: 
De forma resumida, observa-se pelo caput da questão que o auditor 
havia aplicado diversos testes para verificação da idoneidade do 
pagamento à empresa que teria prestado serviços de terraplanagem, 
mas, mesmo assim, entendeu ser necessária a verificação in loco para 
comprovação daqueles serviços. Essa postura questionadora, conforme 
visto na questão anterior, é uma característica do ceticismo profissional 
exigido pelas normas de auditoria. 
Não se trata de falta de ética (letra A). É uma investigação, mas 
essa atitude é pertinente às atividades do auditor (letra B). Com essa 
postura o auditor não está avaliando a equipe de auditores, mas sim o 
objeto auditado (letra C). O auditor independente não é um representante 
da Governança e nem

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