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Resumo – Capítulo 8: Técnicas executivas de revestimentos asfálticos Para a obtenção de uma mistura asfáltica é necessário a associação do ligante e dos agregados, com uma graduação especifica, em uma dosagem estudada, de modo a produzir uma massa homogênea de acordo com os critérios e especificações adotados em projeto. Para isso utiliza-se usinas de mistura a frio onde o ligante é uma emulsão asfáltica ou a quente, para cimento asfáltico de petróleo. Para misturas a quente existem dois tipos de usinas: por batelada ou gravimétrica, podendo ser estacionárias ou móveis e que variam a capacidade de produção. Para a produção de misturas asfálticas não é necessário um tipo especifico de usina, com exceção das misturas recicladas, que exigem certa adaptação. As misturas a quente passam pelas seguintes etapas de produção: Estocagem e manuseio dos materiais componentes das misturas asfálticas: A área de estocagem e o manuseio dos agregados deve ser realizados de forma a não ocorra a contaminação e minimizando a degradação e segregação, devendo ser uma área limpa, devidamente drenada, preferencialmente coberta para evitar a precipitação de águas. O ligante deve ser mantido estocado em quantidade suficiente para manter em operação a usina, de forma regular, utilizando dois ou mais tanques. Deve ser mantido fluido para ser transportado através dos dutos e ser utilizado na operação da usinagem, porém devem ser observadas as temperaturas máximas para cada tipo de ligante, de forma a não perder as propriedades aglutinantes. Proporcionamento e alimentação do agregado frio no secador: O sistema de silos a frio recebe os agregados, já proporcionando em diferentes frações granulométricas e conduz ao secador. É um dos principais componentes da usina asfáltica. Secagem e aquecimento eficiente do agregado à temperatura apropriada: Após serem devidamente proporcionados, os agregados passam pelo secador para serem secos e aquecidos a uma temperatura adequada. O secador pode ser de fluxo paralelo, onde o ar e o agregado fluem na mesma direção, ou o secador de contrafluxo, onde o agregado e o ar fluem em direções opostas. Controle e coleta de pó no secador: Devem haver nos secadores filtros de ar que impedem que as partículas pequenas que se desprenderam durante o processo de secagem sejam expelidos para a atmosfera. Proporcionamento, alimentação e mistura do ligante asfáltico com o agregado aquecido: Esse processo varia de acordo com o tipo de usina utilizada, mas consiste, de forma resumida na mistura dos agregados depositados nos silos com o ligante, em uma temperatura determinada, podendo ou não haver a utilização de mistura asfáltica velha para ser reciclada. Estocagem, distribuição, pesagem e manuseio das misturas asfálticas produzidas: nesta fase é necessário a prevenção da segregação da mistura asfáltica e é onde é realizada a estocagem em silos ou depósitos de controle de produção, conectado a um sistema de pesagem para que sejam carregados em caminhões para transporte. Usinas de mistura a frio também podem ser estacionárias ou móveis, e são mais simples do que as usinas de mistura a quente, por não haver necessidade de aquecimento do agregado e do ligante. Para o transporte das misturas asfálticas até o local de execução do pavimento o número de caminhões necessários deve levar em consideração o tempo de percurso, a distância, a velocidade produção e o tempo estimado para o descarregamento. Caso a carga de mistura asfáltica apresente temperatura excessiva ou abaixo do esperado a carga pode ser rejeitada. Onde há excesso ou falta de ligante, contaminação, segregação ou umidade em excesso também podem ser motivos para a não aceitação de uma carga. A mistura deve ser lançada de forma uniforme de espessura e seção transversal definida, pronta para a compactação, realizado pela vibroacabadora. A compactação da camada asfáltica proporciona a diminuição do índice de vazios, aumentando a estabilidade da mistura asfáltica e aumenta a vida útil do pavimento. Para a realização da compactação é necessário um confinamento e uma temperatura adequada, para que não haja fluência a ponto de deformar a mistura asfáltica. Geralmente se obtém maior eficiência na compactação quando a temperatura está próxima do limite superior da faixa utilizada. A verificação da compactação é realizada através de ensaios de compactação e de homogeneidade e a suavidade da camada compactada. O processo de execução de uma camada asfáltica geralmente é compreendido por duas fases: a rolagem de compactação e a rolagem de acabamento. A determinação do número de passagens necessárias para cobrir a pista leva em consideração a largura do rolo compressor e a largura da pista, permitindo até 1500mm de sobreposição mínima. Os tratamentos superficiais por penetração são realizados através da limpeza do local onde será realizado, na sequência um caminhão espargidor distribui o ligante na pista, devendo estar devidamente calibrado e com os bicos limpos, antes do inicio da operação. Na terceira fase, logo após a distribuição do ligante é aplicado o agregado, pelo caminhão espalhador e por ultimo realizado a compactação, que deverá deverá progredir sempre da borda mais baixa para a borda mais alta, sendo cada passagem do rolo recoberta na vez subseqüente em, pelo menos, metade da largura deste. Para a liberação da pista deve-se observar o tipo de ligante utilizado, no caso do cimento asfáltico o tráfego pode ser liberado logo após a compactação, porém em caso de emulsão asfáltica é necessária a cura total, que ocorre em algumas horas, para a liberação da pista. Fotos de defeitos de pavimentos:
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