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A Tendência ao Desequilíbrio Externo

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A Tendência ao Desequilíbrio Externo
 Com base em Celso Furtado: o funcionamento do novo sistema econômico será baseado no trabalho assalariado, tinha problema na antiga economia de exploração escrava. Um dos problemas, que eram comuns em outras economias era a impossibilidade de adapta-se as regras do padrão-ouro. A principal característica do padrão-ouro era que deviam ter uma reserva metálica ou de divisas na variação corrente, essas reservas serviam para trocas internacionais. Um país exportador primário tinha uma alta participação no comercio internacional, ou seja, seu intercâmbio per capita era maior que sua renda monetária per capita, por outro lado sua economia estava sujeita a oscilações maiores. 
 A teoria monetária no século xix era um instrumento para explicar a realidade européia, se todos os países seguissem as regras do padrão-ouro, com base na mesma moeda-mercadoria, o ouro disponível tenderia a se distribuído de acordo com as necessidades do comércio interno de cada país e do comércio internacional, se um país importasse mias que exportasse causaria uma queda em sua balança de pagamento.
 Nas economias em que as importações constituíam uma pequena parte do gasto nacional, causa um desequilíbrio n balança de pagamento, um grande desequilíbrio na balança de pagamento exigiria redução em grandes proporções no meio de circulação provocando a traumatização do sistema, esse problema pode ocorrido na Inglaterra.
 Na economia brasileira do século xx, o coeficiente de importações era elevado, apenas no setor monetário, com transações praticamente externas. Os desequilíbrios na balança de pagamento eram muito maiores, pois tinham relação com as quedas de preço das matérias-primas no mercado mundial, teriam que ter inter-relações com o comércio exterior e as finanças públicas com os importo sendo a principal fonte de renda do governo central. 
 Quando a procura monetária tende a crescer mais que a exportação surge a possibilidade de desequilíbrio, esse desequilíbrio está muito ligado ao regime de trabalho assalariado.Quando a renda com as exortações cresce, cresce também o pagamento aos fatores de produção, dentro da economia, a renda dente a aumenta-se em termos monetários e reais, a um aumento na renda e, primeiro lugar com o crescimento graças as exportações e em segundo pelo efeito multiplicador interno, quando acontece uma crise nos centros industriais os produtos primários caem de preço, reduzem-se a entrada de divisas no país de economia dependente, existe uma etapa intermediaria entre a procura de importações aumentando e enquanto a oferta de divisas caindo muito. Nessa etapa é que se precisa de reservas metálicas, que devia ser em grande proporção para que funcionasse o padrão-ouro, não só porque a parcela das importações no gasto total era muito elevada, e as oscilações na capacidade de importar muito grande, e também nas contas de capital de balança de pagamento tem situações adversas nas etapas de depressão.
 O ciclo na economia industrializada está ligado as flutuações no volume das inversões, é fácil compreender que essa redução da procura se traduz em contração das importações e liquidez de estoque. Como grande parte dos capitais exportados ria xix eram empréstimos públicos, ou inversões no setor privado com garantia de juros, o serviço de capitais constitui uma parti na conta corrente na balança de pagamentos reforçando a posição internacional dos países exportadores de capitais etapas de depressão.
 Nas economias dependentes a crise se apresenta de forma diferente, seu inicio vem de uma queda no valor das exportações com razão de uma redução, no valor de um único produto exportado, veja em valor e no volume total das exportações. É preciso passa um tempo para que a contração do valor das exportações exerça seu efeito total sobre a procura de importações, a queda dos preços das mercadorias importadas é mais lenta que e com menor intensidade que a dos produtos primários exportados, assim da se inicio a uma piora na relação de preços do intercâmbio. É fácil prever as imensas reservas metálicas que exigiria o pleno funcionamento do padrão-ouro em uma economia como a do apogeu do café no Brasil. Com base na substituição da economia escravista-exploradora por um novo sistema de trabalho assalariado fica mais difícil manter o funcionamento do padrão-ouro.
 Constituindo a economia brasileira uma dependência dos centros industriais, sem deixar de fazer uma analogia com o que ocorria na Europa com os problemas econômicos do pais. A ciência econômica européia ingressava através das escolas de direito e tendia a ser um “um corpo de doutrina” que se aceitava independente de tentativa de confronto com a realidade, um mundo ideal da doutrina acreditava-se tinha inicio a patologia social, excluindo qualquer possibilidade de critica da doutrina em confronto com a realidade.
 Essa timidez mental para captar a realidade do ponto de vista critica-cientifico é quase obvia no que diz respeito aos problemas monetários. O político brasileiro com formação de economista está preso em uma serie de preconceitos doutrinários em matéria monetária, tais as regras do padrão-ouro. Na moeda que circulava no Brasil tinha aspectos patológicos. E ao tentar aplicar essa moeda inconversível as regra do padrão-metálico, se afastava mais da realidade. Das idéias econômicas do Brasil não deixara de surpreender a chata insistência de se ver um excêntrico e anormal todo que ocorre no rio país, os déficits, as emissões de papel-moeda. Essa anormalidade não chega a constituir um objeto de estudo sistemático, que a ultima instância era a realidade que vivia. Esses esforços se gastam em uma tarefa que a experiência histórica demonstrava, para obter do sistema econômico as regras monetárias que tinham na Europa. O esforço da camuflagem que derivava de uma fé inabalável nos princípios da doutrina sem fundamenta-se na realidade.

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