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* * A Psicologia e o Direito de Família Quando a justiça precisa de maiores informações, pode recorrer a profissionais especializados Justiça e guarda Entende-se hoje que a guarda deve ser dada ao genitor com melhores condições (maior capacidade de educar o menor) Papel tradicional do psicólogo em casos de disputa de posse e guarda (ou desavenças quanto à visitação) o profissional oferece a melhor direção Discordância: alguns acham que o psicólogo deve indicar o melhor genitor ao passo que outros (como o CRP-05) acham que, fazendo isso, se estaria praticando o julgamento propriamente dito (não sendo sua função) não existe objetividade em tal análise psicológica * * Apesar da impossibilidade de critérios objetivos para avaliação do melhor genitor, passos foram dados nesse sentido testes e entrevistas Concluiu-se que tal modelo aumentava as tensões na família foco caminha na direção de se privilegiar o sistema relacional da família procura-se recursos nas famílias para solucionar conflitos Os melhores interesses da criança geralmente têm a ver com os melhores interesses dos genitores * * Guarda atribuída ao adulto responsável pelos cuidados com a criança (genitor psicológico – vínculo emocional) restringe criança direcionando-a para filiação unilateral Visitar quinzenalmente como direito passa a ser interpretada como demissão do genitor de seu papel CASTRO (1998) pai tem sido posto com pouca influência na educação dos filhos (e no relacionamento também) guarda materna é a prática comum nos tribunais Quando ambos genitores tem amplas condições, surgem dúvidas sobre critérios sobre guarda a visão sobre o “melhor interesse da criança” é bastante duvidosa, pois Thèry (1988) melhor interesse da criança não pode ser discutido desamarrado do entendimento dos direitos e deveres parentais * * Estudos sobre percepção infantil filhos passam a perceber de forma positiva genitor que detém a guarda (e o outro como vilão) Tal aliança independe do sexo Durante o primeiro ano de separação a percepção é parecida diante dos genitores após dois/três anos tudo muda Adolescentes no primeiro ano escolhem um vilão e um “mocinho” após dois/três anos se aliam ao genitor guardião também Maior ligação emocional não parece ser bom critério de guarda decisão após um determinado tempo pode ser pesquisa do óbvio Poder de decisão da criança é controverso alguns acreditam que deve ser fortalecido, enquanto outros pensam que não se deve confundir o “escutar a criança” com um julgamento que aprove um dos pais força-o a decidir um impasse judicial * * Thèry criança têm o direito de ainda serem irresponsáveis e de terem a proteção dos adultos Convenção Internacional dos Direitos da Criança (1989) aponta que menores devem ser criados pelos dois pais Cartas constitucionais igualdade jurídica de homens e mulheres países já adotam a possibilidade da guarda conjunta (autoridade parental) Um genitor responsável x outro com direito de visita = afastamento de responsabilidade Parece, portanto, inadequado o estudo (via técnicas isoladas) do melhor interesse da criança (e do genitor com melhores condições para tal) estudos parecem apontar que a criança deve continuar a ser educada por ambos os pais (BRITO) Nesse caso, trabalho do psicólogo deve visar oferecer subsídios à justiça, no sentido de buscar o decréscimo das conseqüências nefastas do divórcio priorizar a compreensão do sistema familiar (anseios e dificuldades dos membros) * * Deve-se evitar modelos rígidos como única alternativa padrões de visitas, por exemplo criança tem direito a manter relacionamento com ambos os pais Busca da justiça é um pedido de socorro casais separados vivem relação tão insatisfatória que impede decisões (recorrem ao juiz) deve-se objetivar devolver tal poder de decisão à família deve-se buscar tirar a passividade do casal em relação ao litígio Família continua a existir com o divórcio (família descasada) transformações na concepção de família bem estar de todos (inclusive filhos) depende da capacidade de negociação do ex-casal
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