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1 DINÂMICA DO AR ATMOSFÉRICO Prof. Flávio Pimenta de Figueiredo ICA/UFMG 2 3 COMPOSIÇÃO DA ATM Nitrogénio75.024% Oxigénio18.9463% Árgon0.734% Dióxido de Carbono0.038% Vapor de Água2% Outros0.002% 4 DINÂMICA DO AR ATMOSFÉRICO 5 FORÇAS QUE ATUAM NA ATMOSFERA Força de gravidade; Força de gradiente de pressão; Força de Coriolis; Força de atrito. 6 FORÇA DE GRAVIDADE De todas as forças que atuam na atmosfera, certamente a Força da Gravidade é a mais familiar. A força da gravidade, que faz com que todos os corpos sobre a Terra sejam atraídos pra o centro dela, modifica somente a componente vertical do vento. 7 FORÇA DE GRADIENTE DE PRESSÃO Força do Gradiente de Pressão, surge devido às variações espaciais (o que chamamos de gradiente) no campo da pressão. O conceito de pressão atmosférica vem da teoria cinética dos gases, e pode ser definida como sendo a força exercida pela colisão das moléculas do ar, em movimentos aleatórios, sobre uma superfície qualquer. A diminuição gradativa da massa do ar quando se vai para os níveis mais altos faz com que o peso, ou seja a pressão, diminua com a altura. Entretanto, são esses pequenos gradientes horizontais uma das principais causas (ou força) que provoca o movimento do ar. Quanto maior o gradiente horizontal de pressão, maior será a força do gradiente de pressão e, por conseguinte, a aceleração. 8 FORÇA DE CORIOLIS . Essa força só aparece após a parcela de ar entrar em movimento e é devido ao fato de que os ventos (aqui entendido como o movimento do ar em relação à Terra) são observados em um referencial fixo na superfície. Como a terra é um referencial “não inercial”, para um observador na superfície isso vai implicar no aparecimento de uma “força fictícia”, que é a Força de Coriolis. Portanto entendemos que a Força de Coriolis, no hemisfério Norte, que possui um giro anti-horário, a Força de Coriolis age sempre no sentido de desviar o movimento para a direita. No caso do hemisfério Sul, a Força de Coriolis age no sentido de desviar o movimento para a esquerda. 9 FORÇA DE ATRITO Esse tipo de força é também familiar a todos nós, e aparece após o movimento das parcelas de ar. Essa força faz com que um corpo em movimento e em contato com uma superfície pare após um certo tempo, através do atrito do corpo com as rugosidades da superfície. Esta força só é importante nas primeiras centenas de metros da atmosfera, próximo à superfície e depende da velocidade das parcelas de ar, das características da superfície (rugosidade), e do gradiente vertical de temperatura. 10 Força da Gravidade: acelera o ar para baixo, mas não modifica a componente vertical do vento. Força do Gradiente de Pressão: Acelera o ar das regiões de alta pressão para as regiões de baixa pressão. Força de Coriolis: desvia os ventos para a direita de sua direção de movimento não Hemisfério Norte, e para a esquerda no Hemisfério Sul. Força de Atrito: desacelera os ventos próximos à superfície. Fazendo-se um resumo de todas as forças, temos que: 11 A LATITUDE é a distância ao Equador medida ao longo do meridiano de Greenwich. Esta distância mede-se em graus, podendo variar entre 0º e 90º para Norte ou para Sul. Por exemplo, Lisboa está à latitude de 38º 4´N, o Rio de Janeiro à latitude de 22º 55´S e Macau à latitude de 22º 27´N. 12 ALTITUDE está relacionada a um ponto na superfície terrestre em relação ao nível do mar 13 A LONGITUDE é a distância ao meridiano de Greenwich medida ao longo do Equador. Esta distância mede-se em graus, podendo variar entre 0º e 180º para Este ou para Oeste. Por exemplo, Lisboa está à longitude de 9º 8´W, o Rio de Janeiro à longitude de 34º 53´W e Macau à longitude de 113º 56´E. 14 Circulação atmosférica 15 MASSA DE AR Massa de ar é uma parcela extensa e espessa da atmosfera, com milhares de quilômetros quadrados de extensão, que apresenta características próprias de pressão, temperatura e umidade, determinadas pela região na qual se origina. Devido às diferenças de pressão, as massas de ar que compõem a atmosfera estão em constante movimento. 16 MASSAS DE AR E FRENTES FRIAS E QUENTES No seu movimento, as massas de ar de diferentes características de temperatura, pressão e umidade, encontram-se, dando origem ao chamado sistema frontal, que é composto, de um modo geral, por uma frente fria e uma frente quente que a antecede. 17 TIPOS DE MASSA DE AR 18 19 20 O movimento da atmosfera O movimento (tridimensional) da atmosfera se processa em diferentes escalas de espaço e de tempo. Todas essas escalas de movimento envolvem transformações de energia (interna, potencial, ou cinética). 20 21 Zonas climáticas da terra 21 22 Campos de pressões A distribuição espacial do ar na superfície é caracterizado pela pressão atmosférica. Variação da pressão em superfície: Distribuição da energia (aquecimento e resfriamento) Distribuição de umidade (ar seco x úmido) Movimento vertical (ascensão e subsidência) Gradiente de pressão (advecção) O ar converge em área de baixas pressões e diverge nas de altas pressão. 22 23 Esquema da circulação geral da atmosfera 23 24 Células de circulação meridional 24 Modelo de circulação meridional da atmosfera mostrando os ventos à superfície e as áreas de alta (A) e de baixa (B) pressão. H F P H F P Célula Polar Célula de Ferrel Célula de Hadley 25 Aceleração de Coriolis Que conseqüências advêm do fato de se analisar o movimento de corpos a partir de referenciais não inerciais? As equações da mecânica clássica são válidas? 25 26 Equação geral do movimento da atmosfera 26 Aceleração Observada Aceleração resultante de todas as forças que atuam sobre a unidade de massa Aceleração de Coriolis Aceleração centrífuga 27 Zona de Convergência Intertropical A faixa de encontro dos alísios de nordeste (procedentes do Hemisfério Norte) com os de sudeste (oriundos do Hemisfério Sul) é conhecida como Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e sua posição coincide aproximadamente com a do equador térmico. Limita a circulação atmosférica entre o hemisfério Sul e Norte. 27 28 Zona de Convergência Intertropical A ZCIT se caracteriza por uma acentuada instabilidade atmosférica que favorece o desenvolvimento de intensas correntes ascendentes, com formação de grandes nuvens convectivas, geradoras de precipitação abundante. 28 29 Circulação zonal Na Região Tropical, além da circulação meridional decorrente da atividade das células de Hadley, existe uma circulação zonal em larga escala, devida às Células de Walker. A circulação de Walker é atribuída basicamente ao aquecimento diferencial que se verifica entre continentes e oceanos 29 30 Oscilação Sul Índice de Oscilação Sul: IOS = Δp TAHITI - Δp DARWIN 30 31 FRENTE FRIA Frente fria é a borda dianteira de uma massa de ar frio, em movimento ou estacionária. Em geral a massa de ar frio apresenta-se na atmosfera como um domo de ar frio sobre a superfície. O ar frio, relativamente denso, introduz-se sob o ar mais quente e menos denso, provocando uma queda rápida de temperatura junto ao solo, seguindo-se tempestades e também trovoadas. A chuva para abruptamente após a passagem da frente. As frentes frias chegam a deslocar-se a 64 km/h. 32 FRENTE FRIA Provoca chuvas e trovoadas 33 FRENTE QUENTE Frente quente é a parte dianteira de uma massa de ar quente em movimento. O ar frio é relativamente denso e o ar quente tende a dominá-lo, produzindo uma larga faixa de nuvens e uma chuva fraca e persistente e às vezes nevoeiro esparso. 34 FRENTE QUENTE 35 36 BRISA MARÍTIMA Os ventos locais são causados pelo aquecimento desigual da superfície da Terra em uma pequena região. Este fato se torna evidente na costa marítima, onde, durante o dia o solo costeiro esquenta mais facilmente do que a água. Dessa forma, o ar logo acima do solo é empurrado para cima pelo ar frio que vem das camadas mais próximas à água para substituí-lo. 37 38 BRISA DE VALE E DE MONTANHA O ar, na vizinhança das encostas das montanhas, fica a temperatura mais elevada e eleva-se durante o dia; o ar ascendente é substituído pelo ar que se encontra nos vales. Assim, durante o dia o ar sobe a encosta. Este processo é responsável pela formação de nuvens e ocorrência de precipitação sobre as montanhas com alguma frequência no Verão e ao fim da tarde! Durante a noite, as encostas das montanhas arrefecem. Este ar frio desce a montanha por acção da gravidade. Assim, ao amanhecer, o ar mais frio pode ser encontrado no vale. Se o ar contiver humidade suficiente, pode formar-se nevoeiro no vale. 39 BRISA TERRESTRE À noite o processo se inverte, pois o solo esfria mais rapidamente que a água. Isto faz com que o ar mais aquecido se encontre agora acima do mar e seja então empurrado pelo ar frio proveniente do solo. 40 El Niño 40 41 La Niña 41 42 Perturbações Atmosféricas 42 Massas de ar Definição Formação Condições dinâmicas Esquema da distribuição vertical da temperatura (T) e da umidade (U) em uma massa de ar formada sobre a Antártica 43 43 Fonte: Mendonça & Danni-Oliveira 44 Frente fria e quente 44 45 EXERCÍCIO 1- Definir o vento e destacar a sua importância agronômica; 2-Explicar o processo de formação dos ventos; 3-Associar o vento aos centros de alta e baixa pressão 4- Discriminar as distintas classes dos ventos; 5- Descrever os procedimentos de medição dos ventos
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