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Resumo de direitos Políticos Capítulo 7

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Capítulo 7 – Direitos políticos.
1 – Conceito.
É o conjunto de regras que disciplinam as formas de atuação da soberania popular, conforme o caput do artigo 14 da constituição federal. São direitos públicos subjetivos que investem o indivíduo no status activae civitatis, permitindo-lhe o exercício de liberdade de participação nos negócios políticos do estado. Essas normas constituem um desdobramento do artigo 1° parágrafo único da constituição federal.
2 – Direitos Políticos.
São direitos políticos:
- Sufrágio
- Alistabilidade (direito de voto, plebiscito e referendo).
- Elegibilidade
- Iniciativa popular de lei
- Ação popular
- Organização e participação de partidos políticos.
3 – Núcleo dos direitos políticos – Direito de sufrágio.
3.1 – Conceituação.
O direito de sufrágio é a essência do direito político, expressando-se pela capacidade de eleger e de ser eleito.
A capacidade eleitoral divide-se em dois tipos:
Ativa: Direito de votar – alistabilidade.
Passiva: Direito de ser votado – elegibilidade.
Os direitos políticos compreendem o direito de sufrágio como seu núcleo, é por meio dele que os cidadãos determinam as pessoas que irão exercer as funções estatais existentes em um regime democrático.
3.2 – Classificação
Sufrágio Universal: O direito de votar é concedido a todos os nacionais, a existência de requisitos de forma não retira a universalidade do sufrágio.
Sufrágio Restrito: Quando algumas condições são necessárias para que exista o direito de voto. Pode ser censitário, quando se referir a qualificação econômica, ou capacitário, quando necessitar de alguma característica especial, como natureza intelectual.
4 – Capacidade eleitoral ativa.
Consiste na forma de participação da pessoa na democracia por meio da escolha de seus representantes. O direito de voto é exercício fundamental para o direito de voto.
O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos e menores que 70, e facultativos para os analfabetos e os que possuem entre 16 1 18 anos de idade.
São inalistáveis os estrangeiros e conscritos. Por conscritos entende-se os médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que estejam prestando serviço militar. Aos índios o voto é facultativo.
5/6 – Direito e natureza do voto.
O direito do sufrágio, em relação ao direito de eleger, é exercido pelo voto, ou seja, o voto é instrumento de exercício do direito de sufrágio.
O voto é um direito público subjetivo, e se caracteriza também por ser um dever sociopolítico, pois o cidadão tem o dever de manifestar a sua vontade.
5.2 – Caracteres do voto.
Personalidade: O voto só pode ser exercido pessoalmente.
Obrigatoriedade formal do comparecimento: Consiste em obrigar o cidadão a comparecer as eleições, podendo haver uma sanção para sua ausência. Porém, pelo fato do voto ser secreto, não se pode exigir que o cidadão, efetivamente, vote.
Liberdade: Não apenas pela preferência a um candidato, mas também pela faculdade de votar em branco ou nulo.
Sigilosidade: O segredo do voto consiste que não se deve ser revelado nem por seu autor nem por terceiro fraudulentamente.
Direto: Os eleitores elegerão por si, sem intermediários, seus representantes. Exceção Artigo 81 § 2°.
Periodicidade: O Artigo 60 § 4º garante a temporariedade dos mandatos.
Igualdade: Todos os votos possuem o mesmo valor. One man, one vote.
6 – Plebiscito e referendo.
Compete privativamente ao congresso nacional autorizar referendo e convocar plebiscito.
O plebiscito é uma consulta priori, ou seja, uma consulta prévia sobre determinada matéria a ser discutida posteriormente pelo Congresso Nacional. Já o referendo é uma consulta posteriori sobre determinado ato governamental.
7 – Elegibilidade.
7.1 – Conceito.
Consiste na capacidade de o cidadão pleitear determinados mandatos políticos, mediante eleição popular, desde que atenda a certos requisitos.
7.2 – Condições
Não basta possuir capacidade eleitoral ativa para adquirir a passiva, é necessária que preencha alguns requisitos chamados de condições de elegibilidade.
As condições segundo o Artigo 14 §3º são:
Nacionalidade brasileira ou condição de português equiparado: Porém, a Constituição reservou para alguns casos, a necessidade de nacionalidade brasileira originária.
Pleno exercício dos direitos políticos: Que perdeu ou teve suspenso os seus direitos políticos não poderá exercer a capacidade eleitoral passiva.
Alistamento eleitoral.
Domicílio eleitoral na circunscrição: Deve ter domicílio no local pelo qual se candidata.
Filiação partidária: Ninguém pode concorrer avulso sem partido político e constituição veda a utilização de partidos políticos de organização paramilitar.
Idade mínima: A lei 9.504/07 estabeleceu como prazo fatal para completar a idade mínima a data de posse, e não o momento da eleição, passando a ser o posicionamento do TSE. Mas a constituição estabelece que o requisito da idade mínima é uma condição para que o candidato possa ser escolhido pelo eleitorado, fato que ocorre na data do pleito, e não da posse.
8 – Direito políticos negativos.
8.1 – Conceito.
Os direitos políticos negativos correspondem ás previsões constitucionais que restringem o acesso do cidadão a participação nos órgãos governamentais, por meio de impedimento às candidaturas. Dividem-se em inelegibilidade e normas sobre perda e suspensão dos direitos políticos.
8.2 – Inelegibilidade.
Ausência de capacidade eleitoral passiva, ou seja, da condição de ser candidato, e consequentemente, poder ser votado.
 
8.4 – Inelegibilidade absoluta;
Consiste no impedimento eleitoral para qualquer. Quem se encontrar em uma das situações descritas pela constituição não poderá concorrer a eleição alguma.
São os casos dos:
Inalistáveis: Ou seja, os que não podem ser eleitores, não poderão ser candidatos.
Analfabetos: Apesar da possibilidade de alistamento eleitoral e do exercício do vot, os analfabeto não possui a capacidade eleitoral passiva.
8.5 – Inelegibilidade relativa;
Restringe à elegibilidade para certos pleito e mandatos eleitorais, em razão de situações especiais existentes.
8.5.1 – Por motivos funcionais:
A- Para o mesmo cargo
- Prefeito itinerante: Aquele que após dois mandatos consecutivos, renuncia 6 meses antes para se candidatar ao mesmo cargo. Essa hipótese é vedada, não importando em qual município o prefeito pretenda se candidatar.
- A constituição veda a possibilidade Dos chefes do poder executivo federal, estadual, distrital e municipal de candidatarem a um terceiro mandado.
- Uma pessoa pode exercer a função de Chefia do executivo desde que não haja mais de dois mandatos executivos, deve haver um período para que haja a nova candidatura ao mesmo cargo.
Impossibilidade daquele que foi titular de dois mandatos consecutivos na chefia do executivo vir a candidatar-se no período subsequente à eleição caso haja vacância dos cargos de presidente e vice.
- O presidente, governador, prefeito não necessitam se renunciar seus cargos seis meses antes para candidatarem-se a reeleição para o mesmo cargo.
- Caso o vice suceda o presidente, porém, sem haver exercício efetivo e definitivo de cargo, para fins de reeleição, pode se candidatar a chefia do executivo, e se eleito, pode disputar nova eleição posteriormente.
- Os chefes do executivo, são inelegíveis para outros casos caso não renunciem de seus cargos 6 meses antes, não se aplica aos vices, se os mesmos não tiverem substituído titular.
8.5.2 – Por motivos de casamento, parentesco ou afinidade;
- São inelegíveis no território da circunscrição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos e afins até segundo grau ou por adoção dos chefes do executivo.
Norma geral e proibitiva:
- Os parentes do prefeito a prefeito e vereador são inelegíveis;
- Do Governador aos cargos do estado (Prefeito), vereador de municípios do estado, deputado estadual e governador do mesmo estado, e de deputado federal e senador do mesmo estado, pois o TSE entende que em se tratando de eleição para deputado federalou senador, cada estado e o distrito federal constituem uma circunscrição.
- Do presidente em qualquer cargo no país.
Norma excepcional:
- Se o cônjuge já possuir mandato eletivo, não existirá impedimento para que ele se candidate, mesmo para o mesmo cargo na mesma circunscrição. Exemplo: O parente de segundo grau do governador somente poderá disputar reeleição para deputado federal ou senador por esse estado, caso já seja titular desse mandato nessa circunscrição Porém, se for deputado federal, ou senador em outro estado e pretenda reeleição no estado de seu cônjuge, não poderá, incidirá na inelegibilidade reflexa.
- Caso o chefe de executivo renuncie 6 meses antes, seu cônjuge e parentes afins até segundo grau poderão candidatar-se a todos cargos eletivos. 
8.5.3 – Militar;
O militar é alistável, podendo ser eleito, porém, a constituição em seu artigo 142, 3º V, Proíbe os membros das forças armadas, em serviço, de se filiarem a partidos políticos.
Portanto, o militar pode alistar-se se atender as seguintes condições:
- Se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade de forma definitiva.
- Se contar mais de 10 anos, caso eleito, passará automaticamente para a inatividade.
8.5.4 – Previsões de ordem legal
A lei complementar é a única espécie normativa autorizada constitucionalmente a disciplinar a criação e estabelecer os prazos de duração de outras inelegibilidades relativas, mas é vedado a criação de inelegibilidade absoluta.
9- Privação dos direitos políticos.
O cidadão pode ser privado, definitiva ou temporariamente, de seus direitos políticos. A CF não aponta hipóteses de perda ou suspensão, porém, a natureza, a forma, e os efeitos possibilitam diferenciar entre a perda e suspensão.
9.1 – Perda
A perda dos direitos políticos configura a privação definitiva dos mesmos e ocorre nos casos citados abaixo, conforme o artigo 5º, VIII da constituição federal.
9.1.1- Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado em virtude de atividades nocivas a sociedade (CF Art 12, §4º).
Como consequência dessa perda, o indivíduo retorna a situação de estrangeiro, perdendo seus direitos políticos, pois a cidadania é própria dos que possuem nacionalidade. Somente o Poder Judiciário pode decretar a perda nessa hipótese.
9.1.2 – Escusa de consciência.
Para que haja a perda dos direitos nessa hipótese deverão estar presentes dois requisitos;
- Descumprimento de uma obrigação imposta a todos;
- Recusa a realização de uma pretensão fixada em lei;
A constituição federal determina que ninguém será privado de seus direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, exceto de se as invocar para eximir-se de obrigação legal imposta a todos.
9.1.3 – Outros casos de perda.
Também perderá seus direitos, conforme diz o artigo 12,§ 4°, aquele que adquiris a nacionalidade de outro país de maneira voluntária. 
9.2 – Suspensão.
Caracteriza-se pela perda temporária dos direitos, e ocorre nas hipóteses de incapacidade civil absoluta, CCTJ enquanto durarem os seus efeitos e improbidade administrativa.
9.2.1 – Incapacidade civil absoluta.
Basta a decretação da interdição do incapaz, nos termos do CC, para que decorra a suspensão dos direitos políticos, enquanto durarem os efeitos da interdição.
9.2.2 – Condenação criminal com trânsito em julgado enquanto durarem seus efeitos.
Todos os sentenciados que sofrer condenação criminal com trânsito em julgado estarão com seus direitos políticos suspensos até que ocorra a extinção da punibilidade que cessa com o cumprimento da pena ou por qualquer outra hipótese citada no código penal.
A- CCTJ e perda de mandato eletivo.
A CCTJ engloba a perda do mandato eletivo, determinando a imediata cessação deu exercício.
Porém, os parlamentares federais no exercício do mandato que foram condenados criminalmente incidem na hipótese do artigo 55, §2º, não perdendo automaticamente o mandato, mas não podendo disputar novas eleições, e perda será decidida pela câmara dos deputados ou pelo senado federal por voto secreto e maioria absoluta.
B – Diferença entre suspensão dos direitos políticos por CCTJ e inelegibilidade legal por condenação criminal por infrações penais.
A primeira hipótese trata da suspensão dos direitos políticos em virtude de CCTJ, enquanto durarem seus efeitos, e tem seu fundamento no artigo 5º inciso 3, a segunda hipótese fala que são inelegíveis os que forem condenado s criminalmente, com sentença transitada em julgado pela prática de crimes conta a economia popular, a fé pública, administração pública, patrimônio público, mercado financeiro tráfico de entorpecentes e crimes eleitorais, pelo prazo de 3 anos após o cumprimento da pena.
9.2.3 – Improbidade administrativa.
Suspendem os direitos políticos, perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma de gradação prevista em lei.
10 – Partidos políticos.
- São instrumentos necessários e importantes para a preservação do estado democrático de direito.
- Possuem autonomia para definir sua estrutura interna, organizações e funcionamento, devendo seu estatuto estabelecer normas de fidelidade e disciplina partidária.
- O TSE reconheceu que o mandato pertence ao partido político que, tem direito de preservá-los se ocorrer cancelamento de filiação partidária ou transferência de legenda. O partido político pode pedir, perante a justiça eleitoral, a decretação da perda do cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária.
- Apesar de serem os principais operadores políticos em um regime democrático, os partidos não são os únicos, havendo a possibilidade de tutela de interesse setorial (grupos ecológicos, feministas e etc.), associações e grupos de pressão.
11 – Língua e símbolos oficiais.
O artigo 13 da constituição proclama a língua portuguesa como idioma oficial da república federativa do Brasil, e estabelece a bandeira, o hino, as armas e o selo acional como símbolos da república, e permite a estados, munícipios e ao distrito estabelecerem símbolos próprios.
Em comunidades indígenas ambas as línguas serão ministradas, mas a portuguesa prevalecerá.

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