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Introdução a cromatografia Carlos Eduardo Definição de Cromatografia Método físico-químico de separação dos componentes de uma mistura, realizada através da distribuição destes compostos em duas fases, que estão em contato íntimo Durante a passagem da fase móvel sobre a fase estacionária, os componentes da mistura são distribuídos entre as duas fases, de tal forma que cada um dos componentes é seletivamente retido pela fase estacionária, resultando em migrações diferenciais desses compostos. Definição de Cromatografia os componentes a serem separados são distribuídos entre duas fases, uma das quais é estacionária (Fase estacionária) e a outra (Fase móvel) move-se em uma direção definida. A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos, por comparação com padrões previamente existentes, para a purificação de compostos, separando-se as substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de uma mistura. Definição de Cromatografia Histórico Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS): Aplicações em Farmácia Bedor, D.C.G. Histórico da Cromatografia 1903-1906 Tswett Michael Tswett Separação de carotenóides e outros pigmentos Botânico Russo CaCO3 e Alumina mistura de pigmentos Dissulfeto de carbono 5 As diferentes formas de cromatografia: 1. Classificação pela forma física do sistema cromatográfico 2. Classificação pela fase móvel empregada 3. Classificação pela fase estacionária utilizada 4. Classificação pelo modo de separação 1. Classificação pela forma física do sistema cromatográfico cromatografia em coluna cromatografia planar. EM COLUNA: cromatografia líquida, gasosa e supercrítica. PLANAR: Centrífuga, em papel e camada delgada. 7 2. Classificação pela fase móvel empregada -cromatografia gasosa -cromatografia líquida -cromatografia supercrítica cromatografia líquida clássica (CLC) ; cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE); cromatografia gasosa (CG) cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR) 3. Classificação pela fase estacionária utilizada - fases estacionárias sólidas: - fases estacionárias líquidas este pode estar simplesmente adsorvido sobre um suporte sólido ou imobilizado sobre ele. - fases estacionárias quimicamente ligadas. . 4. Classificação pelo modo de separação Adsorção, Partição, Troca iônica, Afinidade, Exclusão ou misturas desses mecanismos. Que características devem ter as resina cromatográficas para possibilitar separações de moléculas baseadas em diferentes propriedades ? Cromatografia de permeação em gel ou gel-filtração: separação de moléculas pela massa molecular géis são porosos, funcionando como peneiras ou filtros Cromatografia de troca iônica: separação de moléculas pela carga elétrica géis apresentam grupos carregados positiva- ou negativamente Cromatografia de partição (fase reversa ou hidrofóbica): separação de moléculas pela solubilidade relativa em meio aquoso Cromatografia de afinidade: separação de moléculas pela capacidade de interagir com um ligante géis possuem ligante específico ligado covalente à resina Cromatografia por adsorção Cromatografia de Partição Princípio: Explora diferenças de solubilidade dos compostos em solventes com grau de hidrofobicidade diferentes, um polar e outro apolar. Aplicável especialmente á moléculas pequenas, como compostos orgânicos, aminoácidos, peptídeos, açúcares, lipídeos, etc. AMOSTRAS Fase estacionária (suporte sólido) X Fase móvel (líquido ou gás) - Amostra se deslocará (é mais solúvel) acompanhando a Fase Móvel Duas Possibilidades - Amostra não se deslocará (é mais solúvel) na Fase Estacionária Consiste de 2 sistemas: Para um dado sistema de solvente e tipo de suporte, cada substância apresenta um valor de Rf característico. Assim, além de um método de purificação, as cromatografias de partição permitem identificar e quantificar (pela intensidade das manchas obtidas após a separação) diferentes compostos. Pode-se ainda recortar a mancha de interesse do papel ou da sílica e recuperar o composto isolado. Cromatografia de Partição distância de migração da substância distância de migração do solvente R f = Papel ou placa de sílica Amostra na origem tempo 0 t 1 t2 tn direção do fluxo do solvente Compostos separados Cuba com solvente (fluxo por capilaridade) Cromatografia de gel filtração ou peneira molecular grãos (beads) da resina com poros grão da resina poroso proteína grande proteína pequena Tampão “empurra” moléculas através da resina tubos Na gel-filtração, as proteínas que penetram nos poros da resina precisam diferentes volumes de tampão para saírem da coluna, conforme suas massas moleculares, percorrendo os canais internos dos grãos. Quanto maior o número de grãos que cada molécula entrar durante o percurso através da coluna, maior o volume necessário para sua saída. Proteínas maiores que o diâmetro dos poros não são separadas e saem da coluna com pouco tampão, correspondente apenas ao volume da coluna externo aos grãos, também chamado de volume morto (Vo). Proteínas menores que o diâmetro dos poros não são separadas e saem da coluna com um volume de tampão correspondente ao volume interno (Vi, volume total menos o volume do próprio gel). Moléculas com massas diferentes Fluxo do tampão Cromatografia de troca iônica A resina para cromatografia de troca iônica apresenta carga elétrica, positiva ou negativa, em uma ampla faixa de pH. Trocadora de ânions Trocadora de cátions DEAE CM Existem dois tipos básicos: resinas trocadoras de ânions (possuem carga positiva), como o dietilaminoetil (DEAE)-celulose e resinas trocadoras de cátions (possuem carga negativa), como o carboxi-metil (CM)-celulose - - - - - - - O gráfico mostra que essas resinas mantém suas cargas em uma ampla faixa de pH. Assim, o DEAE-celulose pode ser utilizado em pH abaixo de 10, enquanto que o CM-celulose é utilizado em pH acima de 4, condições em que pelo menos 50% dos grupos dessas resinas estão carregados. Cromatografia de troca iônica Cromatografia de Troca Iônica Adsorção Eluição + + + + + + + + Moléculas com a mesma carga, ou sem carga, não interagem com a resina, sendo as primeiras a sair da coluna Adição de sal ao tampão resulta em competição entre os íons em solução e as moléculas adsorvidas na resina. Na+Cl- + A cromatografia de troca iônica compreende duas etapas: adsorção das proteínas com carga contrária à resina, e saída da coluna das proteínas com a mesma carga; eluição das proteínas adsorvidas. + + + + + + + + + + + No exemplo ao lado, como funciona uma resina catiônica ou trocadora de ânions): Para a eluição, as condições de adsorção da coluna (pH ou força iônica) são alteradas para neutralizar a interação entre as proteínas e a resina. Mais frequentemente utiliza-se um aumento da concentração do sal no tampão, pois alterações de pH podem desnaturar proteínas, levando-as a precipitar dentro da coluna. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS): Aplicações em Farmácia Bedor, D.C.G. Matrix Affinity Ligand Cromatografia por afinidade 19 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS): Aplicações em Farmácia Bedor, D.C.G. Passo 1: Carregamento da coluna Passo 2: Chegada das moléculas Passo 3: Interação das moléculas com os grupamentos ligantes Cromatografia por afinidade 20 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS): Aplicações em Farmácia Bedor, D.C.G. Passo 4: Eliminação das moléculas não ligadas Passo 5: Eliminação das fracamente ligadas Passo6: Eluição da molécula de interesse e coleta da amostra purificada Cromatografia por afinidade 21 Diferentes tipos de cromatografia Cromatografia planar (CP) é uma técnica de partição líquido–líquido; Baseia-se na diferença de solubilidade das substâncias em questão entre duas fases imiscíveis; Este método é muito útil para a separação de compostos polares, sendo largamente usado em bioquímica. Cromatografia planar (CP) uma amostra líquida flui por uma tira de papel; As moléculas de celulose que possuem uma forte afinidade pela água; atuando como suporte inerte contendo a fase estacionária aquosa (polar). Uma tira de papel de filtro 2 cm x 7 cm Fazer um círculo a 2 cm de distância da borda inferior Fase Móvel: etanol, água Cromatografia planar (CP) 25 É uma técnica de adsorção líquido–sólido. Nesse caso, a separação se dá pela diferença de afinidade dos componentes de uma mistura pela fase estacionária. O Fator de retenção (Rf), o qual é a razão entre a distância percorrida pela substância em questão e a distância percorrida pela fase móvel. Os valores ideais para Rf estão entre 0,4 e 0,6. Cromatografia em Camada Delgado (CCD) Cromatografia em Camada Delgado (CCD) Cromatografia em coluna A cromatografia líquida clássica é muito utilizada para isolamento de produtos naturais e purificação de produtos de reações químicas. As fases estacionárias mais utilizadas são : A sílica gel é a fase estacionária mais utilizada, sendo seguida pela alumina, pela celulose Fases estacionárias sólidas levam à separação por adsorção e fases estacionárias líquidas por partição. Cromatografia em coluna Cromatografia em coluna Concentração Tempo ou volume Coletor de frações Tempo 1 Mais tampão é colocado na coluna, forçando os componentes da amostra a interagirem com a resina Componentes da amostra se separam e saem da coluna com diferentes volumes de tampão Tempo 2 Tempo n Líquido que sae da coluna é recolhido em tubos de um coletor de frações Amostra com diferentes componentes Resina embebida em tampão Tempo zero Um cromatograma, como o gráfico ao lado, é a maneira usual de se representar o resultado de uma cromatografia. Cromatografia em coluna 32 Referências Bibliográficas COLLINS, C.H.; BRAGA, G.L. e BONATO, P.S. Introdução a métodos cromatográficos. 5ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1993. LOUGH, W.J. e WAINER, I.W. High Performance liquid chromatography: fundamental principles and practice. Blackie Academic and Professional, 1995. CHAVES, M.H.; Análise de extratos de plantas por CCD: uma metodologia aplicada à disciplina “Química Orgânica”. Química Nova, v. 20, n. 5, p. 560-562, 1997. ANDRADE, J.B.; PINHEIRO, H.L.C.; LOPES, W.A.; MARTINS, S.; AMORIM, A.M.M. e BRANDÃO, A.M. Determinação de cafeína em bebidas através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Química Nova, v. 18, n. 4, p. 379-381, 1995. NETO, F.R.A.; CGAR em análise de resíduos. Química Nova, v. 18, n. 1, p.65-67, 1995. Obrigado!
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