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SEFAZ PE XEST contabgeral gabrieleluciano Aula 08 Pronunciamentos Contábeis do CPC

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Aula 08
Contabilidade Geral p/ SEFAZ/PE
Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa
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Contabilidade Geral para SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa ʹ Aula 08 
 
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SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 2 
POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE ERRO ............................ 3 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 3 
OBJETIVO ...................................................................................................................................... 3 
ALCANCE ....................................................................................................................................... 4 
DEFINIÇÕES .................................................................................................................................. 4 
SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE POLÍTICAS CONTÁBEIS ............................................................................ 8 
UNIFORMIDADE DE POLÍTICAS CONTÁBEIS ..................................................................................... 10 
MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS ........................................................................................... 10 
APLICAÇÃO RETROSPECTIVA ......................................................................................................... 11 
LIMITAÇÃO À APLICAÇÃO RETROSPECTIVA...................................................................................... 11 
MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS ....................................................................................... 13 
CORREÇÃO DE ERROS................................................................................................................... 15 
LIMITAÇÃO À REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVA ........................................................................... 15 
DIVULGAÇÃO DE ERRO DE PERÍODO ANTERIOR ............................................................................... 16 
IMPRATICABILIDADE DA APLICAÇÃO E DA REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVAS ................................. 17 
RESUMO GERAL DESTA AULA ......................................................................................................... 18 
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ....................................................................... 21 
OBJETIVO .................................................................................................................................... 21 
DEFINIÇÕES ................................................................................................................................ 21 
PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST .................................................................. 23 
IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO .................................................... 26 
MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL ......................................................................................... 27 
VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA............................................................................. 27 
VALOR DE USO ............................................................................................................................ 28 
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS ................................................................ 28 
FLUXOS DE CAIXA FUTUROS EM MOEDA ESTRANGEIRA .................................................................... 29 
TAXA (OU TAXAS) DE DESCONTO ................................................................................................... 29 
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE UMA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO ....................................... 29 
REVERSÃO DA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO ................................................................................. 30 
CPC 07 ± SUBVENÇÃO E ASSISTÊNCIA GOVERNAMENTAL ......................................................... 33 
DEFINIÇÕES ................................................................................................................................ 33 
RECONHECIMENTO DA SUBVENÇÃO ............................................................................................... 33 
CONTABILIZAÇÃO ........................................................................................................................ 34 
PERDA DA SUBVENÇÃO GOVERNAMENTAL ....................................................................................... 36 
QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................................. 38 
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................................................... 71 
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .................................................................... 81 
 
AULA 08: PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS DO CPC 
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APRESENTAÇÃO 
 
Olá, meus amigos. Como estão?! 
 
É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, para 
ministrar para vocês mais uma aula da disciplina de Contabilidade Geral para 
o concurso Auditor Fiscal do Tesouro Estadual de Pernambuco. 
 
 
Continuaremos hoje com os nossos Pronunciamentos Contábeis! Falaremos 
sobre o CPC 01 ± teste de recuperabilidade, que é importantíssimo para 
qualquer prova da área fiscal. 
 
Aproveitaremos também o ensejo para apresentar o CPC 23, sobre políticas 
contábeis e, também, o CPC 07 ± Subvenção. 
 
O fórum de dúvidas está funcionando! 
 
Nossos e-mails, para dúvidas, são: 
 
gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br 
lucianorosa@estrategiaconcursos.com.br 
 
Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos 
possamos ter ciência do que está se passando no curso. 
 
Tá ok?! É isso! Vamos começar a nossa batalha?! 
 
Forte abraço! 
 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA. 
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POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE 
ERRO 
 
INTRODUÇÃO 
 
A norma anterior que tratava deste assunto era a Resolução do Conselho 
Federal de Contabilidade ± CFC - 1.087/2006, que aprovou a Norma Brasileira 
de Contabilidade - NBC T 19.11 ± Mudanças nas Práticas Contábeis, nas 
Estimativas e Correção de Erros. 
 
A Resolução citada fornecia a seguinte definição: 
 
19.11.2.1. Práticas contábeis são as normas, os procedimentos, as convenções, 
as regras e as próprias práticas específicas adotados por uma entidade na 
elaboração e na apresentação de suas demonstrações contábeis. 
 
A Resolução CFC - 1.087/2006 foi revogada pela Resolução CFC 1.179/2009, a 
qual aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 23 ± Políticas Contábeis, Mudança 
de Estimativa e Retificação de Erro.Na nova Resolução, que é idêntica ao Pronunciamento CPC 23, encontramos a 
seguinte definição: 
 
Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras 
e as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na 
apresentação de demonstrações contábeis. 
 
3RUWDQWR�� KRXYH� D� DOWHUDomR� GR� QRPH� ³3UiWLFDV� &RQWiEHLV´� SDUD� ³3ROtWLFDV�
&RQWiEHLV´�� 
 
Usaremos a denominação do Pronunciamento CPC 23 (políticas contábeis), que 
está em vigor atualmente. 
 
OBJETIVO 
 
1. O objetivo deste Pronunciamento é definir critérios para a seleção e a 
mudança de políticas contábeis, juntamente com o tratamento contábil 
e divulgação de mudança nas políticas contábeis, a mudança nas 
estimativas contábeis e a retificação de erro. O Pronunciamento tem como 
objetivo melhorar a relevância e a confiabilidade das demonstrações 
contábeis da entidade, bem como permitir sua comparabilidade ao longo do 
tempo com as demonstrações contábeis de outras entidades. 
 
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2. Os requisitos de divulgação relativos a políticas contábeis, exceto aqueles 
que digam respeito a mudança nas políticas contábeis, são estabelecidos no 
Pronunciamento Técnico CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis. 
 
Relevância, confiabilidade e comparabilidade eram três das quatro 
características qualitativas das demonstrações contábeis, que constavam na 
primeira versão do Pronunciamento 00 (a outra é a compreensibilidade, mas 
houve alteração nas características qualitativas - vide o Pronunciamento 00 ± 
Pronunciamento Conceitual Básico). 
 
O objetivo deste Pronunciamento é melhorar os aspectos citados (relevância, 
confiabilidade e comparabilidade), os quais são de vital importância para os 
usuários externos das demonstrações contábeis (bancos, fornecedores, 
credores, investidores, clientes, etc.). 
 
ALCANCE 
 
3. Este Pronunciamento deve ser aplicado na seleção e na aplicação de políticas 
contábeis, bem como na contabilização de mudança nas políticas contábeis, de 
mudança nas estimativas contábeis e de retificação de erros de períodos 
anteriores. 
 
4. Os efeitos tributários de retificação de erros de períodos anteriores e de 
ajustes retrospectivos feitos para a aplicação de alterações nas políticas 
contábeis são contabilizados e divulgados de acordo com o Pronunciamento 
Técnico CPC 32 ± Tributos sobre o Lucro. 
 
DEFINIÇÕES 
 
Os termos que se seguem são usados neste Pronunciamento com os seguintes 
significados: 
 
Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as 
práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de 
demonstrações contábeis. 
 
Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo 
ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que 
decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios futuros 
esperados associados aos ativos e passivos. As alterações nas estimativas 
contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não são 
retificações de erros. 
 
Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações 
contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta 
de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que: 
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(a) estava disponível quando da autorização para divulgação das 
demonstrações contábeis desses períodos; e 
(b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na 
elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis. 
 
Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de 
políticas contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes. 
 
Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a transações, 
a outros eventos e a condições, como se essa política tivesse sido sempre 
aplicada. 
 
Reapresentação retrospectiva é a correção do reconhecimento, da 
mensuração e da divulgação de valores de elementos das demonstrações 
contábeis, como se um erro de períodos anteriores nunca tivesse ocorrido. 
 
Aplicação impraticável de requisito ocorre quando a entidade não pode 
aplicá-lo depois de ter feito todos os esforços razoáveis nesse sentido. Para um 
período anterior em particular, é impraticável aplicar retrospectivamente a 
mudança em política contábil ou fazer a reapresentação retrospectiva para 
corrigir um erro se: 
 
(a) os efeitos da aplicação retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva não 
puderem ser determinados; 
(b) a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir premissas 
baseadas no que teria sido a intenção da Administração naquele momento 
passado; ou 
(c) a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir 
estimativas significativas de valores e se for impossível identificar 
objetivamente a informação sobre essas estimativas que: 
(i) proporciona evidências das circunstâncias que existiam à data em que esses 
valores deviam ser reconhecidos, mensurados ou divulgados; e 
(ii) estaria disponível quando as demonstrações contábeis desse período 
anterior tiveram autorização para divulgação. 
 
Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento 
do efeito de mudança em estimativa contábil representa, respectivamente: 
 
(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a 
condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e 
(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos períodos 
corrente e futuro afetados pela mudança. 
 
Omissão material ou incorreção material é a omissão ou a informação 
incorreta que puder, individual ou coletivamente, influenciar as decisões 
econômicas que os usuários das demonstrações contábeis tomam com base 
nessas demonstrações. A materialidade depende da dimensão e da natureza da 
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omissão ou da informação incorreta julgada à luz das circunstâncias às quais 
está sujeita. A dimensão ou a natureza do item, ou a combinação de ambas, 
pode ser o fator determinante. 
 
6. Avaliar se a omissão ou o erro pode influenciar a decisão econômica do 
usuário das demonstrações contábeis requer análise das características dos 
usuários das demonstrações contábeis. A Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e a Apresentação das Demonstrações Contábeis contida no 
Pronunciamento Conceitual Básico deste Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
�(VWUXWXUD� &RQFHLWXDO�� HVWDEHOHFH�� HP� VHX� LWHP� ���� TXH� ³SUHVXPH-se que os 
usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades 
econômicas e contabilidade e a disposição de estudar as informações com 
UD]RiYHO�GLOLJrQFLD´��'HVVD� IRUPD��D�DYDOLDomR�GHYH� OHYDU�HP�FRQWD�D�PDQHLUD�
como os usuários, com seus respectivosatributos, poderiam ser razoavelmente 
influenciados na tomada de decisão econômica. 
 
Aproveitaremos as definições para esclarecer melhor a diferença entre mudança 
de política, mudança de estimativa e retificação de erros. 
 
As políticas são mais amplas e gerais que as estimativas. Referem-se à 
escolha da base de avaliação, das regras que a entidade irá usar para 
elaboração das suas demonstrações contábeis. 
 
Assim, alteração na política contábil configura uma mudança na forma de 
avaliação, em virtude de alteração em princípios, bases, convenções, 
regras ou práticas específicas aplicadas. Por exemplo, mudar do PEPS para o 
Custo Médio Ponderado para a avaliação de estoques é uma mudança de 
política contábil. 
 
A mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de 
ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, 
que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos 
benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos. 
 
Ou seja, a empresa faz uma estimativa baseada na última informação 
disponível. Passado algum tempo, novas informações estão disponíveis, mais 
atualizadas, que podem evidenciar a necessidade de alterar a estimativa 
anterior. Nesse sentido, uma revisão de estimativa não é retificação de 
erro. Não houve erro na estimativa anterior, que foi feita com a melhor 
informação então disponível. 
 
Por exemplo, uma empresa estima que um veículo terá vida útil de 6 anos, com 
valor residual de XX. Após 3 anos de uso, a empresa verifica que o veículo está 
sendo utilizado em condições mais severas, e que irá durar 5 anos, ao invés de 
6. Trata-se de uma mudança de estimativa, que vale para aquele veículo em 
particular. 
 
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E não é retificação de erro. A estimativa inicial (feita com as informações da 
época) não está errada. È impossível acertar exatamente o desgaste de todos 
os ativos da empresa. Portanto, alterações posteriores são mudanças de 
estimativa, e não correção de erros. 
 
É importante ressaltar que serão realizadas apenas as alterações de 
estimativas que sejam relevantes, que possam afetar a decisão do usuário. 
 
Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas 
demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores 
decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que 
estava disponível que ou poderia ser razoavelmente obtida. Tais erros incluem 
os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas 
contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes. 
 
Vale ressaltar ainda a diferença entre aplicação retrospectiva e aplicação 
prospectiva. 
 
Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil, como se essa 
política tivesse sido sempre aplicada. Refere-se, portanto, a ajustes de 
transações e eventos passados. Por exemplo, se a empresa muda o método de 
avaliação de estoques, de PEPS para custo médio ponderado, deve ajustar o 
estoque inicial, como se já utilizasse o custo médio ponderado no final do 
exercício anterior. 
 
Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento 
do efeito de mudança em estimativa contábil representa, respectivamente: 
 
(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e 
a condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e 
(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos 
períodos corrente e futuro afetados pela mudança. 
 
Podemos adiantar que as alterações nas políticas contábeis devem ter 
aplicação retrospectiva, a não ser que isso seja impraticável. 
 
As alterações nas estimativas contábeis devem ser aplicadas de forma 
prospectiva. 
 
E quanto à correção de erros: 
 
A) Erros materiais, que podem alterar a decisão dos usuários das 
demonstrações contábeis, devem ser ajustados de forma retrospectiva; 
B) Erros decorrentes de fraudes, material ou imaterial, devem ter aplicação 
retrospectiva. 
 
 
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Esquematizando: 
 
Alteração da política contábil Aplicação retrospectiva (exceto se impraticável) 
Alteração na estimativa contábil Aplicação prospectiva 
Erros materiais que possam afetar as decisões dos usuários Aplicação retrospectiva 
Erros decorrentes de fraude Aplicação retrospectiva 
 
SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE POLÍTICAS CONTÁBEIS 
 
7. Quando Pronunciamento, Interpretação ou Orientação se aplicar 
especificamente a uma transação, a outro evento ou circunstância, a política ou 
políticas contábeis aplicadas a esse item devem ser determinadas pela aplicação 
do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, e considerando quaisquer 
guias de implementação relevantes emitidos pelo CPC no tocante ao 
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação em questão. 
 
8. Os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações estabelecem políticas 
contábeis que o CPC concluiu resultarem em demonstrações contábeis, 
contendo informação relevante e confiável sobre as transações, outros eventos 
e condições a que se aplicam. Essas políticas não precisam ser aplicadas 
quando o efeito da sua aplicação for imaterial. Contudo, não é apropriado 
produzir, ou deixar de corrigir, incorreções imateriais em relação a eles para se 
alcançar determinada apresentação da posição patrimonial e financeira (balanço 
patrimonial), do desempenho (demonstração do resultado) ou dos fluxos de 
caixa da entidade. 
 
9. Quaisquer guias de implementação para Pronunciamentos emitidos pelo CPC 
não fazem parte desses Pronunciamentos e, portanto, não contêm requisitos às 
demonstrações contábeis. 
 
As empresas não podem decidir livremente as políticas contábeis que aplicarão. 
Se houver Pronunciamento, Interpretação ou Orientação emitidos pelo CPC, a 
política contábil será determinada pelo Pronunciamento, Interpretação ou 
Orientação, e considerando quaisquer Guia de Implementação relevante 
emitido pelo CPC. 
 
10. Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que se 
aplique especificamente a uma transação, outro evento ou condição, a 
administração exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação 
de política contábil que resulte em informação que seja: 
 
(a) relevante para a tomada de decisão econômica por parte dos usuários; e 
(b) confiável, de tal modo que as demonstrações contábeis: 
(i) representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o 
desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade; 
(ii) reflitam a essência econômica de transações, outros eventos e condições 
e, não, meramente a forma legal; 
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(iii) sejam neutras, isto é, que estejam isentas de viés; 
(iv) sejam prudentes; e 
(v) sejam completas em todos os aspectos materiais. 
 
11. Ao exercer os julgamentosdescritos no item 10, a Administração deve 
consultar e considerar a aplicabilidade das seguintes fontes por ordem 
decrescente: 
 
(a) os requisitos e a orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e 
Orientações que tratem de assuntos semelhantes e relacionados; e 
(b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração 
para ativos, passivos, receitas e despesas contidos na Estrutura Conceitual. 
 
12. Ao exercer os julgamentos descritos no item 10, a administração pode 
também considerar as mais recentes posições técnicas assumidas por outros 
órgãos normatizadores contábeis que usem uma estrutura conceitual 
semelhante à do CPC para desenvolver pronunciamentos de contabilidade, ou 
ainda, outra literatura contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o 
ponto em que estas não entrem em conflito com as fontes enunciadas no item 
11. 
 
Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, a administração 
exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de política 
contábil que resulte em informação que seja: relevante e confiável, de forma 
que representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, reflitam a 
essência econômica, sejam neutras, prudentes e completas. 
 
Ao exercer o julgamento, a administração deve consultar e considerar as 
seguintes fontes por ordem decrescente: 
 
(a) os requisitos e a orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e 
Orientações que tratem de assuntos semelhantes e relacionados; e 
(b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração 
para ativos, passivos, receitas e despesas contidos na Estrutura Conceitual. 
 
Ao exercer o julgamento, a administração pode também considerar as mais 
recentes posições técnicas assumidas por outros órgãos normatizadores 
contábeis que usem uma estrutura conceitual semelhante à do CPC para 
desenvolver pronunciamentos de contabilidade, ou ainda, outra literatura 
contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o ponto em que estas não 
entrem em conflito com as fontes que devem ser consultadas, citadas no item 
anterior. 
 
 
 
 
 
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UNIFORMIDADE DE POLÍTICAS CONTÁBEIS 
 
13. A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis 
uniformemente para transações semelhantes, outros eventos e condições, a 
menos que Pronunciamento, Interpretação ou Orientação especificamente 
exija ou permita a classificação de itens para os quais possam ser aplicadas 
diferentes políticas. Se um Pronunciamento, Interpretação ou Orientação 
exigir ou permitir tal classificação, uma política contábil apropriada deve 
ser selecionada e aplicada uniformemente para cada categoria. 
 
MUDANÇA NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS 
 
14. A entidade deve alterar uma política contábil apenas se a mudança: 
 
(a) for exigida por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação; ou 
(b) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações 
contábeis sobre os efeitos das transações, outros eventos ou condições acerca 
da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos de caixa da 
entidade. 
 
15. Os usuários das demonstrações contábeis devem ter a possibilidade de 
comparar as demonstrações contábeis da entidade ao longo do tempo 
para identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira, no seu 
desempenho e nos seus fluxos de caixa. Por isso, devem ser aplicadas as 
mesmas políticas contábeis em cada período e de um período para o outro, a 
menos que uma mudança em política contábil esteja em conformidade com um 
dos critérios enunciados no item 14. 
 
16. Não constituem mudanças nas políticas contábeis: 
 
(a) a adoção de política contábil para transações, outros eventos ou condições 
que difiram em essência daqueles que ocorriam anteriormente; e 
(b) a adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou 
condições que não ocorriam anteriormente ou eram imateriais. 
 
São, portanto, duas hipóteses para alterar uma política contábil: 
 
1) se for exigido por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação e 
2) resultar em informação confiável e mais relevante. 
 
O pronunciamento destaca a importância de uniformidade nas políticas 
contábeis para permitir a comparação das demonstrações ao longo do tempo, 
para identificar tendências. 
 
Finalmente, informa que não constitui mudança a adoção de política contábil 
para transações ou eventos que: 
 
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a) difiram em essência dos anteriores 
b) não ocorriam anteriormente ou 
c) eram imateriais. 
 
Na aplicação de mudanças de políticas contábeis, os seguintes procedimentos 
devem ser obedecidos: 
 
a) Se for uma mudança resultante da adoção inicial de Pronunciamento, 
Interpretação ou Orientação, no qual constem disposições transitórias 
específicas, a entidade contabiliza a alteração de política contábil de acordo com 
as disposições do pronunciamento. 
b) Quando a entidade muda uma política contábil na adoção inicial de 
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que não inclua disposições 
transitórias específicas que se apliquem a essa mudança, ou quando muda uma 
política contábil voluntariamente, ela deve aplicar a mudança 
retrospectivamente. 
 
A adoção antecipada de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação não deve 
ser considerada como mudança voluntária na política contábil. 
 
21. Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que se 
aplique especificamente a uma transação, outro evento ou circunstância, a 
administração pode, de acordo com o item 12, aplicar uma política contábil 
derivada de pronunciamento recente emanado de outros órgãos técnicos 
que se utilizem de estrutura conceitual semelhante no desenvolvimento de 
pronunciamentos contábeis. 
 
Se, ao seguir uma mudança de referido pronunciamento, a entidade optar por 
mudar uma política contábil, essa mudança deve ser contabilizada e 
divulgada como mudança voluntária na política contábil. 
 
APLICAÇÃO RETROSPECTIVA 
 
Quando uma mudança na política contábil é aplicada retrospectivamente, a 
entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada componente do 
patrimônio líquido afetado para o período anterior mais antigo apresentado e os 
demais montantes comparativos divulgados para cada período anterior 
apresentado, como se a nova política contábil tivesse sempre sido 
aplicada. 
 
LIMITAÇÃO À APLICAÇÃO RETROSPECTIVA 
 
Normalmente, a entidade não deverá ter dificuldades para a aplicação 
retrospectiva da política contábil. 
 
Entretanto, o Pronunciamento aceita que tal procedimento seja impraticável, 
algumas vezes. 
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Quando for impraticável determinar o período dos efeitos específicos da 
mudança na política contábil na informação comparativa para um ou mais 
períodosanteriores apresentados, a entidade deve aplicar a nova política 
contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos de abertura do 
período mais antigo para o qual seja praticável a aplicação 
retrospectiva, que pode ser o período corrente, e deve proceder ao ajuste 
correspondente no saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido 
desse período. 
 
25. Quando for impraticável determinar o efeito cumulativo, no início do período 
corrente, da aplicação da nova política contábil a todos os períodos anteriores, a 
entidade deve ajustar a informação comparativa para aplicar a nova política 
contábil prospectivamente a partir do período mais antigo que for praticável. 
 
26. Quando a entidade aplicar a nova política contábil retrospectivamente, ela 
deve aplicar a nova política contábil à informação comparativa para períodos 
anteriores tão antigos quanto for praticável. 
 
A aplicação retrospectiva a um período anterior pode ser considerada não 
praticável se não for praticável determinar o efeito cumulativo nos 
montantes dos balanços de abertura e de encerramento desse período. 
O valor do ajuste resultante, relacionado com períodos anteriores aos 
apresentados nas demonstrações contábeis, é registrado no saldo de abertura 
de cada componente do patrimônio líquido afetado do período anterior mais 
antigo apresentado. Geralmente, o ajuste é registrado em Lucros ou 
Prejuízos Acumulados. Contudo, o ajuste pode ser feito em outro 
componente do patrimônio líquido (por exemplo, para cumprir um 
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação específico). 
 
Qualquer outra informação sobre períodos anteriores, tal como resumos 
históricos de dados financeiros, é também ajustada para períodos tão antigos 
quanto for praticável. 
 
27. Quando for impraticável à entidade aplicar a nova política contábil 
retrospectivamente, porque não pode determinar o efeito cumulativo da 
aplicação da política a todos os períodos anteriores, a entidade, de acordo com 
o item 25, deve aplicar a nova política prospectivamente desde o início 
do período mais antigo praticável. Portanto, ignora-se a parcela do ajuste 
cumulativo em ativos, passivos e patrimônio líquido correspondente a períodos 
anteriores. A mudança na política contábil é permitida mesmo que seja 
impraticável aplicar a nova política a qualquer período anterior. Os itens 
50 a 53 oferecem orientação sobre quando é impraticável aplicar a nova política 
contábil a um ou mais períodos anteriores. 
 
 
 
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MUDANÇA NAS ESTIMATIVAS CONTÁBEIS 
 
32. Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais, 
muitos itens nas demonstrações contábeis não podem ser mensurados com 
precisão, podendo apenas ser estimados. A estimativa envolve julgamentos 
baseados na última informação disponível e confiável. Por exemplo, podem ser 
exigidas estimativas de: 
 
(a) créditos de liquidação duvidosa; 
(b) obsolescência de estoque; 
(c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros; 
(d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos 
futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e 
(e) obrigações decorrentes de garantias. 
 
33. O uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração de 
demonstrações contábeis e não reduz sua confiabilidade. 
 
 34. A estimativa pode necessitar de revisão se ocorrerem alterações nas 
circunstâncias em que a estimativa se baseou ou em consequência de novas 
informações ou de maior experiência. Dada a sua natureza, a revisão da 
estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem representa 
correção de erro. 
 
35. A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não 
uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma 
mudança na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a 
mudança é tratada como mudança na estimativa contábil. 
 
36. O efeito de mudança na estimativa contábil que não seja uma mudança 
à qual se aplique o item 37 deve ser reconhecido prospectivamente, 
incluindo-o nos resultados do: 
 
(a) período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período; ou 
(b) período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos 
eles. 
 
37. Se a mudança na estimativa contábil resultar em mudanças em ativos e 
passivos, ou relacionar-se a componente do patrimônio líquido, ela deve ser 
reconhecida pelo ajuste no correspondente item do ativo, do passivo ou do 
patrimônio líquido no período da mudança. 
 
38. O reconhecimento prospectivo do efeito de mudança na estimativa 
contábil significa que a mudança é aplicada a transações, a outros 
eventos e a condições a partir da data da mudança na estimativa. A 
mudança em uma estimativa contábil pode afetar apenas os resultados do 
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período corrente ou os resultados tanto do período corrente como de períodos 
futuros. 
 
Por exemplo, a mudança na estimativa de créditos de liquidação duvidosa afeta 
apenas os resultados do período corrente e, por isso, é reconhecida no período 
corrente. 
 
Porém, a mudança na estimativa da vida útil de ativo depreciável, ou no padrão 
esperado de consumo dos futuros benefícios desse tipo de ativo, afeta a 
depreciação do período corrente e de cada um dos futuros períodos durante a 
vida útil remanescente do ativo. 
 
Em ambos os casos, o efeito da mudança relacionada com o período corrente é 
reconhecido como receita ou despesa no período corrente. O efeito, caso exista, 
em períodos futuros é reconhecido como receita ou despesa nesses períodos 
futuros. 
 
O texto do Pronunciamento é auto-explicativo, dispensando maiores 
comentários ou explicações. Vamos apenas destacar o seguinte: 
 
A) As estimativas são parte essencial das demonstrações contábeis e não 
reduzem a sua confiabilidade. 
B) Por exemplo, podem ser exigidas estimativas de: 
 
 --- Créditos de liquidação duvidosa; 
 --- Obsolescência de estoque; 
 --- Valor justo de ativos ou passivos financeiros 
 --- Vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos 
futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e 
 --- Obrigações decorrentes de garantias. 
 
C) A revisão de estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem 
representa correção de erro. 
D) A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não 
uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma mudança 
na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a mudança é 
tratada como mudança na estimativa contábil. 
E) O efeito de mudança de estimativa contábil deve ser reconhecido 
prospectivamente, ou seja, deve ser aplicada a transações e outros eventos a 
partir da data da mudança na estimativa. 
 
 
 
 
 
 
 
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CORREÇÃO DE ERROS 
 
41. Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na 
divulgação de elementos de demonstrações contábeis. As demonstrações 
contábeis não estarão em conformidade com os Pronunciamentos, 
Interpretações e Orientações deste CPC se contiverem erros materiais ou 
erros imateriais cometidos intencionalmente para alcançar determinada 
apresentação da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos 
de caixa da entidade. Os potenciais erros do período corrente descobertos 
nesse período devem ser corrigidos antes de as demonstrações contábeis serem 
autorizadas para publicação. Contudo, os erros materiais, por vezes, não são 
descobertos até um período subsequente, e esses erros de períodos anteriores 
são corrigidos na informação comparativa apresentada nas demonstrações 
contábeis desse período subsequente (ver itens 42 a 47). 
 
42. Sujeito ao disposto no item 43, a entidade deve corrigir os erros materiais 
de períodos anteriores retrospectivamente no primeiro conjunto de 
demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a 
descoberta de tais erros: 
 
(a) por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior 
apresentado em que tenha ocorrido o erro; ou 
(b) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da 
reapresentação dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio 
líquido para o período anterior mais antigo apresentado. 
 
Devem ser corrigidos os erros materiais (aqueles que, pelo valor, podem 
alterar a decisão dos usuários) e os erros intencionais (fraudes) de 
qualquer valor, mesmo os imateriais. O pronunciamento propõe um 
tratamento rigoroso com as fraudes (erros cometidos intencionalmente). 
 
A correção dos erros deve ser feita de forma retrospectiva, no primeiro 
conjunto de demonstrações contábeis posteriores à descoberta dos erros. 
 
LIMITAÇÃO À REAPRESENTAÇÃO RETROSPECTIVA 
 
Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação 
retrospectiva, salvo quando for impraticável determinar os efeitos específicos 
do período ou o efeito cumulativo do erro. Nesse caso, a entidade deve retificar 
os saldos de abertura de ativos, passivos e patrimônio líquido para o período 
mais antigo para o qual seja praticável a reapresentação retrospectiva (que 
pode ser o período corrente). 
 
Quando for impraticável determinar o efeito cumulativo, no início do período 
corrente, de erro em todos os períodos anteriores, a entidade deve retificar a 
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informação comparativa para corrigir o erro prospectivamente a partir da data 
mais antiga praticável. 
 
A retificação de erro de período anterior deve ser excluída dos resultados 
do período em que o erro é descoberto. Qualquer informação apresentada 
sobre períodos anteriores, incluindo qualquer resumo histórico de dados 
financeiros, deve ser retificada para períodos tão antigos quanto for praticável. 
 
Quando for impraticável determinar o montante do erro (por exemplo, erro na 
aplicação de política contábil) para todos os períodos anteriores, a entidade 
retifica a informação comparativa prospectivamente a partir da data mais 
antiga praticável. Dessa forma, ignorará a parcela da retificação cumulativa de 
ativos, passivos e patrimônio líquido relativa a períodos anteriores à data em 
que a retificação do erro foi praticável. 
 
As correções de erro distinguem-se de mudanças nas estimativas 
contábeis. 
 
As estimativas contábeis, por sua natureza, são aproximações que podem 
necessitar de revisão à medida que se conhece informação adicional. Por 
exemplo, o ganho ou a perda reconhecida no momento do desfecho de 
contingência, que, anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não 
constitui retificação de erro. 
 
DIVULGAÇÃO DE ERRO DE PERÍODO ANTERIOR 
 
Ao aplicar a correção de erro retrospectivamente, a entidade deve divulgar: 
 
(a) a natureza do erro de período anterior; 
(b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na 
medida em que seja praticável: 
(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e 
(ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41 ± Resultado por Ação se aplicar à 
entidade, para resultados por ação básicos e diluídos; 
(c) o montante da retificação no início do período anterior mais antigo 
apresentado; e 
(d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição 
de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva 
for impraticável para um período anterior em particular. 
 
As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não 
precisam repetir essas divulgações. 
 
 
 
 
 
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IMPRATICABILIDADE DA APLICAÇÃO E DA REAPRESENTAÇÃO 
RETROSPECTIVAS 
 
50. Em algumas circunstâncias, torna-se impraticável ajustar 
informações de um ou mais períodos anteriores apresentados para fins 
de comparação com o período corrente. Por exemplo, podem não ter sido 
reunidas informações necessárias em período anterior, de tal forma que não 
seja possível a aplicação retrospectiva de nova política contábil (incluindo, para 
a finalidade dos itens 51 a 53, a sua aplicação a períodos anteriores) ou a 
reapresentação retrospectiva para retificação de erro atribuído a determinado 
período anterior, podendo ser impraticável recriar essa informação. 
 
51. É comum a adoção de estimativas para a aplicação de uma política contábil 
a elementos reconhecidos nas demonstrações contábeis ou divulgados em 
relação a operações, eventos ou condições. As estimativas são, por 
natureza, subjetivas e podem ser desenvolvidas após a data do balanço, 
mas, à medida que o tempo transcorre, o desenvolvimento dessas estimativas 
contábeis relacionadas a transações ou eventos ocorridos em períodos 
anteriores passa a ser potencialmente mais difícil, principalmente ao se 
considerar que as estimativas contábeis devem refletir as condições 
existentes à época. Entretanto, o objetivo das estimativas relacionadas a 
períodos anteriores deve ser igual ao das estimativas desenvolvidas no período 
corrente, qual seja refletir as circunstâncias presentes na ocasião da transação, 
de outro evento ou de outra circunstância. 
 
52. Por isso, aplicar, retrospectivamente, nova política contábil ou 
corrigir erro de período anterior exige que se identifique a informação 
que: 
 
(a) fornece evidência das circunstâncias que existiam à época em que a 
transação, outro evento ou condição ocorreu, e que estavam presentes e 
disponíveis quando as demonstrações contábeis relativas àquele período 
anterior foram elaboradas; e 
(b) teria estado disponível quando as demonstrações contábeis desse 
período anterior foram autorizadas para divulgação. Para alguns tipos de 
estimativas (por exemplo, a mensuração do valor justo que utiliza dados 
significativos não observáveis), é impraticável distinguir esses tipos de 
informação. Caso a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva 
exigir que se faça uma estimativa significativa para a qual seja impossível 
distinguir esses dois tipos de informação, é impraticávelaplicar a nova política 
contábil ou retificar o erro de período anterior retrospectivamente. (Alterada 
pela Revisão CPC 03) 
 
53. Não se deve usar percepção posterior ao aplicar nova política 
contábil ou ao corrigir erros atribuíveis a período anterior, nem para 
fazer suposições sobre quais teriam sido as intenções da administração em 
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período anterior nem para estimar os valores reconhecidos, mensurados ou 
divulgados em períodos anteriores. Por exemplo, quando a entidade corrige 
erro de período anterior na mensuração de ativos financeiros previamente 
classificados como investimentos a serem mantidos até seu vencimento, de 
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 ± Instrumentos Financeiros: 
Reconhecimento e Mensuração, não deve alterar a respectiva base de 
mensuração para esse período se a administração tiver decidido mais tarde não 
mais mantê-los até o vencimento. Ou, ainda, quando a entidade corrige erro de 
período anterior ao calcular o seu passivo relativo ao afastamento por doença 
dos empregados de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 33 ± Benefícios 
a Empregados, deve ignorar informação acerca de temporada atípica de viroses 
durante o período seguinte que se tornou disponível depois que as 
demonstrações contábeis do período anterior tenham sido autorizadas à 
divulgação. O fato de estimativas significativas serem frequentemente exigidas 
quando se retifica informação comparativa apresentada para períodos 
anteriores não impede o ajuste ou a correção confiável da informação 
comparativa. 
 
RESUMO GERAL DESTA AULA 
 
1) Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e 
as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação 
de demonstrações contábeis. 
 
2) Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de 
ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, 
que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios 
futuros esperados associados aos ativos e passivos. As alterações nas 
estimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, 
não são retificações de erros. 
 
3) Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas 
demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores 
decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que 
estava disponível que ou poderia ser razoavelmente obtida. Tais erros incluem 
os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas 
contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes. 
 
4) Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil, como se 
essa política tivesse sido sempre aplicada. Refere-se portanto a ajustes de 
transações e eventos passados. Por exemplo, se a empresa muda o método de 
avaliação de estoques, de PEPS para custo médio ponderado, deve ajustar o 
estoque inicial, como se já utilizasse o custo médio ponderado no final do 
exercício anterior. 
 
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5) Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de 
reconhecimento do efeito de mudança em estimativa contábil representa, 
respectivamente: 
 
(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e 
a condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e 
(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos 
períodos corrente e futuro afetados pela mudança. 
 
6) as alterações nas Políticas Contábeis devem ter aplicação 
retrospectiva, a não ser que isso seja impraticável. 
 
7) As alterações nas Estimativas Contábeis devem ser aplicadas de forma 
prospectiva. 
 
8) Erros materiais (que podem alterar a decisão dos usuários das 
demonstrações contábeis) e erros decorrentes de fraudes (material ou 
imaterial) devem ser ajustados de forma retrospectiva; 
 
9) As empresas não podem decidir livremente as políticas contábeis que 
aplicarão. Se houver Pronunciamento, Interpretação ou Orientação emitidos 
pelo CPC, a política contábil será determinada pelo Pronunciamento, 
Interpretação ou Orientação, e considerando quaisquer Guia de 
Implementação relevante emitido pelo CPC. 
 
10) Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, a 
administração exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação 
de política contábil que resulte em informação que seja: relevante e confiável, 
de forma que representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, 
reflitam a essência econômica, sejam neutras, prudentes e completas. 
 
11) Ao exercer o julgamento, a administração deve consultar e considerar 
as seguintes fontes por ordem decrescente: (a) os requisitos e a 
orientação dos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações que tratem de 
assuntos semelhantes e relacionados; e 
 
(b) as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração 
para ativos, passivos, receitas e despesas contidos na Estrutura Conceitual. 
 
12) Ao exercer o julgamento, a administração pode também considerar as mais 
recentes posições técnicas assumidas por outros órgãos normatizadores 
contábeis que usem uma estrutura conceitual semelhante à do CPC para 
desenvolver pronunciamentos de contabilidade, ou ainda, outra literatura 
contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o ponto em que estas não 
entrem em conflito com as fontes que devem ser consultadas, citadas no item 
anterior. 
 
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13) Quando uma mudança na política contábil é aplicada retrospectivamente, a 
entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada componente, como se a 
nova política contábil tivesse sempre sido aplicada. 
 
14) Quando for impraticável determinar o período dos efeitos específicos da 
mudança na política contábil na informação comparativa para um ou mais 
períodos anteriores apresentados, a entidade deve aplicar a nova política 
contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos de abertura do 
período mais antigo para o qual seja praticável a aplicação 
retrospectiva, que pode ser o período corrente, e deve proceder ao ajuste 
correspondente no saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido 
desse período. 
 
15) As estimativas são parte essencial das demonstrações contábeis e não 
reduzem a sua confiabilidade. 
 
16) podem ser exigidas estimativas de: 
 --- Créditos de liquidação duvidosa; 
 --- Obsolescência de estoque; 
 --- Valor justo de ativos ou passivos financeiros 
 --- Vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos 
futuros 
 benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e 
 --- Obrigações decorrentes de garantias. 
 
17) A revisão de estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem 
representa correção de erro.18) A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não 
uma mudança na estimativa contábil. Quando for difícil distinguir uma mudança 
na política contábil de uma mudança na estimativa contábil, a mudança é 
tratada como mudança na estimativa contábil. 
 
19) O efeito de mudança de estimativa contábil deve ser reconhecido 
prospectivamente, ou seja, deve ser aplicada a transações e outros eventos a 
partir da data da mudança na estimativa. 
 
20) Devem ser corrigidos os erros materiais (aqueles que, pelo valor, podem 
alterar a decisão dos usuários) e os erros intencionais (fraudes) de 
qualquer valor, mesmo os imateriais. O pronunciamento propõe um 
tratamento rigoroso com as fraudes (erros cometidos intencionalmente). 
 
21) A correção dos erros deve ser feita de forma retrospectiva, no primeiro 
conjunto de demonstrações contábeis posteriores à descoberta dos erros. 
 
22) As correções de erro distinguem-se de mudanças nas estimativas 
contábeis. As estimativas contábeis, por sua natureza, são aproximações que 
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podem necessitar de revisão à medida que se conhece informação adicional. Por 
exemplo, o ganho ou a perda reconhecida no momento do desfecho de 
contingência, que, anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não 
constitui retificação de erro. 
 
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS 
 
A redução ao valor recuperável de ativos, ou teste de recuperabilidade, está 
prevista no CPC 01 e também na Resolução n. 1.110/2007 do CFC, ambas de 
igual teor. Este é, indubitavelmente, um dos Pronunciamentos Contábeis mais 
cobrados em concursos. Estudemos seus aspectos mais importantes para 
concursos. 
 
OBJETIVO 
 
1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a 
entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados 
contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um 
ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de 
recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser 
recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é 
caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento 
Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por 
desvalorização. O Pronunciamento Técnico também especifica quando a 
entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece 
as divulgações requeridas. 
 
2� WHVWH� GH� UHFXSHUDELOLGDGH� �WDPEpP� FRQKHFLGR� SRU� ³LPSDLUPHQW� WHVW´) tem 
como finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será 
realizado. Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem, quanto 
pela sua utilização nas atividades empresariais. Vejam que a norma fala em: 
assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor 
que não exceda seus valores de recuperação. 
 
Se Valor Contábil > Valor Recuperável Î Teste de Recuperabilidade 
 
DEFINIÇÕES 
 
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o 
maior (repita-se: maior) valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu 
valor em uso. 
 
É simples! Inicialmente faremos alguns cálculos e análises para achar o valor 
líquido de venda de um ativo e, também, o seu valor em uso. Após, o maior, 
dentre esses dois valores, será utilizado como valor recuperável. 
 
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Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que 
devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa. 
 
Para achar o valor em uso, temos de conhecer as receitas que serão esperadas 
pela utilização do ativo. Desse valor subtraímos todos os custos que estejam 
relacionados às receitas. 
 
Por exemplo, uma máquina gerará, em sua vida útil, receitas de R$ 
1.000.000,00, com custos esperados de R$ 400.000,00. O seu valor em uso 
será, grosso modo, no montante de R$ 600.000,00 (1 milhão ± 400.000,00). 
 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria 
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre 
participantes do mercado na data de mensuração. (Ver CPC 46 ± Mensuração 
do Valor Justo). (Alterada pela Revisão CPC 03) 
 
Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente 
atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de 
caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado 
gerado. 
 
Como exemplo, se a mesma máquina citada acima pudesse ser vendida pelo 
valor de R$ 600.000,00, com despesas de venda no valor de R$ 200.000,00. O 
valor líquido de venda seria neste caso de R$ 400.000,00 (600.000 ± 200.000). 
 
Voltando ao conceito de valor recuperável, podemos dizer que, após realizado 
os passos acima, devemos proceder da seguinte forma para encontrá-lo: 
 
1) Qual o valor de uso? R$ 600.000,00. 
2) Qual o valor líquido de venda? R$ 400.000,00. 
3) Conhecidos os dois dados indagamos: Qual o valor recuperável? Exato! R$ 
600.000,00, que é o maior entre o valor de uso e o valor líquido de venda. 
Entenderam? Esses conceitos são importantíssimos para a prova. 
 
Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um 
ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável. 
 
Veja que o conceito diz que o valor contábil excede o valor recuperável. 
Valor Contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois 
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão 
acumulada e provisão para perdas. 
 
Podemos inferir dessa leitura que temos de comparar os dois valores, o 
contábil e o recuperável, para achar a perda. No exemplo acima, se o valor 
contábil do bem fosse R$ 800.000,00, qual seria a perda por desvalorização? 
Basta subtrairmos dos R$ 800.000,00 o valor recuperável, de R$ 600.000,00. 
Achamos o valor de R$ 200.000,00. É essa a nossa perda! 
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Essa perda será registrada da seguinte forma: 
 
D ± Outras Despesas ± Perda com desvalorização de ativo 200.000,00 
C ± Provisão para perda com desvalorização de ativo 200.000,00 
 
Ao revés, se o valor de realização do ativo é maior que o seu valor contábil, 
nenhum registro há que ser feito, em homenagem ao princípio contábil da 
prudência. 
 
IMPORTANTE PARA CONCURSOS: 
 
Valor Contábil > Valor Recuperável Æ Reconhece-se uma perda por 
desvalorização. 
Valor Recuperável > Valor Contábil Æ Nada há de ser feito. 
 
O conjunto de conceitos acima são os mais importantes para a prova, porém, a 
norma traz outros, que podem igualmente ser objeto de cobrança, a saber: 
 
Vida útil é: 
 
(a) O período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo; ou 
(b) O número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a 
entidade espera obter do ativo.Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera 
as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das entradas de 
caixa de outros ativos ou de grupos de ativos. 
 
Um exemplo, citado pela norma, que esclarece a situação, é o seguinte: uma 
entidade de mineração tem uma estrada de ferro utilizada em suas atividades, 
que não gera entradas de caixa independentes, provenientes de uso contínuo. 
 
Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro, portanto, 
estima-se o valor recuperável da mina como um todo. 
 
Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de 
caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de 
outras unidades geradoras de caixa. 
 
PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST 
 
9. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há alguma 
indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma 
indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo. 
 
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Em síntese, funciona assim: 
 
Para os ativos em geral (como os imobilizados), a empresa deve verificar se 
há indícios de desvalorização no final do período de reporte (exercício social). 
 
Havendo indícios, a empresa faz uma estimativa formal da recuperabilidade. 
Não havendo, esta estimativa formal está dispensada. 
 
Todavia, existem três ativos que devem ser avaliados formalmente, ainda que 
não haja indícios de perda. São eles: 
 
- Goodwill 
- Intangível com vida indefinida 
- Intangível que ainda não está em uso. 
 
Mas, professores, por que essas exceções à regra? A explicação é simples. 
 
Os ativos em geral, como os imobilizados, por exemplo, têm reduções em seus 
valores ao longo do tempo. Então, mesmo que um ativo imobilizado esteja 
avaliado contabilmente por um valor superior ao seu valor recuperável, a 
redução em seu valor com o decurso de sua vida útil, gerada, por exemplo, pela 
depreciação, vai acabar por diminuir o seu valor contábil, o que atenua esse 
registro contábil por valor superior ao recuperável. 
 
Ao revés, o goodwill, o intangível com vida útil indefinida e o ativo intangível 
são ativos que têm a característica comum de não sofrer amortização. Isto é, o 
seus valores não diminuem com o curso do tempo, como ocorre com os outros 
ativos que têm amortização, depreciação, exaustão, etc. 
 
Com efeito, caso o registro destes três tipos de ativos estejam por valores 
superiores aos seus valores recuperáveis, permaneceriam assim caso nenhuma 
providência fosse tomada. 
 
Por este motivo o CFC/CPC dispensou atenção maior a estes ativos, dispondo: 
 
10. Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao 
valor recuperável, a entidade deve: 
 
(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo 
intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não 
disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor 
recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a 
qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, 
no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável 
testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram 
inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor 
recuperável testada antes do fim do ano corrente; e 
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(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill) em combinação de negócios, de acordo com os itens 80 a 99. 
 
Esta aula não visa a tratar sobre intangíveis, porém, faz-se necessária uma 
breve abordagem sobre o tema. São ativos intangíveis os direitos que tenham 
por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Para 
que uma entidade reconheça um ativo intangível ele deve atender 
conjuntamente a três critérios: 
 
1) Ser separável; 
2) Ser proveniente de direitos contratuais ou legais; 
3) Ter o seu valor determinado com segurança. Atendendo-se aos critérios de 
reconhecimento pode-se passar a mensuração do ativo intangível. 
 
Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos 
pelo CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber: 
 
Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível 
deve ser apresentado ao custo, menos a amortização acumulada e a perda 
acumulada (se houver). 
 
Método de reavaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um 
ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente 
ao valor justo na data da reavaliação. 
 
Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização 
pela reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser 
aplicada nas demonstrações contábeis. 
 
Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de 
vida útil indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil 
indefinida a amortização torna-se proibida, afinal, não temos um prazo para 
calcular, não saberemos apurar a amortização senão de forma arbitrária (como 
utilizamos para achar o valor de depreciação no imobilizado, exemplo: 10 anos 
de depreciação sem valor residual = 10% ao ano). 
 
Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não significa 
dizer que ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos estarão sujeitos à 
análise de impairment anual. 
 
Já para os intangíveis de vida útil determinada mantém-se a prática de alocar 
seu custo de aquisição ao resultado com base no período determinado e se 
houver meios de determinar o valor residual para fins de amortização este 
deverá ser utilizado. 
 
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IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO 
 
Como dito, a desvalorização se dá quando o valor contábil excede o valor 
recuperável. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se 
há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se 
houver alguma indicação, a entidade deve fazer uma estimativa formal do 
valor recuperável do ativo. Não havendo indícios dessa desvalorização, 
dispensada está essa estimativa formal. 
 
Mas como as empresas avaliam se o ativo está ou não desvalorizado? Quais 
seriam os fatores que indicam? Bem, a Resolução do CFC trouxe alguns 
indicadores, não exaustivos, ou seja, sem prejuízo de outros apurados, que 
podem ser tanto internos quanto externos. São eles: 
 
Indicadores Externos 
 
1) O valor do ativo no mercado diminuiu mais do que deveria diminuir emsituações normais. 
2) Mudanças nos mercado, como, por exemplo, ambiente tecnológico. Exemplo: 
As empresas que fabricavam apenas videocassetes, quando do surgimento 
dos DVDs players. 
3) As taxas de juros ou outras taxas do mercado aumentaram 
demasiadamente. Esse aumento pode provocar a diminuição do valor de 
uso, como se verá adiante, quando fizermos cálculos mais aprofundados na 
matéria. 
4) O valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de 
suas ações no mercado. 
 
Indicadores Internos 
 
1) Evidência de dano físico no ativo. 
2) Mudanças significativas na entidade, por exemplo, a chegada de uma nova 
tecnologia, que faz com que uma máquina antiga tenha sua utilização 
diminuída. 
3) Relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é 
ou será pior que o esperado. 
 
Se, depois de feita a estimativa formal para um ativo intangível, houver 
razoável certeza de que o valor recuperável é maior do que o valor contábil, 
não há necessidade de se proceder à nova avaliação nos períodos que se 
seguem, se não houver vestígios de mudança neste cenário ou se o valor 
recuperável deste ativo for pouco elástico em relação a mudanças no ambiente. 
 
Se houver uma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, isso 
pode indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação, 
amortização e exaustão ou o valor residual para o ativo necessitem ser 
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revisados e ajustados, mesmo que os cálculos posteriormente indiquem não ser 
necessário reconhecer uma desvalorização para o ativo. 
 
MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL 
 
Lembremo-nos: 
 
Valor Recuperável Æ Maior valor entre: a) valor líquido de despesas de venda; 
b) valor de uso. 
 
Uma questão de prova pode conter o seguinte questionamento: Para a análise 
do valor recuperável, será sempre necessário calcular-se o valor líquido de 
despesas de venda e o valor de uso. A resposta deve ser assinalada como falsa. 
 
O Pronunciamento 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) diz que 
se qualquer desses valores exceder o valor contábil do ativo, este não tem 
desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor. Lembrem-se 
de que só serão feitos ajustes quando o valor contábil for maior que o 
recuperável. 
 
Pode ocorrer, também, de não ser possível determinar qual o valor justo líquido 
de despesa de venda a se obter, hipótese em que não será necessário calculá-
lo. Neste caso, o valor de uso será considerado como o valor recuperável. 
 
Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda 
significativamente seu valor justo líquido de despesa de venda, o valor justo 
líquido de despesas de venda do ativo pode ser considerado como seu valor 
recuperável. Esse será frequentemente o caso para um ativo que é mantido 
para alienação. Isso ocorre porque o valor em uso de um ativo mantido para 
alienação corresponderá principalmente às receitas líquidas da baixa, uma vez 
que os futuros fluxos de caixa do uso contínuo do ativo, até sua baixa, 
provavelmente serão irrisórios. 
 
Como regra, o valor recuperável deve ser determinado para ativos 
individualmente. 
 
 
VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESAS DE VENDA 
 
28. As despesas com a baixa, exceto as que já foram reconhecidas como 
passivo, devem ser deduzidas ao se mensurar o valor justo líquido de despesas 
de alienação. Exemplos desses tipos de despesas são as despesas legais, 
tributos, despesas com a remoção do ativo e gastos diretos incrementais para 
deixar o ativo em condição de venda. Entretanto, as despesas com demissão de 
empregados e as associadas à redução ou reorganização de um negócio em 
seguida à baixa de um ativo não são despesas incrementais para baixa do 
ativo. (Alterado pela Revisão CPC 03). 
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VALOR DE USO 
 
O valor de uso de um ativo é o valor de caixa gerado ± na verdade, é o valor 
que se espera gerar - pela utilização do bem em sua vida útil ajustado a valor 
presente por uma taxa de desconto. 
 
Se o uso de um ativo em separado não criar, por si só, entradas de caixa 
independentes de outros ativos, o procedimento deve ser realizado em relação 
ao grupo de ativos (ao qual o ativo em comento pertença), cujo uso gere caixa, 
de forma independente dos demais ativos, esse grupo de ativos é denominado 
unidade geradora de caixa. 
 
A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos: 
 
(a) estimar futuras entradas e saídas de caixa decorrentes de uso contínuo do 
ativo e de sua baixa final; e 
(b) aplicar taxa de desconto adequada a esses fluxos de caixa futuros. 
 
Exemplo: Supondo que estamos no ano de X0 e que se espera que um ativo 
gere receitas para os anos de X1 e X2 no valor de $ 100.000,00, ao final de 
cada ano. Qual será o valor de uso, supondo uma taxa de desconto de 10%? 
 
Resposta: O valor de uso será encontrado através da seguinte fórmula: 
 
9DORU�GH�XVR��ƶ��5HFHLWD�(VSHUDGD�HP�Q����L�AQ�� 
 
Logo, o nosso valor de uso na questão será: 100.000/1,1^1 + 100.000/1,1^2 
= 90.909,10 + 82644,60 = $ 173.553,70. 
 
BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS 
 
As estimativas de fluxos de caixa para se achar o valor de uso devem ser 
razoáveis, com análise econômica mais profunda sobre o ambiente externo. A 
análise do fluxo de caixa também deve se basear em políticas mais recentes 
adotadas pela empresa e abranger um período máximo de 5 anos adiante 
(salvo se se justificar período mais longo). Todavia, deve-se excluir qualquer 
estimativa de fluxo de caixa que se espera surgir das reestruturações futuras ou 
da melhoria ou aprimoramento do desempenho do ativo. 
 
35. Geralmente, orçamentos e previsões financeiras de fluxos de caixa futuros 
para períodos superiores a cinco anos, detalhados, explícitos e confiáveis, não 
estão disponíveis. Por essa razão, as estimativas da administração de fluxos de 
caixa futuros devem ser baseadas nos mais recentes orçamentos e previsões 
para um período máximo de cinco anos. A administração pode utilizar projeções 
de fluxo de caixa baseadas em orçamentos e previsões financeiras para um 
período superior a cinco anos se estiver convicta de que essas projeções são 
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confiáveis e se puder demonstrar sua capacidade, baseada na experiência 
passada, de fazer previsão acurada de fluxo de caixa para esse período mais 
longo. 
 
As estimativas de fluxos de caixa futuros devem ser estimadas para o ativo no 
estado em que se encontrarem, em suas condições atuais (atenção: não 
devemos considerar eventuais futuras melhorias no ativo) e incluir: 
 
(1) projeções de entradas de caixa a partir do uso contínuo do ativo; 
(2) projeções de saídas de caixa, necessárias para gerar as entradas de caixa;

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