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Aula 8 Jur A Psicologia e a Família

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A Psicologia e o Direito de Família
Quando a justiça precisa de maiores informações, pode recorrer a profissionais especializados
Justiça e guarda  Entende-se hoje que a guarda deve ser dada ao genitor com melhores condições (maior capacidade de educar o menor)
Papel tradicional do psicólogo  em casos de disputa de posse e guarda (ou desavenças quanto à visitação) o profissional oferece a melhor direção 
Discordância: alguns acham que o psicólogo deve indicar o melhor genitor ao passo que outros (como o CRP-05) acham que, fazendo isso, se estaria praticando o julgamento propriamente dito (não sendo sua função)  não existe objetividade em tal análise psicológica 
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 Apesar da impossibilidade de critérios objetivos para avaliação do melhor genitor, passos foram dados nesse sentido  testes e entrevistas
Concluiu-se que tal modelo aumentava as tensões na família
foco caminha na direção de se privilegiar o sistema relacional da família  procura-se recursos nas famílias para solucionar conflitos
Os melhores interesses da criança geralmente têm a ver com os melhores interesses dos genitores
 
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 	Guarda atribuída ao adulto responsável pelos cuidados com a criança (genitor psicológico – vínculo emocional)  restringe criança direcionando-a para filiação unilateral
 Visitar quinzenalmente como direito passa a ser interpretada como demissão do genitor de seu papel
CASTRO (1998)  pai tem sido posto com pouca influência na educação dos filhos (e no relacionamento também)  guarda materna é a prática comum nos tribunais
 Quando ambos genitores tem amplas condições, surgem dúvidas sobre critérios sobre guarda  a visão sobre o “melhor interesse da criança” é bastante duvidosa, pois
 
Thèry (1988)  melhor interesse da criança não pode ser discutido desamarrado do entendimento dos direitos e deveres parentais
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 Estudos sobre percepção infantil  filhos passam a perceber de forma positiva genitor que detém a guarda (e o outro como vilão)  Tal aliança independe do sexo
 Durante o primeiro ano de separação a percepção é parecida diante dos genitores  após dois/três anos tudo muda
 Adolescentes  no primeiro ano escolhem um vilão e um “mocinho”  após dois/três anos se aliam ao genitor guardião também
Maior ligação emocional não parece ser bom critério de guarda  decisão após um determinado tempo pode ser pesquisa do óbvio
 Poder de decisão da criança é controverso  alguns acreditam que deve ser fortalecido, enquanto outros pensam que não se deve confundir o “escutar a criança” com um julgamento que aprove um dos pais  força-o a decidir um impasse judicial
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Thèry  criança têm o direito de ainda serem irresponsáveis e de terem a proteção dos adultos
 Convenção Internacional dos Direitos da Criança (1989)  aponta que menores devem ser criados pelos dois pais  Cartas constitucionais  igualdade jurídica de homens e mulheres  países já adotam a possibilidade da guarda conjunta (autoridade parental)
Um genitor responsável x outro com direito de visita = afastamento de responsabilidade 
Parece, portanto, inadequado o estudo (via técnicas isoladas) do melhor interesse da criança (e do genitor com melhores condições para tal)  estudos parecem apontar que a criança deve continuar a ser educada por ambos os pais (BRITO)
 Nesse caso, trabalho do psicólogo deve visar oferecer subsídios à justiça, no sentido de buscar o decréscimo das conseqüências nefastas do divórcio  priorizar a compreensão do sistema familiar (anseios e dificuldades dos membros)
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 Deve-se evitar modelos rígidos como única alternativa  padrões de visitas, por exemplo  criança tem direito a manter relacionamento com ambos os pais
 Busca da justiça é um pedido de socorro  casais separados vivem relação tão insatisfatória que impede decisões (recorrem ao juiz)  deve-se objetivar devolver tal poder de decisão à família  deve-se buscar tirar a passividade do casal em relação ao litígio 
	Família continua a existir com o divórcio (família descasada)  transformações na concepção de família  bem estar de todos (inclusive filhos) depende da capacidade de negociação do ex-casal

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