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Segurança do Trabalho

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DISCIPLINA: 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
 
 
AUTORIA: ALLAN COSTA JARDIM 
 
 
Multivix-Vitória 
Rua José Alves, 301, Goiabeiras, Vitória-ES 
Cep 29075-080 – Telefone: (27) 3335-5666 
Credenciada pela Portaria MEC nº 259 de 11 de fevereiro de 1999. 
 
Multivix-Nova Venécia 
Rua Jacobina, 165, Bairro São Francisco, Nova Venécia-ES 
Cep 29830-000 - Telefone: 27 3752-4500 
Credenciada pela portaria MEC nº 1.299 de 26 de agosto de 1999 
 
Multivix-São Mateus 
Rod. Othovarino Duarte Santos, 844, Resid. Parque Washington, São Mateus-ES 
Cep 29938-015 – Telefone (27) 3313.9700 
Credenciada pela Portaria MEC nº 1.236 de 09 de outubro de 2008. 
 
Multivix-Serra 
R. Barão do Rio Branco, 120, Colina de Laranjeiras, Serra-ES 
Cep 29167-172 – Telefone: (27) 3041.7070 
Credenciada pela Portaria MEC nº 248 de 07 de julho de 2011. 
 
Multivix- Cachoeiro de Itapemirim 
R. Moreira, 23 - Bairro Independência - Cachoeiro de Itapemirim/ES 
Cep 29306-320 – Telefone: (28) 3522-5253 
Credenciada pela Portaria MEC nº 84 de 16 de Janeiro de 2002. 
 
Multivix-Castelo 
Av. Nicanor Marques, 245, Centro - Castelo – ES 
Cep 29360-000 – Telefone: (28) 3542-2253 
Credenciada pela Portaria MEC nº 236 de 11 de Fevereiro de 1999. 
 
 
Vitória, 2014 
1 
 
 
Segurança do Trabalho 
 
Diretor Executivo: Tadeu Antonio de Oliveira Penina 
Diretora Acadêmica: Eliene Maria Gava Ferrão 
Diretor Administrativo Financeiro: Fernando Bom Costalonga 
 
 
 
 
 
 
 
NEAD – Núcleo de Educação à Distância 
 
GESTÃO ACADÊMICA - Coord. Didático Pedagógico 
 
GESTÃO ACADÊMICA - Coord. Didático Semipresencial 
 
GESTÃO DE MATERIAIS PEDAGÓGICOS E METODOLOGIA 
 
Coord. Geral de EAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Dados de publicação na fonte) 
 
J373 Jardim, Allan Costa. 
 Segurança do trabalho / Allan Costa Jardim. – Vitória : Multivix, 
2014. 
 
 111 f. : il. ; 30 cm 
 
 Inclui referências. 
 
 1. Segurança do trabalho. 2. Ambiente de Trabalho. 3. 
Planejamento urbano. I. Rembiski, Fabricia Delfino. II. Faculdade 
Multivix. 
III. Título. 
 
 CDD: 658.38 
 
 
2 
 
 
Segurança do Trabalho 
 
Disciplina: ENGENHARIA E SEGURANÇA DO TRABALHO 
Autoria: ALLAN COSTA JARDIM 
 
Primeira edição: 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
FACULDADE BRASILEIRA – MULTIVIX VITÓRIA 
FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA – MULTIVIX NOVA VENÉCIA 
FACULDADE NORTE CAPIXABA DE SÃO MATEUS – MULTIVIX SÃO MATEUS 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA – MULTIVIX SERRA 
FACULDADE DO ESPÍRITO SANTO – MULTIVIX CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM 
FACULDADE DE CASTELO – MULTIVIX CASTELO 
 
http://www.multivix.edu.br 
 
 
 
 
3 
 
 
Segurança do Trabalho 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1º BIMESTRE.................................................................................................. 9 
1 INTRODUÇÃO................................................................................ 10 
1.1 CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO................................. 11 
 
2 LEGISLAÇÃO E NORMAS REGULAMENTADORAS..... 12 
2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS – SEGURANÇA E SAÚDE DO 
TRABALHO......................................................................................... 12 
2.1.1 NR 1 DISPOSIÇÕES GERAIS.................................................................... 16 
2.1.2 NR 2 INSPEÇÃO PRÉVIA......................................................................... 16 
2.1.3 NR 3 EMBARGO OU INTERDIÇÃO............................................................. 16 
2.1.4 NR 4 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM 
MEDICINA DO TRABALHO – SESMT........................................................ 16 
2.1.5 NR 5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES....................... 14 
2.1.6 NR 6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL....................................... 14 
2.1.7 NR 7 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL......... 15 
2.1.8 NR 8 EDIFICAÇÕES................................................................................ 15 
2.1.9 NR 9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS....................... 15 
2.1.10 NR10 SERVIÇOS EM ELETRICIDADE........................................................ 15 
2.1.11 NR 11 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE 
MATERIAIS............................................................................................ 15 
2.1.12 NR 12 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS....................................................... 16 
2.1.13 NR 13 CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO................................................ 16 
2.1.14 NR 14 FORNOS..................................................................................... 16 
2.1.15 NR 15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES....................................... 16 
2.1.16 NR 16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS......................................... 16 
2.1.17 NR 17 ERGONOMIA............................................................................... 17 
2.1.18 NR 18 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 17 
4 
 
 
Segurança do Trabalho 
CONSTRUÇÃO........................................................................................ 
2.1.19 NR 19 EXPLOSIVOS............................................................................... 17 
2.1.20 NR 20 LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS...................................... 17 
2.1.21 NR 21 TRABALHOS A CÉU ABERTO......................................................... 17 
2.1.22 NR 22 SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO.................... 18 
2.1.23 NR 23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS.................................................... 18 
2.1.24 NR 24 CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE 
TRABALHO............................................................................................ 18 
2.1.25 NR 25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS............................................................... 18 
2.1.26 NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA...................................................... 18 
2.1.27 NR 27 REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO................................................ 19 
2.1.28 NR 28 FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES.................................................... 19 
2.1.29 NR 29 NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO PORTUÁRIO.......................................................................... 19 
2.1.30 NR 30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO...................... 19 
2.1.31 NR 31 NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO 
FLORESTAL E AQUICULTURA.................................................................. 20 
2.1.32 NR 32 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTOS DE 
SAÚDE.................................................................................................. 20 
2.1.33 NR 33 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESPAÇOS 
CONFINADOS......................................................................................... 21 
2.1.35 NR 34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL....................................................... 21 
2.2 NORMAS DE SEGURANÇA MECÂNICA........................................... 23 
 
3 EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - 
NR 6................................................................................................... 24 
 
4 SEGURANÇA COM ELETRICIDADE......................................29 
4.1 RISCOS ELÉTRICOS......................................................................... 30 
5 
 
 
Segurança do Trabalho 
4.2 PRÁTICAS SEGURAS........................................................................ 30 
 
5 PRIMEIROS SOCORROS........................................................... 32 
5.1 SINAIS VITAIS.................................................................................... 32 
5.2 ETAPAS BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS............................ 32 
5.2.1 AVALIAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE....................................................... 32 
5.2.2 AVALIAÇÃO E EXAME DO ESTADO GERAL DO ACIDENTADO........................ 33 
5.3 PARA O BOM ATENDIMENTO É IMPRESCINDÍVEL....................... 36 
 
6 ERGONOMIA.................................................................................. 38 
6.1 HISTÓRICO E FASES DA ERGONOMIA........................................... 38 
6.2 A ERGONOMIA E O SISTEMA HOMEM-MÁQUINA E MEIO 
AMBIENTE.......................................................................................... 41 
6.3 ERGONOMIA E SISTEMA DA QUALIDADE...................................... 42 
6.4 A ERGONOMIA E A PREVENÇÃO DE ACIDENTES......................... 42 
6.5 OS FATORES BIOMECÂNICOS LIGADOS AO TRABALHO............. 43 
6.5.1 A FORÇA............................................................................................... 44 
6.5.2 A REPETITIVIDADE................................................................................. 45 
6.5.3 POSTURAS............................................................................................ 46 
 
2º BIMESTRE.................................................................................................. 48 
7 HIGIENE E MEDICINA DO TRABALHO................................. 49 
7.1 RISCOS AMBIENTAIS........................................................................ 49 
7.1.1 AGENTES FÍSICOS.................................................................................. 50 
7.1.2 AGENTES QUÍMICOS............................................................................... 50 
7.1.3 AGENTES BIOLÓGICOS........................................................................... 50 
7.2 LIMITE DE TOLERÂNCIA................................................................... 51 
7.2.1 TEMPO DE EXPOSIÇÃO........................................................................... 51 
7.2.2 CONCENTRAÇÃO OU INTENSIDADE DOS AGENTES AMBIENTAIS.................. 52 
7.3 CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES AMBIENTAIS......................... 52 
7.4 SUSCETIBILIDADE INDIVIDUAL....................................................... 52 
7.4.1 TIPO DE SERVIÇO................................................................................... 53 
6 
 
 
Segurança do Trabalho 
 
8 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO” .......................... 54 
8.1 CALOR” ............................................................................................. 54 
8.1.1 EFEITOS DO CALOR................................................................................ 55 
8.1.2 ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA................................................................ 56 
8.1.3 AUMENTO DE VOLUME............................................................................ 56 
8.1.4 MUDANÇA DO ESTADO FÍSICO DA MATÉRIA.............................................. 57 
8.1.5 MUDANÇA DO ESTADO QUÍMICO DA MATÉRIA........................................... 58 
8.1.6 EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALOR.......................................................... 58 
8.2 PROPAGAÇÃO DO CALOR............................................................... 58 
8.2.1 CONVECÇÃO......................................................................................... 59 
8.2.2 CONDUÇÃO........................................................................................... 59 
8.2.3 IRRADIAÇÃO.......................................................................................... 60 
8.3 PONTOS DE TEMPERATURA........................................................... 60 
8.4 COMBUSTÍVEL................................................................................... 61 
8.4.1 COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS........................................................................ 61 
8.4.2 COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS........................................................................ 62 
8.4.3 COMBUSTÍVEIS GASOSOS....................................................................... 62 
8.5 PROCESSOS DE QUEIMA................................................................ 63 
8.6 COMBURENTE................................................................................... 64 
8.7 REAÇÃO EM CADEIA........................................................................ 65 
8.8 FASES DO FOGO............................................................................... 65 
8.8.1 FASE INICIAL......................................................................................... 65 
8.8.2 QUEIMA LIVRE....................................................................................... 66 
8.8.3 QUEIMA LENTA...................................................................................... 67 
8.9 FORMAS DE COMBUSTÃO” ............................................................ 69 
8.9.1 COMBUSTÃO COMPLETA” ...................................................................... 70 
8.9.2 COMBUSTÃO INCOMPLETA..................................................................... 70 
8.9.3 COMBUSTÃO ESPONTÂNEA.................................................................... 70 
8.9.4 EXPLOSÃO” ......................................................................................... 70 
8.10 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO............................................... 71 
8.10.1 RETIRADA DO MATERIAL........................................................................ 71 
8.10.2 RESFRIAMENTO..................................................................................... 71 
7 
 
 
Segurança do Trabalho 
8.10.3 ABAFAMENTO........................................................................................ 72 
8.10.4 QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA............................................................. 72 
8.11 CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS E MÉTODOS DE EXTINÇÃO.. 72 
8.11.1 INCÊNDIO CLASSE “A”........................................................................... 73 
8.11.2 INCÊNDIO CLASSE “B”........................................................................... 73 
8.11.3 INCÊNDIO CLASSE “C”........................................................................... 74 
8.11.4 INCÊNDIO CLASSE “D”........................................................................... 74 
8.12 EXTINTORES DE INCÊNDIO............................................................. 75 
8.12.1 AGENTES EXTINTORES........................................................................... 75 
8.12.1.1 ÁGUA.................................................................................................... 75 
8.12.1.2 ESPUMA ............................................................................................... 76 
8.12.1.3 PÓ QUÍMICO SECO ................................................................................ 76 
8.12.1.4 GÁS CARBÔNICO (CO2) ........................................................................ 76 
8.12.1.5 COMPOSTOS HALOGENADOS (HALON) .................................................... 77 
8.12.2 EXTINTORES PORTÁTEIS ........................................................................ 77 
8.12.3 EXTINTORES OBSOLETOS ...................................................................... 81 
8.12.4 MANUTENÇÃO EINSPEÇÃO .....................................................................82 
 
9 ANÁLISE DE RISCOS.................................................................. 83 
9.1 PREVENÇÃO DE RISCOS NAS OFICINAS MECÂNICAS................ 84 
9.2 ACIDENTE DO TRABALHO............................................................... 87 
9.3 BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS.................................................... 91 
 
10 DIREITOS E DEVERES NA RELAÇÃO DE EMPREGO.. 100 
10.1 LEGISLAÇÃO CONSTITUCIONAL TRABALHISTA........................... 100 
10.2 DIREITOS DO TRABALHADOR......................................................... 100 
10.3 DEVERES DO TRABALHADOR......................................................... 105 
10.4 FÉRIAS............................................................................................... 105 
10.4.1 ALTERAÇÃO NAS FÉRIAS........................................................................ 107 
10.4.2 CÁLCULO DE FÉRIAS.............................................................................. 107 
10.5 DEVERES DO TRABALHADOR......................................................... 108 
 
8 
 
 
Segurança do Trabalho 
11 REFERÊNCIAS.............................................................................. 110 
 
 
QUADRO 
QUADRO 1 - RELAÇÃO DE EPI DE ACORDO COM AS ATIVIDADES DA 
EMPRESA.................................................................................. 
 
25 
 
TABELA 
TABELA 1 - DOS RISCOS AMBIENTAIS...................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
Segurança do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º Bimestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Segurança do Trabalho 
1 INTRODUÇÃO 
 
Em campanha vinculada pela TST (Tribunal Superior do Trabalho), em 2011, 
informa que ocorrem 723 mil acidentes de trabalho por ano, 2496 mortes por ano, 7 
trabalhadores por dia. A campanha alerta que onde eles mais fazem falta não é o 
trabalho, é o lar onde residem. http://www.tst.jus.br/prevencao/campanha.html. É 
um bom começo para valorizar o conhecimento a ser apresentado na apostila. 
 
A Segurança do Trabalho, durante algum tempo, passava a ideia apenas, de uso de 
capacetes, botas, cintos de segurança e uma série de outros equipamentos de 
proteção individual como proteção contra acidente, no entanto a evolução 
tecnológica se fez acompanhar de novos ambientes de trabalho e de riscos 
profissionais a eles associados. Muitos desses novos riscos são pouco ou nada 
conhecidos e demandam pesquisas cujos resultados só se apresentam após a 
exposição prolongada dos trabalhadores a ambientes nocivos à sua saúde e 
integridade física. 
 
Nos dias atuais a área de segurança e saúde no trabalho é multidisciplinar e tem 
como objetivo principal a prevenção dos riscos profissionais. O conceito de acidente 
é compreendido por um maior número de pessoas que já identificam as doenças 
profissionais como consequências de acidentes do trabalho. 
 
A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no período de 1760 a 1830, deu 
grande impulso às indústrias, mas gerou transformações na relação do trabalho. Nos 
dias atuais não há como separar a atividade profissional de conceitos de Segurança. 
Portanto torna-se fundamental que na formação do profissional ele adquira 
conhecimentos e formação suficiente para prepará-lo a entender que não há 
trabalho eficiente sem que seja realizado aliado aos parâmetros adequados de 
segurança e saúde. 
 
Atualmente as empresas estão comprometidas com a melhoria da segurança e 
saúde de todos os empregados no trabalho, assim como, a proteção à sociedade, 
ao meio ambiente e à propriedade contra qualquer efeito adverso resultante das 
11 
 
 
Segurança do Trabalho 
operações. Além disso, lideram e obtém o compromisso de seu pessoal na melhoria 
contínua da qualidade dos produtos e serviços, visando alcançar a excelência com 
foco no cliente. 
 
O objetivo desse material é fornecer os conhecimentos básicos para que o 
profissional ao ser inserido no contexto trabalhista tenha formação para melhor 
desempenho de suas atividades com consciência prevencionista. 
 
1.1 CONCEITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
Entre os vários conceitos da vasta literatura destacamos: 
 
Segurança do trabalho é o conjunto de medidas que são adotadas visando 
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a 
integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. 
 
De acordo com a NR-4 – SESMT, da Portaria 3214/78 do MTE, o quadro de 
funcionários de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe 
multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Técnico de 
Enfermagem do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - 
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. 
 
Atuando, também na prevenção, prevê a NR-5 – CIPA, da Portaria 3214/78 do MTE 
que empregados constituam a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do 
trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a 
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
 
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a Legislação de 
Segurança do Trabalho compõe-se atualmente de Normas Regulamentadoras, e 
outras leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções 
Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. 
12 
 
 
Segurança do Trabalho 
2 LEGISLAÇÃO E NORMAS REGULAMENTADORAS 
 
No Brasil as estatísticas sobre doenças profissionais e sobre acidentes do trabalho 
eram tão alarmantes que o Governo Federal baixou a Portaria 3.237, de 17 de julho 
de 1972, que tornou obrigatória a existência de Serviços de Medicina do Trabalho e 
Engenharia de Segurança do Trabalho em todas as empresas com mais de cem 
trabalhadores. A Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977 alterou a CLT inserindo 
conceitos de Segurança e Saúde no seu Titulo II, Capitulo V. Também foram 
inseridas as normas regulamentadoras, inicialmente, aprovadas pela Portaria nº 
3.214, de 8 de junho de 1978 dão continuidade à legislação de proteção ao 
trabalhador brasileiro. Hoje já existem outras Portarias do Ministério do Trabalho e 
Emprego – TEM (http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-
1.htm), que aprovaram novas NR. A legislação é dinâmica e deve sempre ser 
acompanhada para evitar a desatualização. Apesar de tal esforço, a quantidade de 
acidentes de trabalho no Brasil ainda é muito alta, vide Estatísticas publicadas no 
portal do Ministério do Trabalho. 
 
2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS – SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 
 
As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, 
são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos 
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das 
Leis do Trabalho – CLT. O embasamento jurídico é o Capítulo V, Título II, da 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, relativas à Segurança e Medicina do 
Trabalho. As primeiras normas foram aprovadas pela PORTARIA N.° 3.214, 08 DE 
JUNHO DE 1978. Atualmente outras Portarias aprovaram novas NR. 
 
O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e 
medicina do trabalho acarretará ao empregadora aplicação das penalidades 
previstas na legislação pertinente. 
 
13 
 
 
Segurança do Trabalho 
Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento de suas 
obrigações com a segurança do trabalho. 
 
São as seguintes as Normas Regulamentadoras, com um resumo de seu conteúdo: 
 
2.1.1 NR 1 DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
As Normas Regulamentadoras (NRs) são de observância obrigatória pelas 
empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e 
indireta, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho 
- (CLT). Estabelece a importância, funções e competência da Delegacia Regional do 
Trabalho. 
 
2.1.2 NR 2 INSPEÇÃO PRÉVIA 
 
Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar 
aprovação de suas instalações ao órgão do Ministério do Trabalho. 
 
2.1.3 NR 3 EMBARGO OU INTERDIÇÃO 
 
A Delegacia Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico do serviço competente 
que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar 
estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar a obra. 
(CLT Artigo 161 inciso 3.6|3.4|3.7|3.8|3.9|3.10) 
 
2.1.4 NR 4 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO 
TRABALHO – SESMT 
 
A NR 4 diz respeito aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho (SESMT) e tem como finalidade promover a saúde e proteger 
a integridade do trabalhador em seu local de trabalho. Para oferecer proteção ao 
trabalhador o SESMT deve ter os seguintes profissionais: médico do trabalho, 
engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro, técnico de segurança no trabalho, 
14 
 
 
Segurança do Trabalho 
auxiliar de enfermagem, tem por atividade dar segurança aos trabalhadores através 
do ambiente de trabalho que inclui máquinas e equipamentos, reduzindo os riscos a 
saúde do trabalhador, verificando o uso dos EPIs, orientando para que os mesmos 
cumpram a NR, e fazendo assim com que diminuam os acidentes de trabalho e as 
doenças ocupacionais. 
 
O SESMT tem por finalidade promover a saúde e proteger a integridade do 
trabalhador no seu ambiente de trabalho, portanto, torna-se um trabalho que tem por 
objetivo a prevenção de acidentes tanto de doenças ocupacionais. Trata-se de 
trabalho preventivo e de competência dos profissionais citados acima, com aplicação 
de conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina no ambiente de 
trabalho para reduzir ou eliminar os riscos à saúde dos trabalhadores. Cabe ao 
SESMT orientar os trabalhadores quanto ao uso dos equipamentos de proteção 
individual e conscientizá-los da importância de prevenir os acidentes e das formas 
de conservar a saúde no trabalho. É também de responsabilidade do SESMT o 
registro dos acidentes. (CLT - Artigo 162 inciso 4.1|4.2|4.8.9|4.10) 
 
2.1.5 NR 5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
 
As empresas privadas, públicas e órgãos governamentais que possuam 
empregados regidos pela CLT ficam obrigados a organizar e manter em 
funcionamento uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CLT Artigo 164 
Inciso 5.6|5.6.1|5.6.2|5.7|5.11 e Artigo 165 inciso 5.8) A Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o 
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
 
2.1.6 NR 6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
Para os fins de aplicação desta NR, considera-se EPI todo dispositivo de uso 
individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a 
integridade física do trabalhador. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados 
gratuitamente. (CLT - artigo 166 inciso 6.3 subitem A - Artigo 167 inciso 6.2) 
15 
 
 
Segurança do Trabalho 
2.1.7 NR 7 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL 
 
Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de 
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como 
empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, 
cujo objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 
 
2.1.8 NR 8 EDIFICAÇÕES 
 
Esta NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devam ser observados nas 
edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. 
 
2.1.9 NR 9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 
 
Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de 
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como 
empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, através da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de 
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. 
 
2.1.10 NR10 SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 
 
Esta NR fixa as condições mínimas exigidas para garantir a segurança dos 
empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas etapas, incluindo 
projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e ainda, a 
segurança de usuários e terceiros. 
 
2.1.11 NR 11 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS 
 
Esta NR estabelece normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e máquinas transportadoras. O armazenamento de 
materiais deverá obedecer aos requisitos de segurança para cada tipo de material. 
 
16 
 
 
Segurança do Trabalho 
2.1.12 NR 12 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
 
Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais destinados a 
máquinas e equipamentos, como piso, áreas de circulação, dispositivos de partida e 
parada, normas sobre proteção de máquinas e equipamentos, bem como 
manutenção e operação. 
 
2.1.13 NR 13 CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO 
 
Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais onde se situam as 
caldeiras de qualquer fonte de energia, projeto, acompanhamento de operação e 
manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, 
em conformidade com a regulamentação profissional vigente no país. 
 
2.1.14 NR 14 FORNOS 
 
Esta NR estabelece os procedimentos mínimos, fixando construção sólida, revestida 
com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de 
tolerância, oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores. 
 
2.1.115 NR 15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES 
 
Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios, nas atividades ou operações 
insalubres que são executadas acima dos limites de tolerância previstos na 
Legislação, comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho. 
Agentes agressivos: ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidade, agentes 
químicos. 
 
2.1.16 NR 16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS 
 
Esta NR estabelece os procedimentos nas atividades exercidas pelos trabalhadores 
que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos químicos, classificados 
como inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de operação e manutenção. 
17 
 
 
Segurança do Trabalho 
2.1.17 NR 17 ERGONOMIA 
 
Esta NR visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a 
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 
 
2.1.18 NR 18 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 
 
Esta NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de 
organização, que objetivam a implementaçãode medidas de controle e sistemas 
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de 
trabalho na indústria da construção. 
 
2.1.19 NR 19 EXPLOSIVOS 
 
Esta NR estabelece o fiel cumprimento do procedimento em manusear, transportar e 
armazenar explosivos de uma forma segura, evitando assim riscos e acidentes. 
 
2.1.20 NR 20 LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS 
 
Esta NR estabelece a definição para líquidos combustíveis, líquidos inflamáveis e 
Gás de petróleo liquefeito, parâmetros para armazenar, como transportar e como 
devem ser manuseados pelos trabalhadores. 
 
2.1.21 NR 21 TRABALHOS A CÉU ABERTO 
 
Esta NR estabelece os critérios mínimos para os serviços realizados a céu aberto, 
sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos com boa estrutura, 
capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. 
 
 
 
 
18 
 
 
Segurança do Trabalho 
2.1.22 NR 22 SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO 
 
Esta NR estabelece sobre procedimentos de Segurança e Medicina do Trabalho em 
minas, determinando que a empresa adotará métodos e manterá locais de trabalho 
que proporcionem a seus empregados condições satisfatórias de Segurança e 
Medicina do Trabalho. 
 
2.1.23 NR 23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
 
Esta NR estabelece os procedimentos que todas as empresas devam possuir, no 
tocante à proteção contra incêndio, saídas de emergência para os trabalhadores, 
equipamentos suficientes para combater o fogo e pessoal treinado no uso correto. 
 
2.1.24 NR 24 CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO 
 
Esta NR estabelece critérios mínimos, para fins de aplicação de aparelhos 
sanitários, gabinete sanitário, banheiro, cujas instalações deverão ser separadas por 
sexo, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos.. 
 
2.1.25 NR 25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS 
 
Esta NR estabelece os critérios que deverão ser eliminados dos locais de trabalho, 
através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas, de forma a evitar riscos 
à saúde e à segurança do trabalhador. 
 
2.1.26 NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
 
Esta NR tem por objetivos fixar as cores que devam ser usadas nos locais de 
trabalho para prevenção de acidentes, identificando, delimitando e advertindo contra 
riscos. 
 
 
 
19 
 
 
Segurança do Trabalho 
2.1.27 NR 27 REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO 
MINISTÉRIO DO TRABALHO 
 
Esta NR estabelece que o exercício da profissão depende de registro no Ministério 
do Trabalho, efetuado pela SSST, com processo iniciado através das DRT. 
 
Esta NR foi revogada de acordo com a PORTARIA Nº 262 DE 29 DE MAIO DE 2008 
(DOU de 30 de maio de 2008 – Seção 1 – Pág. 118). De acordo com o Art. 2º da 
supracitada DOU, o registro profissional será efetivado pelo Setor de Identificação e 
Registro Profissional das Unidades Descentralizadas do Ministério do Trabalho e 
Emprego, mediante requerimento do interessado, que poderá ser encaminhado pelo 
sindicato da categoria. O lançamento do registro será diretamente na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social – CTPS. 
 
2.1.28 NR 28 FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES 
 
Esta NR estabelece que Fiscalização, Embargo, Interdição e Penalidades, no 
cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde 
do trabalhador, serão efetuados obedecendo ao disposto nos decretos leis. 
 
2.1.29 NR 29 NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 
PORTUÁRIO 
 
Esta NR regulariza a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, 
alcançando as melhores condições possíveis de segurança e saúde dos 
trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações 
portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto 
organizado. 
 
2.1.30 NR 30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO 
 
Esta norma aplica-se aos trabalhadores das embarcações comerciais, de bandeira 
nacional, bem como às de bandeiras estrangeiras, no limite do disposto na 
20 
 
 
Segurança do Trabalho 
Convenção da OIT n.º 147 - Normas Mínimas para Marinha Mercante, utilizados no 
transporte de mercadorias ou de passageiros, inclusive naquelas utilizadas na 
prestação de serviços, seja na navegação marítima de longo curso, na de 
cabotagem, na navegação interior, de apoio marítimo e portuário, bem como em 
plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento. 
 
2.1.31 NR 31 NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA 
AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA 
 
Esta NR tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem obervados na 
organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planjamento 
e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração 
florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. 
Para fins de aplicação desta NR considera-se atividade agro-econômica, aquelas 
que operando na transformação do produto agrário, não altere a sua natureza, 
retirando-lhe a condição de matéria prima. 
 
2.1.32 NR 32 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE 
 
Esta Norma Regulamentadora tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas 
para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos 
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades 
de promoção e assistência à saúde em geral. 
 
Para fins de aplicação desta NR, entende-se como serviços de saúde qualquer 
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as 
ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em 
qualquer nível de complexidade. 
 
A responsabilidade é solidária entre contratante e contratado quanto ao 
cumprimento da NR 32. A conscientização e colaboração de todos é muito 
importante para prevenção de acidentes na área da saúde. 
 
21 
 
 
Segurança do Trabalho 
As atividades relacionadas aos serviços de saúde são aquelas que, no entendimento 
do legislador, apresentam maior risco devido à possibilidade de contato com 
microorganismos encontrados nos ambientes e equipamentos utilizados no exercício 
do trabalho, com potencial de provocar doenças nos trabalhadores. 
 
Os trabalhadores diretamente envolvidos com este agentes são: médicos, 
enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, atendentes de ambulatórios e 
hospitais, dentistas,limpeza e manutenção de equipamentos hospitalar, motoristas 
de ambulância, entre outros envolvidos em serviços de saúde. 
 
2.1.33 NR 33 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS 
 
Esta NR tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de 
espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos 
riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos 
trabalhadores e que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. 
Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação 
humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação 
existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a 
deficiência ou enriquecimento de oxigênio. 
 
2.1.35 NR 34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL 
 
Esta NR trata de nove procedimentos de trabalhos executados em estaleiros: 
trabalho a quente; montagem e desmontagem de andaimes; pintura; jateamento e 
hidrojateamento; movimentação de cargas; instalações elétricas provisórias; 
trabalhosem altura; utilização de radionuclídeos e gamagrafia; e máquinas portáteis 
rotativas. 
 
 NR 01 - Disposições Gerais 
 NR 02 - Inspeção Prévia 
 NR 03 - Embargo ou Interdição 
22 
 
 
Segurança do Trabalho 
 NR 04 - Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do 
Trabalho 
 NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
 NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI 
 NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
 NR 08 - Edificações 
 NR 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais 
 NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 
 NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 
 NR 12 - Máquinas e Equipamentos 
 NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão 
 NR 14 - Fornos 
 NR 15 - Atividades e Operações Insalubres 
 NR 16 - Atividades e Operações Perigosas 
 NR 17 - Ergonomia 
 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
 NR 19 - Explosivos 
 NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis 
 NR 21 - Trabalho a Céu Aberto 
 NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
 NR 23 - Proteção Contra Incêndios 
 NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 
 NR 25 - Resíduos Industriais 
 NR 26 - Sinalização de Segurança 
 NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB 
(Revogada pela Portaria GM n.º 262/2008) 
 NR 28 - Fiscalização e Penalidades 
 NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
 NR 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
 NR 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na 
Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura 
 NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde 
 NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados 
23 
 
 
Segurança do Trabalho 
 NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e 
Reparação Naval 
Como histórico registra-se o fato de já terem existido as chamadas Normas 
Regulamentadoras Rurais. Hoje trabalhadas na NR 31. 
 NRR 1 - Disposições Gerais (Revogada pela Portaria MTE 191/2008) 
 NRR 2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural 
(Revogada pela Portaria MTE 191/2008) 
 NRR 3 - Comissão Interna De Prevenção De Acidentes Do Trabalho Rural 
(Revogada pela Portaria MTE 191/2008) 
 NRR 4 - Equipamento De Proteção Individual - EPI(Revogada pela Portaria MTE 
191/2008) 
 NRR 5 - Produtos Químicos (Revogada pela Portaria MTE 191/2008) 
 
2.2 NORMAS DE SEGURANÇA MECÂNICA 
 
Enfatizamos que as máquinas e equipamentos a serem expostos deverão oferecer 
condições de segurança e saúde em conformidade com a seguinte regulamentação 
normativa compulsória vigente: 
 
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho: 
Art. 184 – As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de 
partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes 
de trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental. 
§ 1º - É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas 
e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo. 
 
NORMA REGULAMENTADORA NR 12 – Máquinas e Equipamentos. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Segurança do Trabalho 
3 EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - NR 6 
 
 
Todas as empresas estão obrigadas a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI 
adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, assim 
está disciplinado na NR 6, da Portaria nº 3.214/78. 
 
Em qualquer circunstância, o uso do EPI será tanto mais útil e trará melhores 
resultados, quanto mais correta for a sua indicação. Essa indicação não é difícil, mas 
requer certo cuidado nos seguintes aspectos: 
 
 Identificação do risco: verificar a existência ou inexistência de elementos das 
operações, de produtos, de condições do ambiente, que sejam ou que possam vir 
a ser agressivos ao trabalhador; 
 Avaliação do risco existente: determinar a intensidade e extensão do risco, quanto 
às possíveis conseqüências para o trabalhador; verificar com que freqüência ele 
se expõe ao risco e quantos trabalhadores estão sujeitos aos mesmos perigos; 
 Indicação do EPI apropriado: escolher, entre vários EPI, o mais adequado para 
solucionar o problema que se tem pela frente, contando, para isto a assistência 
dos fabricantes e com instruções apropriadas e claras. 
 
Observação: 
a) Todos os EPI, de acordo com o art. 167 da CLT, devem ser adquiridos pelos 
fornecedores idôneos, que possuam Certificado de Aprovação da Secretaria 
Nacional do Trabalho. A aquisição dos EPI sem a aprovação da SNT, não atende 
os requisitos exigidos pela Portaria nº 3.214/78, daí sujeito a multas pela 
Fiscalização do Trabalho. As empresas fabricantes de EPI respiratória com filtros 
químicos ou combinados, segundo a Portaria nº 3, de 03/06/91, do Departamento 
de Segurança do Trabalhador deverão requerer os respectivos Certificados de 
25 
 
 
Segurança do Trabalho 
Aprovação mediante apresentação: Memorial descritivo; Relatório de ensaio, 
Termo de Responsabilidade e Cópia do ao alvará de funcionamento e localização; 
b) De acordo com a Portaria nº 06, de 19/08/92, DOU de 19/08/92, da Diretoria do 
Depto. Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, os EPI de fabricação 
estrangeira, devem ser aprovados pelo Ministério do Trabalho e comprovar o 
Certificado de Aprovação - CA. A empresa fica obrigada a comunicar ao Ministério 
do Trabalho, qualquer irregularidade apresentada no EPI. 
 
QUADRO 1 - RELAÇÃO DE EPI DE ACORDO COM AS ATIVIDADES DA EMPRESA 
 
FINALIDADE RISCO 
EPI INDICADO 
(continua) 
Proteção para 
crânio. 
Impactos, perfurações, 
choque elétrico, cabelos 
arrancados. 
Capacete de segurança. 
Proteção visual e 
facial 
Impactos de partículas 
sólidas quentes ou frias, de 
substâncias nocivas 
(poeiras, líquidos, vapores 
e gases irritantes), de 
radiações (infravermelho, 
ultravioleta e calor). 
Óculos de segurança (para 
soldadores, torneiros, 
esmeriladores, operadores de 
politriz e outros). 
Protetores faciais (contra a ação 
de borrifos, impacto e calor 
radiante). 
Máscaras e escudos para 
soldadores. 
Proteção 
respiratória. 
Deficiência de oxigênio, 
contaminantes tóxicos 
(gasosos e partículas). 
Respiradores com filtro mecânico 
(oferecem proteção contra 
partículas suspensas no ar, 
incluindo poeiras, neblinas, 
vapores metálicos e fumos). 
Respiradores com filtros químicos 
(dão proteção contra 
concentrações leves, até 0,2% 
por volume, de certos gases 
ácidos e alcalinos, de vapores 
orgânicos e vapores de mercúrio). 
Respiradores com filtros 
combinados (são usados em 
trabalhos tais como pintura a 
pistola e aplicação de inseticidas). 
Equipamentos de provisão de ar 
(ou linhas de ar). 
Equipamentos portáteis 
autônomos (de oxigênio e de ar 
comprimido). 
26 
 
 
Segurança do Trabalho 
Proteção auricular 
O ruído é um elemento de 
ataque individual que se 
acumula, produzindo 
efeitos psicológicos e, 
posteriormente, fisiológicos, 
na sua maioria irreversível. 
Por isso, quando a 
intensidade de ruído pode 
ser prejudicial, deve-se 
fazer o possível para 
eliminá-lo ou reduzi-lo por 
meio de um controle da 
fonte ou do meio. Quando 
todos os métodos de 
controle falharam, o último 
dos recursos é dotar o 
indivíduo exposto de um 
equipamento de proteção 
auricular. 
Protetores de inserção, que 
podem ser: descartáveisou não-
descartáveis (ambos moldados ou 
moldáveis). 
Protetores externos (circum-
auriculares), também conhecidos 
como orelheiras ou tipo-concha. 
Proteção de tronco 
Projeção de partículas; 
golpes ligeiros; calor 
radiante, chamas; 
respingos de ácidos, 
abrasão; substâncias que 
penetram na pele, umidade 
excessiva. 
Aventais de couro - Vaqueta e 
Raspa (para trabalhos de 
soldagem elétrica, oxiacetilênica e 
corte a quente, e, também são 
indicados para o manuseio de 
chapas com rebarbas). 
Aventais de PVC (para trabalhos 
pesados, onde haja manuseio de 
peças úmidas ou risco de 
respingos de produtos químicos). 
Aventais de amianto (para 
trabalhos onde o calor é 
excessivo). 
Jaquetas (para trabalhos de 
soldagem em particular, 
soldagens em altas temperaturas, 
trabalhos em fornos, combate a 
incêndios). 
Proteção de 
membros superiores 
Golpes, cortes, abrasão, 
substâncias químicas, 
choque elétrico, radiações 
ionizantes. 
Luvas de couro - Vaqueta e 
Raspa (para serviços gerais de 
fundição, cerâmicas e funilarias, 
usinagem mecânica, montagem 
de motores, usinagem a frio, 
manuseio de materiais quentes 
até 60ºC, carga e descarga de 
materiais, manuseio e transporte 
de chapas). 
Luvas de borracha (para 
eletricistas e para trabalho com 
produtos químicos em geral, 
27 
 
 
Segurança do Trabalho 
exceto solventes e óleos, serviços 
de galvanoplastia, serviços 
úmidos em geral). 
Luvas de neoprene (empregadas 
em serviços que envolvem uso de 
óleo, graxas, gorduras, solventes, 
petróleo e derivados, inspeções 
em tanques contendo ácidos, 
serviços de galvanoplastia). 
Luvas de PVC (para trabalhos 
com líquidos ou produtos 
químicos que exijam melhor 
aderência no manuseio, lavagem 
de peças em corrosivos, 
manuseio de ácidos, óleos e 
graxas/gorduras, serviços de 
galvanoplastia). 
Luvas de hexanol (empregadas 
em serviço com solventes, 
manuseio de peças molhadas - 
hexanol - corrugado, em serviços 
que envolvem uso do petróleo e 
derivados). 
Luvas de tecidos (de lona, de lona 
flanelada, de grafatex, de feltro, 
de lã, de amianto, de malha 
metálica). 
Proteção dos 
membros inferiores. 
Cortes por superfícies 
cortantes e abrasivas, 
substâncias químicas, 
cinzas quentes, frio, gelo, 
perigos elétricos, impacto 
de objetos pesados, 
superfícies quentes, 
umidade. 
Sapatos (com biqueira de aço; 
condutores; anti-fagulhas; 
isolantes; para fundição). 
Guarda-pés (são recomendados 
para trabalhos em fundições, 
forjas, fábricas de papel, 
serralherias, fábricas de gelo). 
Botas de borracha (e outros 
materiais similares). 
Perneiras (de raspa de couro, são 
usadas pelos soldadores e 
fundidores, sendo as mais longas, 
são utilizadas em trabalhos com 
produtos químicos, líquidos ou 
corrosivos). 
Proteção coletiva. 
Equipamentos de proteção 
coletiva são aqueles que 
neutralizam a fonte do risco 
no lugar em que ele se 
manifesta, dispensando o 
trabalhador do uso de 
equipamento de proteção 
Os protetores dos pontos de 
operação em serras, em 
furadeiras, em prensas, os 
sistemas de isolamento de 
operações ruidosas, os 
exaustores de poeiras, vapores e 
gases nocivos, os dispositivos de 
28 
 
 
Segurança do Trabalho 
individual. proteção em escadas, em 
corredores, em guindastes, em 
esteiras transportadoras são 
exemplos de proteções coletivas 
que devem ser mantidas nas 
condições que as técnicas de 
segurança estabelecem e que 
devem ser reparadas sempre que 
apresentarem uma deficiência 
qualquer. 
 
A observação dos equipamentos de segurança, sejam individuais ou coletivos, tem 
grande importância nas inspeções de segurança. A eficiência desses equipamentos 
é comprovada pela experiência e, se obedecidas às regras de uso, a maior parte 
dos acidentes estará sendo evitada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Segurança do Trabalho 
4 SEGURANÇA COM ELETRICIDADE 
 
 
 
O trabalho envolvendo eletricidade implica em conhecimento e aplicação de 
princípios básicos, práticas de trabalho seguras e procedimentos de emergência 
corretos. Há previsão na NR-10 - Eletricidade: 
 
“Esta Norma Regulamentadora – NR -10 estabelece os requisitos e condições 
mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, 
direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com 
eletricidade. Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e 
consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, 
manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas 
proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos 
competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.” 
Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir 
treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e 
as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de 
acordo com o estabelecido no Anexo II desta NR. 
 
Como todas as instalações possuem sistemas elétricos deve-se avaliar qual o nível 
de envolvimento do trabalhador e treiná-lo conforme estabelecido na NR-10. 
 
Perigos elétricos incluem: choque elétrico; explosão elétrica; e queimaduras por 
eletricidade. Isto pode resultar em lesões graves ou morte. 
 
30 
 
 
Segurança do Trabalho 
4.1 RISCOS ELÉTRICOS 
 
- Fios e partes metálicas sob tensão, desprotegidas que podem ser trocados 
acidentalmente ou sem conhecimento que estejam energizados. 
- Desligamentos de chaves tipo faca, com aparelhos ligados, poderão fazer 
com que haja a formação de arco voltaico (formação de faísca), o que pode ser 
muito perigoso. 
- Acidentes com pendentes inadequados podem determinar a energização de 
equipamentos ocasionando mortes de trabalhadores. (Pendentes de 110 ou 220 V). 
- Por falhas na construção ou por acidentes que constantemente permitem 
fugas de correntes para a carcaça do equipamento. 
- Máquinas equipamentos e ferramentas que estejam com suas carcaças 
energizadas, devido a falta de isolamento interno de sua fiação, poderão causar 
choques elétricos quando não aterradas eletricamente e quando a mão do operador 
estiver úmida ou ele estiver sobre um piso úmido sem calçados apropriados. 
 
4.2 PRÁTICAS SEGURAS 
 
- Antes de iniciar o trabalho: 
- Desenergizar, travar, etiquetar e testar todos os circuitos de 50 volts ou mais; 
- Desenergizar todas as fontes de energia; 
- Desconectar todas as fontes de energia (dispositivos de controle de circuitos): 
botões de partida, chave seletora, intertravamento de segurança. 
- Usar, estocar e manter os EPI‟s de proteção contra eletricidade em condições 
seguras após o uso; 
- Usar capacete não-condutivo onde quer que haja um risco de ferimento de 
cabeça por choque elétrico ou queimaduras devido a contato com partes 
energizadas; 
- Usar EPI para os olhos e face onde haja risco de ferimento aos olhos e face 
devido a arcos elétricos, fagulhas ou partículas volantes resultantes de explosão 
elétrica. 
31 
 
 
Segurança do Trabalho 
- EPI‟s de proteção elétrica com buraco, rasgo, bolha, mancha por ação de 
químicos, furo ou corte, rachaduras, sinais de queimadura, afinamento de 
superfícies, trincas ou descostura não devem ser usados; 
- Usar ferramentas isolantes e equipamentos de manuseio isolantes quando 
trabalhar próximo de elementos de circuitos e/ou condutores energizados 
expostos de painéis se for impossível o trabalho com circuito desenergizado; 
- Usarsaca fusível isolantes para remover ou instalar fusíveis onde os terminais de 
fusíveis estiverem energizados. 
- Cordas e outros elementos usados próximo a elementos energizados precisam 
ser não-condutivos; 
- Não trabalhar com elementos elétricos energizados sem iluminação adequada; 
- Não trabalhar em circuito energizado sem autorização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
Segurança do Trabalho 
5 PRIMEIROS SOCORROS 
 
Não há pretensão de abordagem profissional sobre o assunto. Havendo curso 
específico deve-se adotar as orientações da especialidade. 
 
Entende-se como primeiros socorros os procedimentos de emergência devem ser 
aplicados à uma pessoa em risco de morte, visando manter os sinais vitais e 
evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva. 
 
5.1 SINAIS VITAIS 
 
Sinais vitais são aqueles que indicam a existência de vida. São reflexos ou indícios 
que permitem concluir sobre o estado geral de uma pessoa. Os sinais sobre o 
funcionamento do corpo humano que devem ser compreendidos e conhecidos são: 
temperatura; pulso; respiração; e pressão arterial. 
 
Os sinais vitais são sinais que podem ser facilmente percebidos, deduzindo-se 
assim, que na ausência deles, existem alterações nas funções vitais do corpo. 
 
5.2 ETAPAS BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS 
 
O atendimento de primeiros socorros pode ser dividido em etapas básicas que 
permitem a maior organização no atendimento e, portanto, resultados mais eficazes. 
 
5.2.1 AVALIAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE 
 
Esta é a primeira etapa básica na prestação de primeiros socorros. 
 
Ao chegar ao local de um acidente, ou onde se encontra um acidentado, deve-se 
assumir o controle da situação e proceder a uma rápida e segura avaliação da 
ocorrência. Deve-se tentar obter o máximo de informações possíveis sobre o 
ocorrido. Dependendo das circunstâncias de cada acidente, é importante também: 
33 
 
 
Segurança do Trabalho 
a) Evitar o pânico e procurar a colaboração de outras pessoas, dando ordens 
breves, claras, objetivas e concisas; 
b) Manter afastados os curiosos, para evitar confusão e para ter espaço em que se 
possa trabalhar da melhor maneira possível. 
 
5.2.2 AVALIAÇÃO E EXAME DO ESTADO GERAL DO ACIDENTADO 
 
A avaliação e exame do estado geral de um acidentado de emergência clínica ou 
traumática é a segunda etapa básica na prestação dos primeiros socorros. Ela deve 
ser realizada simultaneamente ou imediatamente à "avaliação do acidente e 
proteção do acidentado". 
 
O exame deve ser rápido e sistemático, observando as seguintes prioridades: 
- Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas (nome, idade, etc). 
- Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar 
normalmente pelas narinas ou boca. 
- Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue que se 
perde. Se é arterial ou venoso. 
- Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria (igualdade entre as pupilas). 
- Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na face e extremidades. 
 
Deve-se ter sempre uma idéia bem clara do que se vai fazer, para não expor 
desnecessariamente o acidentado, verificando se há ferimento com o cuidado de 
não movimentá-lo excessivamente. 
 
Em seguida proceder a um exame rápido das diversas partes do corpo. 
 
Se o acidentado está consciente, perguntar por áreas dolorosas no corpo e 
incapacidade funcionais de mobilização. Pedir para apontar onde é a dor, pedir para 
movimentar as mãos, braços, etc. 
 
 
 
34 
 
 
Segurança do Trabalho 
 Cabeça e Pescoço 
 
Sempre verificando o estado de consciência e a respiração do acidentado, apalpar, 
com cuidado, o crânio a procura de fratura, hemorragia ou depressão óssea. 
 
Proceder da mesma forma para o pescoço, procurando verificar o pulso na artéria 
carótida, observando freqüência, ritmo e amplitude, correr os dedos pela coluna 
cervical, desde a base do crânio até os ombros, procurando alguma irregularidade. 
Solicitar que o acidentado movimente lentamente o pescoço, verificar se há dor 
nessa região. Movimentar lenta e suavemente o pescoço, movendo-o de um lado 
para o outro. Em caso de dor pare qualquer mobilização desnecessária. 
 
Perguntar a natureza do acidente, sobre a sensibilidade e a capacidade de 
movimentação dos membros visando confirmar suspeita de fratura na coluna 
cervical. 
 
 Coluna Dorsal 
 
Perguntar ao acidentado se sente dor. Na coluna dorsal correr a mão pela espinha 
do acidentado desde a nuca até o sacro. A presença de dor pode indicar lesão da 
coluna dorsal. 
 
 Tórax e Membros 
 
Verificar se há lesão no tórax, se há dor quando respira ou se há dor quando o tórax 
é levemente comprimido. 
 
Solicitar ao acidentado que movimente de leve os braços e verificar a existência de 
dor ou incapacidade funcional. Localizar o local da dor e procurar deformação, 
edema e marcas de injeções. Verificar se há dor no abdome e procurar todo tipo de 
ferimento, mesmo pequeno. Muitas vezes um ferimento de bala é pequeno, não 
sangra e é profundo, com conseqüências graves. 
35 
 
 
Segurança do Trabalho 
Apertar cuidadosamente ambos os lados da bacia para verificar se há lesões. 
Solicitar à vítima que tente mover as pernas e verificar se há dor ou incapacidade 
funcional. 
 
Não permitir que o acidentado de choque elétrico ou traumatismo violento tente 
levantar-se prontamente, achando que nada sofreu. Ele deve ser mantido imóvel, 
pelo menos para um rápido exame nas áreas que sofreram alguma lesão. O 
acidentado deve ficar deitado de costas ou na posição que mais conforto lhe 
ofereça. 
 
Exame do acidentado Inconsciente 
 
O acidentado inconsciente é uma preocupação, pois além de se ter poucas 
informações sobre o seu estado podem surgir, complicações devido à inconsciência. 
O primeiro cuidado é manter as vias respiratórias superiores desimpedidas fazendo 
a extensão da cabeça, ou mantê-la em posição lateral para evitar aspiração de 
vômito. Limpar a cavidade bucal. 
 
O exame do acidentado inconsciente deve ser igual ao do acidentado consciente, só 
que com cuidados redobrados, pois os parâmetros de força e capacidade funcional 
não poderão ser verificados. O mesmo ocorrendo com respostas a estímulos 
dolorosos. 
 
É importante ter ciência que nos primeiros cuidados ao acidentado inconsciente a 
deverá ser mínima. 
 
A observação das seguintes alterações deve ter prioridade acima de qualquer outra 
iniciativa. Ela pode salvar uma vida: 
 
- Falta de respiração; 
- Falta de circulação (pulso ausente); 
- Hemorragia abundante; 
- Perda dos sentidos (ausência de consciência); 
36 
 
 
Segurança do Trabalho 
- Envenenamento. 
 
5.3 PARA O BOM ATENDIMENTO É IMPRESCINDÍVEL 
 
1. Manter a calma. Evitar pânico e assumir a situação. 
 
2. Antes de qualquer procedimento, avaliar a cena do acidente e observar se ela 
pode oferecer riscos, para o acidentado e para você. EM HIPÓTESE NENHUMA 
PONHA SUA PRÓPRIA VIDA EM RISCO. 
 
3. Os circunstantes devem ser afastados do acidentado, com calma e educação. O 
acidentado deve ser mantido afastado dos olhares de curiosos, preservando a 
sua integridade física e moral. 
 
4. Saiba que qualquer ferimento ou doença súbita dará origem a uma grande 
mudança no ritmo da vida do acidentado, pois o coloca repentinamente em uma 
situação para a qual não está preparado e que foge a seu controle. Suas reações 
e comportamentos são diferentes do normal, não permitindo que ele possa avaliaras próprias condições de saúde e as conseqüências do acidente. Necessita de 
alguém que o ajude. Atue de maneira tranqüila e hábil, o acidentado sentirá que 
está sendo bem cuidado e não entrará em pânico. Isto é muito importante, pois a 
intranqüilidade pode piorar muito o seu estado. 
 
5. Em caso de óbito serão necessárias testemunhas do ocorrido. Obter a 
colaboração de outras pessoas dando ordens claras e concisas. Identificar 
pessoas que se encarreguem de desviar o trânsito ou construir uma proteção 
provisória. Uma ótima dica é dar tarefas como, por exemplo: contatar o 
atendimento de emergência, buscar material para auxiliar no atendimento, como 
talas e gaze, avisar a polícia se necessário, etc. 
 
6. JAMAIS SE EXPONHA A RISCOS. Utilizar luvas descartáveis e evitar o contato 
direto com sangue, secreções, excreções ou outros líquidos. Existem várias 
doenças que são transmitidas através deste contato. 
37 
 
 
Segurança do Trabalho 
7. Tranqüilizar o acidentado. Em todo atendimento ao acidentado consciente, 
comunicar o que será feito antes de executar para transmitir confiança, evitando o 
medo e a ansiedade. 
 
8. Quando a causa de lesão for um choque violento, deve-se pressupor a existência 
de lesão interna. As vítimas de trauma requerem técnicas específicas de 
manipulação, pois qualquer movimento errado pode piorar o seu estado. 
Recomendamos que as vítimas de traumas não sejam manuseadas até a 
chegada do atendimento emergencial. Acidentados presos em ferragens só 
devem ser retirados pela equipe de atendimento emergencial. 
 
9. No caso do acidentado ter sede, não ofereça líquidos para beber, apenas molhe 
sua boca com gaze ou algodão umedecido. 
 
10. Cobrir o acidentado para conservar o corpo quente e protegê-lo do frio, chuva, 
etc. 
 
11. Em locais onde não haja ambulância, o acidentado só poderá ser transportado 
após ser avaliado, estabilizado e imobilizado adequadamente. Evite movimentos 
desnecessários. 
 
12. Só retire o acidentado do local do acidente se esse local causar risco de vida 
para ele ou para o socorrista. Ex: risco de explosão, estrada perigosa onde não haja 
como sinalizar, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
Segurança do Trabalho 
6 ERGONOMIA 
 
 
6.1 HISTÓRICO E FASES DA ERGONOMIA 
 
Desde os tempos do Homem das Cavernas, a Ergonomia já existia e era aplicada. 
Quando se descobriu que uma pedra poderia ser afiada até ficar pontiaguda e 
transformar-se numa lança ou num machado, ali estava se aplicando a Ergonomia. 
A Ergonomia é a ciência aplicada a facilitar o trabalho executado pelo homem, 
sendo que se interpreta aqui a palavra “trabalho” como algo muito abrangente, em 
todos os ramos e áreas de atuação. 
 
O nome Ergonomia deriva-se de duas palavras gregas: ERGOS (trabalho) e 
NOMOS (leis, normas e regras). É, portanto uma ciência que pesquisa, estuda, 
desenvolve e aplica regras e normas a fim de organizar o trabalho, tornando este 
último compatível com as características físicas e psíquicas do ser humano. 
 
Para que isto seja possível, uma infinidade de outras ciências é usada pela 
Ergonomia, para que o profissional que desenvolve projetos Ergonômicos obtenha 
os conhecimentos necessários e suficientes e resolva uma série de problemas 
identificados num ambiente de trabalho, ou no modo como o trabalho é organizado e 
executado. Exemplos: fisiologia e anatomia, antropometria e biomecânica, higiene 
do trabalho e toxicologia, doenças ocupacionais. 
 
Oficialmente, a Ergonomia nasceu em 1949, derivada da época da 2ª Guerra 
Mundial. Durante a guerra, centenas de aviões, tanques, submarinos e armas foram 
rapidamente desenvolvidas, bem como sistemas de comunicação mais avançados e 
radares. Ocorre que muitos destes equipamentos não estavam adaptados às 
39 
 
 
Segurança do Trabalho 
características perceptivas daqueles que os operavam, provocando erros, acidentes 
e mortes. 
 
Como cada soldado ou piloto morto representava problemas sérios para as Forças 
Armadas, estudos e pesquisas foram iniciados por Engenheiros, Médicos e 
Cientistas, a fim de que projetos fossem desenvolvidos para modificar comandos 
(alavancas, botões, pedais, etc.) e painéis, além do campo visual das máquinas de 
guerra. Iniciava-se, assim, a adaptação de tais equipamentos aos soldados que 
tinham que utilizá-los em condições críticas, ou seja, em combate. 
 
Após a guerra, diversos profissionais envolvidos em tais projetos reuniram-se na 
Inglaterra, para trocar idéias sobre o assunto. Na mesma época, a Marinha e a 
Força Aérea dos Estados Unidos montam laboratórios de pesquisa de Ergonomia (lá 
conhecida por Human Factors, ou Fatores Humanos), com os mesmos objetivos. 
 
Posteriormente, com o Programa de Corrida Espacial e a Guerra Fria entre URSS e 
os EUA, a Ergonomia ganha impressionante avanço junto à NASA. Com o enorme 
desenvolvimento tecnológico divulgado por esta, a Ergonomia rapidamente se 
disseminou pelas indústrias de toda a América do Norte e Europa. 
 
Assim, percebe-se uma Primeira Fase da Ergonomia, referente às dimensões de 
objetos, ferramentas, painéis de controle dos postos de trabalho usados por 
operários. O objetivo dos cientistas, nesta fase, concentrava-se mais ao 
redimensionamento dos postos de trabalho, possibilitando um melhor alcance motor 
e visual aos trabalhadores. 
 
Numa Segunda Fase, a Ergonomia passa a ampliar sua área de atuação, 
confundindo-se com outras ciências, eis que fazendo uso destas. Assim, passa o 
Ergonomista a projetar postos de trabalho que isolam os trabalhadores do ambiente 
industrial agressivo, seja por agentes físicos (calor, frio, ruído, etc.), seja pela 
intoxicação por agentes químicos (vapores, gases, particulado sólido, etc.) uma 
interface com higiene ocupacional. O que se percebe é uma abrangência maior do 
40 
 
 
Segurança do Trabalho 
Ergonomista nesta fase, adequando o ambiente e as dimensões do trabalho ao 
homem. 
 
Em uma fase mais recente (Terceira Fase), à época da década de 80, a Ergonomia 
passa a atuar em outro ramo científico, mais relacionado com o processo 
COGNITIVO do ser humano, ou seja, estudando e elaborando sistemas de 
transmissão de informações mais adequadas às capacidades mentais do homem, 
muito comuns junto à informática e ao controle automático de processos industriais, 
através de SDCD‟s (Sistema Digital de Controle de Dados – automação, informática, 
etc.). Tal fase intensificou sua atuação mais na região da Europa, disseminando-se a 
seguir pelo resto do mundo. 
 
Por fim, na atualidade, pesquisas mais recente estão se desenvolvendo em relação 
à PSICOPATOLOGIA DO TRABALHO (Estado mental patológico caracterizado por 
desvios, sobretudo caracterológicos, que acarretam comportamentos anti-sociais) e 
na ANÁLISE COLETIVA DO TRABALHO. Especificamente a Escola Francesa de 
Ergonomia interessou-se por tais ciências e as vem divulgando pelo mundo, 
inclusive no Brasil. 
 
A primeira estuda as reações PSICOSSOMÁTICAS (perturbações ou lesões 
orgânicas produzidas por influências psíquicas (emoções, desejos, medo), dos 
trabalhadores e seu sofrimento frente a situações problemáticas da rotina do 
trabalho, principalmente levando em consideração que muitas destas situações não 
são previstas pela empresa, e muito menos aceitas por estas. Já a Análise Coletiva 
do Trabalho estabeleceu um importante diálogo entre o Ergonomista e grupos de 
trabalhadores, que passam a explicar livremente suas críticas, idéias e sugestões 
relacionadas aos problemas que os fazem sofrer em seu trabalho, sem sofrer 
pressões por parte das chefias, o que é essencial.A ergonomia nasceu de uma necessidade do ser humano cada vez mais querer 
aplicar menos esforço físico e mental em suas atividades diárias. 
 
 
41 
 
 
Segurança do Trabalho 
 
 
 = 
 
 
 
 
6.2 A ERGONOMIA E O SISTEMA HOMEM-MÁQUINA E MEIO AMBIENTE 
 
A ergonomia é a qualidade da adaptação de um dispositivo a seu operador e à 
tarefa que ele realiza. A usabilidade se revela quando os usuários empregam o 
sistema para alcançar seus objetivos em um determinado contexto de operação 
(Cybis, Betiol & Faust, 2007). Pode-se dizer que a ergonomia está na origem da 
usabilidade, pois quanto mais adaptado for o sistema interativo, maiores serão os 
níveis de eficácia, eficiência e satisfação alcançado pelo usuário durante o uso do 
sistema. De fato, a norma ISO 9241, em sua parte 11, define usabilidade a partir 
destas três medidas de base: 
 
- Eficácia: a capacidade que os sistemas conferem a diferentes tipos de usuários 
para alcançar seus objetivos em número e com a qualidade necessária. 
- Eficiência: a quantidade de recursos (por exemplo, tempo, esforço físico e 
cognitivo) que os sistemas solicitam aos usuários para a obtenção de seus 
objetivos com o sistema. 
- Satisfação: a emoção que os sistemas proporcionam aos usuários em face dos 
resultados obtidos e dos recursos necessários para alcançar tais objetivos. 
 
Por outro lado, um problema de ergonomia é identificado quando um aspecto da 
interface está em desacordo com as características dos usuários e da maneira pela 
qual ele realiza sua tarefa. Já um problema de usabilidade é observado em 
determinadas circunstâncias, quando uma característica do sistema interativo 
(problema de ergonomia) ocasiona a perda de tempo, compromete a qualidade da 
tarefa ou mesmo inviabiliza sua realização. Como consequência, ele estará 
 
Ergonomia Menos 
esforço 
físico e 
42 
 
 
Segurança do Trabalho 
aborrecendo, constrangendo ou até traumatizando a pessoa que utiliza o sistema 
interativo. 
 
6.3 ERGONOMIA E SISTEMA DA QUALIDADE 
 
A ergonomia aplica-se ao desenvolvimento de ferramentas de ações sistematizadas 
em virtude uma política da qualidade e a critérios de averiguação de sua aplicação, 
como na assimilação da cultura do bem fazer por bem estar e compreender, nas 
chamadas auditorias ou análises de qualificação e mapeamentos de processos, e 
atinge a segmentos diversos quando margeia a confiança aos métodos de 
interpretação e a introdução de novos aplicativos, artefatos e até de gerenciamento 
de pessoas inerentes ou inseridas a um grupo. Os sistemas de qualidade em 
disseminação, quando de sua possibilidade em humanizar os processos volta-se a 
racionalizar o homem ao sistema e a interface da pessoa com o método. 
 
6.4 A ERGONOMIA E A PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
 
A ergonomia apresenta três níveis de desafios na indústria: o nível das condições de 
trabalho, dos sistemas técnicos e dos sistemas de produção. Nas condições de 
trabalho, a segurança é o desafio principal. Como a ergonomia tem o foco na 
atividade, os acidentes de trabalho são estudados por ela. Na teoria vigente em 
nosso país no campo da segurança do trabalho, os acidentes têm como causa os 
atos inseguros (90%) e as condições inseguras (10%). A ergonomia estuda os erros 
humanos para melhorar o contexto dos sistemas produtivos. 
 
Na revisão teórica procurou-se ver o trabalhador como ser humano, visto sob a ótica 
da psicopatologia do trabalho; a segurança do trabalho em uma leitura interpretativa 
de suas teorias e; o erro humano/ato inseguro quando relacionado com acidentes do 
trabalho. 
 
Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, aplicando 
conhecimentos de outras ciências na solução dos problemas surgidos desse 
relacionamento. 
43 
 
 
Segurança do Trabalho 
Um dos problemas graves entre o homem e seu trabalho são os acidentes que lhe 
causam doenças, lesões, amputações e até a morte de muitos trabalhadores. 
 
No contexto da atividade, para atuar sobre os acidentes de trabalho, a Ergonomia 
deve olhar o trabalhador como ser humano, a quem o trabalho deve ser adaptado; 
precisa alcançar a segurança do trabalho e sua defasagem entre a normalização e a 
realidade e necessita olhar os erros humanos (estudado pela ergonomia) e os atos 
inseguros (estudado pela segurança do trabalho). A figura abaixo apresenta a visão 
da ergonomia sobre os acidentes e o inter-relacionamento entre os fatores. 
 
 
Além disso, as organizações revelam desordens em seus interiores não importando 
se elas estão predispostas a um acidente ou não. Quando se fala em erros 
humanos, geralmente isto se refere a uma desatenção ou negligência do 
trabalhador. Para que essa desatenção ou negligência resulte em acidente, houve 
uma série de decisões que criaram as condições para que isto acontecesse. Se 
essas decisões tivessem sido diferentes, essa mesma desatenção ou negligência 
poderia não ter resultado em acidente. A abordagem do erro humano tem sofrido 
mudanças na medida em que se compreende melhor o comportamento do homem. 
 
6.5 OS FATORES BIOMECÂNICOS LIGADOS AO TRABALHO 
 
Biomecânica é o estudo do movimento e do efeito das forças internas e externas de 
um corpo baseado em análises quantitativas e qualitativas, utilizando parâmetros 
como: velocidade, direção, quantidade de força, etc. As características e descrição 
do movimento fazem parte da cinesiologia (ciência que tem como enfoque a análise 
dos movimentos), que complementa a abordagem descritiva da origem do 
44 
 
 
Segurança do Trabalho 
deslocamento, e a fisiologia, por sua vez, estuda o funcionamento da articulação 
através da nutrição, irrigação, inervação das estruturas envolvidas, etc. 
 
A articulação é formada pela coaptação de dois ossos com o auxílio de músculos 
esqueléticos, ligamentos e cápsula articular. Para uma melhor compreensão é 
necessário ressaltar algumas considerações distintas sobre o sistema músculo-
esquelético. 
 
O sistema esquelético determina nossa estrutura (tamanho e forma do corpo 
humano) em conjunto com hábitos alimentares, nível de atividade física e postura. 
Suas principais funções são: formação de alavancas para o aumento de forças e/ou 
velocidade dos movimentos, suporte, proteção, armazenamento de gordura e 
minerais, e formação de células sangüíneas. 
 
O sistema músculo-esquelético tem como funções principais: produção de 
movimentos, auxílio na estabilidade articular, manutenção da postura e 
posicionamento corporal, e suporte. O músculo se insere no osso diretamente ou por 
meio de tendões e/ou aponeuroses (faixas achatadas tendão), que suportam altas 
forças de tensão produzidas pelos músculos, absorvendo ou aumentando a tensão 
no sistema. As ações musculares estabilizam e maximizam a armazenagem de 
energia e desempenho muscular. 
 
Após o conhecimento anatômico e fisiológico das articulações, podemos distinguir 
os tipos de movimentos realizados, tais como flexão, extensão, rotação, abdução, 
etc., e associá-los aos planos e eixos ocorridos em relação a um sistema de 
referência, especificando a posição de um corpo ou segmento no espaço e às 
características de sua movimentação. 
 
6.5.1 A FORÇA 
 
A força é um conceito fácil de definir, mas um parâmetro difícil de estimar. 
Resumindo, pode-se dizer que existem dois enfoques de estimação importante: 
 
45 
 
 
Segurança do Trabalho 
a) A força vista como fator de risco: a carga externa, os pesos manipulados; 
b) A força vista como uma conseqüência: seu impacto nas estruturas corporais. 
 
É importante fazer a distinção entre o peso do

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