Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 02 Contabilidade Pública p/ SEFAZ/PE Professor: Giovanni Pacelli Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 97 AULA 02: Despesa: conceito, classificação e estágios, aspectos legais, contabilização. SUMÁRIO PÁGINA 1.Apresentação 1 2.Generalidades - Classificação conforme o MTO 2 2.1.Classificação da despesa por esfera orçamentária 4 2.2.Classificação Institucional 7 2.3.Classificação Funcional 9 2.4.Classificação Programática 14 2.5.Meta Física 21 2.6.Classificação por IDOC, IDUSO e Fonte de Recurso 22 ����&ODVVLILFDomR� TXDQWR� j� QDWXUH]D� �³FODVVLILFDomR� HFRQ{PLFD´�� 29 2.7.1.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão 4320/1964 29 2.7.2.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO) 38 2.8.Classificação por Identificador de Resultado Primário 56 3.Classificação da despesa quanto aos efeitos sobre o patrimônio público: efetivas e não efetivas (por mutação) 57 4.Tabela-síntese da classificação das despesas 61 5.Etapas/estágios da despesa orçamentária 67 6.Questões comentadas 79 7.Lista das questões apresentadas 89 1. APRESENTAÇÃO Pessoal aula de hoje veremos a classificação da despesa (completa e atualizada) e as etapas/estágios das despesas. Lembro que na aula anterior tratamos dos conceitos relacionados às despesas extraorçamentárias. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 97 2.GENERALIDADES - CLASSIFICAÇÃO CONFORME O MTO Apresento inicialmente a Figura 1 que a classificação da despesa conforme consta no SIAFI (Sistema de Administração Financeira). Figura 1: Código da Despesa Observamos que a despesa possui dois tipos de programação: programação qualitativa e programação quantitativa. A programação qualitativa se propõe a responder os seguintes questionamentos constantes na Figura 2. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 97 Figura 2: Programação Qualitativa Fonte: Manual Técnico do Orçamento (2013) Assim, do ponto de vista operacional, a programação qualitativa é composta dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática. A programação quantitativa é formada pela programação física e pela programação financeira e se propõe a responder os seguintes questionamentos constantes nas Figuras 3 e 4. Figura 3: Programação Física 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 97 Figura 4: Programação Financeira 2.1.Classificação da despesa por esfera orçamentária A esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I), conforme disposto no § 5º do art. 165 da CF/19881. Na base de dados do SIOP (Sistema de Planejamento e Orçamento), o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos conforme consta na Figura 5 e será associado à ação orçamentária. 1 A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 97 Figura 5: Esfera Orçamentária O Orçamento Fiscal - OF (código 10) corresponde aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; O Orçamento da Seguridade Social - OSS (código 20) abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público; e O Orçamento de Investimento - OI (código 30) compreende orçamento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. O § 2º do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Orçamento da Seguridade Social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. Apesar de o nosso curso ser voltado para a Contabilidade Aplicada ao Setor Público gostaria de tecer alguns comentários relatos à Orçamento: 1º Existem 3 espécies de leis orçamentárias que norteiam o planejamento orçamentário segundo a CF/1988: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 97 2º Todas são leis ordinárias. 3º A LDO deve estar de acordo com o PPA; enquanto a LOA deve estar de acordo com a LOA e a LDO. 4º A LOA é composta por três orçamentos: OF, OSS e OI. 5º Compõem o OF e OSS: a administração direta, autarquias, fundações públicas e empresas estatais dependentes. 6º Compõem o OI as empresas estatais independentes, porém apenas as despesas relacionadas aos investimentos. As despesas operacionais do BNDES, por exemplo, estão fora. 7º A diferenças entre o OF e o OSS é que estão enquadrados neste último as entidades da administração direta, as autarquias, as fundações públicas e empresas estatais dependentes que atuem nessas 3 áreas: saúde, previdência social e assistência social. 8º A LOA possui 4 etapas: (i) Elaboração; (ii)Discussão; (iii) Execução Orçamentária e Financeira; (iv) Controle e Avaliação. 9º O SIOP, sistema de planejamento e orçamento, é amplamente utilizado em todas as etapas. Alguém poderia questionar como se utilizaria o SIOP na terceira etapa. A resposta está no fato de que durante a 3ª etapa - Execução Orçamentária e Financeira são abertos créditos adicionais. Os créditos adicionais são instrumentos retificadores da LOA. 10º O SIAFI, sistema de administração financeira, é amplamente utilizado na 3ª e 4ª etapas.83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 97 2.2. Classificação Institucional A classificação institucional, na União, reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária (UO). As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às UOs, que são as responsáveis pela realização das ações. Já o órgão orçamentário é o agrupamento de UOs. O código da classificação institucional, conforme consta na Figura 6, compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à UO. Figura 6: Classificação Institucional Um órgão ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo: -71.000: Encargos Financeiros da União; -73.000: Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios; -74.000: Operações Oficiais de Crédito; -75.000: Refinanciamento Dívida Pública Mobiliária Federal; -90.000: Reserva de Contingência. Ressalto que essas dotações são controladas por outros órgãos. Por exemplo, os Encargos Financeiros da União são controlados parte pelo Ministério da Fazenda (71.101) e parte pelo Ministério do Planejamento (71.102). 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 97 Já foi cobrado em concurso pela banca Cespe a codificação das unidades orçamentárias. Porém como gravar mais de 60 códigos? Segue a dica: -Do código 01.000 até o 09.000 Æ Poder Legislativo; -Do código 10.000 até o 19.000 Æ Poder Judiciário; -Do código 20.000 até o 90.000 Æ Poder Executivo; -Código 34.000 e 59.000 Æ Respectivamente Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público. Vamos a uma questão sobre o que vimos até aqui. 1. (Cespe/IPEA/2008/Gestão em Orçamento) Na classificação institucional há órgãos setoriais e unidades orçamentárias que não correspondem aos órgãos e entidades que compõem a administração pública. Essas unidades orçamentárias, todavia, são um conjunto de dotações que são administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações. COMENTÁRIO A QUESTÃO 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 97 CERTO, basta se lembrar do exemplo: Encargos Financeiros da União. 2.3. Classificação Funcional A classificação funcional é formada por funções e subfunções e busca responder basicamente à indagação ³HP�TXH�iUHD�GH�GHVSHVD�D� DomR� JRYHUQDPHQWDO� VHUi� UHDOL]DGD"´. Cada atividade, projeto e operação especial identificará a função e a subfunção às quais se vinculam. A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria n° 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão (MOG), e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nos três níveis de Governo. Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. Na base de dados do SIOP, existem dois campos correspondentes à classificação funcional conforme constam na Figura 7. Figura 7: Classificação Funcional 2.3.1. Função A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. A função Encargos Especiais (função 28) engloba as despesas que não podem ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 97 produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo operações especiais que correspondem aos códigos abaixo relacionados e constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. A Figura 8 contém as subfunções integrantes da função Encargos Especiais, enquanto a Figura 9 contém os programas destinados exclusivamente às operações especiais. Figura 8: Subfunções integrantes da Função 28 (Encargos Especiais) Figura 9: Programas destinados exclusivamente às operações especiais Assim, caso se utilize a classificação funcional 28.843 (função e subfunção), necessariamente se utilizará a classificação programática 0905 (programa). 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 97 2.3.2. Subfunção A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da identificação da natureza das ações. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas relacionadas na Portaria MOG n° 42, de 1999. As ações devem estar SEMPRE conectadas às subfunções que representam sua área específica. Existe também a possibilidade de matricialidade na conexão entre função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer subfunção, mas não na relação entre AÇÃO e SUBFUNÇÃO. Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma ÚNICA FUNÇÃO, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação. As funções e subfunções podem combinar entre si. Vejamos na prática conforme consta na Lei Orçamentária Anual de 2012. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 97 Observa-se que dentro da função 01 consta a subfunção 846 que tradicionalmente integra a função encargos especiais. Por outro lado, dentro da função 28 encargos especiais encontram-se diversas subfunções, além das subfunções próprias daquela função (841, 842, 843, 844, 845, 846 e 847). Porém, ao escolher a subfunção deve estar conectada a uma ação específica e vice-versa. Assim, a função está relacionada ao órgão, enquanto a subfunção está relacionada à ação. Vejamos exemplos: Observa-se no exemplo a confirmação de que a função Energia está ligada ao MME, enquanto a função Agricultura está ligada ao MAPA. Em ambos os casos, a SUBFUNÇÃO Comunicação Social está ligada à AÇÃO Publicidade de Utilidade Pública.83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 97 2. (FCC/2012/TCE-AM/ACE) A despesa com o serviço da dívida fundada externa deve ser classificada na função a) Encargos Especiais. b) Administração. c) Despesas de Capital. d) Refinanciamento da Dívida Externa. e) Juros e Encargos da Dívida. COMENTÁRIO A QUESTÃO 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 97 Não é normal cobrar código/nome de função. Porém, sempre digo aos meus alunos que a função 28 ± Encargos Especiais deve ser gravada. Opção A. 2.4.Classificação Programática O Quadro 1 contém a classificação programática. São três níveis com cada um contendo 4 códigos. Quadro 1: Classificação Programática Programa Ação Subtítulo AAAA B BBB CCCC Numérico2 Numérico Alfanumérico Numérico 2.4.1.Programa O programa é o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual 3. Existem segundo o PPA dois tipos de programas conforme consta no Quadro 2. Quadro 2: Tipos de programa no PPA 2012-2015 Tipo de Programa Descrição Programa Temático Aquele que expressa e orienta a ação governamental para a entrega de bens e serviços à sociedade. É composto por Objetivos, Indicadores, Valor Global e Valor de Referência. Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado Aquele que expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental. 2 O manual utiliza o termo dígitos (que poderiam ser interpretados como letras ou números), porém na prática são 4 números. 3 Inciso I do art. 5º da lei 12465/2011. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 97 Figura 10: Integração das ações orçamentárias com o PPA Na Lei Orçamentária Anual, conforme consta na Figura 1, não há menção aos objetivos e iniciativas mencionadas na Figura 10. Estes constam no Plano Plurianual. Por outro lado no PPA não discriminadas as Ações, estas são discriminadas exclusivamente na LOA4. 4 § 1o do art. 8º da lei 12593/2012 (Plano Plurianual 2012-2015): As ações orçamentárias serão discriminadas exclusivamente nas leis orçamentárias anuais. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 97 Vamos a outra questão que foi cobrada recentemente em prova. 3. (ESAF/2012/CGU/AFC) Segundo o que dispõe a Lei de Diretrizes 2UoDPHQWiULDV� ?�/'2��SURJUDPD�GH�JRYHUQR�p�GHILQLGR�FRPR� a) o segundo nível da categoria de programação e destina-se à especificação dos gastos governamentais cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. b) instrumento de organização dos gastos governamentais, composto por ações e mensuração a partir de indicadores da LOA. c) conjunto de ações e metas de um determinado exercício cuja mensuração se faz pelo volume de gasto realizado. d) mecanismo de organização da ação governamental, detalhado por projetos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. e) instrumento de organização da ação governamental, visando à concretização dos objetivos pretendidos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. COMENTÁRIO A QUESTÃO 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 97 Conforme vimos anteriormente a opção correta é a alternativa E. 2.4.2.Ação Operação da qual resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre outros, e os financiamentos. Existem 3 tipos de ações conforme mostra o Quadro 3. Quadro 3: Tipos de Ações Atividade Projetos Operações Especiais Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Envolve um conjunto de operações contínua e permanente Envolve um conjunto operações limitadas no tempo Resulta produto/serviços necessário a manutenção da ação de governo Resulta produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo Mantêm o mesmo nível da produção pública. Expandem a produção pública ou criam infraestrutura para novas atividades, ou, ainda, implementam ações inéditas num prazo determinado. As operações especiais caracterizam-se por não retratar a atividade produtiva no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes. É vedada a utilização dos elementos da despesa 41, 42, 43, 45 e 81 (contribuições, auxílios, subvenções sociais, subvenções econômicas e distribuições de caráter constitucional ou legal)5. Elementos da despesa 41, 42, 43, 45 e 81 6. 5 Voltarei com mais detalhes após apresentar a classificação quanto à natureza da despesa. 6 Voltarei com mais detalhes após apresentar a classificação quanto à natureza da despesa. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 97 Na sequência a Figura 11 retrata a composição da ação orçamentária. Figura 11: Composição da Ação Assim, a partir da identificação do 1º dos 4º dígitos da Ação pode- se identificar o tipo de Ação, desde que se detenha o conhecimento constante na Figura 12. Figura 12: 1º Dígito da Ação 4. (FCC/TRF 4ª Região/2010/Analista/Contador) Na classificação funcional da despesa, o instrumento de ação governamental que é utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, necessárias à manutenção da referida ação, é denominado a) subfunção. b) atividade. c) função. d) operação especial. e) projeto. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PEProf. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 97 COMENTÁRIO A QUESTÃO Vimos que se trata de uma atividade. Por fim, apresento na Figura 13 os exemplos de operações especiais. Figura 13: Operações Especiais Vamos fazer uma questão sobre isso. 5. (Cespe/2007/TCU/Auditor Ministro Substituto) As despesas chamadas transferências são consideradas operações especiais, caracterizadas como neutras em relação ao ciclo produtivo sob a responsabilidade do administrador público. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 97 COMENTÁRIO A QUESTÃO CERTO, as transferências são ação do tipo operações especiais. 2.4.3. Subtítulos As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados especialmente para identificar a localização física da ação orçamentária, não podendo haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas estabelecidas. Vale ressaltar que o critério para a priorização da localização física da ação orçamentária no território é o da localização dos respectivos beneficiados. A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. O subtítulo deverá ser usado para indicar a localização geográfica da ação ou operação especial da seguinte forma: 1.Projetos: localização da obra; 2.Atividades: localização dos beneficiários/público-alvo da ação (atributo novo no cadastro); 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 97 3.Operações especiais: utilização do subtítulo apenas quando for possível, por exemplo, para identificar a localização do recebedor dos recursos provenientes de transferências. 2.5. Meta física A meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período, e instituída para cada ano. As metas físicas são indicadas em nível de subtítulo e agregadas segundo os respectivos projetos, atividades ou operações especiais. Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamente definidos para a ação. Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado (localizadores de gasto), ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a despesa paga de forma centralizada. O mesmo ocorre com a distribuição de livros didáticos. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 97 2.6. Classificação por IDOC, IDUSO e FONTE DE RECURSOS Seguindo na nossa aula apresento o Quadro 4 contendo classificação por IDOC, IDUSO e Fonte de Recurso. Quadro 4: Classificação por IDOC, IDUSO e Fonte de Recurso IDOC IDUSO Fonte AAAA. B C.DD Para fins didáticos, vamos começar pelo IDUSO. O IDUSO destina- se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da LOA e de seus créditos adicionais. A especificação é a que consta na Figura 14. Figura 14: IDUSO Já o IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos serão programados com o IDUSO igXDO�D�³�´��³�´��³�´�RX�³�´�H�R�,'2&�FRP�R�Q~PHUR�GD�UHVSHFWLYD� operação de crédito, enquanto que, para as contrapartidas de GRDo}HV��VHUmR�XWLOL]DGRV�R�,'862�³�´�H�UHVSHFWLYR�,'2&. O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos para identificar a operação de crédito a que se referem os pagamentos. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 97 Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a doações internacionais ou operações de crédito, o ,'2&� VHUi� ³����´� Nesse sentido, para as doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as destinas ao combate à fome, deverá ser utilizado o IDOC ³����´��2�4XDGUR��� FRQWpP�H[HPSORV�GH�DSOLFDomR�GR� IDOD, IDUSO e Fonte de Recursos. Quadro 5: Exemplos de aplicação do IDOD, IDUSO e Fonte de Recursos. IDOC IDUSO Fonte de Recursos7 Exemplo 9999 0 1.00 Imposto 9999 0 2.50 Receita de Aluguéis, de Serviços. 2001 (seria o número imaginário da operação de crédito) 1 1.71 Operação de Crédito em contrapartida de empréstimo do BIRD 9999 5 2.94 Receita de doação destinada ao combate à fome 1001 (seria o número imaginário da doação internacional) 5 2.95 Receita de Doação Internacional 9999 5 2.96 Receita de Doação Nacional Trabalhei no Quadro 5 com as seguintes situações: (i) Receita de imposto que pela essência não pede contrapartida; Receitas de doação nacionais; receitas de doação destinada ao combate à fome que em exigem o IDOC 9999. (ii) Receita de operação de crédito e doações internacionais pedem o número do IDOC. Por fim, queria deixar registrado que vimos na aula anterior os aspectos relacionados sobre a fonte de recursos. 7 As Figuras 15 e 16 evidenciaram os códigos dos grupos fontes e especificação das fontes. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 97 A classificação por fonte de recursos é o instrumento criado para assegurar que receitas vinculadas por lei a finalidade específica sejam exclusivamente aplicadas em programas e ações que visem a consecução de despesas ou políticas públicas associadas a esse objetivo legal, as fontes/destinações de recursos agrupam determinadas naturezas de receita conforme haja necessidade de mapeamento dessas aplicações de recursos no orçamento público, segundo diretrizes estabelecidas pela SOF. Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de fonte/destinação de recursos exerce duplo papel no processo orçamentário: na receita, indica o destino de recursos para o financiamento de determinadas despesas; na despesa, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados. As Figuras15 e 16 retratam respectivamente os grupos fontes e especificação das fontes. Figura 15: Grupo Fonte 6. (Cespe/IPEA/2008/Gestão em Orçamento) A classificação por fonte de recursos é, a um só tempo, uma classificação da receita e da despesa. COMENTÁRIO A QUESTÃO 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 97 CERTO, o código de fonte/destinação de recursos exerce duplo papel no processo orçamentário: na receita, indica o destino de recursos para o financiamento de determinadas despesas; na despesa, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados. Figura 16: Especificação da Fonte 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 97 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 97 Assim, cada código da Figura 16 representa uma possível fonte de receita. Para cada fonte representa uma ou mais origens com um ou mais destinos. Utilizando o exemplo da aula anterior, o código 01 representa as origens decorrentes do imposto de renda e do IPI e os seguintes destinos: Fundo de Participação dos Estados, Fundo de Participação dos Municípios e Fundos Constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 7. (Cespe/IPEA/2008/Gestão em Orçamento) Suponha que a União tenha assinado contrato com um organismo internacional para a realização de um programa de conscientização da população em relação à disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. Parte do programa será financiado por recursos externos, enquanto outra parte ficará sob a responsabilidade da União, a título de contrapartida. Nessa situação, o registro da parcela custeada pela União, a natureza de contrapartida do gasto será especificada na classificação da despesa correspondentes à fonte de recursos. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 97 COMENTÁRIO A QUESTÃO 7. (Cespe/IPEA/2008/Gestão em Orçamento) Suponha que a União tenha assinado contrato com um organismo internacional para a realização de um programa de conscientização da população em relação à disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. Parte do programa será financiado por recursos externos, enquanto outra parte ficará sob a responsabilidade da União, a título de contrapartida. Nessa situação, o registro da parcela custeada pela União, a natureza de contrapartida do gasto será especificada na classificação da despesa correspondentes à fonte de recursos. ERRADO, quando há contrapartida, tal registro fica evidenciado na classificação por Identificador de USO (IDUSO). 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 97 2.7.&ODVVLILFDomR�TXDQWR�j�QDWXUH]D��³FODVVLILFDomR�HFRQ{PLFD´� Assim como as receitas que vimos na aula anterior, as despesas orçamentárias se subdividem em despesas correntes e de capital. O Quadro 6 mostra as diferenças entre as despesas correntes e as despesas de capital. Quadro 6: Diferenças entre despesas correntes e de capital Despesas correntes As que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Despesas de capital As que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. 2.7.1. Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão 4320/1964 Na lei orçamentária anual a despesa, tal qual a receita, apresenta a classificação quanto à natureza (classificação econômica). A classificação econômica foi instituída pela lei 4320/1964 e é adotada até hoje com as devidas modificações instituídas pela Portaria 163/2001. Diferentemente das receitas, as despesas merecem maiores cuidados, pois existem conteúdos da lei 4320/1964 e da portaria 163/2001 mais divergentes. As bancas cobram tanto pela lei 4320/1964 quanto pela Portaria 163/2001 e atualizações posteriores. Inicialmente apresento a vocês o Quadro 7 que contém a classificação econômica instituída pela lei 4320/1964. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 97 Quadro 7: Classificação da Despesa conforme a Lei 4320/1964 Despesa Corrente Despesas de Custeio Aquelas dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Transferências Correntes Aquelas dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. Despesa de Capital Investimentos As dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Inversões Financeiras Despesas relacionadas à: I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 97 Transferências de Capital São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Legenda: observe as classificações com duplo grifo, seus nomes serão alterados pela portaria 163/2001. Observe que dentro das despesas de transferências correntes estão inseridas as subvenções. Consideram-se subvenções as transferências destinadasa cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se em sociais e econômicas. As subvenções sociais se destinam a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. As subvenções econômicas se destinam a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 97 8. (FCC/MPE-RS/2008/Assessor) Com base no artigo 12 da Lei nº 4.320/64, é correto afirmar que: a) classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras. b) subvenções sociais são transferências que se destinam a instituições privadas de caráter industrial. c) classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais corresponda contraprestação indireta em bens ou serviços. d) subvenções econômicas são as que se destinam a empresas públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. e) classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas COMENTÁRIOS À QUESTÃO 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 97 8. (FCC/MPE-RS/2008/Assessor) Com base no artigo 12 da Lei nº 4.320/64, é correto afirmar que: a) classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a aquisição de imóveis considerados necessários a execução de obras. ERRADO, este é o conceito de investimentos. b) subvenções sociais são transferências que se destinam a instituições privadas de caráter industrial. ERRADO, estas são as subvenções econômicas. c) classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais corresponda contraprestação indireta em bens ou serviços. ERRADO, classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação indireta em bens ou serviços. d) subvenções econômicas são as que se destinam a empresas públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa. ERRADO, estas são as subvenções sociais. e) classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas CERTO. Ainda quanto às despesas, o Quadro 8 mostra a relação entre a classificação da despesa conforme a lei 4320/1964 e os elementos da despesa. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 97 Quadro 8: Relação entre a classificação da despesa e os elementos da despesa Despesa Corrente Despesas de Custeio Pessoa Civil, Pessoal Militar, Material de Consumo, Serviços de Terceiros, Encargos Diversos. Transferências Correntes Subvenções Sociais, Subvenções Econômicas, Inativos, Pensionistas, Salário Família e Abono Familiar, Juros da Dívida Pública, Contribuições de Previdência Social, Diversas Transferências Correntes. Despesa de Capital Investimentos Obras Públicas, Serviços em Regime de Programação Especial, Equipamentos e Instalações, Material Permanente, Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Industriais ou Agrícolas. Inversões Financeiras Aquisição de Imóveis, Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Comerciais ou Financeiras, Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento, Constituição de Fundos Rotativos, Concessão de Empréstimos, Diversas Inversões Financeiras. Transferências de Capital Amortização da Dívida Pública, Auxílios para Obras Públicas, Auxílios para Equipamentos e Instalações, Auxílios para Inversões Financeiras, Outras Contribuições. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 97 9. (FCC/TRE-AP/2011/Analista Judiciário) Constitui uma despesa corrente orçamentária: a) a amortização da dívida. b) a concessão de empréstimos a um outro ente público. c)o pagamento de juros sobre a dívida pública interna. d) a devolução de cauções. e)a aquisição de imóveis. COMENTÁRIOS À QUESTÃO 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 97 9. (FCC/TRE-AP/2011/Analista Judiciário) Constitui uma despesa corrente orçamentária: a) a amortização da dívida. ERRADO, é despesa de capital transferência de capital. b) a concessão de empréstimos a um outro ente público. ERRADO, é despesa de capital inversões financeiras. c)o pagamento de juros sobre a dívida pública interna. CERTO. d) a devolução de cauções. ERRADO, é despesa extraorçamentária. e)a aquisição de imóveis. ERRADO, é despesa de capital inversões financeiras. Vamos fazer mais uma questão. 10. (FCC/MPE-SE/2009/Analista) Considere as afirmativas a seguir. I. Despesas de custeio são dotações destinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive para atender obras de adaptação em bens imóveis. II. Transferências correntes são dotações destinadas à inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar. III. Despesas correntes são aquelas realizadas para o funcionamento dos serviços públicos prestados pela própria administração ou transferidos para outras pessoas físicas ou jurídicas. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I. c) I e II. d) I e III. e) II. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 97 COMENTÁRIOS À QUESTÃO 10. (FCC/MPE-SE/2009/Analista) Considere as afirmativas a seguir. I. Despesas de custeio são dotações destinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive para atender obras de adaptação em bens imóveis. CERTO. II. Transferências correntes são dotações destinadas à inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar. ERRADO, essas são as despesas de transferências de capital. III. Despesas correntes são aquelas realizadas para o funcionamento dos serviços públicos prestados pela própria administração ou transferidospara outras pessoas físicas ou jurídicas. CERTO. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I. c) I e II. d) I e III. e) II. Assim, o gabarito é a letra D. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 97 A classificação que acabamos de ver (classificação da lei 4320/1964) não é seguida nas atuais leis orçamentárias da União, Estados, DF e Municípios, apesar disso a mesma é cobrada em prova. A classificação que é seguida nas leis orçamentárias atuais (União, Estados, DF e Municípios) será vista na sequência: classificação quanto à natureza conforme a Portaria 163/2001. Essa também é cobrada em prova. Assim, atenção ao comando da questão. 2.7.2. Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO) Os arts. 12 e 13 da Lei 4.320/1964 tratam da classificação da despesa por categoria econômica e elementos, os quais foram tratados nos Quadros 7 e 8. Ocorre que os Quadros 7 e 8, atualmente estão consubstanciados, com modificações, no Anexo II da Portaria Interministerial STN/SOF 163/20018. O conjunto de informações que formam o código é conhecido como classificação por natureza da despesa e informa a categoria econômica da despesa (1º código), o grupo (2º código) a que ela pertence, a 8 Art. 5o Em decorrência do disposto no art. 3º a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO ƐĞƌĄ� ?Đ ?Ő ?ŵŵ ?ĞĞ ?ĚĚ ? ?�ŽŶĚĞ ?� Ă ?� ?Đ ?�ƌĞƉƌĞƐĞŶƚĂ�Ă�ĐĂƚĞŐŽƌŝĂ�ĞĐŽŶƀŵŝĐĂ ?� ď ?� ?Ő ?�Ž�ŐƌƵƉŽ�ĚĞ�ŶĂƚureza da despesa; Đ ?� ?ŵŵ ?�Ă�ŵŽĚĂůŝĚĂĚĞ�ĚĞ�ĂƉůŝĐĂĕĆŽ ?� Ě ?� ?ĞĞ ?�Ž�ĞůĞŵĞŶƚŽ�ĚĞ�ĚĞƐƉĞƐĂ ?�Ğ� Ğ ?� ?ĚĚ ?�Ž�ĚĞƐĚŽďƌĂŵĞŶƚŽ ?�facultativo, do elemento de despesa. Art. 3º A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de: I - categoria econômica; II - grupo de natureza da despesa; III - elemento de despesa. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 97 modalidade de aplicação (3º e 4º códigos) e o elemento da despesa (5º e 6º códigos). A Figura 17 ilustra os níveis e códigos, enquanto a Figura 18 ilustra o que cada nível pretende se propõe a responder. Figura 17: Níveis da classificação quanto à natureza Figura 18: Níveis e perguntas a serem respondidas A Figura 19 ilustra a classificação quanto à natureza para a despesa estabelecida pela portaria 163/2001 e que deve ser seguida por todos os entes (União, Estados, DF e Municípios). 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 97 Figura 19: Classificação quanto à natureza estabelecida pela portaria 163/2001 A partir de agora, vamos apresentar os conceitos referentes ao 2º nível ± Grupo Natureza da Despesa, pois no 1º nível ± Categoria econômica não há diferença (despesas correntes e de capital) [caso não tenha entendido compare os Quadros 7 e 9 com a Figura 19]. O Quadro 9 mostra a relação entre a categoria econômica e os grupos de natureza da despesa. Quadro 9: Categoria econômica e os grupos de natureza da despesa Fazendo uma comparação entre o Quadro 9 e o Quadro 7 observamos que há um diferença quanto à classificação no 2º nível. Vamos fazer uma questão sobre isso. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 97 11. (FCC/TRT 22ª Região/2010/Analista Judiciário) A despesa pública: a) de capital é dividida nos seguintes grupos de natureza de despesa: investimentos; juros e encargos da dívida; amortização. b) classifica-se, segundo a sua natureza, em categoria orçamentária; grupo de natureza patrimonial; elemento de compensação. c) corrente é compreendida por meio dos seguintes grupos de natureza de despesa: pessoal e reflexos; juros e encargos da dívida; outras despesas correntes. d) com aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização classifica-se como aplicações diretas. e) corrente contribui diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. COMENTÁRIOS À QUESTÃO 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 97 11. (FCC/TRT 22ª Região/2010/Analista Judiciário) A despesa pública: a) de capital é dividida nos seguintes grupos de natureza de despesa: investimentos; juros e encargos da dívida; amortização. ERRADO, juros e encargos é despesa corrente. b) classifica-se, segundo a sua natureza, em categoria orçamentária; grupo de natureza patrimonial; elemento de compensação. ERRADO, a sequência correta é: categoria econômica, grupo de natureza da despesa, modalidade de aplicação e elemento da despesa. c) corrente é compreendida por meio dos seguintes grupos de natureza de despesa: pessoal e reflexos; juros e encargos da dívida; outras despesas correntes. CERTO, apesar de o WHUPR�FRUUHWR�VHU�³SHVVRDO�H�HQFDUJRV�VRFLDLV´, esta foi a assertiva menos errada. d) com aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização classifica-se como aplicações diretas. ERRADO, classificam-se como inversões financeiras conforme vimos no Quadro 2. e) corrente contribui diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. ERRADO, este é o conceito de despesa de capital conforme vimos no Quadro 1. Pessoal vimos que a FCC em uma prova cobrou o conceito tradicional da lei 4320/1964 (questão 10) e em outra cobrou o conceito da portaria 163/2001 (questão 11). Assim, a solução é gravar os dois. As demais bancas (ESAF e Cespe) também fazem isso. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 97 Outro ponto importante é que não se pode relacionar o 2º nível com o 1º nível seja na visão da lei 4320/1964, seja na visão da portaria 163/2001. Dessa forma, não se pode utilizar despesas de pessoal (2º nível) em despesas de capital (1º nível). Nem despesas com investimentos (2º nível) com despesas correntes (1º nível). Falou em investimentos, se subtende despesas de capital. Falou despesas com juros, se subtende despesas correntes. Vamos agora aos conceitos do 2º nível segundo a portaria 163/2001, os quais estão dispostos no Quadro 10. Lembro que o grupo natureza da despesa (2º nível) é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto. Quadro 10: Despesas do grupo natureza da despesa conforme a portaria 163/2001 Pessoal e Encargos SociaisDespesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar 101, de 2000. Juros e Encargos da Dívida Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. Outras Despesas Correntes Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 97 Investimentos Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. Inversões Financeiras Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo. Amortização da Dívida Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. Fazendo uma comparação entre o Quadro 10 e os Quadros 7 e 8 observamos que existem diferenças. Como nosso tempo é curto eu poupei o trabalho e resumi as mesmas no Quadro 11. Quadro 11: Diferenças entre a portaria 163/2001 e a lei 4320/1964 Elemento Portaria 163/2001 Lei 4320/1964 Juros Juros e encargos da dívida Transferências Correntes Material de Consumo Outras despesas correntes Custeio Inativos Pessoal Transferências Correntes Aquisição de Software Despesa de capital investimento Omissa Subvenções e Contribuições Outras despesas correntes Transferências correntes Contribuições e Auxílios Investimentos e Inversões Financeiras Transferências de capital 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 97 Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades que não visem a objetivos comerciais ou financeiros (Industriais ou Agrícolas) Inversões Financeiras9 Investimentos Constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros Inversões Financeiras Você que está ligadíssimo (a) na aula deve ter observado que existem despesas de contribuições que são despesas correntes e existem despesas de contribuições que são despesas de capital. Vamos aprofundar isso quando chegarmos ao elemento da despesa. Vamos agora para o 3º nível (3º e 4º códigos) a modalidade de aplicação conforme consta na Figura 3. Sabemos que a modalidade de aplicação define a estratégia de utilização da despesa. Existem 3 tipos de estratégias de aplicação as quais constam no Quadro 12. Quadro 12: Estratégias de aplicação dos recursos Estratégia Forma de aplicação Diretamente Pela unidade detentora do crédito orçamentário OU, em decorrência de descentralização de crédito orçamentário, por outro órgão ou entidade integrante dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social. 9 Inciso V § 2º Art.7º Lei 12465/2011 (LDO). 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 97 Indiretamente, mediante transferência Por outras esferas de governo, seus órgãos, fundos ou entidades ou por entidades privadas, exceto as que forem por delegação. Indiretamente, mediante delegação Por outros entes da Federação ou consórcios públicos para a aplicação de recursos em ações de responsabilidade exclusiva da União que impliquem preservação ou acréscimo no valor de bens públicos federais. A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados, conforme discriminado na Figura 19. Figura 19: Modalidades de aplicação utilizadas Você deve estar se perguntando, tenho que decorar isso tudo? A resposta é não. Acredito inclusive que As bancas em geral, não entram 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 97 em tanto detalhe. Porém, caso você vá fazer uma prova do Cespe ou ESAF pode ser que isto seja cobrado. Assim, temos que minimizar os esforços. O Quadro 13 contém o que entendo que você deve decorar. Quadro 13: Modalidades de aplicação ± esquema de memorização Estratégia Códigos da modalidade Diretamente 90, 91, 93 e 94 Indiretamente, mediante delegação10 22, 32, 42 e 72 Indiretamente, mediante transferência As demais. $VVLP�� UHGX]LPRV� QRVVD� ³GHFRUHED´� D� VHLV� FyGLJRV�� $QWHV� GH� adentrarmos nas diferenças entre delegação e transferência, gostaria de destacar a modalidade de aplicação 91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. Essa modalidade é que combinada com a classificação da receita intraorçamentária (4.7 e 4.8) evita a dupla contagem. Qualquer dúvida quanto à receita intraorçamentária, retorne à aula anterior. Vamos a um exemplo: suponha que a CGU (administração direta) resolva fazer um concurso e que contrate mais uma vez a ESAF (integra a estrutura do Ministério da Fazenda). Assim, a CGU e a ESAF fazem parte do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Pergunta: Como seria computada a receita e a despesa neste caso? O Quadro 14 responde esse questionamento. 10 Conforme o art. 61 do PLDO 2013: Art. 61. A entrega de recursos aos Estados, Distrito Federal, Municípios e consórcios públicos em decorrência de delegação para a execução de ações de responsabilidade exclusiva da União, das quais resulte preservação ou acréscimo no valor de bens públicos federais, não se configura como transferência voluntária e observará as modalidades de aplicação a que se refere o art. 7o, § 8o, incisosIII, VI e X. §1º A destinação de recursos nos termos do caput observará o disposto nesta Seção, salvo a exigência prevista no caput do art. 60. §2º É facultativa a exigência de contrapartida na delegação de que trata o caput. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 97 Quadro 14: Exemplo de operação intraorçamentária Órgãos e entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social Despesa para a CGU Receita para a ESAF Despesa com serviços de terceiros- pessoa jurídica. Receita de serviços. 3.3.91.39 7.6.x.x.xx.xx Despesa corrente/outras despesas correntes/ Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social/ Serviços de terceiros pessoa jurídica Receita intraorçamentária corrente/serviços Legenda: cada grifo simples ou duplo relaciona os códigos a descrição. Vamos agora a diferença entre transferência e delegação conforme consta no Quadro 15. Quadro 15: Diferença entre transferência e delegação Transferência $� GHVLJQDomR� ³WUDQVIHUrQFLD´�� QRV� WHUPRV� GR� DUW�� ��� GD� /HL� QR� 4.320/1964 (Quadro 9), corresponde à entrega de recursos financeiros a outro ente da Federação, a consórcios públicos ou a entidades privadas, com e sem fins lucrativos, a que não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços. Os bens ou serviços gerados ou adquiridos com a aplicação desses recursos pertencem ou se incorporam ao patrimônio do ente ou da entidade recebedora. Delegação Entende-se por delegação a entrega de recursos financeiros a outro ente da Federação ou a consórcio público para execução de ações de responsabilidade ou competência do ente delegante. Deve observar a legislação própria do ente e as designações da Lei de Diretrizes Orçamentárias, materializando-se em situações em que o recebedor executa ações em nome do transferidor. Os bens ou serviços gerados ou adquiridos com a aplicação desses recursos pertencem ou se incorporam ao patrimônio de quem os entrega, ou seja, do transferidor. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 97 A Figura 20 ilustra a relação entre as estratégias e as modalidades de aplicação. Figura 20: Modalidades de aplicação e estratégias Observamos que as transferências se constituem em gastos não efetivos, uma vez que os produtos gerados não se incorporam ao patrimônio do ente transferidor, mas ao patrimônio do ente recebedor. Por outro lado, as delegações se constituem em gastos efetivos, uma vez que os produtos gerados não se incorporam ao patrimônio do ente recebedor, mas ao patrimônio do ente transferidor. Vimos também que na Figura 20 faço menção aos elementos da despesa 41, 42, 43, 45 e 81 como gastos não efetivos. Vamos então explicar o que viria a ser o elemento da despesa. O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a Administração Pública utiliza para a consecução de seus fins. Os códigos dos elementos da despesa variam de 1 a 99. Seria desnecessário inseri- los na aula. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 97 Ao invés disso, vamos focar em alguns elementos da despesa: os gastos não efetivos representados pelos elementos que constam no Quadro 16. Quadro 16: elementos da despesa dos gastos não efetivos Elemento Descrição conforme a Portaria 163/2001 41- Contribuições Despesas orçamentárias para as quais não correspondam contraprestação direta em bens e serviços e não sejam reembolsáveis pelo recebedor, inclusive as destinadas a atender a despesas de manutenção de outras entidades de direito público ou privado, observado o disposto na legislação vigente. 42- Auxílios Despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas de investimentos ou inversões financeiras de outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins lucrativos, observado, respectivamente, o disposto nos arts. 25 e 26 da Lei Complementar no 101/2000. 43- Subvenções sociais Despesas orçamentárias para cobertura de despesas de instituições privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, de acordo com os arts. 16, parágrafo único, e 17 da Lei no 4.320, de 1964, observado o disposto no art. 26 da LRF11. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos, revelar- se mais econômica12. 45- Subvenções econômicas Despesas orçamentárias com o pagamento de subvenções econômicas, a qualquer título, autorizadas em leis específicas, tais como: ajuda financeira a entidades privadas com fins lucrativos; concessão de bonificações a produtores, distribuidores e vendedores; cobertura, direta ou indireta, de parcela de encargos de empréstimos e financiamentos e dos custos de aquisição, de produção, de escoamento, de distribuição, de venda e de manutenção de bens, produtos e serviços em geral; e, ainda, outras operações com características semelhantes13. 11 MTO 2012. 12 Art. 16º da lei 4320/1964. 13 MTO 2012. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 97 A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.14 As dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais As dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais. 81- Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas Despesas orçamentárias decorrentes da transferência a outras esferas de governo de receitas tributárias, de contribuições e de outras receitas vinculadas, prevista na CF ou em leis específicas, cuja competência de arrecadação é do órgão transferidor. Lendo os conceitos do Quadro 16, observe que ainda não fica totalmente claro se as contribuições, auxílios e subvenções são despesas correntes ou de capital. Dessa forma, elaborei o Quadro 17 para suprir essa lacuna final de conhecimento. Quadro 17: Diferenças entre contribuições, auxílios e subvenções Características Contribuições Auxílios Subvenção Social Subvenção Econômica Categoria Econômica Despesa CorrenteDespesa de Capital Despesa Corrente Entidade Destinatária Entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos Entidades privadas sem fins lucrativos que exerçam atividades nas áreas de assistência social, saúde e educação Entidades privadas com fins lucrativos; concessão de bonificações a produtores, distribuidores e vendedores etc. Que não sejam as das subvenções sociais Série de condições constantes na Lei 12.919/ 2013 Deve estar prevista LOA Antes em Lei Especial LOA Antes em Lei Específica Fonte: Portaria 163/2001; Lei 4320/1964; Lei 12.919/2013; IN 01/1997. 14 Art. 17º da lei 4320/1964. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 97 12. (FCC/TRE-AL/2010/Analista Judiciário) As dotações para concessão de auxílios para Inversões Financeiras serão classificadas como a) Subvenções. b) Transferências Correntes. c) Inversões Financeiras. d) Investimentos. e) Transferências de Capital. COMENTÁRIOS À QUESTÃO 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 97 Auxílios são despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas de investimentos ou inversões financeiras de outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins lucrativos. Assim, são despesas com transferências de capital. A seguir apresento a classificação completa dos elementos da despesa. Figura 21: Elementos da Despesa 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 97 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 97 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 97 2.8. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na LDO, devendo constar no PLOA e na respectiva Lei em todos os Grupos Natureza da Despesa, identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará em anexo à LOA. De acordo com o estabelecido no § 5º do art. 7º do PLDO 2013, nenhuma ação poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e primárias, ressalvada a reserva de contingência. A Figura 22 contempla as mudanças. Figura 22: Despesas por identificador de resultado primário 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 97 3. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA QUANTO AOS EFEITOS SOBRE O PATRIMÔNIO PÚBLICO: EFETIVAS E NÃO EFETIVAS (POR MUTAÇÃO) Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida SDWULPRQLDO�� D� GHVSHVD� SRGH� VHU� ³efetiva´� RX� ³não-efetiva´��2�4XDGUR� 18 mostra a diferença entre as despesas efetivas e não efetivas. Quadro 18: Despesas efetivas e não efetivas Classificação Conceito Exemplo de despesa corrente Exemplo de despesa de capital Despesa Orçamentária Efetiva Aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. Despesas de pessoal e encargos sociais; juros de encargos da dívida. Despesas com transferências de capital (despesas com auxílios). Despesa Orçamentária não Efetiva (por mutação patrimonial) Aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Neste caso, além da despesa orçamentária, registra-se concomitantemente conta de variação aumentativa para anular o efeito dessa despesa sobre o patrimônio líquido da entidade. Despesa como aquisição de material de consumo. Despesas com investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida. 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 97 Em regra as despesas correntes são despesas efetivas e as despesas de capital são não efetivas. Porém, existem despesas correntes não efetivas (despesa com aquisição de material de consumo para estoque e despesa com adiantamento) e despesas de capital efetivas (transferências de capital). Nas aulas seguintes, entraremos nos detalhes dos lançamentos envolvendo as despesas efetivas e não efetivas. Por enquanto, posso adiantar o seguinte. Na despesa não efetiva RFRUUH�D�VDtGD�GH�UHFXUVRV�ILQDQFHLURV�D�SDUWLU�GR�³JDQKR�GH�XP�EHP´�RX� GR� ³VXUJLPHQWR� GH� XP� GLUHLWR´� RX� ³GD� EDL[D� GH� XPD� REULJDomR� DQWHULRUPHQWH� FRQWUDtGD´�� 1D� GHVSHVD� HIHWLYD�� RFRUUH� D� ³VDtGD� GH� GLQKHLUR´�VHP�³HQWUDU�XP�EHP´�RX�³VXUJLU�XP�GLUHLWR´��RX�³VHP�RFRUUHU�D� EDL[D� XPD� REULJDomR� DQWHULRU� FRQWUDtGD´�� 2� 4XDGUR� ��� PRVWUD� DOJXQV� exemplos. Quadro 19: Exemplos de despesas não efetivas (por mutação patrimonial) Exemplo de despesas e�³JDQKR´�XP� bem/direito ou é dadD�³EDL[D�HP� XPD�REULJDomR´" Como se dá o processo? Investimento É dada a entrada de um bem intangível (software). Ao final da execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento) ocorre uma diminuição do caixa (no ativo) e um aumento de um bem no ativo permanente (ativo intangível). Inversões Financeiras É dada a entrada de um bem imóvel já em utilização. Ao final da execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento) ocorre uma diminuição do caixa (no ativo) e um aumento de um bem no ativo permanente (ativo imobilizado). 83395105172 Contabilidade Pública Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 02 Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 97 Amortização da Dívida É dada a baixa em uma obrigação (empréstimos a pagar). Ao final da execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento) ocorre uma diminuição do caixa (no ativo)
Compartilhar